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ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DO

DEPATRI - DEPARTAMENTO DE REPRESSÃO AOS CRIMES


PATRIMONIAIS -PE.

XXXXXXXX, brasileiro, viúvo, portador da cédula de


identidade nº XXXXXX SDS/PE, inscrito no CPF nº XXXXXX, residente e
domiciliado na Rua XXXXXXX, nº XXXXX, XXXXXXX, Paulista-PE (Doc.01 e
02), por seu advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandato
anexado (Doc.03), vem, com fulcro no artigo 182, II, do Código Penal, perante
Vossa Senhoria, requerer

INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL


(Estelionato, art. 171 CP)

Em face de XXXXXXX, portador da cédula de identidade nº XXXXXXX


SSP/PE, inscrito no CPF nº XXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua
XXXXX, nº XXXXX, IV Etapa, bairro de Rio Doce, Olinda-PE. Pelas razões de
fato e de direito a seguir expostas:

I – DOS FATOS

I.1 O Requerente é filho e herdeiro deu seu falecido pai Sr. XXXXXXXXXXXX,
este que em virtude de Ação Ordinária nº XXXXXXXX, levantou quantia
equivalente a R$ 177.866,16 (Cento e setenta e sete mil oitocentos e sessenta
e seis reais e dezesseis centavos), tendo como beneficiária sua mãe Srª
XXXXXXXX (Idosa) demais filhos/herdeiros (Doc.04),

I.2 Em 2014, fora expedido no processo supracitado, Alvará Judicial nº


XXXXXX para saque do valor equivalente a R$ 86.880,00 (Oitenta e seis mil
oitocentos e oitenta reais) em nome da Srª XXXXXXXXXX, que seria dividido
com os demais herdeiros (Doc.05).
I.3 O requerido, irmão do requerente, na condição de representante legal da
beneficiária e demais herdeiros (Doc.06 e 6.1), ABUSANDO de sua confiança
e dos demais herdeiros, RECEBEU O VALOR (Banco do Brasil, Ag.
XXXXXXXX – Recife Antigo) do supracitado Alvará em 07.08.2014 conforme
sua rubrica no documento, porém NUNCA COMUNICOU AOS
BENEFICIÁRIOS O REFERIDO SAQUE!!!

I.4 Vale ressaltar que por diversas vezes a beneficiária perguntava ao requerido
sobre os valores da Ação Ordinária nº XXXXXXXXX, que a respondia “O
estado está falido, não está pagando a ninguém” e assim fora até setembro
de 2017, quando o requerente procurou o setor de precatório no Tribunal de
Justiça de Pernambuco que informou do respectivo pagamento.

I.5 Por fim, procurado pela família em setembro de 2017, o requerido assumiu
sua conduta ilícita, PORÉM ATÉ A PRESENTE DATA NÃO DEVOLVEU O
VALOR RECEBIDO, JUSTIFICANDO COM DESCULPAS E DATAS
INSERTAS!!!

II – DO DIREITO

O requerido, ante sua conduta fraudulenta que obteve vantagem indevida


(ilícita),gerando prejuízo e mantendo as vítimas em erro até a presente data,
resta a subsunção ao tipo penal abaixo descriminado.

“Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem


ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio
fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de


quinhentos mil réis a dez contos de réis.”

(...)

§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for


cometido contra idoso.
III – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja instaurado o competente Inquérito Policial para


que, posteriormente, possa ser promovida a persecução penal contra o
Requerido.
Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas:

Nestes termos,

Pede deferimento.

Paulista/PE, 10 de janeiro de 2017.

Silvio Batista da Silva

Advogado

OAB PE 38.925

Rol de Testemunhas:

1 - XXXXXXXXX, portadora da cédula de identidade nº XXXXXXX SSP/PE, inscrita no


CPF nº XXXXXX;

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