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METROLOGIA-2003 – Metrologia para a Vida

Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM)


Setembro 01−05, 2003, Recife, Pernambuco - BRASIL

DETERMINAÇÃO DE ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO EM GASOLINA


SEGUNDO A NBR 13992: UMA ESTRATÉGIA DE VALIDAÇÃO.

Carmem R. C. Borges1, Clarisse M. S. Piatnicki2, Marta A. Hoffmann1, Dimitrios Samios2 e


Renato C. Veses2
1
Centro de Pesquisas e Análises de Óleos e Combustíveis do IQ-UFRGS, Porto Alegre, Brasil
2
Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil

Resumo: A validação da determinação do teor de álcool Brasília, a metrologia constitui os alicerces dos processos
etílico anidro combustível (AEAC) em gasolina de inovação tecnológica e de competitividade comercial.
automotiva segundo a norma NBR 13992 foi investigada Assim sendo, o apoio das universidades e centros
tendo sido avaliadas possíveis fontes de erro. Uma tecnológicos à dispersão da cultura metrológica deve ser
gasolina certificada tipo A à qual foi adicionado um incentivado, implementando-se os instrumentos e recursos
volume conhecido de AEAC foi empregada como apropriados. [3] O Programa de Instrumentação e
material de referência sendo a amostra uma gasolina Metrologia Científicas, criado na mencionada Reunião,
comercial. Foram feitas doze determinações do teor de identifica as dificuldades existentes na disseminação do
AEAC por três analistas em três dias diferentes, conhecimento nessa área e propõe ações para
empregando-se dois tipos de provetas: uma certificada e minimizálas. No Brasil há um longo caminho a percorrer
calibrada ao 0,01 mL e outra calibrada ao mL, sem no sentido de mudar comportamentos profundamente
certificação. No ajuste do menisco na proveta foram arraigados. [4]
empregados um copo de béquer e uma pipeta. Os
resultados mostram que o ajuste do menisco da proveta Tendo as universidades consolidado um papel de
com béquer pode ser admitido porém, para as avaliações referência em pesquisas tecnológicas, procuram agora
intra e inter-laboratoriais é recomendável o uso de pipeta. alcançar a excelência metrológica com comprometimento
social. Neste sentido, para um laboratório de química
analítica faz-se necessário adequar-se aos documentos
Palavras chave: AEAC, validação, qualidade. regulamentadores das atividades desenvolvidas.

