Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA
Introdução 02
Aspectos da malha rodoviária paranaense 03
Importância da conservação rodoviária no desenvolvimento sócio-econômico 06
Organização do DER/PR na conservação rodoviária 09
Sistemas gerenciais para a conservação rodoviária 12
Situação atual da conservação rodoviária 30
Conclusões 32
2
CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA
INTRODUÇÃO
Isto porque os seus objetivos são concernentes à preservação, e não à criação de algo
concreto.
MANUTENÇÃO
“Quando tudo está bem
Ninguém lembra que existe
Quando algo vai mal
Dizem que não existe
Quando é para gastar
Acham que não precisa existir
Porém, quando realmente não existe
Todos concordam que deveria existir”.
A. Sutter
3
ASPECTOS DA MALHA RODOVIÁRIA PARANAENSE
16.000,0
14.000,0
12.000,0
10.000,0
EXTENSÃO (km)
8.000,0
6.000,0
4.000,0
2.000,0
-
67
69
71
73
75
77
79
81
83
85
87
89
91
93
95
97
99
01
03
05
07
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
19
20
20
20
20
ANO
4
Este crescimento acelerado da rede rodoviária pavimentada provocou mudanças
significativas do ponto de vista da conservação rodoviária no DER, uma vez que estava
sendo alterando as características rodoviárias da pista de rolamento que se transformava de
leito estradal terroso para pavimentado, bem como, os seus dispositivos adjacentes tais
como a drenagem, sinalização horizontal e vertical, entre outros. Além desta transformação,
no que diz respeito às rodovias pavimentadas, estava sendo criado uma variedade de tipos
de pavimentos dada as diferentes características regionais, cujas soluções dos pavimentos
implantados, variaram desde as pavimentações com pedras irregulares, pavimentos
asfálticos, pavimentos poliédricos, e pavimentos em concreto de cimento portland.
Quanto aos pavimentos asfálticos, as variedades existentes, são os do tipo em tratamentos
superficiais, os em premisturados a frio, a quente e os em concreto asfáltico usinado a
quente.
5
A malha rodoviária sob a jurisdição do Estado é composta pelas rodovias estaduais,
estaduais coincidentes e as federais delegadas. Estas por sua vez estão segmentadas em
trechos rodoviários conforme padrões do Sistema Rodoviário Estadual. Estas segmentações
são muito importantes sob o ponto de vista gerencial pois possibilita a organização da malha
segundo características rodoviárias, tais como: volume de tráfego da via, tipos de superfície
de rolamento, tipos de base, entre outros. A importância de se conhecer estas
características serão melhores relatadas ao longo deste trabalho.
Atualmente a malha rodoviária estadual já tem uma base georreferenciada na qual se pode
identificar as coordenadas de início e fim de cada trecho rodoviário e o seu correto traçado
através da base cartografica. Para exemplificar a figura a seguir ilustra uma parte desta
base.
163S0302PRC
182S0290EPR
163S0300PRC Maripá
384
Assis
182S0310EPR
Chateaubriand
317S0370EPR
600 648
TOLEDO 163BPR0103
317S0395EPR
(DUP)
Ac I Ac II AcIII
386
822 317S0384EPR
821 017
317S0390EPR 019
Ouro Verde 163BPR0102
do Oeste
317S0388EPR 317E0386EPR (DUP)
585S0305EPR
317D0386EPR
Cascavel
São Pedro
do Iguaçu
6
IMPORTANCIA DA CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA NO DESENVOLVIMENTO SÓCIO-
ECONÕMICO
Entretanto quando se trata de rodovias, a conservação não parece ser à primeira vista uma
necessidade urgente. Tal é a opinião do público em geral, senão também de numerosos
técnicos rodoviários.
Que motivos levam a essa visão tão pouco congruente com o comportamento dispensado
em outras atividades?
As rodovias existem desde tempos muito antigo e se constituem um meio fundamental para
a mobilidade das pessoas. A sua importância é algo indiscutível. Todo mundo sem exceção
se beneficia de uma ou de outra forma de sua existência, e muitos as usam freqüentemente.
Mesmo aqueles que pouco usam as estradas, recebem seus benefícios indiretamente
quando lhes são facilitados as mercadorias, alimentos, os remédios, as roupas, jornais e
revistas, sem contar com lazer imprescindíveis à vida de todos, permitindo-lhes as viagens
de férias e aos eventos sociais e recreativos.
