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OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

LICITAÇÕES E CONTRATOS

 Instrutora: Adelaide Bittencourt P. Coelho

 Participação: Paula Romano

TCEMG – Novembro/2009
IMPORTÂNCIA DO TEMA
As obras são a parte mais aparente das políticas públicas
meio de promover a melhoria de qualidade de vida para os
cidadãos.

A parte não-visível das obras é de difícil fiscalização.

Cada obra possui peculiaridades que a transformam em um objeto


singular.

Existe um estigma negativo, por parte da Sociedade, em relação à


aplicação do dinheiro público na execução de obras.
OBRAS PÚBLICAS
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – NORMAS APLICÁVEIS ÀS OBRAS PÚBLICAS
II – PLANEJAMENTO
III – PROJETOS
IV – ORÇAMENTOS
V – LICITAÇÃO DA OBRA
VI – CONTRATAÇÃO DA OBRA
VII – CONTROLE DA EXECUÇÃO DO CONTRATO
VIII – RECEBIMENTO DA OBRA
LEGISLAÇÃO
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

 LEI FEDERAL nº 8666/93

 PPA, LDO e LOA

 LEI FEDERAL nº 101/2000 – LRF

 INSTRUÇÕES NORMATIVAS – IN nº 09/03 do


TCEMG

 RESOLUÇÕES CONFEA E CONAMA


LEGISLAÇÃO
 LEIS/RESOLUÇÕES CONFEA
Lei nº 5.194/66 - Regula profissões de engenheiro, arquiteto...
Lei nº 6.494/77 – Institui a Anotação de Responsabilidade
Técnica – ART
Res. nº 425/98 – CONFEA – Dispõe sobre a ART
Res. nº 361/91 – CONFEA - Dispõe sobre projeto básico

 RESOLUÇÕES CONAMA
Res. N 01/86 – relaciona obras que precisam de RIMA
Res. Nº 237/97 – Dispõe sobre a revisão de procedimentos e
critérios utilizados pelo Sistema de Licenciamento Ambiental
Contratação e Execução de Obras Públicas
Planejamento:
Licitação – Fase Interna Gestor e setor de
engenharia

Contratação
Licitação Obra Pública Execução
Fase Externa
Contratado
Comissão Signatário do cont.
de Gestor responsável
Licitação Recebimento pelo pagamento
Fiscalização e CL
Gestor (Ho-
Mologação) Fiscalização e Comissão
Responsável p/ receber
Controle de Obras Públicas
Controle Social Comunidade

Empresa
Controle
Obra Pública Construtora
Externo
Poder Controle de
Legislativo Estabilidade,
TRIBUNAIS
DE CONTAS
Controle Interno Segurança
Qualidade da Obra
MP – proteção Controle direto/Fiscalização
do patrimônio Auditoria Interna - AP
CGU
Obras Públicas
 Apresentam valores elevados quando comparadas com
obras do setor privado;
 É freqüente a contratação de obras mal planejadas, tanto
técnica como financeiramente;
 Iniciam-se sem a previsão da totalidade dos recursos
necessários;
 Excesso de mudança em relação ao pactuado;
 Aumento exagerado de quantitativos previstos;
 Elevado número de obras inacabadas.
CONTEÚDO
Principal PROGRAMÁTICO
constatação relativa às OP:
NEGLIGÊNCIA E DESCASO QUANTO À LEGISLAÇÃO
APLICÁVEL NA LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS, BEM
COMO ÀS NORMAS TÉCNICAS E CONHECIMENTOS DE ENG.

POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


POR PARTE DA INICIATIVA PRIVADA

RESULTADO
• INSUCESSO NOS EMPREENDIMENTOS PÚBLICOS
• DESPERDÍCIO DE DINHEIRO PÚBLICO
• OBRAS INACABADAS E DE MÁ QUALIDADE
• DESVALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA
PLANEJAMENTO
DE
OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
POR QUE DEVEMOS PLANEJAR?

