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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS PATO BRANCO


ENGENHARIA ELÉTRICA
ACIONAMENTOS ELÉTRICOS

RELATÓRIO APS3:

DIMENSIONAMENTO DE SOFT-STARTER E INVERSOR DE


FREQUÊNCIA
E
DESENHO DE PAINEL ELÉTRICO

Acadêmico:
SIDNEI PEREIRA

Professor:
ANGELO ALFREDO HAFNER

PATO BRANCO - PR
NOVEMBRO DE 2011
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Motor elétrico WEG, linha W22 Premium ................................................................. 5


Figura 2: Diagrama de força e comando para partida direta. ................................................. 6
Figura 3: Curva de especificação de fusíveis tipo NH da WEG. ............................................. 7
Figura 4: Imagem do contator CWM25 e contato auxiliar tipo NA. ........................................ 8
Figura 5: Imagem do rele térmico RW27. .................................................................................. 9
Figura 6: Imagem da botoeira especificada. ............................................................................ 9
Figura 7: Desenho do painel elétrico para partida direta. ..................................................... 10
Figura 8: Diagrama de força e comando da partida estrela-triângulo. ................................ 12
Figura 9: Curva de especificação para fusíveis tipo NH da WEG ........................................ 13
Figura 10: Imagem do contator WEG CWM18 e bloco de contato auxiliar. ........................ 15
Figura 11: Imagem do contator WEG CWM09 e bloco de contato auxiliar. ........................ 16
Figura 12: Imagem do rele térmico WEG RW27. .................................................................... 16
Figura 13: Imagem do rele temporizador para partida estrela-triângulo RTW. .................. 17
Figura 14: Imagem da Botoeiras NA e NF especificada. ....................................................... 17
Figura 15: Desenho do painel elétrico para partida estrela-triângulo. ................................ 18
Figura 16: Diagrama de força e comando da partida com soft-starter. ............................... 20
Figura 17: Soft-starter WEG SSW03 especificada. ................................................................ 22
Figura 18: Tabela de fusíveis recomendados para Soft-starter WEG SSW03. ................... 23
Figura 19: Fusíveil tipo NH ultra-rápido especificado. .......................................................... 23
Figura 20: Tabela de escolha de fusíveis tipo NH retardado da WEG. ................................ 24
Figura 21: Imagem do rele térmico WEG RW27 e RW117. .................................................... 25
Figura 22: Imagem do rele temporizador de retardo na energização RTW. ........................ 25
Figura 23: Imagem da Botoeiras NA e NF especificada. ....................................................... 26
Figura 24: Desenho do painel elétrico para partida com soft-starter. ................................. 26
Figura 25: Diagrama de força e comando do acionamento por inversor de frequência. .. 28
Figura 26: Tabela de características dos inversores de frequência WEG. ......................... 29
Figura 27: Inversor CFW 09 especificado da WEG ................................................................ 29
Figura 28: Tabela de definição de fusíveis para o inversor CFW 09 WEG. ......................... 30
Figura 29: Fusivel tipo NH para o inversor CFW 09 WEG. .................................................... 30
Figura 30: Imagem da Botoeiras S1 e S2 especificadas. ...................................................... 31
Figura 31: Desenho do painel elétrico para acionamento com inversor de frequência. ... 31

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4
2. PARTIDA DIRETA ......................................................................................... 6
2.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO ................................................ 6
2.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES........................................ 7
2.2.1 Fusíveis F ........................................................................................ 7
2.2.2 Contator K1 ..................................................................................... 8
2.2.3 Rele térmico de sobrecarga RT ..................................................... 9
2.2.4 Botoeiras S1 e S2 ............................................................................ 9
2.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO....................... 10
3. PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO ............................................................. 11
3.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO .............................................. 11
3.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES...................................... 12
3.2.1 Fusíveis F ...................................................................................... 13
3.2.2 Contator K1 e K2 (conectados dentro da ligação Δ).................. 14
3.2.3 Contator K3 (fechamento em Y) .................................................. 15
3.2.4 Rele térmico de sobrecarga RT ................................................... 16
3.2.5 Temporizador T ............................................................................. 17
3.2.6 Botoeiras S1 e S2 .......................................................................... 17
3.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO....................... 18
4. PARTIDA COM SOFT-STARTER ............................................................... 19
4.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO .............................................. 19
4.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES...................................... 21
4.2.1 Soft-Starter .................................................................................... 21
4.2.2 Fusíveis F1 .................................................................................... 23
4.2.3 Fusíveis F2 e F3 ............................................................................ 23
4.2.4 Contator Ks1, Km1, Ks2 e Km2 ................................................... 24
4.2.5 Rele térmico de sobrecarga RT1 e RT2....................................... 24
4.2.6 Temporizador T1 e T2 ................................................................... 25
4.2.7 Botoeiras S1, S2, S3 e S4 ............................................................. 25
4.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO....................... 26
5. PARTIDA COM INVERSOR DE FREQUENCIA.......................................... 27
5.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO .............................................. 28
5.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES...................................... 29
5.2.1 Inversor de Frequência................................................................. 29
5.2.2 Fusiveis F ...................................................................................... 30
5.2.3 Botoeiras S1 e S2 .......................................................................... 31
5.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO....................... 31
6. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 32