Por isso, as estradas constituem no interesse generalizado dos distintos segmentos sociais,
ainda que nem todos as valorizem de modo igual. A grande maioria da população associa a
idéia de progresso à de construir reconstruir ou melhorar. No caso da rede rodoviária, tal
idéia eqüivale também, em especial, à pavimentação das estradas.
De igual modo, caso um profissional da área rodoviária deparar-se com a oportunidade de
materializar seu sonho dourado, seguramente levará a cabo uma obra grandiosa ou
espetacular, contribuindo dessa forma para o progresso do país e satisfazendo ao mesmo
tempo um desejo pessoal. Não é de se surpreender pela existência destes desejos, pois,
como se sabe, as aspirações ao progresso está presente em todos os âmbitos da atividade
humana.
Os que realizam obras novas, reconstruções e melhorias alcançam prestígio e conotação
política. A inauguração de uma obra é um momento especialmente gratificante para seus
gestores e para os que dela se beneficiam diretamente. Por isso as petições e pressões dos
diferentes grupos de interesse se orientam habitualmente em direção à obtenção de
melhorias nas rodovias. O escasso atrativo da conservação reside no fato de que não tem
outro propósito, senão o de manter o que se tem, sem satisfazer os desejos de progresso. A
mera preservação do acervo já alcançado dá a sensação de estacionamento. Numa
realidade em que tudo evolui com tal rapidez, se presume que o que não avança retrocede.
7
Entretanto, a ausência de trabalhos de conservação é uma forma de retrocesso. Com efeito
o acervo se vai consumindo e desgastando, paulatinamente, ainda que a manifestação
desse desgaste tarde em fazer-se evidente. Paradoxalmente, o interesse geral pela
conservação se manifesta somente quando, por sua falta, as estradas chegam a tal grau de
deterioração que provocam sérios transtornos no tráfego.
Na verdade, nem sequer entre os profissionais da área rodoviária existe a unanimidade
quanto à função primordial que cumpre a conservação. Muito deles pensam que a
conservação é uma atividade simples e de pouca importância, considerando-a como uma
necessidade própria daqueles que não são capazes de fazer algo significativo e muitas
vezes constituindo num verdadeiro “castigo” ao profissional ser relegado a tarefas de
manutenção. Esta atitude entretanto se origina pela falta de compreensão do que significa a
conservação das estradas.
O que tem se observado é que em muitos órgãos rodoviários se desconhece o conceito de
manutenção. Muitos departamentos de manutenção se limitam a tapar os buracos, ou a
remediar as falhas mais evidentes que apresentam as estradas, já destruídas por falta de
conservação. No entanto, a realidade é muito diferente. Se existe uma atividade
verdadeiramente complexa na área rodoviária, esta atividade se chama conservação,
sobretudo em seu aspecto de planejamento. Nem todo técnico está em condições de
reconhecer oportunamente as necessidades, determinar os trabalhos que devem ser
executados, e destinar os recursos tradicionalmente insuficientes de modo a obter o máximo
de rendimento delas. Portanto, a conservação das estradas requer a intervenção de
profissionais dos mais capacitados, mais preparados e mais empreendedores da área
rodoviária, bem como uma estrutura administrativa capaz de gerir sistemas gerenciais
atualmente disponíveis e que estabeleçam as melhores estratégias e as executem diante
das disponibilidades dos recursos usualmente insuficientes.
Partindo da informação de que através das rodovias brasileiras circulam cerca de 60% do
volume de cargas produzidas no país equivalente a 80% do seu valor comercial, que o
sistema rodoviário é responsável por 95% do transportes de passageiros e da estimativa de
que 90% do comércio dependa das estradas.
No livro “CAMINHOS – Um novo conceito para a gestão e conservação das redes viária”
está a afirmação de que para cada dólar que os países deveriam ter gasto em manutenção,
os usuários das rodovias são obrigados a gastar por volta de 3 dólares em custos adicionais
correspondentes à operação de veículos.
8
Quanto à atratividade das ações de conservação temos:
• A rentabilidade (TIR) dos investimentos em conservação pode ultrapassar a 70% .
• Benefícios mais importantes são obtidos na forma de redução do custo de operação.
• Para cada dólar não gasto em conservação deverão ser gastos, no mínimo 2,5 dólares
para restaurar a rodovia.
