Lacraia- “Scolopendra sp”: Seu corpo é dividido em
segmentos, onde em cada segmento tem um par de patas. O primeiro segmento conta com duas grandes presas originadas a partir do par de patas, que atuam como órgãos de defesa, sendo capazes de injetar veneno contido em glândulas no tronco do animal. Sua picada se dá através das mandíbulas, e utilizam as patas para prender o alimento. O gênero Scolopendra, comum no Brasil, atinge até 25 cm de comprimento.
Habitat: Vivem em ambientes úmidos, como ralos das
residências, esgotos, debaixo de pedras e cascas de árvores. Alimentação: Alimentam-se de pequenos animais e insetos. Reprodução: A fêmea põe os ovos em terra e cuida dos filhotes. Acidente: A picada é bem dolorosa, causa inchaço e vermelhidão no local. Podem ocorrer complicações mais sérias pela contaminação por bactérias. Tratamento: Não é necessário o tratamento com soro específico. Aranha de Jardim- “Lycosa sp”: São aranhas que atingem até 4,5 cm de comprimento total, com um desenho característico em forma de ponta de flecha no dorso do abdome. Não vivem em teias, caçam ativamente à noite ou durante o dia.
Habitat: São encontradas em pastos, gramados e
próximas às residências.
Alimentação: Alimentam-se de insetos.
Reprodução: Carregam a ooteca presa as fiandeiras e os
filhotes, ao eclodirem, sobem sobre as costas da fêmea.
Acidentes: Podem picar, porém o seu veneno é pouco
ativo para o ser humano.
Tratamento: Não é necessário o tratamento com soro
específico. Caranguejeira- “Theraphosidae” : Apresentam em todo o seu corpo pelos urticantes que podem causar coceiras ou problemas mais sérios. Podem chegar a cerca de 20 cm em média.
Habitat: Podem ser encontradas debaixo de pedras,
cascas de árvores, troncos e barrancos.
Alimentação: Alimentam-se de insetos e pequenos
animais.
Reprodução: A sua bolsa de ovos é grande e coberta por
pelos para proteção.
Acidentes: Sua picada é dolorosa, causando inchaço e
vermelhidão. Quando se sentem ameaçadas usam as patas traseiras para liberar o pelo presente no abdome, que ao atingirem a pele causam irritação e extrema coceira.
Tratamento: Não é necessário o tratamento com soro
específico. Artrópodos de interesse médico
Armadeira “Phoneutria sp”: Podem atingir até 3 cm de
corpo e no total, com as pernas, até 15 cm. Possuem hábitos noturnos. Não vivem em teias. São mais ativas durante a época do acasalamento quando causam grande número de acidentes. Após a cópula*, a fêmea permanece sedentária, cuidando da ooteca e o número de acidentes diminui. Habitat: Durante o dia permanecem escondidas sobre troncos, em bananeiras, palmeiras, bromélias e também junto ou dentro das casas, em lugares escuros e úmidos como dentro de sapatos, atrás de móveis, cortinas e etc. Alimentação: Alimentam-se de insetos e pequenos animais. Reprodução: A sua bolsa de ovos é achatada e a fêmea cuida da cria. Acidente: Quando se sentem em perigo, costumam apoiar- se nos dois pares de patas traseiras, erguendo as dianteiras, podendo saltar em direção do seu predador e picar com grande rapidez. O envenenamento causa dor local intensa. Tratamento: O tratamento para o acidente com esta aranha é o soro Antiaracnídico. *Curiosidade: O comportamento de se armar antes de atacar justifica o nome popular. A Armadeira é capaz de saltar a uma distância de até 40 cm. Aranha Marrom- “Loxosceles sp”: É a aranha que mais causa acidente no Brasil. São aranhas pequenas de 1 cm de corpo e até 3 cm de comprimento total. Tem hábitos noturnos, vivendo em teias irregulares.
Habitat: Podem ser encontradas sob e junto a raízes e
cascas de árvores, em folhas caídas de palmeiras, em bambuzais, em cavernas. Também são encontradas nas proximidades e dentro de residências, principalmente em região de clima frio, escondendo-se atrás de móveis e entulhos.
Alimentação: Alimentam-se de insetos.
Reprodução: A sua bolsa de ovos fica presa à teia.