3
1. INTRODUÇÃO

Quando um motor é ligado, a corrente elétrica exigida por ele, da


rede, é muito superior a sua corrente nominal. Essa corrente só retorna para o
seu valor nominal quando o mesmo atinge a velocidade nominal, pois a
corrente é diretamente proporcional ao escorregamento.
Isto pode provocar queda de tensão e afetar o funcionamento de
outras cargas. As vezes, esta queda de tensão chega a ser perceptível nos
aparelhos de iluminação. Para evitar estes inconvenientes, os regulamentos de
instalações de algumas concessionárias proíbem, acima de uma determinada
potência, a utilização de motores com partida direta ou impõem limites a
relação entre a corrente de partida e a corrente nominal (MORAES, 2011).
Como as características dos motores são determinadas pelo
fabricante e não podem ser alteradas, resta para os diversos tipos de partida
fazer variar a tensão nos terminais do estator a fim de reduzir a corrente de
partida. Nos motores com frequência constante, a redução do pico de corrente
é acompanhada automaticamente de uma forte redução do conjugado.
Esta Atividade Prática Supervisionada (APS) se propõem a
projetar e especificar os componentes para partida elétrica motores.
Serão projetados circuitos para partidas do tipo Direta, Estrela-Triângulo,
com Soft-Stater e com Inversor de Frequência. Adicionalmente também
serão desenhados os diagramas dos circuitos de força e de comando
para os diferentes tipos de partidas, bem como um desenho
representativo da disposição física dos componentes para montagem dos
painéis.
Para isto foram retirados alguns dados do catalogo de motores da
WEG, referente a um motor de 15CV que será usado como referencia para os
projetos de partida direta e estrela-triângulo e dados de um motor de 50CV
usado na partida com soft-starter e com inversor de frequência. A Figura 1
mostra um motor WEG da linha W22 Premium a ser acionado e na sequência
os dados para motores desta linha com potencia de 15CV e de 50CV.

4
Para o desenho dos diagramas de força e comando será utilizado o
software CADe_SIMU versão 1.0 e para o desenho dos painéis o Bentley
MicroStation V8i.

Figura 1: Motor elétrico WEG, linha W22 Premium


Fonte: (WEG S.A., 2011)

Características do motor M1:


 Potência:15 CV
 Pólos: 4
 Frequência: 60 Hz
 Conjugado: 59,74 Nm
 Tensão: 220 V / 380 V
 Carcaça: 132M/L
 RPM: 1760
 In: 37,6 A / 21,8 A
 Rendimento (a 100% de carga): 92,4
 F.P. (a 100% de carga): 0,83
 Isolamento: F
 Ip / In: 8,3
 Tempo máximo com rotor bloqueado: 8s

Características do motor M2:


 Potência:50 CV
 Pólos: 4
 Frequência: 60 Hz
 Conjugado: 199,1 Nm
 Tensão: 220V / 380 V
 Carcaça: 200L
 RPM: 1775
 In: 122 A / 70,39 A
 Rendimento (a 100% de carga): 94,6 %
 F.P. (a 100% de carga): 0,84
 Isolamento: F
 Ip / In: 6,4
 Tempo máximo com rotor bloqueado: 20s

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2. PARTIDA DIRETA

Este é o modo de partida mais simples, com o estator ligado


diretamente à rede. O motor parte com as suas características originais. A
partida direta consiste em ligar o motor diretamente a rede elétrica, sem o uso
de técnicas para reduzir a corrente de partida. Está técnica é indica apenas
para motores de pequeno porte. (MORAES, 2011)

2.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO

Segue na Figura 2 o projeto dos diagramas de força e comando,


respectivamente, para acionar o motor de 15 CV com partida direta.