Dados acima foram extraídos da disciplina de Recuperação e Conservação de Obras Viárias do Prof. Djalma Martins Pereira do Curso de
MBA em Infraestrutura Viária
9
ORGANIZAÇÃO DO DER/PR NA CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA
A mais de dez anos o DER/PR ultrapassou meio século de existência. Fundado em 1946, é
o principal responsável pela vocação rodoviária do Estado do Paraná, dada a sua eficiência
em ofertar ao povo paranaense esta extensa rede rodoviária, traduzida pelas estradas
tronco, as alimentadoras, as vicinais e as de ligações que cruzam por todas as regiões.
10
DER DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO PARANÁ
D
S CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
U
I
P CA
R
E
E
R
Ç DIRETOR-GERAL
Ã
I CONSELHO DIRETOR
O
O DG CD
R
ASSESSORIA DE
PLANEJAMENTO
GABINETE
A GAB
S AP
SM
N EE
SN
ASSESSORIA DE
ENGENHARIA AMBIENTAL
AUDITORIA INTERNA
AI
Í ST
OO
AEA
V R
A
ASSESSORIA MILITAR
PROCURADORIA
JURÍDICA
AM
E PJ
I
S DIRETORIA DIRETORIA DE
OPERAÇÕES
DIRETORIA
ADMINISTRATIVO-
TÉCNICA FINANCEIRA
DT DOP
DAF
D COORDENADORIA DE
COORDENADORIA DE
PROGRAMAÇÃO E ACOM-
COORDENADORIA
ADMINISTRATIVA
PROGRAMAÇÃO E PANHAMENTO DE MANU- CA
E ACOMPANHAMENTO DE
OBRAS E SERVIÇOS
TENÇÃO DE RODOVIAS
CPAM COORDENADORIA
A
T CPAO DE RECURSOS
U COORDENADORIA HUMANOS
A A
Ç
COORDENADORIA
TÉCNICA
DE ENGENHARIA DE
TRÁFEGO E SEGURANÇA
CRH
RODOVIÁRIA
T Ã
O
CT CETS
COORDENADORIA
DE CONTABILIDADE
E FINANÇAS
U P
R
COORDENADORIA DE COORDENADORIA DO
GERENCIAMENTO DA
CCF
PESQUISA E
A O
G
DESENVOLVIMENTO
CPD
MALHA RODOVIÁRIA
CGM
COORDENADORIA
DE GERENCIAMENTO
R
Ç A
M COORDENADORIA DE
ORÇAMENTÁRIO
CGO
Ã
COORDENADORIA DE CONCESSÃO E
Á
CUSTOS E PEDAGIAMENTO COORDENADORIA
T
ORÇAMENTO CCP DE INFORMÁTICA
O
I
C CCO CI
A COORDENADORIA DE
TRANSPORTE COORDENADORIA
RODOV. COMERCIAL DE EDUCAÇÃO
CTRC DE TRÂNSITO
CET
COORDENADORIA
DE LICITAÇÕES
CL
ER
XE
EG
CI
SUPERINTENDÊNCIAS CONSELHO
UO REGIONAIS REGIONAL
ÇN SR CR
ÃA
OL
LEI Nº 8.485 DE 03 - 06 - 87
DECRETO Nº 2.458, DE 14-08-2000 DECRETO Nº 4475, DE 14-03-2005
DO Nº 5.806, DE 15-08-2000
11
A seguir transcrevemos a organização da Diretoria de Operações e da Superintendência
Regional que são os responsáveis pela conservação de rodovias, entre outras coisas.
a) Conselho Regional - CR
b)Superintendente Regional
Gerente de Operações Rodoviárias
Gerente Administrativo-Financeiro
Gerente Técnico
Gerente de Equipamentos
Gerentes de Obras e Serviços
Procurador Jurídico Regional
Escritórios Regionais - ER
12
SISTEMAS GERENCIAIS PARA A CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA
13
4. Racionalizar as ações, através do emprego de sistemas informatizados, específicos e
bem definidos.
SAM SAE
GERENCIA DA
CONSERVAÇÃO
RODOVIÁRIA
SOAE
SGP
Além destes sistemas, não poderia deixar de relatar a preocupação com que são tratados os
aspectos de segurança das nossas vias, nos projetos de construção de novas estradas, bem
como nas reabilitações de rodovias buscando sanar os chamados pontos críticos.
