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Biografía de Érico Veríssimo
Biografía de Érico Veríssimo
Érico Veríssimo (1905-1975) foi um escritor brasileiro. "Olhai os Lírio do Campo", é sua obra prima. Foi
um dos melhores romancistas brasileiros. Fez parte do Segundo Tempo Modernista. Recebeu o
"Prêmio Machado de Assis" com a obra "Música ao Longe" e o "Prêmio Graça Aranha" com "Caminhos
Cruzados".
Érico Veríssimo (1905-1975) nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, no dia 17 de dezembro de
1905. Filho de Sebastião Veríssimo da Fonseca e de Abegahy Lopes, família rica e tradicional, que
perdeu tudo no começo do século. Estudou no Colégio Venâncio Alves, em Cruz Alta. Com 13 anos já
lia autores nacionais como Aluízio Azevedo, Joaquim Manuel de Macedo, Coelho Neto, e também
autores estrangeiros como Dostoievski e Walter Scott. Em 1920 foi para Porto Alegre, estudou no
Colégio Cruzeiro do Sul, mas não completou o curso. Voltou para Cruz Alta. Abandonou os planos de
cursar uma Universidade.
Em 1925 trabalhou no Banco Nacional do Comércio. Em 1926, tornou-se sócio de uma farmácia. Dava
aulas de literatura e inglês. Em 1929, começou escrevendo contos para revistas e jornais. Em 1930, a
farmácia foi a falência. Em 1931, casa-se com Mafalda Halfem Volpe, com quem teve dois filhos. Vai
definitivamente para Porto Alegre, onde foi contratado para o cargo de secretário de redação da
Revista do Globo, onde conviveu com escritores renomados. Em 1932, foi promovido a Diretor da
Revista do Globo e atuou no departamento editorial da Livraria do Globo.
Érico Veríssimo fez parte do Segundo Tempo Modernista (1930-1940), onde a literatura traz para
reflexão os problemas sociais. Em 1932, o autor publica uma coletânea de contos "Fantoche", foi sua
estreia na literatura. Em sua primeira fase a preocupação foi ética e urbana. No romance "Clarissa",
tendo Porto Alegre como cenário, traça o perfil psicológico de uma adolescente. "Caminhos Cruzados",
é um romance de análise social, em que expõe o drama abismal entre ricos e pobres. A fase de
transição do autor é refletida em "O Resto é Silencio", onde o narrador analisa a reação de sete pessoas
que presenciam o suicídio de uma moça.
Na segunda fase Érico parte para uma investigação completa do passado histórico do Rio Grande do
Sul. "O Tempo e o Vento", são três romances, que trazem um vasto texto épico, onde desfilam as
famílias do patriarcalismo gaúcho. "Ana Terra" é a protagonista do primeiro volume da trilogia. A cena
se passa no Rio Grande do Sul, e relata o drama de uma família de pioneiros gaúchos. A terceira fase
apresenta romances de aberta reação ao sistema político do século XX, é o caso do "Senhor
Embaixador". No romance "O Prisioneiro", pretendeu o autor, como ele disse, "fazer uma espécie de
parábola moderna sobre a guerra e o racismo".
Érico Veríssimo foi para os Estados Unidos, em 1941, em missão cultural, a convite do Departamento
de Estado americano. Temendo a ditadura do governo Vargas, em 1943, foi lecionar Literatura
brasileira, na Universidade de Berkeley, na Califórnia. Em 1953, ocupou o posto de Diretor do
Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana. O registro de suas viagens foi descrito
nos livros "Gato Preto em Campo de Neve" e "A Volta do Gato Preto".
Em 1969, a casa onde nasceu Veríssimo, é transformada em Museu. Sua obra "Música ao Longe",
recebeu o Prêmio Machado de Assis e "Caminhos Cruzados", recebeu o Prêmio Graça Aranha. Em
1973, escreveu o primeiro volume da trilogia de sua auto-biografia "Solo de Clarineta", mas não
completou o segundo volume. Seu filho Luis Fernando Veríssimo, nascido em 1936 é autor de livros
famosos como O Analista de Bagé e Comédia da Vida Privada.
Érico Lopes Veríssimo faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 28 de novembro de 1975.
Obras de Érico Veríssimo