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Budismo Tibetano

O Budismo Tibetano tem exercido uma profunda influência sobre o povo


Tibetano. O Budismo se espalhou no Tibet no século VII durante a época aurea
de vigor e expansão de seu reinado e gradualmene se infiltrou na história, na
política, economia, cultura hábitos e costumes do Tibet, para se tornar a
religião mais praticada pelos Tibetanos. O Budismo havia se originado a mais
de mil anos na fronteira entre Índia e Nepal, a partir das palavras do Asceta
Gautama, um nobre de nascimento, a quem seus seguidores chamavam de
Buda, "O Iluminado", e também de Sakyamuni, "pertencente à Clan Sakya"
(provavelmente 563-480 A.C.) Seus ensinamentos continham as chamadas

Dharma - Ensinamentos de Buda

O progresso espiritual acontece com a sucessão de reencarnações, cuja


natureza é governada pela lei do Karma - bons ou maus feitos e suas
conseqüências. Moralidade (ação correta) contribuindo para a extinção do
karma, a proibição de se tira uma vida, humana ou animal, a proibição de
furto e mentira, apreciação à castidade e culto ao amor universal.

Por volta do século III A.C. a comunidade se tornou dividida quanto aos
princípios da fé Budista e, se dividiu em vários grupos. Dois mais
fundamentais e que permanecem até hoje: o Hinayana - "o Veículo Menor",
chamado por seus seguidores de Theravada, "o Caminho dos Antigos"- mais
conservador, possivelmente mais próximo dos ensinamentos de seu fundador
e que se espalhou mais pelo Sul e Sudeste da Ásia; e o Mahayana - "o
Veículo Maior", que se espalhou pelo Norte da Índia, Kashmir, Ásia Central,
China, Koreia, Japão- e Tibet.

As diferenças que separam as duas versões da fé Budista são muitas e


importantes. Mas, em resumo, nas Escolas Theravada o Buda histórico
matém sua posição central, a salvação é definitivamente mais importante do
que qualquer outro problema metafísico e, uma pessoa a procura de salvação
se empenha em alcançar o estado de Arhat, "o Precioso", o "Não-retornante"
que alcançou a benção serena chamada Nirvana através da extinção do
Karma. As Escolas Mahayana vê o Buda histórico como uma encarnação
primordial de um Buda eterno e cósmico, e há um rico desenvolvimento do
pensamento metafísico e uma prodigiosa proliferação de entidades celestiais
(Budas eternos e suas emanações, deidades, maiores e menores, protetores
da Fé, santos e seus discípulos, anjos, sêres míticos); e o ideal Arhat dá lugar
ao ideal Bodhisattva. Um Arhat alcança a salvação e aceita sua beatitude
individual; um Bodhisattva, pelo contrário, alcança a iluminação mas adia o
recebimento da benção celestial, permanecendo ativamente presente na roda
cíclida de morte e renascimento até que todo ser sensciente tenha
completamente se libertado do sofrimento.

O Budismo Mahayana denota a existência de cinco grandes eras cósmicas


(kalpas) espalhados pelos aeons do tempo. Nós estamos no 4º kalpa. Cada
era é presidida por um Buda Celestial, um Bodhisattva Celestial e suas
encarnações humanas. Nosso kalpa está sob o auspícios do Buda Supremo
Amitabha ou Opame (tib.) e o Bodhisattva Avalokitesvara ou Chenresi (tib.),
que significa "Aquele que olha para baixo", e uma encarnação passada desta
entidade celestial foi o asceta Gautama. O Dalai Lama é considerado a
recente encarnação de Chenresi e o Abade do Mosteiro de Trashilungpo, o
Panchen Lama, a encarnação de Opame.

FORMAÇÃO DO BUDISMO TIBETANO

A RELIGIÃO BON

A religião Bon é uma seita de xamanismo anímico, um culto panteísta cuja


crença é de que todos os sêres vivos possuem alma. Ela prevalecia no Tibet
antes da introdução do Budismo no séc. VII. Depois disto o Budismo Tibetano
absorveu algumas crenças e rituais do Bonismo, cmo a dependencia no
oráculo, astrologia e panteísmo. Por exemplo, as seleções dos Tulkus
(reencarnações) começava com um oráclo, astrologia, observações de visões
em lagos sagrados, e algumas vezes os serviços de um oráculo-monje eram
requisitados. Por outro lado o Bonismo foi modificado para o modelo Budista
para se tornar um ramo do Budismo Tibetano, a seita preta.