SAM – Visa manter um cadastro atualizados dos elementos rodoviários, qualificar o estado
de conservação de cada segmentos rodoviários e seus elementos, fornecer subsídios para
quantificação dos serviços e necessidades de recursos para a conservação, propiciando a
14
elaboração de programas de conservação e propostas orçamentárias; propiciar a
planificação e execução de serviços e assegurar o controle dos serviços executados.
SAE – tem por objetivo geral assegurar uma administração confiável do processo de
utilização e manutenção de equipamentos, no sentido de viabilizar os serviços de
conservação.
O SAE propicia a manutenção da frota em condições regulares de operação e
funcionamento, subsidia a administração de informações gerenciais e técnico-operacionais
voltadas para o planejamento, controle e avaliação das condições operacionais da frota,
acompanhar o desempenho e o desenvolvimento do pessoal envolvido com os
equipamentos; racionalizar o conjunto de ações relativas aos insumos ( combustíveis,
lubrificantes, peças e serviços) visando possibilitar a adequada manutenção mecânica e
operação dos equipamentos; promover a aquisição/desenvolvimento de tecnologias
apropriadas de manutenção e operação de máquinas e equipamentos.
Mais do que técnicos, os problemas gerenciais representam os maiores desafios tanto para
os gerentes quanto para as entidades responsáveis pela conservação rodoviária.
Em condições de necessidades sempre crescentes e urgentes, o administrador deve
procurar obter o máximo de retorno da aplicação dos escassos recursos que são destinados
ao setor. Para se aproximar do nível ideal deste processo de otimização dos recursos
alocados para a conservação, é preciso melhorar a gestão dos recursos da organização, o
que não significa apenas estabelecer um novo organograma.
15
Melhorar a gestão significa definir níveis de esforços a serem aplicados nos diferentes
trechos rodoviários para a geração de serviços de conservação, realizar o inventário da
malha viária para qualificar os elementos físicos das rodovias geradores de serviços; é
estabelecer as normas e padrões desempenho que coloquem a qualidade e a produtividade
em patamares aceitáveis; é programar o trabalho que precisa ser feito e fazê-lo no momento
exato em deve ser feito.
Para dar atendimento à estas exigências, a Diretoria de Operações se vale do SAM para o
desenvolvimento de sua atividade, na qual passaremos a descrevê-la.
DISPONÍVEL ORÇAMENTO
PROGRAMA ANUAL
RELATÓRIO PROGRAMAÇÃO
PLANEJADO EXECUTADO
DE CONTROLE SEMANAL DE
ANUAL TRABALHO
RELATÓRIO RELATÓRIO
DE CONTROLE MENSAL DE
TRIMESTRAL TRABALHO EXECUÇÃO
Cabe observar que a descrição dos conceitos do sistema serão relatados como se
estivéssemos realizando o processamento manual com o objetivo de facilitar a sua
compreensão, todavia o processamento eletrônico que conferem inúmeras vantagens, tendo
em vista as necessidades de variações nos dados de entrada e de soluções, possam seguir
ordenações diferentes.
16
O sistema utiliza um processo constante de:
1- Planejamento
Para esta fase estão inseridas as etapas de coleta de dados cadastrais dos elementos
geradores de serviços de conservação até o resultado da obtenção do Orçamento Programa
Anual.
A) Inventário de estradas
Embora o inventário básico seja executado uma única vez, com atualizações gerais a
cada cinco anos por exemplo, alguns fatores exigem atualização anual tais como: a
necessidade de execução de melhoramentos, as variações das condições do
pavimento e as recomposições dos elementos tais como: sarjetas, valetas, bueiros
entre outros, que se constituem na chamada segunda fase do levantamento cadastral.
B) Atividade de Conservação
Outra pergunta a ser respondida é “ O que deve ser feito para conservar os elementos
rodoviários do trecho? “. A resposta é o elenco de serviços de conservação das mais
variadas que se aplicam nos diferentes tipos de elementos rodoviários que compõem
uma estrada.
17
O sistema está essencialmente voltado para as atividades de conservação rotineira
corretiva. Os conceitos e procedimentos empregados pelo sistema são apropriados
para este tipo de atividade. Já a programação de boa parte das atividades de
conservação preventiva periódica está subordinada a outros parâmetros.
É o caso por exemplo de lama asfáltica, ou de recapeamento cuja execução deve
atender muito mais aos critérios estabelecidos em um sistema de gerencia de
pavimentos.