O resultado de uma medição é composto de três fatores: o


1. INTRODUÇÃO
valor do mensurando, a incerteza e a unidade. Assim, o
resultado estará completo quando acompanhado pela
O Centro de Pesquisas e Análises de Óleos e
quantidade que declara sua incerteza, ou seja, a dispersão
Combustíveis (CEPACOM) do Instituto de Química da
dos valores que podem ser atribuídos ao mensurando, bem
Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem por
como sua exatidão, repetibilidade e reprodutibilidade.
finalidade a prestação de serviços, a geração de
conhecimento, a realização de projetos de P & D e a [1,5]
formação de recursos humanos nas áreas de petróleo e
derivados, combustíveis, solventes, lubrificantes e A norma NBR 13992, “Gasolina automotiva –
aditivos. Determinação do teor de álcool etílico anidro combustível
[6] é um método de ensaio normalizado, cuja validação
Com o objetivo de estabelecer condições técnicas e foi objeto de estudo neste trabalho, tendo sido avaliadas
gerenciais para a realização de ensaios e serviços possíveis fontes de erros de acordo com conceitos e
especializados segundo padrões de qualidade e de orientações para a otimização de resultados obtidos a
confiabilidade metrológica, [1] o CEPACOM está partir de métodos normalizados. [1,7] A determinação das
implementando a norma NBR ISO/IEC 17025 “Requisitos quantidades ou concentrações dos analitos pode ser
gerais para competência de laboratórios de ensaio e baseada em medidas absolutas, medidas relativas ou
calibração”. [2] medidas de referência. As medidas de referência direta
A importância da difusão das atividades relacionadas à são dadas pela relação entre o valor medido e o teor ou
metrologia é crescente. Como destacado na Reunião sobre concentração de um material de referência (R): A = YR /
Ações do CNPq nas Áreas de Metrologia e XR. Neste caso é necessária uma medida para comparação
Instrumentação Científica, de 22 de janeiro de 2002, em (como um padrão titulométrico) ou de referência (material
de referência ou amostra fortificada, isto é,contendo uma volumétrico de 999,85 mL contendo 250,0597 mL de
quantidade adicionada conhecida do analito). [8] álcool etílico anidro combustível, completando-se à marca
com uma gasolina tipo A, certificada. A incerteza no teor
O conceito de medidas associadas à incerteza de uma percentual de AEAC com origem no material volumétrico
determinada medição [1,5] tornou-se absolutamente certificado foi calculada em ± 0,001 % com 95% de
necessário e várias organizações estão empenhadas em confiança e não influi de maneira significativa nos
normalizar critérios para a realização de medidas resultados.
analíticas e a expressão de seus resultados. Também é
crescente o número de publicações onde os processos de Foram utilizados dois tipos de provetas: uma certificada e
medição são avaliados em função das incertezas e calibrada ao 0,01 mL e outra calibrada ao mL, sem
aplicados à metrologia química. [9-11] A IUPAC (União certificação, utilizada na análise de rotina. O método
Internacional de Química Pura e Aplicada) propõe o analítico de determinação do teor de álcool etílico anidro
estabelecimento de uma abordagem uniforme da em gasolina é baseado na adição de 50,00 mL de NaCl
terminologia, da notação e da formulação para a execução 10% a um volume de 50,00 mL de gasolina em uma
de processos de medidas químicas, com especial ênfase na proveta de 100,00 mL, com tampa. Após a
metrologia química. [12] homogeneização e decorrido um tempo de repouso
adequado para a separação das fases é realizada a leitura
A segurança da informação analítica é sustentada pela do volume da fase aquosa, na temperatura ambiente. O
rastreabilidade, determinação de incertezas, processos de resultado da medição [5] é expresso em percentagem de
calibração, etc., utilizados no contexto da química AEAC na gasolina. Cada um dos três analista realizou
metrológica. A qualidade destas informações, que têm sua quatro determinações por dia, em triplicata, durante três
origem nas rotinas do laboratório de análises, requer uma dias.
aproximação entre as atividades práticas e metrológicas.
[13-15]
3. RESULTADOS
Os estudos de validação permitem identificar fatores
individuais relacionados com a estimativa da incerteza, a Considerando que o método analítico envolve duas
qual caracteriza a dispersão dos valores que podem ser leituras de volumes em uma proveta, sua calibração e o
atribuídos ao mensurando, [1] sendo sua determinação ajuste do menisco constituem as principais fontes de
exigida para o reconhecimento formal da competência incerteza. Assim sendo, as medidas foram realizadas
técnica do laboratório. Ao calcular a incerteza de um empregando-se 50% de provetas certificadas e 50% não
resultado (Vlab), o valor verdadeiro (Xv) deve estar dentro certificadas e os ajustes do menisco foram feitos 50% das
do intervalo de incerteza Xlab. Quando o laboratório vezes com o auxílio de um copo de béquer de 50 mL e 50
utilizar métodos normalizados ou previamente validados, % com uma pipeta de Pasteur.
será necessário verificar se os dados de validação
declarados são adequados ao propósito do ensaio. Ainda, O estudo das incertezas foi realizado por avaliações do
se um método normalizado não explicitar dados de Tipo A, ou seja, a partir de ensaios independentes
desempenho relevantes para sua aplicação, o laboratório realizados nas mesmas condições experimentais. [1] A
deve estabelecê-los, levando em consideração a Figura 1 apresenta os valores do desvio padrão (s) na
adequação ao uso pretendido. [16] Portanto, a validação determinação de AEAC na gasolina de referência
de um método analítico requer a determinação de realizadas na mesma temperatura da calibração da vidraria
incertezas, intervalo de confiança (que descreve a (20 oC).
dispersão natural), rastreabilidade, etc., relativos aos
procedimentos propostos por estudos e organizações
competentes para este fim. [16-20]
1,2 Prov não cert
Prov cert
1
2. MÉTODOS 0,8