Estágios do Bonismo

O Bonismo Original

De acordo com a lenda o Bonismo foi criado por Tenpa Sherab, um


contemporâneo de Buda, em um país místico conhecido por 'Tag-gzig', em
algum lugar em Ali (Alto Shangshung).

O Bonismo acreditava que no início da criação haviam dois ovos, um branco e


outro preto. Os dois ovos quebraram - e do ovo branco sairam os deuses,
humanos, etc, e do preto saíram os parasitas, os demônios, etc.

O Bonismo Yungdrung

De acordo com a maioria dos Tibetólogos, o emblema Yungdrung (a suástica


nazista que é um emblema Budista) foi introduzido no Tibet juntamente com o
Budismo no séc. VII.O Bonism Yungdrung adotou este emblema como sua
marca e sistematizou as doutrinas que incluíam o caminho para rezar por boa
fortuna, medicina, vitória nas guerras, e como arrajar um ritual aprooriado
para um funeral, e ainda métodos de mágica para discernir o verdadeiro do
falso, e o culpado do inocente.

O Bonismo Jo

O 5º Rei do Tibet, Khri-srong-de-tsan, da dinastia Tubo difundiu o Budismo no


Tibet e era o inimigo público do Bonismo. De acordo com alguns livros, isto foi
o que causou o colápso da Dinastia Tubo.

Os Budistas Tibetanos, liderados por Padmasambhava, proclamou as


Deidades Bonista como as deidades menores do Budismo, adotou as crenças
e rituais Bonistas, e permitiu que se comesse carne

O Desenvolvimento do Budismo no Tibet

Livros sobre a história do Budismo Tibetano tem registrado a seguinte lenda


de como o Budismo se espalhou por terras Tibetanas: Em um certo dia no
século V, Lhathothori Nyantzan, regente do Reinado de Tubo, estava
descansando no topo do Monte Yungbo Lhakang. De repente ele se deparou
com vários Tesouros Budistas caidos do céu. Enquanto o Rei Tubo não tinha
a menor idéia do que era aquilo, uma voz misteriosa lhe informou que o 6º
Tsampo (Rei) do Reino de Tubo saberia como usar aqueles objetos.

De acordo com as tradições o Budismo chegou a Tibet por volta de 630 sob o
reinado de Songtsan Gambo, o Rei Tubo do século VII, que se esforçou para
estabelecer laços de amizade com os países vizinhos para fortalecer a
economia e aprender culturas avançadas. Neste processo ele se casou com
a Princesa Bhrikuti Devi do Nepal e a Princesa Wencheng da Dinastia Tang
da China (618-907). Cada Princesa viajou para o Tibet com uma estátua de
Buda, e uma vez lá se empenharam para construir os Mosteiros de Jokhang
e Ramoge em Lhasa. Artesãos que acompanharam a Princesa se
envolveram na construção dos mosteiros, e monges Budistas por sua vez
começaram a traduzir as escrituras Budistas. Assim o Budismo se espalhou
no Tibet a partir das regiões do Nepal e Han.

O Tibet se viu envolvido por uma luta de poder por mais de meio século
resultando a morte de Songtsan Gambo. O Budismo falhou em florecer até
que Tride Zhotsan, o bisneto de Songtsan Gambo, tomou o poder. Em 710,
Tride Zhotsan pediu a mão e eventualmente se casou com a Princesa
Jincheng da Dinastia Tang. A noiva mudou a estátua de Buda que a Princesa
Wencheng havia trazido para o Tibet, para o Mosteiro de Jokhang. Enquanto
isto, ela arranjou que monges que a acompanharam do Reino de Tubo que
assumissem o mosteiro e as atividades religiosas. Ela se empenhou
arduamente e finalmente conseguiu persuadir a corte de Tubo a aceitar os
monges das regiões do Oeste e construiu vários mosteiros para acolhê-los. A
situação se tornou instável com a resistência de seguidores da religião BON
que fizeram de tudo (com assassinatos e retaliações) para obstruir a avanço
do Budismo até o entronamento de Trisong Detsen, filho de Tride Zhotsan,
em 775.