Então no que se refere a estas atividades de manutenção periódica e preventiva, de
reconstrução de pavimentos e até mesmo o de melhoramentos, a intervenção do
sistema ocorre no registro das modificações causadas, que implicam em modificações
subsequentes nas quantidades de serviços de conservação de rotina.
C) Níveis de Esforços
O sistema responde a outra questão básica através dos níveis de esforços. “ Quanto
de conservação deve ser executado?”
É intuitivo que quanto maior o nível de esforço, maior a quantidade de conservação e
maior o seu custo. Assim, por exemplo, no que se refere à capina manual de um
acostamento não pavimentado se poderia definir um nível de esforço de 0,5, 1,0 ou
2,0 m2 para cada metro quadrado de acostamento não pavimentado o que equivale a
capinar uma vez a cada dois ano, uma vez no ano ou duas vezes no ano
respectivamente ao aplicarmos as três taxas exemplificadas. É evidente também, em
contrapartida, que quanto maior o nível de esforço aplicado maior o nível de qualidade
alcançada.
O exemplo apresentado teve como objetivo mostrar o que se entende por nível de
esforço, já que uma definição formal não seria provavelmente muito clara. Agora
poderia se dizer que nível de esforço é a quantidade de serviço de conservação (a
capina) que se deve realizar por unidade de elemento gerador (m 2 de acostamento
não pavimentado), por ano, para produzir ou alcançar um determinado nível de
qualidade. Assim a pressuposição de um determinado nível de qualidade, uma
questão subjetiva, está implícita no valor atribuído ao nível de esforço.
Até agora as questões levantadas tinham a ver com o que conservar (inventário,
atividades), e com o quanto conservar ( níveis de esforço). A indagação final refere-se
a “como conservar?”. Para responder a esta indagação o sistema dispõe de normas e
padrões de desempenho, uma forma de descrever o processo de trabalho de cada
atividade de conservação.
18
• o nome da atividade, e frequentemente um código;
• a produção diária média da equipe;
• instruções passo a passo da forma como o trabalho deve ser executado;
• a composição da equipe em termos de pessoal, equipamento e ferramentas,
além da relação do material consumido em um dia de trabalho.
Cabe observar novamente que o sistema de normas e padrões de desempenho está mais
voltada para atividades de rotina, embora normas também estejam disponíveis para
atividades preventiva e de melhoramentos. No entanto estas últimas requerem muitas vezes
especificações mais detalhadas do que é possível fornecer em um documento como aqui
definido. Contudo, ainda nestes casos elas são úteis por proporcionar uma idéia da
seqüência de como deve ser executada a tarefa, dos tipos de materiais empregados, da
produtividade, entre outros,
19
2- Planejamento de Campo
Programa Mensal
Necessidades de Conservação:
Ordem de Serviço
As Ordens de Serviço para cada área de gestão são preparadas nas Reuniões de
Programação Semanal que o Eng° Gerente da Área de Gestão realiza com os
Feitores Gerais, em um dia da semana que antecede a semana da programação,
compatibilizando a distribuição dos serviços determinados pelo Programa Anual de
trabalho com as necessidades de conservação levantadas. Sua finalidade principal é
detalhar serviços que devem ser executados, indicando o número de dias prováveis,
datas e locais em que serão executados, bem como o Encarregado de Turma
designado para cada serviço. Obviamente, são considerados os recursos disponíveis
(pessoal, equipamento e materiais) e a tentativa de se manter níveis de ocupação e
utilização mais ou menos constantes, tanto de pessoal como de equipamento.
3- Execução de Serviços
Como descrito no item anterior, a execução dos serviços se dá mediante uma planificação
prévia onde o documento que indica a realização do serviço é a Parte Diária de Turma.
Porém, nem todos os serviços podem ser previamente planejados como nos casos dos
serviços emergenciais. Neste particular, de posse de formulário em branco, deve ser
preenchia a Parte Diária de Turma para utilização na etapa de controle.
4- Controle
Nos limitaremos aqui em dizer como se desenvolvem os relatórios e controles, sem entrar
no mérito dos detalhes de quantidade e tipos de formulários empregados. Basicamente, os
procedimentos são distintos a cada nível de organização, onde as informações logicamente
crescerão á medida em que descemos na escala organizacional.
Portanto temos:
Nos ER's os dados para a elaboração dos relatórios mensais a serem enviados às
Superintendencias Regionais são lançados diariamente para evitar o acúmulo de
informações.