Figura 2: Diagrama de força e comando para partida direta.


Fonte: Autoria Própria, desenhado no software CADe_SIMU versão 1.0.

Lista de materiais:
M: Motor 15CV / 380 V / 4 polos
RT: Rele térmico para proteção contra sobrecarga
K1: Contator trifásico para acionamento do motor
F: fusíveis para proteção contra curto circuito
S1: Botoeira de pulso com contato NA para comando Ligar
S2: Botoeira de pulso com contato NF para comando Desligar

6
2.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES

Os dispositivos do circuito de força devem ser dimensionados para


suprir a corrente nominal do motor bem como proteger de forma adequada
quanto a possíveis curto-circuitos ou sobrecarga (MORAES, 2011).

2.2.1 Fusíveis F

Com base na corrente nominal do catalogo do motor e a relação


corrente nominal por corrente de partida tem-se, pela Equação (1), que a
corrente na partida é de:

(1)

A partir desta corrente e considerando a duração máxima desta


corrente como 80% do tempo máximo de rotor bloqueado suportado pelo
motor, conforme o catalogo do fabricante.
Tempo máximo de rotor bloqueado de acordo com o catalogo WEG
= 13s (WEG S.A., 2011). Tempo de partida considerado conforme Equação (2):

(2)

Consultando a curva de especificação Tempo x Corrente para


fusíveis tipo NH da WEG, como segue:

Figura 3: Curva de especificação de fusíveis tipo NH da WEG.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

7
Fusível escolhido: tipo NH de 50A.
Lembrando que as condições da Equação (3) devem ser atendidas:

(3)

Tabela 1: Lista de fusíveis do catalogo do fabricante.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

2.2.2 Contator K1

O dimensionamento do contator considera inicialmente a corrente


nominal do motor conforme a Equação (4)
(4)

e para ser protegido pelo fusível deve respeitar a relação de


, considerando a corrente para regime AC1 do contator ou o
fusível máximo especificado para o contator no catalogo.
Desta forma o contator WEG adequado é o CWM25.10.24: Contator
tripolar, com um bloco de contato auxiliar tipo NA (BCXMF10) e bobina
alimentada em 24Vcc.

Figura 4: Imagem do contator CWM25 e contato auxiliar tipo NA.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

8
2.2.3 Rele térmico de sobrecarga RT

O rele de sobrecarga adequado para o contator CWM25 e que tenha


a corrente nominal no motor In dentro de sua faixa de ajuste é o: RW27-1D-
U023, mostrado na Figura 5.

Figura 5: Imagem do rele térmico RW27.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

2.2.4 Botoeiras S1 e S2

As duas botoeiras S1 e S2 podem ser reduzidas a um único


elemento de comando com um contato de pulso NA e outro NF, conforme
mostrado na Figura 6.

Figura 6: Imagem da botoeira especificada.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

9
2.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO

A Figura 7 mostra o desenho com a representação da disposição física


dos componentes para montagem do painel elétrico.

Figura 7: Desenho do painel elétrico para partida direta.


Fonte: Autoria Própria, desenhado no software Bentley MicroStation V8i.

10
3. PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO

Consiste em partir o motor ligando os enrolamentos em estrela à


tensão da rede, o que é o mesmo que dividir a tensão nominal do motor em
estrela por . A corrente de partida é diminuída de 3 vezes. Uma vez que o
conjugado de partida é proporcional ao quadrado da tensão de alimentação,
este também é reduzido a 1/3 do nominal. A velocidade do motor estabiliza
quando os conjugados motor e resistente se equilibram, geralmente entre 75 e
85% da velocidade nominal. Os enrolamentos são então ligados em triângulo e
o motor recupera as suas características nominais. A passagem da ligação
estrela para a ligação triângulo é controlada por um temporizador. O
fechamento do contator triângulo se dá com um atraso após a abertura do
contator estrela, o que evita um curto-circuito entre fases, uma vez que os dois
contatores não podem ficar fechados simultaneamente. A corrente que
atravessa os enrolamentos é interrompida pela abertura do contator estrela e
volta a se estabelecer quando o contator triângulo fecha (ALVES NETO, 2004).
A partida estrela-triângulo é indicada para as máquinas que partem a
vazio, caso contrário a velocidade nominal não será atingida devido ao torque
ser reduzido na partida.