Acidentes: Não são aranhas agressivas e picam somente
quando espremidas contra o corpo. Sua picada é indolor, os sintomas só começam a aparecer entre duas e oito horas após o acidente, podendo causar febre, dor, bolhas no local da picada, e assim a necrose do tecido, criando uma ferida.
Tratamento: O tratamento para o acidente com esta
aranha é o soro específico Antiloxoscélico. Viúva-Negra “ Latrodectus curacaviensis”: As fêmeas são bem maiores do que os machos, atingindo o comprimento total de 2 cm, enquanto que os machos medem apenas entre 2 a 3 mm. No ventre do abdome, há um desenho em forma de ampulheta.
Habitat: As fêmeas fazem suas teias irregulares no
meio da vegetação arbustiva, ocupando buracos de erosão em gramados, regiões de restinga, vegetação de praia e regiões urbanas.
Alimentação: Alimentam-se de insetos,
principalmente formigas.
Reprodução: Coloca várias centenas de ovos dentro
de pequenas bolsas de teia, chamadas ootecas.
Acidentes: Essas aranhas não são agressivas,
somente causando acidentes quando são espremidas contra o corpo da vítima . Sua picada é bem dolorosa, causando inchaço, sudorese e atua no sistema nervoso, podendo levar a óbito em algumas horas. Tratamento: O tratamento para o acidente com esta aranha é o soro específico o Antilatrodéctico. O Instituto Vital Brazil é o único que produz o soro específico para Viúva negra. Curiosidade: Os machos vivem na teia da fêmea e tem vida curta, morrendo geralmente logo após a cópula*,podendo ocasionalmente servir de alimento para as mesmas, daí justificando o nome. Muitas vezes, para sua defesa, ao serem perturbadas, essas aranhas deixam-se cair da teia, permanecendo imóveis como se estivessem mortas.
Escorpião amarelo “Tityus serrulatus”: São animais
de interesse médico que já são considerados uma praga urbana por conseguirem se reproduzir de forma rápida através de paternogênese*. Têm uma coloração amarela e são chamados de serrulatus por apresentarem serrilhas no final da cauda. Sua picada se dá através do ferrão localizado na porção final da cauda, o telson. Utilizam os pedipalpos* para capturar sua presa. Podem chegar a 7 cm em média. Pode ser encontrado distribuído por todo o território brasileiro. É considerado o escorpião mais perigoso da América do Sul.
Habitat: São encontrados em locais úmidos, debaixo
das pedras, cascas de árvores, no meio de entulhos, lixos, onde também é encontrado seu alimento, que são insetos, principalmente baratas.
Alimentação: Alimenta-se de insetos.
Reprodução: Reproduzem-se por Partenogênese*.
Acidentes: Acidente com escorpião amarelo causa
muita dor,e pode ocasionar o óbito nos chamados grupo de risco(crianças, idosos e pessoas alérgicas). Tratamento: O tratamento para o acidente com o escorpião amarelo é o soro específico antiescorpiônico.
Serpente sem interesse médico
Jibóia – ‘Boa constrictor’: Fazem parte do grupo das
maiores cobras do mundo e podem chegar até 4m de comprimento. São encontradas em todo o Brasil, menos no extremo sul.
Habitat: Podem viver tanto em árvores quanto em solo na
Mata Atlântica.
Alimentação: Capturam o seu alimento por constrição,
enrolam-se no seu alimento espremendo-o até que o mesmo pare de respirar. Alimentam-se de roedores e pássaros.
Reprodução: São vivíparas, ou seja, seus filhotes já
nascem formados.
Acidentes: . Não são consideradas de interesse médico,
porém sua mordida dói muito e no local pode ficar vermelho, podendo evoluir para infecção secundaria. Tratamento: Não é necessário o tratamento com soro específico.
Serpentes de interesse médico
Jararaca ‘‘Bothrops jararaca’’: São animais muito
rápidos, ágeis, sobe com facilidade em arbustos e telhados baixos, tem uma grande capacidade adaptativa, ocupando e colonizando tanto áreas silvestres, agrícolas, suburbanas e até urbanas. Trata- se da espécie mais comum da Região Sudeste sendo a principal causadora de acidentes. Podem chegar até 1,5m em média.
Habitat: Seu habitat natural é a Mata Atlântica. .Vivem
debaixo de folhas secas, matas, podem se abrigar em arbustos e regiões urbanas devido a procura do seu alimento.
Alimentação: Se alimentam de roedores e pequenas
aves.