Obrigatório por lei

Definição das etapas posteriores

Fundamental para o sucesso do empreendimento


No caso de obras públicas, o primeiro princípio
constitucional a ser observado é o da FINALIDADE,
da supremacia do interesse público, já que a obra
deve ser um meio para alcançar objetivos sociais.
PREVISÃO DE RECURSOS PARA OBRA PÚBLICA
A CF/88 estabelece na Seção II - dos orçamentos, art. 165, I, II e III, que
a previsão dos recursos orçamentários para a execução da OP deve
constar

Dos planos plurianuais – PPA,

Das leis de diretrizes orçamentárias – LDO,

Das leis de orçamentos anuais – LOA,

Todas elas leis de iniciativa do Poder Executivo

(Lei Federal 8.666/93, art. 7º, § 2º, III e IV)


FLUXOGRAMA DE PROCEDIMENTOS
Programa de Necessidades
Escolha do terreno
Estudos preliminares/de viabilidade
Anteprojeto
PROJETO BÁSICO PROJETO EXECUTIVO

LICITAÇÃO – Fase Interna/Fase externa


Contrato
Fiscalização da obra
Recebimento da obra
PROGRAMA DE NECESSIDADES
(Para edificações)

 Dimensões aproximadas da edificação;


 Padrão de acabamento pretendido;
 Finalidade a que se destina a obra;
 Área de influência no entorno da edificação (se haverá
benefício ou algum prejuízo para a população local);
 Tipo de equipamentos e mobiliário que serão utilizados
pelo usuário da obra.
ESCOLHA DO TERRENO

 Infra-estrutura disponível no local


Vias de acesso, água, esgoto, energia etc;

 Topografia do terreno
Afeta consideravelmente o custo da obra;

 Tipo de solo e nível do lençol d’água


Afeta o custo da obra, em especial a fundação;

 Condição de ocupação da região


Materiais e mão-de-obra, próximos à construção.
ESTUDOS PRELIMINARES
 Critérios, índices e parâmetros empregados no estudo;
 Características principais do empreendimento;
 Demandas a serem atendidas;
 Proposição de alternativas;
 Estudo de viabilidade das alternativas propostas (estudos
técnico, econômicos e ambiental – se a Lei exigir)
 Pré-dimensionamento dos elementos da edificação;
 Cálculo expedito do custo do empreendimento.
ANTEPROJETO
 Antecede a fase de elaboração do Projeto Básico

 Descrição e avaliação da alternativa selecionada

 Possibilita o melhor conhecimento do que se deseja


construir e o aprimoramento dos valores do investimento,
bem como a definição das diretrizes do projeto básico.
PROJETO BÁSICO

PROJETO EXECUTIVO

PROJETOS COMPLEMENTARES
PROJETO BÁSICO – PROJETO EXECUTIVO
Instrumentos adequados para caracterizar os serviços, os
materiais e os custos que integrarão a obra.

Devem servir de subsídio para a gestão da obra e no caso de


obras licitadas, para montar o plano de licitação.

Observar os requisitos do art. 12 da Lei 8.666/93 (segurança,


funcionalidade, interesse público, impacto ambiental, etc.)

A Lei 8666/93 define o projeto básico no artigo 6º, inciso IX


e o projeto executivo no inciso X
PROJETO BÁSICO
Deve fornecer referências suficientes para o perfeito
entendimento do trabalho, de modo a permitir a otimização
de:

Mão-de-obra

Materiais e equipamentos empregados

Resolução 361/91 do Confea estabelece que o PB deve


possibilitar a determinação do custo global da obra com
margem de erro de mais ou menos 15%
www.ibraop.org.br

OT – IBR 001/2006
PROJETO BÁSICO é o conjunto de desenhos, memoriais descritivos,
especificações técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos
técnicos necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser
executada, atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente,
elaborado com base em estudos anteriores que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento ambiental do empreendimento.

Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos,


todas as características, dimensões, especificações, e as quantidades de
serviços e de materiais, custos e tempo necessários para execução da
obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a elaboração do
projeto executivo e realização das obras.

Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser


elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o
registro da Anotação de Responsabilidade Técnica, identificação do
autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos
produzidos.
ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO PROJETO BÁSICO :

 Desenvolvimento da solução escolhida;


 Soluções técnicas globais e localizadas;
 Identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra;
 Informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos;
 Subsídios para a montagem do plano de licitação e gestão da
obra;
 Orçamento detalhado do custo global, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimento propriamente avaliados
PROJETO EXECUTIVO

Contempla a execução completa de acordo com as normas


da ABNT e as outras normas necessárias àquela obra.

