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Capitulo 2cv3 PDF
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2.1. INTRODUÇÃO
MÁQUINAS DE
FLUXO
TÉRMICAS HIDRÁULICAS
Sendo que as térmicas são para fluidos compressíveis (gases em geral) e as hidráulicas para
os incompressíveis (líquidos com, e.g., água).
São aquelas que recebem trabalho mecânico, geralmente fornecido por uma máquina motriz, e o
transforma em energia hidráulica, comunicando ao líquido um acréscimo de energia sob as formas de
energia potencial de pressão e cinética. Pertencem a esta categoria de máquinas todas as bombas
hidráulicas.
2.2.1. História
As primeiras máquinas motrizes hidráulicas realmente práticas parecem ter sido as rodas
d’água.
Vitruvio, um século antes de Cristo, projetou e instalou várias das rodas d’água para o
acionamento de rudimentares dispositivos mecânicos. Utilizadas desde a Antigüidade, satisfizeram as
exigências impostas durante muitos séculos, por uma tecnologia primária, capaz de atender ao
funcionamento de pequenas oficinas, moinhos de cereais e artesanatos. Extremamente simples e
fáceis de construir, podiam as rodas d’água serem usadas para quedas baixas, de 3 a 6 m nas rodas
de cima e quedas ainda menores nas rodas de lado e nas de baixo.
A baixa rotação e as pequenas potências que com elas se podem alcançar foram reduzindo
sua aplicação a casos muito especiais, a medida que se ampliavam os progressos da Era Industrial.
Ainda no século XVIII projetavam-se rodas d’água cujas cubas recebiam a água por uma
canaleta, como é o caso da Roda Bélidor (Bernard F. de Bélidor, 1693-1761), e ainda em nossos dias
existe campo, embora limitado e especial, para a instalação de rodas d’água de vários tipos.
O século XVIII é, como se sabe, o século dos grandes nomes da ciência hidráulica, que
prepararam o campo para extraordinárias conquistas no que concerne as máquinas hidráulicas. De
fato, em 1730, Daniel Bernoulli (1700-1782) lançou os fundamentos da Hidrodinâmica. O famoso
teorema e a equação de conservação de energia para os líquidos que tem seu nome, embora não
fossem enunciados explicitamente sob a forma usual com que os costumamos usar, apresentam-se
perfeita e claramente estabelecidos em sua obra “Hidrodinâmica”.
Leonard Euler (1707-17831), que inventara uma roda de reação com distribuidor fixo,
verdadeira precursora da turbina, publicou em 1751 seus primeiros trabalhos sobre turbo-máquinas,
estabelecendo em 1754 a equação que ainda hoje conserva seu nome e que é a base para a
compreensão do funcionamento das máquinas de reação.
Os estudos de Euler foram encontrar aplicação decisiva no século XIX com as rodas Poncelet
e com as turbinas propriamente ditas.
O nome turbina parece dever-se a Claude Burdin (1790-1873) com a memória que publicou
sob o título: “Das turbinas hidráulicas ou máquinas rotativas de grande velocidade”. Um de seus
discípulos, Benoit Fourneyron (1802-1867), realizou experiências em Pont sur l’Oignon na França,
entre os anos de 1823 e 1827. Foi neste último ano que construiu uma turbina centrífuga com
potência de 6 CV e rendimento de 80%. Prosseguiu construindo e montando turbinas, em 1837
instalou uma de 60 CV em Saint Blaise. Ao falecer, havia fabricado e instalado mais de cem turbinas.
A turbina de Fourneyron era uma turbina centrífuga, de ação total da água em escoamento.
Constava de um distribuidor fixo D e de um receptor U roda R que girava fixado em um eixo vertical.
Ambos possuíam uma série de pás curvas formando canais e presas a coroas circulares. As pás do
distribuidor tinham por finalidade guiar a água de modo a permitir a penetração da mesma nos canais
formados pelas pás do receptor obliquamente em relação à circunferência interna C.
Em virtude da mudança de direção que imprimem à água que com elas tem contato, as pás
do receptor recebem a ação das forças com predominância das forças devidas à velocidade de
escoamento. O escoamento se faz do centro para a periferia, isto é, o receptor e externo ao
distribuidor e a água abandona o receptor caindo de uma altura h num poço de escapamento ou de
fuga.