3.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO

Segue na Figura 8 o projeto dos diagramas de força e comando,


respectivamente, para acionar o motor de 15 CV com partida estrela-triângulo.

11
Figura 8: Diagrama de força e comando da partida estrela-triângulo.
Fonte: Autoria Própria, desenhado no software CADe_SIMU versão 1.0.

Existe a opção de utilizar dois conjuntos de fusíveis para proteção


em separado dos contatores K1 e K2. Nesta configuração poderiam ser
reduzidos os valores nominais dos contatores e consequentemente obtendo
economia. O catalogo WEG para partida de motores recomenda esta
separação apenas para motores acima de 75CV, para os quais os contatores
passam a ter um preço significativamente mais elevado e a economia passa a
ser mais expressiva (WEG S.A., 2011). Neste trabalho foi optado por utilizar
apenas um conjunto de fusíveis por se tratar de uma partida para motor de
15CV.

3.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES

Os dispositivos do circuito de força devem ser dimensionados para


suprir a corrente nominal do motor bem como proteger de forma adequada
quanto a possíveis curto-circuitos ou sobrecargas.

12
3.2.1 Fusíveis F

Com base na corrente nominal do catalogo do motor e a relação


corrente nominal por corrente de partida tem-se que a corrente na partida é
dada pela Equação (5):

(5)

Na partida estrela-triângulo a corrente de partida é reduzida a da


corrente de partida direta. Então pela Equação (6):

(6)

A partir desta corrente e considerando a duração máxima como 80%


do tempo máximo de rotor bloqueado suportado pelo motor, que de acordo
com o catalogo WEG é igual 13s (WEG S.A., 2011), temos o tempo de partida
dado pela Equação (7).
(7)

Consultando a curva de especificação Tempo x Corrente para


fusíveis tipo NH da WEG da Figura 9

Figura 9: Curva de especificação para fusíveis tipo NH da WEG


Fonte: (WEG S.A., 2011)

13
Pela Figura 9 o fusível escolhido é 25A
Porém as condições da Equação (8) não foram atendidas.

(8)

Para atender a condição acima é escolhido o próximo fusível do


gráfico, ou seja 35A.
Fusivel escolhido: tipo NH de 35A.
São assim também atendidas as condições da Equação (9) abaixo:

(9)

Tabela 2: Lista de fusíveis do catalogo do fabricante.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

3.2.2 Contator K1 e K2 (conectados dentro da ligação Δ)

O dimensionamento do contator considera inicialmente a corrente


nominal do motor conforme Equação (10).

(10)

Como os contatores K1 e K2 estão conectados dentro da ligação Δ,


a corrente por eles é reduzida por da corrente nominal. Então conforme a
Equação (11):

(11)

14
E para ser protegido pelo fusível deve respeitar a relação de
, considerando a corrente para regime AC1 do contator ou o
fusível máximo especificado para o contator no catalogo.
Desta forma o contator WEG adequado é o CWM18.
K1: CWM18.20.24 Contator tripolar, com um bloco de dois contato
auxiliar tipo NA (BCXML20) e bobina alimentada em 24Vcc.
K2: CWM18.11.24 Contator tripolar, com um bloco de contato
auxiliar tipo 1NA e 1NF (BCXML11) e bobina alimentada em 24Vcc.

Figura 10: Imagem do contator WEG CWM18 e bloco de contato auxiliar.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

3.2.3 Contator K3 (fechamento em Y)

O dimensionamento do contator considera inicialmente a corrente


nominal do motor conforme Equação (12)

(12)

Como o contator K3 é o responsável pelo fechamento da ligação


estrela, a corrente por ele é reduzida por 3 da corrente nominal. Então
conforme a Equação (13) temos:

(13)

15
E para ser protegido pelo fusível deve respeitar a relação de
, considerando a corrente para regime AC1 do contator ou o
fusível máximo especificado para o contator no catalogo.
Desta forma o contator WEG adequado é o CWM9.
K3: CWM09.11.24 Contator tripolar, com um bloco de contato
auxiliar tipo 1NA e 1NF (BCXML11) e bobina alimentada em 24Vcc.

