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INTRODUÇÃO GERAL
(A) (B)
Figura 2: (A) Touceira de cactáceas e macambiras. (B) Leito pedregoso de rio seco na
área do empreendimento. Fonte: Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015.
(A) (B)
Figura 3: (A) Açude na área do empreendimento. (B) Utilização de lenha em fornos
artesanais. Fonte: Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015.
CONTEXTUALIZAÇÃO
OBJETIVOS
Geral
Específicos
METODOLOGIA
Amostragem
Figura 6: Analista ambiental realizando entrevista com morador local para levantar as espécies
de mamíferos conhecidas para as áreas de influência do empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho/2015.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Busca ativa
Figura 7: Callithrix jacchus (sagui-de-tufo-branco) registrado Figura 8: Pegadas de Procyon cancrivorus (guaxinim)
nas áreas de influência do empreendimento. registradas nas áreas de influência do empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho/2015.
Figura 9: Fezes de Galea spixii (preá) registradas nas áreas Figura 10: Fezes de Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim)
de influência do empreendimento. registradas nas áreas de influência do empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Figura 11: Restos de carcaça de Euphractus sexcinctus Figura 12: Pegadas de Euphractus sexcinctus (tatu-peba)
(tatu-peba) encontradas nas áreas de influência do registradas nas áreas de influência do empreendimento.
empreendimento. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Figura 13: Pegadas de Cerdocyon thous (cachorro-do-mato) Figura 14: Pegadas de Leopardus tigrinus (gato-do-mato-
registradas nas áreas de influência do empreendimento. pequeno) registradas nas áreas de influência do
Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015. empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Armadilhas fotográficas
A utilização de armadilhas fotográficas consiste em uma abordagem
bastante eficiente para o levantamento/monitoramento de mamíferos de médio
e grande porte, sendo uma metodologia não invasiva ideal para a obtenção de
dados de ocorrência, densidade, distribuição e uso do habitat (Silveira et al.,
2003) de espécies de vertebrados, em especial daquelas espécies de baixa
detecção (Carbone et al., 2001) como a maioria dos mamíferos de maior porte.
Por meio das armadilhas fotográficas, foi possível registrar espécies não
identificadas nas buscas ativas, tais como Didelphis albiventris (gambá-de-
orelha-branca) (Figura 15), Conepatus semistriatus (jaritataca) (Figura 16),
Trhichomys laurentius (punaré) (Figura 17) e Dasypus novemcinctus (tatu-
galinha) (Figura 18), além de espécies também registradas nas buscas ativas
como C. thous (Figura 19), L. tigrinus (Figura 20) e K. rupestris (Figura 21 e
Figura 22).
Figura 19: Cerdocyon thous (cachorro-do-mato) registrado Figura 20: Leopardus tigrinus (gato-do-mato-pequeno)
nas áreas de influência do empreendimento. registrado nas áreas de influência do empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Figura 21: Kerodon rupestris (mocó) registrado durante a Figura 22: Kerodon rupestris (mocó) registrado durante o dia
noite em afloramentos rochosos nas áreas de influência do em afloramentos rochosos nas áreas de influência do
empreendimento. empreendimento.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
A perda de biodiversidade nunca foi tão grande como nos últimos tempos,
e por isso a classificação das espécies em níveis de ameaça se faz importante
para a priorização de ações de conservação, diante do pouco tempo e recursos
financeiros para reduzir o grau de ameaça das populações em declínio.
Segundo o levantamento apresentado aqui, na região onde será instalado o
Complexo Eólico Santo Agostinho ocorrem ao menos 3 (três) espécies de
mamíferos terrestres ameaçados de extinção, sendo elas:
Kerodon rupestris: com status de Vulnerável (MMA, 2014), as
populações deste pequeno roedor vem declinando em consequência
da caça excessiva e da destruição de afloramentos rochosos que são
utilizados como abrigo pela espécie, além disso poder ter sido
agravado pela seca extrema dos últimos anos. Desta forma, estima-se
um declínio populacional de K. rupestris de pelo menos 30% nos
últimos dez anos (ICMBIO, 2014).
Puma yagouaroundi: também na categoria de Vulnerável (MMA, 2014)
e constando no Apêndice II da CITES (2015), apesar deste felino de
pequeno porte (5 kg) apresentar uma ampla distribuição no Brasil,
ocorre sempre em baixas densidades populacionais, sendo esperado
um declínio na sua população de pelo menos 10% nos próximos 15
anos (ou três gerações), em razão principalmente da perda e
fragmentação do habitat pela expansão agrícola, além de
atropelamentos (como exemplificado na Figura ) e abates em retaliação
a predação de animais domésticos (ICMBIO, 2014).