Quando a água, ao atravessar o receptor, enche completamente o canal formado pelas pás,
mantendo contato com todas elas simultaneamente, a turbina é dita de escoamento forçado ou ação
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total, como é o caso em apreço. Quando tal não ocorre se diz que a turbina é de ação parcial ou jato
livre, ou simplesmente de jato, como veremos em tipos de que trataremos mais adiante.
Podemos em resumo, dizer que a concepção da turbina se deve a Euler e que a primeira
turbina industrial foi obra de Fourneyron.
É aquela em que a água é lançada sob a forma de um jato sobre um número limitado de pás
do receptor.
• Girard
• Schwamkrug (1850) (obsoleta}
• Zuppinger ( 1846) (obsoleta)
• Michell
• Banki
• Pelton (a mais usada da categoria)
James Bicheno Francis (1815-1892) nasceu na Inglaterra, emigrou para os Estados Unidos e
trabalhou como engenheiro de empresas que operavam às margens do Rio Marrimac. Incumbido em
1847 de estudar uma turbina para o aproveitamento energético do desnível em um rio, sua atenção
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recaiu sobre uma máquina de escoamento centrípeta, cuja patente já fora requerida em 1838 por
Samuel Dowd (1804-1879). Foram tais os aperfeiçoamentos introduzidos por Francis na turbina Dowd
que esse tipo de turbinas mereceu seu nome.
Nas turbinas Francis, o receptor fica internamente ao distribuidor de modo que a água ao
atravessar o rotor da turbina aproxima-se constantemente do eixo.
São turbinas rigorosamente centrípetas, e permitem o uso de um tubo proposto em 1943 por
Jonval, para conduzir a água, após sair do receptor até um poço, tubo esse que pela semelhança
com os tubos de aspiração da bombas, recebeu o nome de tubo de sucção ou de aspiração; chama-
se também tubo difusor ou tubo recuperador.
Assim o tubo de sucção cria uma depressão à saída do rotor de modo que se recupera não
apenas a maior parte da energia cinética da água que sai do tubo, mas também ganha-se ainda o
desnível topográfico entre a saída do rotor e o nível da água no poço.
O formato do receptor das turbinas Francis foi evoluindo à medida que se procurava
aumentar sua velocidade e se ampliava a faixa de valores da queda. Swain, em 1855, propôs o rotor
com desvio progressivo da água da direção radial para a axial, tal como nos rotores das turbinas
Francis "normais” atuais. Em 1917, surgiu o receptor Dubs apropriado a velocidades específicas
elevadas. A turbina com o receptor Dubs é conhecida com o nome de turbina Francis rápida e extra-
rápida. Trata-se, aliás, de uma evolução dos rotores Swain e McCormick (1876).
Esta evolução não significa que os formatos anteriores não tenham mais aplicação. Com
aperfeiçoamentos de projeto, ainda se aplicam, conforme os valores da descarga, da queda e do
número de rotações. Esse conjunto de grandezas irá estabelecer, como veremos, o valor de uma
grandeza denominada velocidade específica, que irá caracterizar a forma de rotor adequada a cada
caso em questão.
A Fig.2.2.2 mostra os diversos tipos de rotores de turbinas Francis. Relativamente à
“velocidade especifica” temos na referida figura:
• A e B—Turbinas "lentas"
• C e D—Turbinas “normais”
• E—Turbinas “rápidas”
• F—Turbina “extra-rápida” ou “ultra-rápida”
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Apesar da desconfiança inicial dos fabricantes em aceitarem o novo tipo de turbina por
julgarem-no utópico e irrealizável, acabaram rendendo-se às vantagens desse tipo de turbina para
quedas pequenas e médias e grandes. O considerável número de turbinas Kaplan instaladas e com
pleno êxito representa a consagração definitiva dessas turbinas. (Ver Fig. 2.2.5)
O mecanismo que permite variar o ângulo de inclinação das pás conforme a descarga, sem
variação apreciável do rendimento, fica alojado numa peça com formato de ogiva e seu comando é
realizado pelo regulador automático de velocidade. (Ver Fig. 2.2.6)
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O receptor, de pás fixas ou orientáveis, é colocado num tubo por onde a água se escoa, e o
eixo, horizontal ou inclinado, aciona um alternador colocado externamente ao tubo. A Fig.2.2.7 mostra
duas instalações de turbinas tubulares nas condições referidas.