Imprescindível em obras de alta complexidade.

Desde que autorizado pela autoridade competente pode


ser executado concomitante à obra.
PROJETOS COMPLEMENTARES

 São os projetos que contemplam a estrutura da obra, as


instalações elétricas, hidro-sanitárias, telefonia, ar
condicionado, instalações especiais etc;

 Desde que autorizado pela autoridade competente podem


ser executados concomitante à obra.
ORÇAMENTO
ORÇAMENTISTA
TER EXPERIÊNCIA DA
EXECUÇÃO DOS
FERRAMENTA SERVIÇOS NO CAMPO
PRINCIPAL PARA SE COMPOSIÇÃO
OBTER O PREÇO DE DOS PREÇOS
UNITÁRIOS
UMA OBRA ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA DA EXECUÇÃO
DESSES SERVIÇOS
ORÇAMENTO

CUSTO - É a denominação genérica dada à


importância paga por um bem ou serviço,
necessários para a obtenção de um
determinado produto

PREÇO - É a importância paga por um bem ou


serviço na sua comercialização. Corresponde à
somatória do custo e do lucro.
ORÇAMENTO
CUSTO DIRETO – CD: É a parte do custo que depende da
quantidade de bens produzidos, sendo, portanto, devida aos
materiais, mão-de-obra e equipamentos diretamente aplicados nos
serviços. Pode ser facilmente vinculado à execução de
determinado serviço

CUSTO INDIRETO – CI: É a parte do custo que possui dificuldade


de ser atribuída a um serviço específico na execução da obra. São
custos que atingem todos os serviços executados em um intervalo
de tempo. É constituído pelas despesas com escritório,
administração central da obra, tributos, lucro etc.
RESPONSABILIDADE DO ORÇAMENTISTA

Art. 14 da Lei nº 5.194/66,


“nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos
e atos judiciais, é obrigatória, além da assinatura, precedida do nome da
empresa, sociedade, instituição ou firma a que pertencerem, a menção
explícita do título profissional que os subscrever e do número da carteira
profissional.”
LICITAÇÃO
EXECUÇÃO INDIRETA
Obra de execução indireta é aquela que a
Administração contrata com terceiros, sob os
seguintes regimes:
Empreitada por preço global
Empreitada por preço unitário
Empreitada integral
Tarefa
(art.6º, inciso VIII, da Lei Federal nº 8.666/93)
Empreitada por preço global
Quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo e total

O pagamento deve ser efetuado após a conclusão dos serviços


ou etapas definidas em cronograma físico-financeiro;

Os procedimentos relativos à medição dos serviços executados


devem ser definidos em contrato;

Na fase de julgamento das propostas os preços unitários


também devem ser analisados (IMPORTANTE).
Empreitada por preço unitário
Quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo de unidades determinadas

O pagamento deve ser efetuado com base nos quantitativos


executados, que geralmente sofrem pouca alteração;

É impossível, principalmente, quando não existir o projeto, adotar


o preço global para serviços de reformas. Este é o caso típico de
contratação por preço unitário.
Empreitada integral
Quando se contrata um empreendimento em sua Integralidade
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações
necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua
entrega ao contratante em condições de entrada em operação,
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em
condições de segurança estrutural e operacional e com as
características adequadas às finalidades para que foi contratada

O regime de empreitada integral é adotado, geralmente, para


empreendimentos complexos, que exigem técnicas muito
especializadas na sua execução.
Tarefa
Quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por
preço certo, com ou sem fornecimento de materiais

É o regime de contratação empregado para serviços de


pouca complexidade, que não exigem empresas com
muita especialização na área de construção.
PARCELAMENTO DO OBJETO
O agente público define o objeto da licitação e verifica se é
possível dividir a obra ou serviços em parcelas, que visam a
aproveitar as peculiaridades e os recursos disponíveis no
mercado. Essa divisão é recomendada quando configurar
técnica e economicamente viável.

