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Tipos de bombas e ventiladores 1

Adição de energia a um fluido BOMBA

Remoção de energia de um fluido TURBINA

Classificação (critérios)
Princípio de funcionamento: deslocamento positivo,dinâmicas,
diferença de densidade, quant. mov.,
mecânicas, gravidade, elásticas
Direcção do movimento das máquinas: rotodinâmicas e rotativas,
alternativas

Direcção do escoamento: lineares, radiais, axiais mistas

Serviços
* transferência de fluido

* transmissão de potência

* processamento (corte por jacto, limpeza)


Máquinas 2

Deslocamento positivo (mov. de fronteira periódico; vol. fechado;


esc. pulsante, periódico) !p
+ Alternativas Deslocamento
+ Rotativas positivo
µ baixa µ elevada
+ Rotor múltiplo
Dinâmicas (mov. alta vel. de fronteira; adição de quant.mov.; Dinâmica
volume aberto; conv. energ. cinética em pressão) µ baixa

+ Rotativas µ elevada
+ Especiais

.
Q
Bombas e ventiladores dinâmicos 3

RADIAL MISTO
* Centrífugas ou radiais
Rotação baixa (rotor lento);
Trabalho específico elevado;

* Axiais
Rotação elevada (rotor estremamente rápido);
Trabalho específico baixo
Facilidade de organização de estágios em série
AXIAL
* Mistas (entre radial e axial) MISTO

Rotor rápido
Características médias em rotação e trabalho
específico

Sistemas dinâmicos para ar comprimido: pouco frequentes


em Portugal— baixas pressões, funcionamento em contínuo
Componentes de uma bomba dinâmica 4

descarga

voluta impulsor

disco disco
Perdas numa turbomáquina e curvas características 5

* Perdas hidráulicas
- Escoamento circulatório: nº de pás finito; esc. com recirculação em cada
canal; alteração dos ângulos do escoamento
- Fricção: atrito nas paredes; proporcional à rugosidade e quadrado do caudal
- Perdas por choque: afastamento das condições nominais
- Fricção no disco: resistência ao escoamento pelo rotor em rotação

* Perdas mecânicas (constantes com o caudal e muito menores que perdas


hidráulicas)

* Perdas volumétricas (constantes com o caudal e muito menores que perdas


hidráulicas)
- associada a fugas nos intersticios das pás

Curvas características
Altura manométrica versus caudal - Energia fornecida pela bomba em m
de coluna de fluido em função do caudal debitado
Altura de sucção (NPSH - Net pressure suction head) - Altura manométrica
máxima admitida pela bomba no lado de sucção para que não ocorra cavitação.
Eficiência - Relação entre a energia que alimenta a bomba e a energia que
esta fornece ao fluido
Curvas características 6

(n = constante)

Altura manométrica Altura manométrica, altura de


e perdas sucção, eficiência e potência
fornecida
H

PME
teórica
H !

bhp

. NPSH
Q
Perda por choque
. . .
Perda fricção
* Q
Q max Q

NOTA: pás curvas para trás


Ponto de máxima eficiência - PME - (*)
Altura manométrica e potência 7

Balanço energético a uma bomba e a altura manométrica


Hipóteses: Escoamento incompressível

" p V2 % " p V2 %
H =$ + + z' ($ + + z' = hs ( h f
# ! g 2g &saída # ! g 2g &entrada
hs altura da bomba
H - altura manométrica da bomba
hf perdas na bomba

p2 ! p1 ! p
Velocidades à entrada e saída ≈ iguais ∆z ≈ 0 H= =
"g "g

Potência fornecida ao fluido Pw = ! pQ! = ! gHQ!

Potência fornecida à bomba - "brake horsepower" bhp = !T

T - binário
ω - velocidade angular
Eficiências de uma máquina dinâmica e altura de aspiração 8

Pw " gHQ! e ! = !v!h!m


Eficiência (total) da bomba != =
bhp #T
Q!
Eficiência volumétrica !v =
Q! + Q! L Caudal que circula entre as pás

hf
Eficiência hidráulica !h = 1 "
hs
Pf Perdas mecânicas
Eficiência mecânica !m = 1 "
bhp
Altura de aspiração (NPSH - Net pressure suction head) - Altura manométrica
máxima admitida pela bomba no lado de sucção para que não ocorra cavitação.
pa pv
pi Vi pv 2 NPSH ! # Z i # h fi #
NPSH ! + # "g "g
" g 2g " g
à entrada da bomba Cota da bomba acima de
reservatório a pa
Teoria 9