Figura 11: Imagem do contator WEG CWM09 e bloco de contato auxiliar.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

3.2.4 Rele térmico de sobrecarga RT

O rele de sobrecarga adequado para o contator CWM18 e que tenha


a corrente nominal no contator K1 dentro de sua faixa de ajuste é o: RW27-
1D3-U015

Figura 12: Imagem do rele térmico WEG RW27.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

16
3.2.5 Temporizador T

Consultando o catalogo WEG tem-se o temporizador especifico para


partida estrela-triângulo RTW-ET-02-U010S-E26: Rele temporizador para
partida estrela triangulo, com dois contatos NAF, temporização de 1s a 10s, e
alimentado em 24Vcc. A Figura 13 mostra a imagem deste rele temporizador.

Figura 13: Imagem do rele temporizador para partida estrela-triângulo RTW.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

3.2.6 Botoeiras S1 e S2

As duas botoeiras S1 e S2 podem ser reduzidas a um único


elemento de comando com um contato de pulso NA e outro NF, como mostra a
Figura 14.

Figura 14: Imagem da Botoeiras NA e NF especificada.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

17
3.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO

A Figura 15 mostra o desenho com a representação da disposição física


dos componentes para montagem do painel elétrico.

Figura 15: Desenho do painel elétrico para partida estrela-triângulo.


Fonte: Autoria Própria, desenhado no software Bentley MicroStation V8i.

18
4. PARTIDA COM SOFT-STARTER

Soft-Starters são chaves de partida estática, destinadas ao


acionamento de motores de indução trifásicos, que permitem obter partidas e
paradas suaves. A alimentação do motor , quando colocado em funcionamento,
é feita por aumento progressivo da tensão (rampa de tensão), o que permite
uma redução do pico de corrente. Seu uso é comum em bombas centrífugas,
ventiladores, e motores de elevada potência cuja aplicação não exija a variação
de velocidade durante o funcionamento normal e nem alto valor de torque
inicial.
Para que a partida do motor ocorra de modo suave, o usuário deve
parametrizar a tensão inicial de partida (Vp) de modo que ela assuma o menor
valor possível suficiente para iniciar o movimento da carga. A partir daí, a
tensão sobe linearmente segundo um tempo também parametrizado (tr) até
atingir o valor nominal. O incremento linear do ângulo de condução dos
tiristores resulta em aumento suave da tensão no estator do motor. Com o
crescimento da tensão, aumenta também o torque, até que vencido o
conjugado da carga, o motor inicia o movimento de seu eixo, sendo, a partir
desse ponto, limitada a corrente de partida máxima permissível. (LENZ, 2011).
As principais características que uma boa chave soft-starter deve ter
são funções de: proteção, sinalização e ajustes. Essas funções e
características são bastante desejáveis e estão presentes, num grau maior ou
menor, em todas chaves produzidas industrialmente.

4.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO

Segue na Figura 16 o projeto dos diagramas de força e comando,


respectivamente, para acionar um motor de 50HP (M1) e um motor de 15HP
(M2) através de soft-starter.

19
Figura 16: Diagrama de força e comando da partida com soft-starter.
Fonte: Autoria Própria, desenhado no software CADe_SIMU versão 1.0.

Lista de componentes:
M1: Motor 50CV / 380 V / 4 polos;
M2: Motor 15CV / 380 V / 4 polos;
SS: Soft-starter para partida dos motores com rampa de tensão;
RT1 e RT2: Rele térmico para proteção contra sobrecarga;
Ks1 e Ks2: Contator trifásico para acionamento do motor pela Soft-
Starter;
Km1 e Km2: Contator trifásico para conexão dos motores
diretamente a rede após a partida pela Soft-Starter;
F1: fusíveis ultra-rápidos para proteção da Soft-Starter;
F2 e F3: fusíveis retardados para proteção dos motores contra curto-
circuito;
S1 e S3: Botoeira de pulso com contato NA para comando Ligar
S2 e S4: Botoeira de pulso com contato NF para comando Desligar
T1 e T2: Temporizadores para manter os dois contatores (da soft-
starter e da rede) fechados simultaneamente por alguns instantes;
RL1: Contato de saída digital da soft-starter usado para indicar o
final da rampa de aceleração e by-passar a soft-starter.
Obs.: Usado intertravamento com contatos NF dos contatores para
impedir o acionamento simultâneo dos dois motores pela soft-starter.

