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Abstract. The Risk Management is one of the main interesting topics of Project
Management to researchers, because it involves many challenges and
unpredictable and difficult factors to control. However, due to the number of
unsuccessful projects, Agile Methodologies appear as an approach that can
bring satisfactory results. The success of organizations also depends on good
management and knowledge of several projects that they lead simultaneously.
In this regard, this article proposes a definition of an Agile Risk Management
Process in Multiple Project Environments.
1. Introdução
O desenvolvimento de software é uma atividade complexa, envolvendo inúmeros
fatores que são imprevisíveis e de difícil controle, como inovações tecnológicas e
mudanças constantes nos requisitos do cliente. Esta complexidade faz com que grande
parte dos projetos de desenvolvimento de software exceda o prazo e o orçamento
previstos, além de não atender às expectativas do cliente em termos de funcionalidades e
qualidade. Diante deste cenário, um gerenciamento eficaz tem-se evidenciado como de
fundamental importância para o sucesso desses projetos. Uma vez que a incerteza é
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inerente nestes ambientes, o Gerenciamento de Riscos vem se tornando cada vez mais
relevante neste contexto [Rocha e Belchior 2004].
Projetos de software oferecem desafios específicos para sua realização e seu
gerenciamento. Pesquisas do Standish Group International mostram que os índices de
projetos encerrados com resultados insatisfatórios (insucesso ou sucesso parcial)
continuam relativamente elevados (71% em 2004) [Standish 2004]. Isto vem motivando
as organizações a adotarem Metodologias Ágeis como uma alternativa de gerenciamento
de projetos complexos. O gerenciamento ágil surgiu a partir das necessidades do
mercado atual exigir resultados imediatos, sob condições de altas incertezas e constantes
mudanças. Ele é caracterizado por iterações curtas e dirigidas a produtos, com decisões
colaborativas, contínua integração das novas funcionalidades e rápida incorporação de
alterações [Ribeiro e Arakaki 2006].
Embora a Gerência de Riscos seja um processo saudável para as organizações,
sua utilização ainda está aquém das expectativas. Se já é difícil gerenciar riscos em um
único projeto de desenvolvimento, imagine o grau de dificuldade associado a um
ambiente de múltiplos projetos. Nestes ambientes as dificuldades residem no tratamento
da estratégia organizacional, prioridades e restrições dos projetos e o compartilhamento
dos recursos da organização. Logo, pode-se concluir que essa gestão necessita de um
grau de compromisso maior entre os gerentes de projetos envolvidos e que seja de fácil
condução, pois serão questionados riscos de ambiente organizacional, que pode ter
influência em mais de um projeto, além da necessidade de um papel “influenciador”,
junto à alta direção da empresa, que busque a mitigação desses riscos.
Dentro deste contexto, este trabalho de pesquisa, propõe a definição de um
processo ágil de gestão de riscos em ambientes de múltiplos projetos. Para isto, nas
próximas seções, é exposta uma visão geral sobre agilidade e algumas metodologias
ágeis (Seção 2), os conceitos e atividades do Gerenciamento de Riscos em Ambientes de
Múltiplos Projetos (Seção 3), apresentação do processo proposto (Seção 4), e algumas
considerações da situação atual da pesquisa (Seção 5).
2 Metodologias Ágeis
No final da década de 90, um grupo de pessoas, com muito conhecimento nos processos
de desenvolvimento de software, se reuniu e trocou idéias sobre um conjunto de valores
e princípios encontrados em suas práticas. Isto resultou na criação da Aliança Ágil e no
estabelecimento do Manifesto Ágil para Desenvolvimento de Software [AgileManifesto
2001]. A partir daí, surgiram várias metodologias que seguem estes valores e princípios.
Algumas abordam a questão da Gerência de Projetos como é o caso do Scrum
[Schwaber 2004] e do APM (Agile Project Management) [Highsmith 2004].
3.1. Scrum
O Scrum é uma metodologia cujas práticas são aplicadas em um processo iterativo e
incremental. Assume-se que os projetos no qual o Scrum se insere são complexos e
imprevisíveis, onde não é possível prever tudo que irá acontecer. Por esta razão, ele
oferece um conjunto de práticas que torna tudo isso visível [Schwaber 2004].