* Qualitativa
* Muitas hipóteses simplificativas
Curvas
Indicador de performance é a análise experimental
características

Análise dimensional:
* Generalização a diferentes tamanhos de bomba
* Generalização a diferentes fluidos

Grandezas dependentes: H, NPSH, bhp, P


! ! , n, "
Grandezas independentes: D, µ, Q,

! D, n, ! , µ, " )
gH = f1 (Q,
! D, n, ! , µ, " )
bhp = f2 (Q,
Teorema dos Pi’s de Buckingham
! D, n, ! , µ, " )
P = f3 (Q,
NPSH = f4 (Q,! D, n, ! , µ, " )
Análise dimensional 10

Coeficiente de altura manométrica Coeficiente de potência


gH # Q! ! nD 2 " & bhp # Q! ! nD 2 " &
2 2
= g1 % 3 , , ( 3 5
= g2 % 3 , , (
n D $ nD µ D' !n D $ nD µ D'

" !% " !%
C H = g1 $CQ! , Re, ' CP = g2 $CQ! , Re, '
# D& # D&

Coeficiente de capacidade
Efeito da rugosidade tende a ser idêntico para muitos materiais comerciais

Elevados Re ( )
C H = C H CQ! ( )
CP = CP CQ!

C H CQ!
Eficiência !=
CP
( )
= ! CQ!
gNPSH
Coeficiente de altura de aspiração C HS ( )
= 2 2 = C HS CQ!
n D
Curvas características adimensionais 11

Necessário confirmar semelhança de máquinas


* Diferentes impulsores na mesma envolvente viola semelhança
* Relações de rugosidade e espaçamentos em máquinas de maior
dimensão viola semelhança
* Liquidos mais viscosos reduzem Re e conduzem à transição

!
PME

C
H Experimentação mostra que as
curvas são practicamente
universais desde que se
mantenha semelhança
C
P

C
HS

C
Q
Regras de semelhança 12

Regras simples para comparação da performance de bombas

HIPÓTESE - OPERAÇÃO NO MESMO PONTO DAS CURVAS ADIMENSIONAIS


3 2 2 3 5
Q! 2 n2 ! D2 $ H 2 ! n2 $ ! D2 $ P2 ! 2 " n2 % " D2 %
= # & =# & # & = $ ' $ '
Q!1 n1 " D1 % H 1 " n1 % " D1 % P1 !1 # n1 & # D1 &

Fórmula empírica para o efeito do tamanho da máquina na sua eficiência


4
1 ! "2 $ D1 ' ⇒ bombas maiores são mais eficientes (menor
#& )
1 ! "1 % D2 ( rugosidade ; menores espaços entre impulsor e voluta)
Efeitos da dimensão, velocidade e viscosidade 13

Tamanho constante Velocidade constante

H aumento de n aumento do tamanho

H
bhp
bhp

Tamanho e velocidade constante

Q Q
H

µ
µ
água Grande deterioração de desempenho
com aumento da viscosidade
10000

1000
Recomenda-se a utilização de bombas
100
de deslocamento positivo para
10
bhp 1 µ > 300 µágua

Q
Velocidade específica 14

Selecção do melhor tipo de bomba dados: ! D


H , Q,
Velocidade específica depende do caudal, velocidade e altura manométrica

Velocidade específica é uma característica de uma familia de bombas.


É calculado em PME

n Q! *
1
CQ*
!
2

N s' = 3
= 3
CH * 4
( gH ) * 4

1.0
!
máx centrífuga mista axial
0.9

0.8

0.7

500 5000 10000 Nś

[rpm (gal/min)
1/2
(ft)
3/4
]
[adimensional] !17182
Velocidade específica de aspiração / Utilização de máquinas em sistemas 15

Equivalente à velocidade específica substituindo H por NPSH

n Q! *
Perigo de cavitação numa bomba se
N ss' = 3
N ss' > 0.47
( gNPSH ) * 4

Utilização de bombas e ventiladores em sistemas

Igualdade das alturas manométricas do sistema e da bomba

V 2 # fL &
H sist = ( z2 ! z1 ) + " % + " K ( = H bomba
2g $ D '
Altura manométrica e altura de aspiração 16

H
Bomba
!

