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Acessado em: 07/08/2017

Estruturas & BIM: Evolução do Fluxo


de Trabalho do Projeto Estrutural
• Postado por DIONISIO SOUZA

• Categorias ESTRUTURAL

• Data 27 DE FEVEREIRO DE 2017

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Os escritórios de projetos estruturais, não faz muito tempo, recebiam as plantas
de arquitetura em cópias heliográficas, extraídas dos originais desenhados a
nanquim em papel vegetal.

O trabalho inicial, de concepção e lançamento da estrutura, estudo inicial das


formas, era feito em papel manteiga (vegetal de baixa gramatura).
FIGURA 1 – PLANTA ARQUITETÔNICA EM CÓPIA HELIOGRÁFICA.

A transparência do papel permitia que, ao lançar os pilares com a planta


heliográfica de arquitetura embaixo, pudéssemos transportar rapidamente tal
lançamento, das primeiras peças estruturais (pilares), para os demais pavimentos
da arquitetura e visualizar as eventuais interferências.Normalmente os pilares, na
planta de formas, eram pintados (por trás do papel) de verde, cor que saía
representada de melhor forma como seção cheia (em corte) na cópia heliográfica.

O fluxo de trabalho evoluiu para o CAD, onde o “papel manteiga” virou “layers”.
Os desenhos recebidos da arquitetura, em CAD, eram “tratados” e colocados em
em layers com cores esmaecidas, para que as peças estruturais pudessem ficar
realçadas no contexto de estudo de formas da estrutura/arquitetura.
A plotagem, primeiro em papel vegetal, continuou a exigir as cópias heliográficas
que depois foram totalmente eliminadas pela facilidade e redução de preço das
cópias (plotagens) em papel sulfite.
FIGURA 2 – ARQUIVO USANDO A TECNOLOGIA CAD.

Hoje, “plotagens virtuais” (em arquivos digitais tipo pdf, por exemplo), já fornecidas
com as espessuras de linhas e cores que cada projeto exige para perfeita
compreensão, permanecem armazenadas na “nuvem”, possibilitando uma
quantidade de cópias ilimitadas e em qualquer formato, além de possibilitarem
rápidas visualizações em computadores, tablets e até em smartphones.

Atualmente, a arquitetura recebida em processo de projeto utilizando o conceito


BIM, já se encontra em um modelo tridimensional e, assim, a melhor forma de
lançar a estrutura é também usar os mesmos recursos, criando um anteprojeto
diretamente em terceira dimensão, pois os programas possuem ferramentas de
precisão para facilitar tal fluxo de trabalho, além de uma infinidade de
possibilidades de visualização e controle do modelo.

Exemplo de Workflow Estrutural BIM

1. O lançamento das peças estruturais (pilares, vigas, lajes, etc) fica muito
facilitado pela capacidade de visualização da arquitetura através de vários tipos de
representações possíveis, como, por exemplo, em um modelo simplificado de
“linhas em 3D” (abaixo) ou por um modelo mais sólido e com transparências em
qualquer elemento (paredes, pisos, etc) – imagem abaixo – ressaltando as peças
estruturais.
FIGURA 3 – ESTRUTURA LANÇADA NO REVIT SOBRE ARQUITETURA EM
VISUALIZAÇÃO SIMPLIFICADA (LINHAS EM 3D).

2. Qualquer nível (pavimento) da edificação pode ser “visitado” com facilidade, e


assim, as interferências entre as disciplinas podem ser visualizadas logo no
lançamento das peças estruturais.

FIGURA 4 – MODELO DO CONJUNTO ESTRUTURA/ARQUITETURA COM


TRANSPARÊNCIAS (REVIT).
3. Após o lançamento das peças estruturais do anteprojeto estrutural no próprio
Revit, um plugin faz o trabalho de enviar para o programa de cálculo o modelo
(aqui trabalhamos com o TQS).

FIGURA 5 – MODELO ESTRUTURAL NO REVIT PRONTO PARA SER


EXPORTADO PARA O TQS (ESQUERDA) E MODELO ESTRUTURAL JÁ
IMPORTADO NO TQS (DIREITA).

4. Já no programa TQS (imagem abaixo, à esquerda), identificamos as peças


estruturais (numeração), colocamos as cargas atuantes e demais procedimentos
para validação ou correção do modelo, incluindo os cálculos e detalhamento das
armações das peças estruturais.

FIGURA 6 – IDENTIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS E LANÇAMENTO DE


CARGAS NO TQS (ESQUERDA) E IMPORTADO DO TQS O MODELO RECEBE
TRATAMENTO GRÁFICO NO REVIT (DIREITA).

5. Logo após a validação do modelo, o TQS, através do mesmo plugin o envia de


volta ao Revit, para que os acabamentos gráficos nas formas sejam executados
(imagem acima, à direita). Nesta fase, recebemos o arquivo do TQS, preparado
pelo plugin, através de um template que já contém todas as formatações para as
representações gráficas padrões de nosso escritório, além do tratamento para os
demais parâmetros dos objetos (peças estruturais) vindas do programa de cálculo,
que são reconhecidas como famílias do Revit (a grande “mágica” do plugin da
TQS), com informações necessárias para os demais processos BIM.

FIGURA 7 –

O resultado final, depois de metodologias semelhantes com todas as demais


disciplinas e não somente entre a estrutura e a arquitetura é, sem dúvida,
impressionante, elevando muito a qualidade do projeto como um todo, pois as
interferências são todas identificadas em projeto, sem que se transfiram problemas
para a execução das obras.
Os profissionais envolvidos nas diversas disciplinas, interagem cada vez mais e
passam a incorporar em seus repertórios soluções encontradas por outros colegas
de outras especialidades. Esta foi uma das partes mais prazerosa em todo o
processo, pois sentimos não só a fantástica evolução das ferramentas de projeto,
mas também a evolução de nosso próprio conhecimento geral necessário aos
projetos das edificações.

FIGURA 8 – MODELO DA ESTRUTURA COMPLETO NO REVIT COM AS


INFORMAÇÕES PARA OS DEMAIS PROCESSOS BIM (ESQUERDA), MODELO
RECEBE OS PROJETOS DAS DEMAIS DISCIPLINAS E SÃO ESTUDADAS AS
ÚLTIMAS INTERFERÊNCIAS (DIREITA) E MODELO FINAL CONTENDO TODAS
AS DISCIPLINAS E INFORMAÇÕES PERTINENTES (CENTRO).
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Tag:bim, concreto armado, engenharia civil, estrutural, revit, tqs

Dionisio Souza
Empresário e Engenheiro Civil

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