A estrutura de processo do Scrum inicia-se com uma visão do produto que será
desenvolvido, contendo as características definidas pelo cliente, premissas e restrições.
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Em seguida, o Product Backlog é criado contendo a lista de todos os requisitos
conhecidos. O Product Backlog é então priorizado e dividido em releases. Cada release
contém um conjunto de requisitos, denominado Sprint Backlog, que será desenvolvido
em uma iteração, denominada de Sprint [Marçal et al 2007].
Na execução da Sprint, diariamente a equipe faz reuniões de 15 minutos (Daily
Scrum Meeting) para acompanhar o andamento do projeto. Ao final da Sprint, é
realizada o Sprint Review Meeting de modo que o time apresente o resultado alcançado
ao Product Owner (representante do cliente). Este resultado recebe o nome de Increment
of Potentially Shippable Product Functionality. Em seguida, o ScrumMaster conduz o
Sprint Retrospective Meeting com o objetivo de melhorar a equipe, o processo ou o
produto para a próxima Sprint.
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para a resolução imediata de empecilhos que possam estar afetando os objetivos do
projeto no momento, impedindo que se chegue ao produto final.
O processo inicia-se com a fase de VISÃO, uma reunião rápida do Risk Team
Master e os Project Leader’s (representantes de projetos). Aqui será apresentado o
processo a todos os participantes e definidas as políticas e fronteiras de atuação desta
gerência. Como resultados, são definidos os tipos de impedimentos que estarão sob a
responsabilidade do Risk Team Master (chamados de Impedimentos de Ambiente) e
quais estarão sobre a gerência de cada projeto. Também é definida a periodicidade de
reuniões para as fases de ESPECULAÇÃO e ADAPTAÇÃO.
Na fase de ESPECULAÇÃO, os projetos são apresentados a todos os
participantes, são coletados os impedimentos identificados por cada Project Leader e é
realizada a identificação dos impedimentos de ambiente, podendo nesta mesma reunião
fazer-se análise e planejamento desses impedimentos. Recomenda-se que análise e o
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planejamento sejam baseados na experiência do time. Ao final, é gerada uma Matriz de
Impedimentos, consolidando todo o resultado desta fase. Essas atividades foram
baseadas no uso da prática de Reuniões Diárias, encontradas no Scrum e APM, para
acompanhar os impedimentos que já foram resolvidos, os que ainda faltam resolver e as
dificuldades existentes para se tentar resolvê-los. Porém, como estas atividades
envolvem o encontro de vários Project Leader’s, aconselha-se que se façam, no
mínimo, reuniões semanais.
A fase de EXPLORAÇÃO contém as atividades para solucionar os
impedimentos identificados. O Risk Team Master tem a obrigação de buscar soluções
para os impedimentos de ambiente, enquanto que os Project Leader’s devem resolver os
impedimentos que estão sob sua responsabilidade.
Na fase de ADAPTAÇÃO, o time se reúne para discutir sobre o processo,
analisando os pontos positivos e negativos, e que melhorias poderiam ser implantadas.
O time estabelece o que mudar e todos concordam em seguir. Após este acordo, a
mudança é institucionalizada para o próximo ciclo de atividades. Esta fase não
necessariamente precisa ser realizada ao final de cada ciclo, pode-se definir um período
maior para sua execução. Esta fase baseou-se na prática de Restrospective Meeting
presente no Scrum.
As atividades de cada fase do processo foram modeladas utilizando-se a notação
BPMN (Business Process Management Notation), vide Figura 2, que tem como
objetivo provê uma notação de fácil entendimento por todos os usuários de negócio,
desde os analistas de negócio que criam os “drafts” iniciais dos processos, até os
técnicos responsáveis por implementar a tecnologia que executará os processos, além
das pessoas que gerenciam e monitoram estes processos [OMG 2008].
6. Referências
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http://agilemanifesto.org/. Última visita: Abril 2008.
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