O parcelamento é importante porque possibilita a participação de


empresas de menor porte nas licitações, ampliando a
competitividade e contribuindo para a obtenção de um preço
menor para a Administração, desde que observada a economia
em escala.
PARCELAMENTO DO OBJETO

Na elaboração de vários processos


licitatórios para execução de uma mesma
obra por etapas, o valor total orçado para
a obra deve ser levado em conta para a
escolha da modalidade a ser adotada em
cada etapa
(art. 8º e 23, §s 1º e 2º da Lei 8.666/93)
CONTEÚDO
LICITAÇÃO DE OBRAS PROGRAMÁTICO
E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

O instrumento de convocação da licitação deve conter


os elementos que definam claramente qual a obra
ou serviços a serem executados, sua localização,
bem como as regras, as exigências e os requisitos
necessários para habilitar os concorrentes

(art. 40, da Lei Federal 8.666/93)


CONTEÚDO
LICITAÇÃO DE OBRAS PROGRAMÁTICO
E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
Os elementos definidos no planejamento da obra
deverão constar do edital:
Projeto básico e/ou projeto executivo, com especificações e
complementos
Orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços
unitários (composições)
Condições para habilitação técnica
Limites para pagamento de instalação e mobilização
LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
Art. 7º, § 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível
para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem
a composição de todos os seus custos unitários;
III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento
das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas
no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas
no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal,
quando for o caso.
LICITAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA
VEDAÇÕES
Art. 7º - § 3º - É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de
recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja
a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos
executados e explorados sob o regime de concessão,
nos termos da legislação específica.

§ 4º - É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de


fornecimento de materiais e serviços sem previsão de
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às
previsões reais do projeto básico ou executivo.
CONTEÚDO
LICITAÇÃO DE OBRAS PROGRAMÁTICO
E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

NULIDADE E RESPONSABILIDADE

Art. 7º - § 6º - A infringência do disposto neste artigo


implica a nulidade dos atos ou contratos
realizados e a responsabilidade de quem
lhes tenha dado causa.
DOCUMENTAÇÃO ANEXA AO EDITAL
Projeto básico e /ou projeto executivo, com todas as suas
partes, desenhos, especificações e outros complementos
(art. 40, § 2º, I, LEI 8666/93)
Orçamento detalhado em planilhas de preços e
quantitativos (art. 40, § 2º II, Lei 8.666/93)
Especificações complementares e as normas de
execução (art. 40, § 2º, IV, da Lei 8666/93)

Minuta do contrato a ser firmado (art. 40, § 2º, III, LLC).


PARA PENSAR:
 Sua construção consumiu 22 meses

 Foram feitos 5.300 desenhos

 O retorno do investimento aconteceu


em 2 anos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• Construída em 1889 (1887 – 1889)

• Estudos começaram em 1884


• 50 engenheiros produziram 5.300
Desenhos
• Não havia computadores,
AUTOCAD ou EXCEL !

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OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

QUESTÕES MAIS FREQUENTES

PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. QUAIS AS FALHAS MAIS COMUNS NO PLANEJAMENTO E
JULGAMENTO DAS LICITAÇÕES QUE IMPACTAM NA
EXECUÇÃO DO CONTRATO?

 Falta de estudos preliminares e falhas técnicas quando elaborados


 Não previsão de recursos orçamentários
 Deficiências no projeto básico e orçamento
 Ausência de especificações técnicas
 Não elaboração do projeto executivo
2. QUAIS AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE
PLANEJAMENTO DA OBRA PÚBLICA?

 Projetos básicos inadequados


 Escopo mal detalhado e dificuldade na administração
contratual
 Excesso de aditivos decorrentes do mal planejamento
 Atrasos de pagamento das faturas
 Obras inacabadas
3. QUAIS AS PRINCIPAIS VANTAGENS EM SE CONTRATAR A
OBRA POR PREÇO UNITÁRIO?

 Pode-se trabalhar com quantitativos estimados


 Tipo de licitação mais adequado para obras com quantitativos
inexatos - ex: reforma
 Preço tende a ser menor do que a contratação por preço global
 Relativa facilidade para a alteração de projeto
 Permite melhor tratamento dos serviços extras
4. QUAIS AS PRINCIPAIS VANTAGENS EM SE CONTRATAR A
OBRA POR PREÇO GLOBAL?