Os procedimentos de calibração, escolha do método, 0,6

aplicação de modelo estatístico, etc., para a avaliação dos 0,4


resultados podem ser encontrados em diversas
0,2
publicações. [21-23] Os parâmetros investigados (analista,
material certificado/não certificado, procedimento de 0
A B C
ajuste do menisco da proveta) foram estabelecidos a partir
de uma avaliação das possíveis fontes de erro na execução
do método analítico.
Fig. 1. Desvio padrão na determinação do teor de AEAC na
Empregou-se uma amostra de gasolina comercial
gasolina de referência para os analistas A, B e C empregando
(mensurando), NaCl grau pa da Reagen e água destilada. provetas certificadas e não certificadas.
O material de referência [5] foi preparado em um balão
Estes valores foram de ± 0,16 mL para os três analistas Tabela 3. Desvios padrão na determinação de AEAC na amostra
utilizando provetas certificadas enquanto para provetas de gasolina comercial, para três provetas certificadas e três não
certificadas, e ajuste de volume com pipeta.
não certificadas eles foram da ordem de ± 0,6 mL para o
analista A, ± 1,2 mL para o analista B e ± 0,6 mL para o Proveta Certif . Não certif.
analista C. Verifica-se que há coincidência de resultados x Pipeta x Pipeta
DP / % DP/ %
para o material certificado e que o emprego de material A ± 0,25 ± 0,3
não certificado dá origem a um desvio padrão maior. Este B ± 0,40 ± 0,5
se deve a uma das provetas utilizadas, a qual apresentou C ± 0,38 ± 0,5
um erro de calibração significativo.
Os valores dos desvios padrão para provetas certificadas e
não certificadas com ajuste de volume com béquer estão Tabela 4. Repetibilidade (r) e reprodutibilidade (R) na
reunidos na Tabela 1 enquanto a Tabela 2 apresenta os determinação de AEAC na amostra de gasolina comercial
valores correspondentes de repetibilidade e utilizando provetas A, B e C, certificadas e não certificadas, e
reprodutibilidade. ajuste de volume com pipeta.
Certif. x AEAC / % r R
pipetar
A 25,87 0,44 0,25
B 25,83 0,39 0,40
Tabela 1. Desvios padrão na determinação de AEAC na amostra C 25,26 0,51 0,38
de gasolina comercial, para três provetas certificadas e três não Não Certif.
certificadas, e ajuste de volume com béquer. x pipeta
A 25,1 0,6 0,3
Proveta Certif . Não certif. B 25,3 0,6 0,5
x Béquer X Béquer C 25,4 0,6 0,5
DP / % DP / %
A ± 0,49 ± 0,5
B ± 0,52 ± 0,7
C ± 0,53 ± 0,7
A avaliação da reprodutibilidade será complementada com
testes de proficiência com outros quatro laboratórios.
Em decorrência da fórmula empregada no cálculo do teor
Tabela 2. Repetibilidade (r) e reprodutibilidade (R) na de AEAC na gasolina, uma diferença de ± 0,5 mL na
determinação de AEAC na amostra de gasolina comercial leitura do volume na proveta tem influência significativa
utilizando provetas A, B e C, certificadas e não certificadas, e
ajuste de volume com béquer.
no resultado final. É portanto recomendável que na análise
de rotina o procedimento de ajuste do menisco na proveta
Certif. x AEAC / % R R seja feito com uma pipeta para completar o volume.
béquer
A 25,19 0,57 0,49 A norma NBR 13992: Gasolina automotiva –
B 25,28 0,58 0,52 Determinação do teor de álcool etílico anidro combustível
C 25,93 0,58 0,53
Não Certif. (AEAC) não especifica a incerteza máxima aceita, porém
x béquer a exigência do cliente é que o teor de AEAC seja expresso
A 25,0 1,0 0,5 com uma incerteza de até ± 4 %.
B 25,4 1,0 0,7
C 25,3 1,0 0,7