Trisong Detsan se apoiou no Budismo e como parte de seu esforço convidou


Santarakshita e Padmasambhava, famosos monges da Índia e Kashmir, para
pragar as Leis do Budismo iniciando-se a construção do Mosteiro de Samye
em 799. Rasparam a cabeça de sete crianças nobres, e assim este mosteiro
se tornou o primeiro mosteiro Tibetano a tosar os monges se tornando uma
prática no sistema do Budismo Tibetano.

Trisong Detsen reuniu um número de eminentes mestres Budistas da China e


Índia numa reunião importante conhecida com o Conselho de Lhasa e enviou
missionários à China para convidar monges a lecionar no Tibet. Mahayana foi
um deles e ficou 11 anos no Tibet lecionando sobre Budismo e completando
nove Livros sobre o Budismo.

Os reis Tubo das Dinastias seguintes fizeram o máximo para promover o


Budismo construindo mosteiros e financiando a tradução de Sutras Budistas.
Ao mesmo tempo, eles garantiram aos monges uma receita real e até os
encorajou a se envolverem nos assuntos políticos para desencorajar o
ministros que apoiavam a religião BON, que em represália arranjaram o
assassinato de Tritsong Detsen em 842. E seu irmão Lang Dharma, que
reinou de 838 a 842, se tornou o novo Rei Tubo que adotou uma política de
supressão do Budismo na região. Ruindo um vasto império e, por mais de 150
anos, revertendo-se barbarismo, desordem e ignorancia, sendo as atividades
religiosas, culturais e literárias reduzidas a zero.

No iníco do Século X foi instaurada uma sociedade feudal no Tibet com cada
um do ministros Tubo ocupando o território e assumindo o poder. Eles se
empenharam em promover o Budismo para fortalecer os seus próprios
reinados. E asim o Budismo foi reavivado no Tibet, entretanto o Budismo, na
forma e conteúdo, diferia em mutio do Budismo Tubo. A velha luta entre o
Budismo e a religião BON resultou que cada uma absorveu os pontos fortes
da outra fazendo com que o Budismo emergisse e entrasse em um estágio de
rápido desenvolvimento. Mas ainda graças aos esforços de um Rei Guge que
se tornou um monge adotando o nome de Yeshe-Ö, "a Luz do
Conhecimento", que temendo a dissonância com os ensinamentos
ortodoxicos, enviou algumas pessoas para estudar na Índia. Entre elas
estava Rinchen Zangpo (958-1055) que se tornou um famoso tradutor dos
textos sagrados para o Tibetano e fundador de vários templos e mosteiros.
Yeshe-Ö foi também o responsável pelo convite ao Tibet do grande Padita
Indiano Atisha (982-1055) que depois de uma série de recusas finalmente
chega ao Tibet em 1042, instruindo um grande número de discípulos até a
sua morte doze anos depois.

Os ensinamentos de Atisha tinha o objetivo de trazer a seus discípulos uma


combinação harmoniosa de disciplina monástica, prática de rituais e
desenvolvimento intelectual. E seu melhor discípulo foi Gyalwai Chungne,
mais conhecido como Drom Tonpa (1004-1064) fundador do Mosteiro de
Reting ao norte de Lhasa.
A REINCARNAÇÃO DOS BUDAS VIVOS

O sistema de reincarnação dos Budas Vivos é o ponto principal que distingue


o Budismo Tibetano das outras formas de Budismo.

Este termo "Buda Vivo" emergiu na Dinastia de Yuan (1271-1368) quando o


Imperador Kublai Khan honrou Pagba, chefe da Seita Sagya, com o nome de
"Buda do Paraíso do Oeste" A partir daí todos os monges que se distinguiam
na prática do Budismo eram chamados de Buda Vivo. Entretanto o termo
Buda Vivo não era reconhecido como um título especial para aquele que se
tornava o sucessor do chefe de um mosteiro até a eventual introdução do
sistema de reencarnação dos Budas Vivos.'