São nos ERs que se realizam os primeiros controles, sejam eles de ordem de execução das
tarefas, de ordem organizacional nas alocações de recursos, avaliações individuais para
cada área de gestão ou mesmo de forma global para todo o Escritório.
Agindo de forma diferente dos Escritórios que controlam dia a dia a execução de serviços de
manutenção em locais específicos, as Superintendencias são responsáveis por funções
mais amplas e de controles diferentes.
21
3 - Relatar o progresso no programa de trabalho de manutenção regional (soma
do progresso dos Escritórios dentro da região) para a Diretoria de Operação.
22
SISTEMA DE GERÊNCIA DE PAVIMENTOS - SGP
23
MODELO HDM (Highway Design and Maintanance Standards Model).
Este modelo pode analisar várias alternativas de projeto e manutenção para rodovias. Ele
opera basicamente através da inter-relação dos seguintes elementos:
HDM
PARA CADA ANO DO PERÍODO DE ANALISE
HIGHWAY
DESIGN AND
SUB-MODELO DE TRÁFEGO MANTENANCE
STANDARDS
MODEL
SUB-MODELO DE CONSTRUÇÃO RODOVIÁRIA
24
HDM - Highway Design and Maintenance Standards Model
PADRÕES DE MANUTENÇÃO
SUB-MODELO
CARACTERÍSTICAS DA RODOVIA CONDIÇÕES DE
DE
SUPERFÍCIE
DETERIORAÇÃO
CONDIÇÕES DE SUPERFÍCIE
SUB-MODELO DE
CARACTERÍSTICAS DA RODOVIA CUSTOS UNITÁRIOS
CUSTOS OPERACIONAIS
DE OPERAÇÃO
DE VEÍCULOS
CUSTOS AO GOVERNO
CUSTOS AO GOVERNO
+ CUSTOS TOTAIS AO USUÁRIO
= CUSTOS TOTAIS DE TRANSPORTES
25
PADRÕES CONDIÇÕES CONDIÇÕES
E CUSTOS DE INICIAIS DE
MANUTENÇÃO DA RODOVIA TRÁFEGO
INICIAR
ANÁLISE
N
APLICAR MANUTENÇÃO MUDAR
ARMAZENAR CALCULAR CUSTO DE MANUTENÇÃO CONDIÇÕES
RESULTADO DO ANO ESTIMAR DETERIORAÇÃO DA RODOVIA
ALOCAR TRÁFEGO
ESTIMAR CUSTO DE MANUTENÇÃO
ALOCAR OUTOS CUSTOS
N ÚLTIMO ANO
DE ANÁLISE ?
S
RESUMIR CUSTOS
USUÁRIOS (Operaçâo + Tempo de Viagem)
GOVERNO (Manutenção +Construção )
PREPARA
RELATÓRIOS
26
Estrutura Analítica do Modelo:
1 - Sub-Modelo de Tráfego:
2 - Sub-Modelo de Construção:
Ainda pode ser programado a implantação do projeto à qualquer ano do período de análise,
podendo ser construções novas, restauração do pavimento ou melhoramentos.
27
SUB MODELO DE DETERIORAÇÃO E MANUTENÇÃO DE RODOVIAS
DADOS DE ENTRADA da Estrutura do Pavimento,
Condição, Idade para o ano inicial de análise.
SUB MODELO ENTRADA de fatores
DE TRÁFEGO locais de adaptação
COMPUTA CARREGAMENTO DO TRÁFEGO
Incremento sobre o ano de análise pela Função de Degradação
COMPUTA RUGOSIDADE
Incremento no ano de análise pelo componentes: tráfego,
degradação superficial, idade/meio ambiente
COMPUTA QUANTIDADES E
MANUTENÇÕES S EFEITOS DA MANUTENÇÃO
PROGRAMADAS ? para Reconstruções, ou Recapes,
ou Capas Selantes, ou Outro serviço
N preventivo de acordo com critérios
S especificados sobre prioridades
MANUTENÇÃO POR abaixo
NIVEL DE CONDIÇÃO ?
N COMPUTA CONDIÇÃO E
S QUANTIDADES DE
TAPAS BURACOS
MANUTENÇÃO
ROTINEIROS?
pelos Tapa Buraco.