Podem ser consideradas como uma evolução do tipo acima citado. O rotor possui pás
orientáveis semelhantes às das turbinas Kaplan e existe uma espécie de bulbo, colocado no interior
do tubo adutor da água. No interior do bulbo, que é uma câmara blindada, pode existir meramente um
sistema de transmissão por engrenagens, para transmitir o movimento do eixo da hélice ao alternador
e/ou, como acontece nos tipos aperfeiçoados, no interior do bulbo fica o próprio gerador elétrico.
Como se pode observar nas referidas figuras, o bulbo tem diâmetro pouco menor que o rotor
da turbina.
Existem turbinas bulbo com cerca de 8 m de diâmetro fabricadas pela Escher Wyss,
Charmilles, Voith, Alshtom, Neyrpie e outras empresas.
A turbina bulbo dispensa a caixa em caracol e o trecho vertical do tubo de sucção. O espaço
ocupado em planta é portanto menor que o das turbinas Kaplan. Para um mesmo diâmetro do rotor, a
turbina bulbo absorve uma descarga maior que as Kaplan, resultando daí maior potência a plena
carga.
Durante algum tempo construíram-se turbinas bulbo contendo um conjunto de engrenagens
planetárias destinadas a aumentar o número de rotações para o acionamento do alternador.
Modernamente, o acoplamento do eixo da turbina ao alternador colocando no interior do bulbo, como
dissemos, se realiza diretamente.
As turbinas bulbo por poderem funcionar como turbinas ou como bombas têm sido
empregadas em usinas maré-motrizes como a do estuário do Rio Rance na França, onde foram
instaladas 24 unidades de 10 MW cada.
A Escher Wyss desenvolveu uma turbina de escoamento "retilíneo" Straflo (contração dos
vocábulos straight e flow), de volume reduzido e que conduz a considerável economia no custo das
obras civis Na realidade, as trajetórias das partículas líquidas são hélices cilíndricas, que em projeção
meridiana são retas paralelas ao eixo.
Entre as turbinas chamadas de jato, o tipo que ainda hoje é muito empregado é a turbina
Pelton ou roda Pelton, como alguns a chamam, homenagem prestada ao seu inventor Lester Allen
Pelton (1829-1908), engenheiro norte-americano, nascido em Ohio.
Após realizar inúmeros ensaios com os mais variados tipos de pás, Pelton patenteou, em
1880, a turbina, vendendo seus direitos a uma empresa que foi fundada para fabricá-la.
Como toda turbina hidráulica, a Pelton possui um distribuidor e um receptor. O distribuidor é
um bocal, de forma apropriada a guiar a água proporcionando um jato cilíndrico sobre a pá do
receptor, o que é conseguido por meio de uma agulha (agulha de regularização).
O receptor consta de um certo número de pás com forma de concha especial, dispostas na
periferia de um disco que gira, preso a um eixo.
A pá possui um gume médio, que fica sobre o plano médio da roda, e que divide
simetricamente o jato e o desvia lateralmente. Chamando de U a velocidade da pá, W 2 a velocidade
relativa da água ao abandoná-la, a velocidade absoluta será V2 que deverá ter uma direção
aproximadamente paralela ao eixo da turbina e em ângulo de quase 90° com a velocidade absoluta
de entrada V0.
As turbinas Pelton podem ser de um jato, dois, quatro e seis jatos.
A figura a seguir mostra esquematicamente as partes principais de uma turbina Pelton de um jato,
com eixo horizontal.
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A turbina Pelton possui também um “defletor de jato", que intercepta o jato, desviando-o das
pás, quando ocorre uma diminuição violenta na potência demandada pela rede de energia. Nessa
hipótese, uma atuação rápida da agulha reduzindo a descarga poderá vir a provocar uma
sobrepressão no bocal nas válvulas e ao longo do encanamento adutor. O defletor volta à posição
primitiva liberando a passagem do jato, logo que a agulha assume a posição que convém, para a
descarga correspondente à potência absorvida.