 Ideal para empreendimentos planejados e projetos bem


detalhados, inclusive projeto executivo
 Valor total é conhecido
 Transfere o risco para a contratada
 Menor esforço para fechamento das medições
 Menor ocorrência de atrasos e aditivos
5. QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE O FISCAL DA OBRA E O
FISCAL DO CONTRATO

 FISCAL DE OBRA – Obrigatoriamente deve ser engenheiro


 FISCAL DE OBRA – responsável pela parte técnica, qualitativa,
quantitativa e cronograma físico da obra
 FISCAL DO CONTRATO – Cuida de todas as etapas do contrato.
Tem a visão do todo
 FISCAL DO CONTRATO – Representante da Administração,
especialmente designado, deve ter a assessoria de um
engenheiro.
6. QUAIS AS DIFERENÇAS NA MEDIÇÃO E PAGAMENTO EM
CONTRATOS POR PREÇO UNITÁRIO E PREÇO GLOBAL?

 PREÇO UNITÁRIO– Paga-se a quantidade medida


 PREÇO GLOBAL– Paga-se pelo que já foi executado em
determinada etapa, de acordo co o cronograma físico-
financeiro
OBS: É importante que seja elaborado e arquivado o registro das
medições, contendo a memória de cálculo e identificação de
quem foi responsável por quais serviços (rastreabilidade)
7. QUAL CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O TIPO DE LICITAÇÃO QUE DEVERÁ SER UTILIZADO
PARA CONTRATAR A ELABORAÇÃO DE PROJETOS?

 TÉCNICA E PREÇO – Quando o objeto for mais complexo. Os


critérios adotados para estabelecer a pontuação da “técnica”
deverão ser objetivos e não podem restringir a
competitividade.
 MENOR PREÇO – Quando a complexidade do objeto for mais
baixa
 PREGÃO - É polêmico. Possível quando o projeto a ser
contratado pode ser caracterizado como serviço comum.
OBS: Comum não é sinônimo de simples. È aquilo conhecido por
todos que atuam em determinado segmento
CONTEÚDO
8. O QUE PROGRAMÁTICO
DEVE SER FEITO NA EMPREITADA POR PREÇO
GLOBAL, CASO HAJA EQUÍVOCO ENTRE OS QUANTITATIVOS
DO ORÇAMENTO E OS APURADOS NO PROJETO?

 Se os erros ocorreram no levantamento de quantitativos em


relação ao projeto, a empresa contratada deve assumir, caso
haja diferença monetária, uma vez que ela teve acesso aos
projetos e não fez a conferência prévia.
 Se houve erro no projeto (básico ou executivo) que trará
alterações nos quantitativos da planilha contratual, a empresa
não é obrigada a suportar o prejuízo.
 (ART. 47 da Lei 8666/93)
OBRIGADA!

CONTATO: comissaojuris@tce.mg.gov.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei Federal 8666, de 21 de junho de 1993 - institui normas para


licitações e contratos da Administração Pública

BRASIL. Tribunal de Contas da União – Licitações e Contratos – Orientações


Básicas. 3ª edição, Brasília, 2006.

BRASIL. Tribunal de Contas da União, Obras Públicas. Recomendações


Básicas para a contratação e fiscalização de obras
de edificações públicas. Brasília, novembro de 2002.

BRASIL. Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia


de Minas Gerais – CREA/MG. Bonificação ou Benefício e Despesa Indireta.
Belo Horizonte, 2007.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTOUNIAN, Cláudio Sarian. Obras Públicas. Licitação, contratação,


fiscalização e utilização. Editora Fórum, 1ª edição. Belo Horizonte, 2007

DIAS, Paulo Roberto Vilela. Novo conceito de BDI. Obras e serviços de


consultoria. Rio de Janeiro, 2007.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Estado


da Administração e do Patrimônio. Manual de Obras Públicas – EDIFICAÇÕES.
Brasília, 1997.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Estado


da Administração e do Patrimônio. Manual de Obras Públicas – PROJETOS.
Brasília, 1997.

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