Reprodução: São vivíparas, seus filhotes já nascem
formados. Nascem, principalmente entre fevereiro e março, em ninhadas com média de 14 filhotes.
Acidentes: É a principal serpente causadora de
acidentes no Brasil. O seu veneno apresenta sintomas locais como vermelhidão, inchaço e hemorragia. Tratamento: O tratamento para o acidente com esta cobra é o soro específico antibotrópico.
Jararacuçu ‘’Bothrops jararacussu’’: É a maior cobra
deste grupo. Os machos podem chegar a 1 metro e a fêmea a 2 metros. É uma serpente predominantemente do Sudeste e Sul do Brasil.
Habitat: : Seu habitat natural é a Mata Atlântica.
Vivem debaixo de folhas secas, matas, podem se abrigar em arbustos e regiões urbanas devido a procura do seu alimento.
Alimentação: Alimentam-se de roedores e rãs.
Reprodução: São vivíparas, seus filhotes já nascem
formados. Nascem ,principalmente entre fevereiro e março, em ninhadas compostas de 40 filhotes em média.
Acidentes: É, sem dúvida, a espécie que maior
quantidade de veneno produz e pode inocular, e certamente ocasiona acidentes graves. O acidente com estes animais causam muita dor, inchaço e sangramento.
Tratamento: O tratamento para o acidente com esta cobra
é o soro antibotrópico-crotálico. Cascavel “ Crotalus durissus”: As serpentes deste grupo são terrestres, robustas e pouco ágeis. Apresentam uma caracteristica exclusiva que é o chocalho (guizo) na ponta de sua cauda. É o segundo grupo de serpente que mais causa acidentes no Brasil.
Habitat: Habitam os serrados do Brasil central, as regiões
áridas e semi-áridas do Nordeste, os campos e áreas abertas do Sul, Sudeste e Norte.
Alimentação: Alimentam-se de roedores.
Reprodução: São vivíparas, seus filhotes já nascem
formados. Nascem, geralmente entre dezembro e fevereiro, em ninhadas compostas de 14 filhotes em média.
Acidentes: Seu veneno atua no sistema nervoso causando
dor muscular, visão embaçada, paralisia facial e entre outros sintomas.
Tratamento: O tratamento para o acidente com esta cobra
é o soro Anticrotálico. Surucucu “Lachesis sp”: Essas cobras podem ser identificadas pelas peculiaridades da sua cauda. É uma das maiores cobras peçonhentas chegando à 3,5m de comprimento. São cobras muito ágeis principalmente ao entardecer e durante o período de acasalamento. Podem dar um bote de até mais de 50% do seu comprimento total e uma altura maior que a de um bote de jararaca ou cascavel.
Habitat: Podem ser encontradas em matas primárias.
Alimentação: Alimenta-se de roedores.
Reprodução: São ovíparas, põem em torno de 15
grandes ovos. E geralmente as fêmeas cuidam dos ovos.
Acidentes: Acidentes laquéticos devem ser
considerados graves. O seu veneno causa dor intensa, vermelhidão, inchaço e hemorragia.
Tratamento: O tratamento para o acidente com esta
cobra é o soro Antilaquético. Coral Verdadeira “Micrurus corallinus”: Essa é uma das corais mais comuns na região Sul e Sudeste, habitando principalmente o litoral. Essas serpentes costumam aparecer após as chuvas, entrando até mesmo nas casas à procura de locais secos. Os machos medem em média 50 cm e as fêmeas 60 cm. Habitat: São fossoriais, ou seja, vivem normalmente debaixo do solo, em matas úmidas e campos
Alimentação: Alimentam-se de outras serpentes e animais
serpentiformes Reprodução: São animais ovíparos, as fêmeas põem geralmente entre 2 a 10 ovos, em buracos no chão, formigueiros ou dentro de troncos em decomposição Acidentes: Devido ao tamanho da sua cabeça a injeção de veneno é difícil, o que é compensado por um hábito peculiar, o de morder sem soltar, de forma que o período de inoculação costuma ser prolongado. O conjunto de limitações anatômicas, associado a baixa agressividade dessas serpentes e o hábito fossorial, o numero de acidentes com essa cobra é baixo. O seu veneno atua no sistema nervoso Tratamento: O tratamento para o acidente com esta cobra é o soro antielapídico. Curiosidade: Como comportamento de defesa, essa cobra contorce o corpo, escondendo a cabeça e levantando a cauda enrolada para confundir seu predador.