20
4.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES

Os dispositivos do circuito de força devem ser dimensionados para


suprir a corrente nominal dos motores bem como proteger de forma adequada
quanto a possíveis curto-circuitos ou sobrecargas.

4.2.1 Soft-Starter

A soft-starter deve ser dimensionada para suprir a corrente


necessária para a partida dos motores, bem como para suportar o regime
permanente sem sobreaquecimento dos semicondutores.
No dimensionamento para a partida toma-se como base o pior caso,
ou seja, o motor maior. O critério usado é de que a soft-starter é capaz de
suportar uma corrente de 3 vezes a sua corrente nominal por um período
menor ou igual a 30s, enquanto a corrente limite de partida do motor foi
ajustada, na Equação (14)(5), para 3,5 vezes a sua corrente nominal.
M-1 (50HP):
(14)

Escolhendo-se a soft-starter WEG SSW03.120/220-380, com


capacidade nominal de 120 A verifica-se, pela Equação (15), que esta é
adequada para a partida dos motores.

(15)

A partir desta especificação inicial da soft-starter, faz-se necessário


verificar se a mesma é adequada para suportar o regime permanente de
acordo com os ciclos de trabalho (numero de partidas por hora) dos motores,
sem sobreaquecimento nos seus semicondutores. Para isto utiliza-se o critério
da corrente equivalente da soft-starter em comparação com a corrente
equivalente dos motores, sendo que a da soft-starter deve ser maior ou igual.
O regime de trabalho especificado para os motores é:
M1 (50HP): 1 partida por hora, com tempo de aceleração de 20s e
corrente limite de 3,5 vezes sua corrente nominal;
M2 (15HP): 3 partida por hora, com tempo de aceleração de 5s.

21
Com os dados do ciclo de trabalho dos motores é possível calcular a
corrente equivalente da soft-starter, pela Equação (16) e dos motores pela
Equação (17) Para os motores foi considerada a pior hipótese, ou seja,
supondo que sempre fosse acionado o motor maior.

4 partidas por hora = 1 partida a cada 15 minutos ou 900s

(16)

4 partidas por hora = 1 partida a cada 15 minutos ou 900s


(17)

Verifica-se, pelas Equações (16) e (17) que a soft-starter de 120 A é


adequada para o acionamento.
Consultando os catálogos da WEG, selecionamos a soft-starter
SSW03.120/220-380, mostrada na Figura 17.

Figura 17: Soft-starter WEG SSW03 especificada.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

22
4.2.2 Fusíveis F1

Os fusíveis F1 são fusíveis ultra-rápidos especificados a partir do


catalogo da soft-starter, para serem capazes de proteger os semicondutores da
mesma, na eventual ocorrência de defeito nos motores durante a partida.
A Figura 18 mostra a tabela de fusíveis recomendados e a Figura 19
destaca o fusível especificado.

Figura 18: Tabela de fusíveis recomendados para Soft-starter WEG SSW03.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

Figura 19: Fusíveil tipo NH ultra-rápido especificado.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

4.2.3 Fusíveis F2 e F3

Os fusíveis F2 e F3 protegem os motores M1 e M2,


respectivamente, contra curto-circuito. Como eles só alimentam os motores em
regime permanente a sua especificação é baseada na corrente nominal dos
motores, considerando uma margem de sobrecarga de 20% e considerando
que o mesmo não deve atuar para esta sobrecarga em regime permanente.
Com base na corrente nominal do catalogo do motor a corrente do
fusível é dada na Equação (18):

23
M1:

M2: (18)

Consultando o catalogo de fusíveis tipo NH da WEG da Figura 20.

Figura 20: Tabela de escolha de fusíveis tipo NH retardado da WEG.


Fonte: (WEG S.A., 2011)
Pela Figura 20 o fusível escolhido é 25A para o motor M2 e 100A
para o M1.

4.2.4 Contator Ks1, Km1, Ks2 e Km2

O dimensionamento dos contatores considera a corrente nominal


dos motores mais uma sobrecarga de 20%,conforme a Equação (19).
(19)

Desta forma o contator WEG adequado é:


Ks1 e Km1: CWM105.20.24 Contator tripolar, com um bloco de dois
contato auxiliar tipo NA (BCXML20) e bobina alimentada em 24Vcc.
Ks2 e Km2: CWM25.11.24 Contator tripolar, com um bloco de
contato auxiliar tipo 1NA e 1NF (BCXML11) e bobina alimentada em 24Vcc.