N
COMPUTA POS-MANUTENÇÃO DADOS DE SAIDA DA DADOS DE SAIDA DE
Condição, Estrutura, Idade RUGOSIDADE MÉDIA QUANTIDADES DE
para o Sub Modelo de Custo MANUTENÇÃO para o
Operacional de Veículos Sub Modelo de Custo
28
4 - Sub-Modelo de Custos Operacionais de Veículos
Este sub-modelo estima os custos de operação dos veículos sobre a rodovia para as
diferentes alternativas analisadas, em função do tipo e condições da superfície, relevo e
geometria do projeto (rampa, contra rampa e curvatura horizontal), volume e composição do
tráfego. Os componentes do custo de operação de veículos incluem custos de uso
(combustível, óleo, pneus, etc.) e custos de tempo (depreciação, juros, etc.).
Todas as estimativas são feitas em termos de quantidades físicas,. cuja a aplicação dos
custos unitários possibilitam a obtenção dos custos totais de operação de veículos.
Este sub-modelo permite a análise entre as soluções a serem adotadas para o determinado
trecho em função dos benefícios líquidos presentes (B-C), a relação benefício/custo (B/C) e
ainda a taxa interna de retomo (TlR).
Com frequência é necessário selecionar os projetos que satisfaçam quando o custo total
dos projetos economicamente justificadas está acima dos recursos disponíveis. O princípio
econômico utilizado para esta seleção é o da maximização dos benefícios líquidos. Se
utiliza o modelo HDM para predizer o valor presente liquido de diferentes alternativas para
cada trecho de uma rede de rodovias, Utilizando os resultados do modelo HDM, é possível
selecionar, mediante o modelo EBM, o conjunto de alternativas que maximizam o valor
presente liquido com as restrições orçamentarias.
29
30
SITUAÇÃO ATUAL DA CONSERVAÇÃO RODOVIÁRIA:
Tal como nos demonstram os números, o auge de construção de rodovias das décadas dos
anos 60 e 70 no Brasil e no Paraná nos anos 70, vem se convertendo agora em uma crise
de escala continental de manutenção rodoviária. As dificuldades econômicas e financeiras a
qual atravessamos, sem dúvida, tem agravado o problema; no entanto não devemos
esquecer outros fatores que incidem sobre a deterioração da rede rodoviária existente e que
aumentam a crise da conservação. Referimos principalmente ao abuso da
utilização das rodovias, que suportam volumes de tráfego e cargas por eixos superiores
àquelas de projeto; a falta da prioridade da conservação diante do desejo dos governos em
continuar fazendo obras novas; o desvio de recursos da conservação (pessoal,
equipamentos e outros) em trabalhos não afins à conservação rodoviária e enfim, a
escasses destes recursos.
O resultado desta crise é o conjunto de redes rodoviárias nacionais que tem passado do
ponto em que medidas normais de conservação possam ser suficientes, por si só, para
restabelecer os níveis adequados de transitabilidade. Grande parte dessa rede necessita
reabilitação ou reconstrução, o que significam investimentos muito superiores àquelas que
haviam sido necessários, caso houvessem sido dado continuidade, à manutenção periódica
preventiva.
À atual crise de conservação rodoviária, tendo de um lado, os graves problemas que pode
causar à economia em geral, e do outro, as muito importantes oportunidades de
investimentos, com alta rentabilidade que dela se derivam, nos leva à necessidade de
examinar conscientemente também, as instituições encarregadas de administrar as redes
rodoviárias, para determinar se encontram-se em condições de enfrentar a grande demanda
de extensões de reabilitação e de manutenção que hoje enfrentamos.
Outro entrave considerável é a inércia daninha que é gerada pelos procedimentos para as
aquisições e contratações. As legislações governamentais se baseiam geralmente na
suspeita, e são estabelecidos na base de controles e controle dos controles, para evitar os
desvios e outros males piores. Sem dúvida, isto só traduzem obstáculos para os bons
administradores, e entraves para a realização oportuna e bem planejada dos trabalhos.
32
CONCLUSÕES
O Paraná até o presente momento tem distorcido esta média, e podemos atribuir o fato às
condicionantes abaixo relacionadas:
• Decorrente do PMR e programas posteriores tais como BID III e BID IV ( programa
de empréstimo internacional com o Banco Interamericano de Desenvolvimento )
assegurando recursos orçamentados para realizações de manutenção periódica,
bem como de aquisições e equipamentos apropriados para serviços rotineiros e
periódicos de conservação.
33
solução adequada e a história orçamentária do DER demonstra que isto foi um
fato marcante.
34