Kublai Khan em 1252 concedeu uma audiência para Pagba e Karma Pakshi,
um monge eminente da Seita Karma Kagyu. Khan conferiu a Karma Pakshi
um chapéu preto com beirada dourada e um selo dourado de autoridade.
Para firmar os interesses de sua Seita, em 1283, deixou um testamento
orientado os seus discipulos a procurarem um garoto para herdar o chapéu
preto com a instrução baseada na premissa de que a ideologia de Buda é
eterna, e um Buda iria reincarnar para completar as missões que ele havia
iniciado.Os discípulos de Karma Pakshi's agiram de acordo com as
orientações e encontraram o garoto com a alma reencarnada do mestre. O
evento marcou a introdução do sistema de reencarnação do Buda Vivo para
a linhagem dos Chapéus Preto do Budismo Tibetano. Durante a Dinastia
Ming (1368-1644), o Imperador Yongle honrou o Buda Vivo Chapéu Preto
Karmapa com o título de ''Grande Tesouro Principe do Dharma,'' o primeiro
dos três "Príncipes do Dharma". O sistema de reencanação do Buda Vivo
permance até hoje. Em 27 de Setembro de 1992, o mosteiro Curpu no
condado de Doilungdeqen, Lhasa, foi o local da grande cerimônia marcando
o entronamento do 16º Buda Vivo Karmapa. O evento marcou uma nova
página na história da Seita Karma Kagyu.

Várias outras seitas do Budismo Tibetano reagiram à introdução do sistema


de reencarnação do Buda Vivo e criaram vários outros sistemas. Durante a
Dinastia Qing (1644-1911) reino absoluto do Imperador Qianlong, 148 Budas
Vivos foram registrados no Conseho para Assuntos Mongois e Tibetanos.
Contudo os sistemas mais influentes foram o Dalai e o Panchen.

A TRADIÇÃO DAS REINCARNAÇÕES

O Sistema Tantrico do Budismo, também conhecido como Vajrayana, foi


introduzido no Tibet pelo Grande Guru Indiano Padmasambhava ou Guru
Rinpoche.

Enquanto o Rei Trisong Deutsen (740 AD-786 AD) estava construindo o


Mosteiro de Samye ele se deparou com dificuldades causadas por demônios
e espíritos maus que continuamente destruiam tudo que era construido.
Finalmente, aconselhados pelo grande Padita Indiano Shantirakshita, o Rei
pediu ajuda ao Guru Padmasambhava. Relata-se que depois de subjulgar os
espíritos obstruidores, Guru Rinpoche ficou no Tibet por 50 anos ensinando o
Vajrayana.

No texto sagrado Kanjur está escrito que ante do Maha Parinirvana do Buda,
seus discípulos perguntaram a Êle porque Êle não havia dado ensinamentos
sobre o Tantra. A resposta de Buda foi que desde que Êle havia nascido de
um útero humano Êle não se qualificava para dar ensinamentos tão
profundos. E na época de sua morte, Êle disse aos discípulos que voltaria
como Padmasambhava.

Oito anos depois do Maha Parinirvana de Buda, Guru Padmasambhava


nasceu no décimo dia do quinto mês, de um lotus no Lago Dhyanakosha, que
agora é chamado de Rewalsar (Tib. Tso Pema) em, Himachal Pradesh. Logo
os Budistas Tibetanos acreditam que Padmasambhava é a reincarnação do
Senhor Buda. Acredita-se que o Guru viveu por mais de mil anos e que está
ainda vivo ensinando em outras dimensões.

A tradição da reincarnação é uma característica do Vajrayana. Está ligada ao


conceito do bardo, o período intermediário entre nascimento e renascimentos.
A morte é somente uma pausa na continuidade de nascimentos e
renascimentos. Enquanto um ser ignorante vive uma vida confusa, e tem uma
morte confusa, e passa por um bardo confuso e nasce novamente como um
ser confuso, um Bodhisattva vive e morre e renasce somente com o propósito
de libertar os sêres da ignorância e confusão. Para ele, todo o passado e todo
o futuro está manifesto no presente, portanto ele ultrapassa o continuum
tempo/espaço.

Lama Anagarika Govinda diz: " O ser torturado e ferido de nosso tempo, não
conhece o seu passado infinito e nem a infinidade de seu futuro porque
perdeu a conecção com seu ser atemporal, é como um homem sofrendo de
uma amnésia incurável, uma enfermidade mental que o priva de sua
consciência e portanto de sua capacidade de agir consistentemente de
acordo com sua natura verdadeira.. Tal ser realmente morre, porque ele se
identifica com sua existência momentânea." Um Bodhisattva, por outro lado,
não pede a conecção com o seu ser atemporal, e é capaz de canalizar sua
consciência para renascer e propiciar ajuda a todos os seres, e uma vez que
ele é o mestre dos três tempos, é possível para ele indicar e dirigir as
condições de seu renascimento ou reincarnação.