As turbinas Pelton de potência elevada possuem ainda um bocal de frenagem que faz incidir
um jato nas costas das pás, contrariando o sentido de rotação quando se deseja frear a turbina
rapidamente .
A Fig.2.2.11 mostra uma turbina Pelton de dois jatos, podendo-se observar os defletores de
jato e o freio, além dos dispositivos de regulagem do avanço da agulha.
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2.3.1. Definição
Bombas são máquinas geratrizes cuja finalidade é realizar o deslocamento de um líquido por
escoamento. Sendo uma máquina geratriz, ela transforma o trabalho mecânico que recebe para seu
funcionamento em energia, que é comunicada ao líquido sob as formas de energia de pressão e
cinética. Alguns autores chamam-nas de máquinas operatrizes hidráulicas, porque realizam um
trabalho útil específico ao deslocarem um líquido. O modo pelo qual é feita a transformação do
trabalho em energia hidráulica e o recurso para cedê-la ao líquido aumentando sua pressão e/ou sua
velocidade permitem classificar as bombas em:
2.3.3. Turbobombas
mecânica de que está dotado em energia de pressão. É, em essência, um disco ou uma peça de
formato cônico dotada de pás. O rotor pode ser:
• fechado quando, alem do disco onde se fixam as pás, existe uma coroa circular também presa às
pás. Pela abertura dessa coroa, o líquido penetra no rotor. Usa-se para líquidos sem substâncias
em suspensão e nas condições que veremos adiante.( Fig. 2.3.1)
• aberto quando não existe essa coroa circular anterior. Usa-se para líquidos contendo pastas,
lamas, areia, esgotos sanitários. (Fig. 2.3.2)
O líquido penetra no rotor paralelamente ao eixo, sendo dirigido pelas pás para a periferia,
segundo trajetórias contidas em planos normais ao eixo. As trajetórias são, portanto, curvas
praticamente planas contidas em planos radiais
As bombas deste tipo possuem pás cilíndricas (simples curvatura), com geratrizes paralelas
ao eixo de rotação sendo essas pás fixadas a um disco e a uma coroa ou a um disco apenas. Nas
bombas radiais bem projetadas, a região inicial das pás pode apresentar-se com a forma de
superfície de dupla curvatura, para melhor atender à transição das trajetórias das partículas liquidas,
da direção axial para a radial, sem provocar choques (mudanças bruscas no sentido do escoamento)
nem turbulências excessivas (Flg. 2.3.3).
As bombas do tipo radial, pela sua simplicidade, se prestam à fabricação em série, sendo
generalizada sua construção e estendida sua utilização à grande maioria das instalações comuns de
água limpa, descargas de 5 a WS I 5-1 e até mais, e para pequenas, médias e grandes alturas de
elevação.
Notemos que essas indicações são vagas e algo imprecisas, e que a escolha do tipo de rotor
dependerá da noção de velocidade específica. Quando se trata de descargas grandes e pequenas
alturas de elevação, o rendimento das bombas radiais torna-se baixo e o seu custo se eleva em
virtude das dimensões que assumem suas peças, tornando-se pouco conveniente empregá-las.
As bombas centrifugas são usadas no bombeamento de água limpa, água do mar,
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condensados, óleos, lixívias, para pressões de até 16 kgf cm e temperaturas de até 140°C.
Existem bombas centrifugas também de voluta, para a industria química e petroquímica,
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refinarias, indústria açucareira, para água quente até 300°C e pressões de até 25 kgf/cm . E o caso
das bombas CZ da Sulzer-Weise. As bombas de Processo podem operar com temperaturas de até
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400°C e pressões de até 45 kgf cm (ex. bombas MZ da Sulzer-Weise).