4.2.5 Rele térmico de sobrecarga RT1 e RT2

O rele de sobrecarga RT1 adequado para o motor M1, usado com os


contatores CWM105 e que tenha a corrente nominal no contator Ks1 e Km1
dentro de sua faixa de ajuste é o: RW117-1D3-U080.

24
O rele de sobrecarga RT2 adequado para o motor M2, usado com os
contatores CWM25 e que tenha a corrente nominal no contator Ks2 e Km2
dentro de sua faixa de ajuste é o: RW27-1D3-D125.
A Figura 21 mostra os reles térmicos especificados.

Figura 21: Imagem do rele térmico WEG RW27 e RW117.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

4.2.6 Temporizador T1 e T2

Consultando o catalogo WEG tem-se o temporizador RTW-RE-01-


U003S-E26: Rele temporizador de retardo na energização, com um contato
NAF, temporização de 0,3s a 3s, e alimentado em 24Vcc. A Figura 22 mostra a
imagem deste rele temporizador.

Figura 22: Imagem do rele temporizador de retardo na energização RTW.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

4.2.7 Botoeiras S1, S2, S3 e S4

As botoeiras S1 / S2 e S3 / S4 podem ser reduzidas a um único


elemento de comando com um contato de pulso NA e outro NF, como mostra a
Figura 23.

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Figura 23: Imagem da Botoeiras NA e NF especificada.
Fonte: (WEG S.A., 2011)

4.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO

A Figura 24 mostra o desenho com a representação da disposição física


dos componentes para montagem do painel elétrico.

Figura 24: Desenho do painel elétrico para partida com soft-starter.


Fonte: Autoria Própria, desenhado no software Bentley MicroStation V8i.

26
5. PARTIDA COM INVERSOR DE FREQUENCIA

O uso do acionamento de motores de indução por Inversores de


Frequência tem duas principais motivações: Uma delas é que o inversor
permite o controle e variação da velocidade do motor e a outra é para acionar
cargas com conjugado constante que exigem alto torque mesmo em baixas
velocidades, inclusive na partida. A utilização de inversores estáticos de
frequência atualmente compreende o método mais eficiente para controlar a
velocidade dos motores de indução.
Os inversores transformam a tensão da rede, de amplitude e
frequência constantes, em uma tensão de amplitude e frequência variáveis.
Variando-se a frequência da tensão de alimentação, varia-se também a
velocidade do campo girante e consequentemente a velocidade mecânica de
rotação da máquina. O torque desenvolvido pelo motor de indução depende
diretamente do fluxo magnetizante e da corrente do rotor. A corrente depende
da carga e se esta for constante não provocará variação no torque. Já o fluxo
depende da relação amplitude por frequência da tensão. Portanto variando
proporcionalmente a amplitude e a frequência da tensão de alimentação, o
fluxo e, consequentemente, o torque permanecem constantes. O motor fornece
assim um ajuste contínuo de velocidade e conjugado com relação à carga
mecânica. (WEG S.A., 2011).
Grande parte das aplicações como bombas, ventiladores e
máquinas simples, necessitam apenas de variação de velocidade e partidas
suaves, sendo atendidas plenamente com o uso de inversores com tecnologia
Escalar ou V/F. Algumas aplicações entretanto, como elevadores, guinchos,
bobinadeiras e máquinas operatrizes necessitam além da variação de
velocidade o controle de torque, operações em baixíssimas rotações e alta
velocidade de resposta, sendo atendidas por inversores com tecnologia de
controle Vetorial.

27
5.1 DIAGRAMAS DE FORÇA E COMANDO

Segue na Figura 25Figura 16 o projeto dos diagramas de força e


comando, respectivamente, para acionar um motor de 50HP através de
inversor de frequência.

Figura 25: Diagrama de força e comando do acionamento por inversor de frequência.


Fonte: Autoria Própria, desenhado no software CADe_SIMU versão 1.0.