Depois de Guru Padmasambhava, o Budismo floresceu no Tibet. Haviam


praticantes, milhares dêles, vivendo em cavernas, em ermidas e mosteiros
dedicados aos votos de libertar todos os seres sencientes das amarras da
ignorância. Devido à claridade de suas visões e ao poder de suas motivações,
existem incontáveis reencarnações desses Bodhisattvas.

Em nossos tempos modenos temos mestres reincarnados iluminados como a


Sua Santidade o 14º Dalai Lama, Sua Santidade Dudjom Rinpoche, Sua
Santidade o Karmapa, Sua Santidade Sakya Trinzin Rinpoche, Sua Santidade
o Mingling Trichen Rinpoche, Sua Santidade Dilgo Khyentse Rinpoche, Kalu
Rinpoche e muitos outros, brilhando como sóis na escuridão da Roda da Vida
(Samsara). Ã medida que Êles se vão, novas reencarnações nascem,
identificadas, entronadas, instruídas e fortalecidas até que eles, por sua vez,
se tornem mestres libertando incontáveis sêres.

Algumas reenarnações são identificadas através dos sonhos, algumas


através de visões de pessoas santas, algumas através de instruções deixadas
no momento da more, algumas através de sinais auspiciosos da natureza e
alguns simplesmente proclamam suas identidades quando ainda bebês.
Enquanto muitos são colocados à prova de identificar os objetos pertencentes
à incarnação prévia, muitos são aceitos sem qualquer teste. Não existe
nenhuma regra rígida no processo de identificação e nascimento. Alguns
nascem príncipes e alguns pastores. O único princípio guia para tais
nascimentos é a compaixão dos Bodhisattvas e o karma coletivo das
pessoas. Onde quer que seja que o fluxo karmico das pessoas está maduro
bastante para seguir o caminho do Dharma, um Bodhisattva com certeza
surgirá. Existem casos onde o karma coletivo se tornou negativo e um
Boddisattva foi rejeitado ou expulso.

Uma dessas estórias datam da época do Buda Sakyamuni. Um de seus


discípulos tendo aprendido muito e se tornado muito arrogante, após a sua
morte ele nasceu como um preta, um fantasma faminto, no jardim onde Buda
ensinava.O Senhor Onisciente, tomando conhecimento da presença desse
miserável fantasma, tentou ensiná-lo o dharma, mas cada vez que Buda
falava, ele tapava seus ouvidos com as mãos e virava de costas. Onde existe
comunidades inteiras que fecham seus ouvidos mentais para o Dharma, um
Buda dificilmente aparecerá.

Do mesmo modo que não existem padrões rígidos no processo de se


identificar uma reencarnação, também não existem para quem deverá
identificar a reencarnação. Normalmente um Tulku (encarnação reconhecida)
ou um Rinpoche encarnado reconhece e identifica a nova reencarnação que
pertence à seu mosteiro. Entretanto, muito freqüente, tem acontecido casos
onde uma grande reencarnação é identifiocada por um único lama comum ou
até por representantes dos Rinpoches e Tulkus.

Logo que um Tulku é identificado, ele é entronado e providenciado para ele


os mais sábios instrutores. Ele tem completo acesso ao vasto oceano de
nectar do dharma e rodeado por grandes mestres.

O sistema de reincarnação para o Dalai Lama foi introduzido no século XVI.


No início da Dinastia Qing Dynasty, o 5º Dalai Lama viajou para Beijing para
prestar homenagem ao Imperador Shunzhi. O Imperador Qing conferiu a ele o
título honório de o Dalai Lama, guardião da Fé Budista na Terra sob os
auspícios do Grande Buda Benevolente o Paraíso do Oeste". O título Dalai
Lama foi então estabelecido e permanece até hoje. O atual Dalai Lama foi
entronado no Palácio de Potala e, 22 de fevereiro de 1940, durante a
cerimônia presidida por Wu Zhongxin, ministro da Comissão para os Assuntos
Mongois e Tibetanos do governo nacionalista da República da China(1911-
49), sendo vetado alguns rituais que faziam parte da cerimônia de
confirmação.
De acordo com a tradição, comitivas de busca foram enviadas para encontrar
o sucessor de XIII Dalai Lama. Dois anos depois vários sinais levou um grupo
a Takster, onde eles encontraram o garoto Lhamo Thondup. Depois de uma
série de testes, a criança (mais tarde nomeada Tenzin Gyatso) foi
reconhecido como o XIV Dalai Lama.

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