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a. Bomba hélico-centrífuga
Nas bombas deste tipo, o líquido penetra no rotor axialmente; atinge as pás cujo
bordo de entrada é curvo e inclinado em relação ao eixo; segue uma trajetória que é uma
curva reversa, pois as pás são de dupla curvatura, e atinge o bordo de saída que é paralelo
ao eixo ou ligeiramente inclinado em relação a ele. Sai do rotor segundo um plano
perpendicular ao eixo ou segundo uma trajetória ligeiramente inclinada em relação ao plano
perpendicular ao eixo.
A pressão é comunicada pela força centrífuga e pela ação de “sustentação" ou
“propulsão” das pás.
Nestas bombas, as trajetórias das partículas líquidas, pela configuração que assumem as pás
do rotor e as pás guias, começam paralelamente ao eixo e se transformam em hélices cilíndricas.
Forma-se uma hélice de vórtice forçado, pois, ao escoamento axial, superpõe-se um vórtice forçado
pelo movimento das pás. Não são propriamente bombas centrifugas, pois a força centrífuga
decorrente da rotação das pás não é a responsável pelo aumento da energia da pressão. São
estudadas e projetadas segundo a teoria da sustentação das asas e da propulsão das hélices ou
ainda segundo a teoria do vórtice forçado.
As bombas axiais são empregadas para grandes descargas (até várias dezenas de metros
cúbicos por segundo) e alturas de elevação desde 40 m.
Possuem difusor de pás guias, isso é, coletor troncônico com pás guias. O eixo em geral é
vertical, e por isso são conhecidas como bombas verticais de coluna, porém existem modelos com o
eixo inclinado Constróem-se bombas axiais com pás inclináveis (passo variável), podendo-se, por
meio de um mecanismo localizado no interior da ogiva e comandado automaticamente por servo-
mecanismo, dar às pás uma inclinação adequada a cada descarga desejada, para que o rendimento
sofra pequena variação.
As bombas de múltiplos estágios são próprias para instalações de alta pressão, pois
a altura total que a bomba recalca o líquido é, não considerando as perdas, teoricamente
igual à soma das alturas parciais que seriam alcançadas por meio de cada um dos rotores
componentes. Existem bombas deste tipo para alimentação de caldeiras com pressões
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superiores a 250 kgf/cm . Usam-se também para poços profundos de água ou na
pressurização de poços de petróleo.
Neste tipo, a entrada do líquido se faz de um lado e pela abertura circular na coroa do rotor.
O rotor é de forma tal que permite receber o líquido por dois sentidos opostos, paralelamente
ao eixo de rotação.
O rotor tem uma forma simétrica em relação a um plano normal ao eixo. Equivale
hidraulicamente a dois rotores simples montados em paralelo e é capaz de elevar, teoricamente, uma
descarga dupla, da que se obteria com o rotor simples.
O empuxo longitudinal do eixo, que ocorre nas bombas de entrada unilateral em razão da
desigualdade de pressão nas faces das coroas do rotor, é praticamente equilibrado nas bombas de
rotores bilaterais, também chamados “geminados", em virtude da simetria das condições de
escoamento. Geralmente, o rendimento dessas bombas é muito bom, o que explica seu largo
emprego para descargas médias. Para permitir a montagem do eixo com o rotor (ou os rotores), a
carcaça da bomba é “bipartida”, isto é, constituída de duas seções separadas por um plano horizontal
à meia altura do eixo e aparafusadas uma a outra.
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Essa transformação, se realiza no difusor, de modo que esse critério corresponde à indicação
dos tipos de difusor. Temos assim:
a. Bomba de difusor com pás guias ou diretrizes colocadas entre o rotor e o coletor.
b. Bomba com coletor em forma de caracol ou voluta.
c. Bomba com difusor axial troncônico, com pás guias.
Poderíamos ainda classificar as bombas conforme:
—a velocidade específica, o que faremos oportunamente;
—a finalidade ou destinação;
—a posição do eixo;
—o líquido a ser bombeado, e outros critérios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3] MATTOS, Edson Ezequiel; FALCO, Reinaldo de. Bombas Industriais. 2 ed. Rio de Janeiro :
McClausen Editora Ltda., 1992. P. 105-113.
5] Notas de aulas ministradas pelo Prof. Oswaldo Honorato, M.Sc., na disciplina de Máquinas de
Fluxo, no. 2º semestre de 1997.