Turbulento

Laminar

Estática

Q1 Q2 Q 3 Q

NPSHA
NPSHR

Qmax Q
Montagem de bombas em paralelo (1) 17

ALTURA MANOMÉTRICA

* Se uma única bomba não debita o caudal suficiente para uma dada H;
* Quando o caudal varia; uma bomba para caudais baixos e a outra
quando o caudal aumenta

H As bombas não têm de


ser iguais;
Se caudal é tal que H < H
Bomba 1 máximo de bomba 1
Bomba 2 Bombas 1 e 2
em paralelo esta não entra em
funcionamento (ver
fig)
Q A+B ! Q A + Q B
bhp A+B = bhp A + bhp B

para o H do ponto de
funcionamento

Q1 Q2 Q3 Q
Montagem de bombas em paralelo (2) 18

ALTURA DE ASPIRAÇÃO

Bomba 1
Bomba 2 Bombas 1 e 2
em paralelo
curva da instalação
NPSHRbomba 2

NPSHA
NPSHRbomba 1

Qbomba 1 Qbomba 2 Qinstalação Q


Montagem de bombas em série (1) 19

ALTURA MANOMÉTRICA

* Se uma única bomba debitar o caudal necessário mas com baixo H;


* Quando a altura manométrica varia; uma bomba para baixos vlores de
H e a outra quando o H aumenta
* Quando a curva do sistema é muito ingreme

Bombas 1 e 2
H
em série As bombas não têm de ser iguais;

H A+B ! H A + H B
Bomba 2

IMPORTANTE
Qualquer que seja o arranjo (paralelo ou
série) a combinação só é económica se
ambas as bombas operarem junto do PME

Bomba 1

Q1 Q2 Q 3 Q
Montagem de bombas em série (2) 20

Bomba ALTURA DE ASPIRAÇÃO


H
equivalente

Bomba 2 NPSHR1ªbomba ! NPSHA

NPSHRbomba1

NPSHRbomba2

Bomba 1
NPSHA

Qbomba1=Qbomba2 Q
=Qinstalação

Bombas de vários estágios


* Alturas manométricas muito elevadas em vez de combinação de bombas em série;
* Constituida por uma série de volutas onde a saída da primeira entra na segunda, etc;
* Bombas multiestágio muito frequentes com geometrias mistas e axiais
Bombas volumétricas 21

• Bombas alternativas: pistão alternativo e diafragma

• Bombas rotativas: engrenagem, lóbulos, palhetas, parafuso,


rotor excêntrico (Mono) e peristáltica

Bomba rotativa de palhetas


baixa capacidade
volumétrica
Bomba peristáltica

baixos caudais
total ausência de contaminação
utilização em aplicações médicas
(hemodiálise, máquinas coração-pulmão)
Bombas de engrenagens, lóbulos e de parafusos 22

Bomba de engrenagens Bomba de lóbulos


120 40
600 rpm HP
Q
600 rpm 35
! 100 400 rpm
30
80
25
! 400 rpm
60 20
200 rpm
15
40
Curva característica 200 rpm
10 baixa capacidade
(bomba engrenagens) 20
5 volumétrica
0 0 indústrias:
0 50 100 150 200 250 !p 300
• alimentar
• farmacêutica
Bomba de parafusos com dois rotores

caudais e alturas da mesma


ordem de grandeza das
bombas dinâmicas
Bomba de rotor excêntrico (Mono) 23

bombas muito precisas estator


veio do cardan
de baixo caudal e elevada
altura manométrica

rotor

Curva característica
Q
aumento de tamanho

10.0

1.0

0.1
1 10 n
Comparação de bombas 24

Comparação entre bombas dinâmicas


e de deslocamento positivo

Carta de gamas de utilização de


bombas de deslocamento positivo
100 kW 1 MW

1000
10 kW

!p [bar]
alternativa
alternativa
potência
doseadora
100
1 kW
rotativa
engrenagens e parafuso triplo

rotativa
parafuso duplo
10
0.1 kW

rotativa
parafuso simples

1
0.1 1.0 10.0 Q [l/s] 100.0
Princípios de funcionamento de bombas de deslocamento positivo (1) 25