Lista de componentes:
M: motor de 50HP;
Inv: Inversor de frequência;
F: Fusiveis ultra-rápidos para proteção do inversor;
S1: botoeira com retenção para acionamento (Liga / Desliga);
S2: Botoeira com retenção para seleção do sentido de giro;
Pot: Potenciomentro 5kΩ, para ajuste da referencia de velocidade;
DI1 e DI2: Entradas digitais do inversor;
AI1+: Entrada analógica do inversor.
Existe a opção de utilizar a IHM para realizar o acionamento,
fazendo a função das botoeiras S1, S2 e do potenciômetro Pot, porém esta
alternativa não é recomendada para usuários não treinados no uso do inversor,

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deixando-se assim a IHM apenas para configuração dos parâmetros da partida,
como tempo de rampa, frequência inicial e final e valores limites, entre outros.

5.2 DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES

Os dispositivos do circuito de força devem ser dimensionados para


suprir a corrente nominal do motor bem como proteger de forma adequada
quanto a possíveis curto-circuitos ou sobrecargas. O inversor de frequência
possui proteções eletrônicas para o motor, as quais são ajustadas através de
seus parâmetros de configuração, dispensando assim o uso de reles térmicos
de sobrecarga e outros dispositivos.

5.2.1 Inversor de Frequência

A especificação do inversor de frequência é feita usando como


critério a corrente nominal do motor que será acionado. Para este caso o motor
de 50HP possui corrente nominal de 70,39A. A Figura 26 mostra a tabela de
características dos inversores WEG para determinação do modelo adequado.

Figura 26: Tabela de características dos inversores de frequência WEG.


Fonte: (WEG S.A., 2011).

O inversor especificado é o CFW 09.70/380-480 com corrente


nominal de saída de 70A, mostrado na Figura 27.

Figura 27: Inversor CFW 09 especificado da WEG


Fonte: (WEG S.A., 2011)

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5.2.2 Fusiveis F

Os fusíveis ultra-rapidos para proteção do inversor são definidos no


catologo do fabricante do inversor conforme o modelo anteriormente
especificado. A Figura 28 mostra a tabela de definição de fusíveis e a Figura 29
mostra o fusível NH a ser utilizado.

Figura 28: Tabela de definição de fusíveis para o inversor CFW 09 WEG.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

Figura 29: Fusivel tipo NH para o inversor CFW 09 WEG.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

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5.2.3 Botoeiras S1 e S2

As duas botoeiras S1 e S2 são do tipo comutador com alavanca,


como mostra a Figura 30.

Figura 30: Imagem da Botoeiras S1 e S2 especificadas.


Fonte: (WEG S.A., 2011)

5.3 DESENHO DO PAINEL DE COMANDO E PROTEÇÃO

A Figura 31 mostra o desenho com a representação da disposição física


dos componentes para montagem do painel elétrico.

Figura 31: Desenho do painel elétrico para acionamento com inversor de frequência.
Fonte: Autoria Própria, desenhado no software Bentley MicroStation V8i.

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6. REFERÊNCIAS

ALVES NETO, José A. Comandos elétricos, 2004. Disponivel em:


<http://www.cefetsp.br/edu/jaan/com_ele.html>. Acesso em: 25 de agosto de
2011.

MORAES, Everton. Sala da Elétrica. Dimensionamento partida de motores,


2011. Disponivel em:
<http://saladaeletrica.blogspot.com/2011/06/dimensionamento-partida-yd.html>.
Acesso em: 25 de agosto de 2011.

WEG S.A. Catalogo de motores elétricos, Jaragua do Sul, 2011. Disponivel


em: <http://www.weg.net>. Acesso em: 30 de outubro de 2011.

WEG S.A. Catalogo de contatores e reles de sobrecarga, 2011. Disponivel


em: <http://www.weg.net>. Acesso em: 31 de agosto de 2011.

WEG S.A. Catalogo de fusíveis, 2011. Disponivel em: <http://www.weg.net>.


Acesso em: 30 de agosto de 2011.

WEG S.A. Catalogo de comando e sinalização, 2011. Disponivel em:


<http://www.weg.net>. Acesso em: 30 de agosto de 2011.

WEG S.A. Catalogo de Soft-Starter, 2011. Disponivel em:


<http://www.weg.net>. Acesso em: 30 de outubro de 2011.

WEG S.A. Catalogo de reles temporizadores, 2011. Disponivel em:


<http://www.weg.net>. Acesso em: 31 de agosto de 2011.

WEG S.A. Catalogo de Inversores de Frequência, 2011. Disponivel em:


<http://www.weg.net>. Acesso em: 3o de outubro de 2011.

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