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A
comunicação e as organizações como sistemas complexos: uma análise a partir das
perspectivas de Niklas Luhmann e Edgar Morin. Revista da Associação Nacional dos
Programas de Pós-Graduação em Comunicação – E-compós, Brasília, v. 11, n. 3,
2008.
Diante disso, a clássica visão simplista não daria mais conta para explicar os
processos organizacionais num ambiente tomado por transformações tão rápidas e
intensas, tornando necessária a adoção de um pensamento que superasse a linearidade
do paradigma simplista. Esse contexto respalda a adoção do pensamento complexo, que
Princípio hologramático – está ligada a ideia de recursividade que, por sua vez, está
vinculada a ideia dialógica.
Em suma, o que Morin quer dizer com esses três princípios, é que o todo e a
parte não podem ser vistos de forma separada. “A complexidade do todo necessita da
complexidade das partes, a qual necessita retroativamente da complexidade
organizacional do todo”. O autor ainda acrescenta que as organizações vistas a partir
desse paradigma estão em processo contínuo de ordem e desordem, de junção e
disjunção, de certezas e incertezas, ocasionando reações que o mesmo define como:
auto-organização, auto-produção e auto-eco-organização: “para as organizações
contemporâneas implica confrontar-se no seu cotidiano, com realidades, situações e
acontecimentos não mais tão previsíveis e tangíveis, ressignificando as suas ações e
práticas” (p.7).