Perdas volumétricas Q = Q0 ! QL
Q0 = ! " Volumevar
QL
Volumevar = área pistão " curso eficiência volumétrica "v = 1 !
Qo
Q e Potência

eficiência total P
"=
! P0 + PF

Qo
QL
Q
Curvas são menos favoráveis (bombas rotativas)
Potência Efeito da velocidade de rotação, µ,ω= cte
PD
Qo

Caudal
PF Q
Qo=QL!-0
H
QL

Q=QL !v - 50%
Problema das bombas rotativas Velocidade de rotação
(ausência de separação entre
.

lado de pressão e sucção)


Eficiência volumétrica 90%
Se caudal de fugas = 50%
⇓ 50%

Limite da bomba
Velocidade de rotação
Efeito da viscosidade 26

Maior nas bombas rotativas


QL " 3 "(!p)/µ
2
10 Q
o
% caudal nominal

turbulento
Q =Q (! =50%)
Efeito viscosidade (temperatura):
Curvas características podem ser as
L 2 v

linhas a tracejado
Q QL" !p/µ
1
10
laminar

QL

100 -1
10 100 101 102
Viscosidade [cP]

Caudal e Potência

Caudal
aumento da viscosidade
Potência
.

H
Efeito do ar dissolvido 27

Redução da capacidade volumétrica devido à sua saída durante os periodos


de baixa pressão. Ocupação de volume pelo gás no interior das bombas

Efeito do gás dissolvido sobre a eficiência volumétrica de uma


bomba rotativa

100
[% de deslocamento teórico]

1%
Deslocamento de líquido

90 2%
3%
80 4%
5%
70 6%
7%
8%
60 9%
10%

50

40

30
0 20 40 60 80 100 120 140
!p [mm Hg]
Controlo de pulsações 28

1) pulsação do escoamento (sobretudo as alternativas)


2) necessidade de reservatórios de absorção de pulsações a jusante
3) Chaminés (pressão atmosférica)
Cavitação em bombas de deslocamento positivo 29

bombas alternativas: variação cíclica da pressão ⇒ abordagem especial


Dificuldades: não há critérios claros para evitar cavitação

Critério mais comum: pressão mínima do ciclo ≥ pressão vapor

NPSHA- depende da instalação e da bomba. Depende do nível


de pulsação, que depende do fluido, da bomba e da
instalação
NPSHR- só depende da bomba

Quando critério não é satisfeito ⇒ alteração da instalação


eventual utilização de amortecedores de vibrações a montante

• bombas rotativas: pressão quase uniforme ⇒ abordagem idêntica


às bombas dinâmicas

NPSHA- só depende da instalação


NPSHR- só depende da bomba
Evitar cavitação com bombas alternativas: metodologia de cálculo 30

Altura de aspiração requerida (NPSHR): característica da bomba


Altura de aspiração disponível (NPSHA): característica da bomba, da
instalação e do fluido (a calcular pelo projectista)

método só é válido para flutuações no modo sub-crítico


frequência de funcionamento da bomba< frequência natural da coluna de líquido
"L
!= # 0.7
a
! > 0.7 " Utilizar amortecedor de vibrações na linha de aspiração

pa p p p
NPSHA = " Zi " v " h fi " #H p = a " Zi " v " #H
!g !g !g !g

traduz efeito das pulsações

por vezes também é afectado pelas pulsações


Aplicações 31

Caso I- Escoamento turbulento sem amortecedor de pulsações a montante


A- área da secção da conduta
bk Ak Ak- área da secção do pistão da bomba
!H p = L = " 2 s p (t ) bk- aceleração do pistão
g A
sp(t)- amplitude do movimento pulsante
da bomba (curso do pistão)
Caso II- Escoamento laminar sem amortecedor de pulsações a montante
efeito de pulsação mais intenso (turbulência esbate flutuações)
efeitos de acoplamento não-linear entre perdas de carga e ∆Hp
bk Ak
!H = h 2fi + !H 2p com hfi calculado normalmente e !H p = L = " 2 s p (t )
g A

Caso III- Escoamento laminar e turbulento com amortecedor de pulsações


a montante

∆Hp vem muito reduzido e cálculo independente do regime


a# s p ψ- amplitude de pressão na presença do amortecedo
!H p = "
g ver gráfico da figura 6.28
Relação entre NPSHR e NPSHA 32

Variação do NPSHA- tipo I: controlo da bomba por variação da frequência


de oscilação do pistão
tipo II: controlo da bomba por variação do curso do
pistão

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