4 . CONCLUSÃO

Observa-se que o ajuste do menisco empregando um copo Os desvios padrão para a gasolina de referência, com
de béquer introduz uma incerteza significativa provetas não certificadas foi significativo. Portanto, faz-se
diminuindo, como esperado, a precisão dos resultados, necessário aferir a calibração das provetas não certificadas
particularmente para os resultados obtidos empregando antes do uso no laboratório.
uma proveta certificada. Todos os desvios padrão se situam na faixa exigida pelo
cliente o que permite o uso de provetas não certificadas na
análise de rotina, desde que com verificação prévia da
Para o ajuste de volume com pipeta, os valores do desvio calibração nas diferentes faixas de leitura.Os resultados
padrão para provetas certificadas e não certificadas estão mostram ainda que o ajuste do menisco da proveta com
reunidos na Tabela 3 enquanto a Tabela 4 apresenta os de copo de béquer pode ser admitido, em função da maior
repetibilidade e reprodutibilidade. Neste caso, evidencia- rapidez na análise. Porém, para as avaliações intra e
se uma maior precisão dos resultados obtidos empregando inter-laboratoriais é recomendável o uso de pipeta.
provetas certificadas, para as quais a dispersão dos
resultados encontrada é menor. Evidenciou-se ainda neste estudo a necessidade de
conciliar as áreas da metrologia química e da química
analítica para tratar os problemas reais da química
analítica e dar suporte aos laboratórios de rotina a um [15] M. Valcárcel, A. Rios, Required and delivered analytical
custo compatível. information: the need for consistency, Trends in analytical
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Determinação do teor de álcool etílico anidro combustível
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1998. AUTORES: Determinação de álcool etílico anidro em gasolina
[8] B. Barros Neto, M. F. Pimentel, M. C. Araújo, segundo a NBR 13992: Uma estratégia de validação.
Recomendações para calibração em química analítica – Carmem R. C. Borges. Centro de Pesquisa e Análises de Óleos e
Parte I, Química Nova, vol. 25, no. 5, pp. 856-865, set./out. Combustíveis do IQ-UFRGS, Av. Bento Gonçalves, 9500.
2002. Bairro Agronomia. CEP.:91501.970. Porto Alegre, Brasil. FAX:
[9] W. Kessel, Measurement uncertainty according to (51) 3316.7319. FONE: (51) 3316.7240. cborges@iq.ufrgs.br
ISO/BIPM – GUM. Thermochimica Acta, no 382, pp. 1-16, Clarisse M.AS. Piatnicki. Instituto de Química da Universidade
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[10] J. H. Buchmann, J. E. Sarkis, O conceito de incerteza Bairro Agronomia. CEP.:91501.970. Porto Alegre, Brasil. FAX:
aplicado aos processos de medição associados à preparação 3316.7319. FONE: 3316.6275 clarisse@iq.ufrgs.br
de uma solução de referência para calibração, Química Marta A . Hoffmann. Centro de Pesquisa e Análises de Óleos e
Nova, vol. 25, no. 1, pp. 111-116, 2002. Combustíveis do IQ-UFRGS, Av. Bento Gonçalves, 9500.
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medições em química analítica. Estudo de caso: 3316.7319. FONE: 3316.6275 martaahoffmann@hotmail.com
determinação de cádmio por espectrofotometria de Dimitrios Samios. Instituto de Química da Universidade Federal
absorção atômica com chama, Química Nova, vol. 24, no. do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500. Bairro
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(IUPAC Recommendations 1995), Analytica Chimica Acta, do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500. Bairro
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[13] M. Valcárcel, A. Rios, Traceability in chemical 3316.7319. FONE: 3316.6275 rcv@vortex.ufrgs.br
measurements for the end users, Trends in analytical
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[14] M. Valcárcel, A. Rios, Reliability of analytical information
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