Leopardus tigrinus: com status de Em Perigo no Brasil (MMA, 2014) e
de Vulnerável pela IUCN (2015) e constando no Apêndice I da CITES
(2015), que reúne as espécies mais ameaçadas listadas na Convenção
sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna
Selvagens em Perigo de Extinção, L. tigrinus (2,4 kg em média)
consiste no menos conhecido e mais ameaçado felino brasileiro. Esta
espécie ocorre em alguns estados do norte e centro-oeste, e em todo o
nordeste do Brasil, por tanto, com distribuição mais restrita que P.
yagouaroundi, mas sempre em baixas densidades, é esperado um
declínio de 30% nas populações de L. tigrinus nos próximos 18 anos
(ou três gerações), em decorrência da degradação de seus habitats
através da fragmentação e perda de cobertura vegetal, atropelamentos
e abates em retaliação a predação de animais domésticos,
especialmente galinhas (ICMBIO, 2014; IUCN, 2015).
(A) (B)
Figura 24: Mamíferos exóticos registrados nos pontos de amostragem dentro das áreas de influência do empreendimento;
Equus asinus (burro) (A) e capra hircus (cabra) (B).
Fonte: Arquivo Bioconsultants, junho-julho/2015.
Afloramento_rochos
Mata_conservada
Mata_secundária
Corpo_d'água
0,96
0,88
0,80
0,72
Similarity
0,64
0,56
0,48
0,40
0,32
Figura 27: Análise de agrupamento (cluster) das comunidades das comunidades de mamíferos
terrestres levantadas em cada tipo de habitat amostrado na área do empreendimento.
Por fim a análise de correspondência demonstra de forma bastante clara
a relação de dependência entre algumas espécies e determinados tipos de
ambiente, como os afloramentos rochosos, nos quais T. laurentius, C.
semistriatus, T. tetradactyla e K. rupestrtris foram registrados unicamente
(Figura 28); já corpos d’água são locais propícios para a ocupação de P.
cancrivorus, fato já bem documentado na literatura (Figura 28). Outras
espécies mais habitat generalistas como C. thous não possuem uma relação
mais próxima com nenhum ambiente em específico (Figura 28), podendo ser
encontrado em todos eles.
Mata_conservada
270
240
E._sexcinctus
210
180
Mata_secundária
Axis 2
150
G._spixii
120 C._thous
Afloramento_rochoso
T._tetradactyla
K._rupestris
T._laurentius
C._semistriatus
D._novemcinctus
D._albiventris
90
60
30 L._tigrinus
0
Corpo_d'água
P._cancrivorus
C._jacchus
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Axis 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIAGNÓSTICO DA HERPETOFAUNA
CONTEXTUALIZAÇÃO
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Amostragem
A partir dos dados de busca ativa foi construída uma curva de rarefação
ou de acumulação de espécies, aleatorizada 100 vezes. A aleatorização dos
dados elimina a influência da ordem em que eles são incluídos na análise, o
que resulta em uma curva acumulativa de espécies. Foram calculados os
estimadores de riqueza ACE, ICE, Chao 1, Chao 2, Jackknife 1, Jackknife 2 e
Bootstrap. Essa análise foi realizada com o software livre Estimates 9.1
(Colwell, 2013).
A abundância foi baseada no número de observações de indivíduos de
cada espécie. Já os índices de diversidade foram calculados para cada
ambiente, principalmente aqueles considerados relevantes para a
conservação local das espécies. Para caracterização e comparação da
comunidade entre os ambientes previamente categorizados, foram calculadas
a diversidade de Shannon-Wiener (H’) (Krebs, 1999) e Equitabilidade de
Pielou (J’) (Pielou, 1966). Um teste U de Mann-Whitney foi aplicado entre os
ambientes pareados, para verificar diferenças na composição de espécies. A
similaridade entre os pontos de amostragem foi calculada através de uma
análise de cluster (agrupamento), utilizando-se o tipo de ligação paired group e
o índice de similaridade de Bray-Curtis. Uma Análise de Correspondência, um
tipo de análise de componentes principais utilizada para dados categóricos, foi
realizada com o objetivo de observar as relações entre as espécies e seus
respectivos ambientes. As análises foram realizadas no software PAST versão
2.17 (Hammer et al., 2001).
RESULTADOS
Figura 29: Curva de rarefação S (obs), com respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%, e
estimadores de riqueza de herpetofauna na área do empreendimento.
Tabela 5: Estimadores de riqueza e porcentagem (%) das espécies encontradas pelos respectivos
estimadores.
Figura 30: Abundância das espécies registradas pelo método de busca ativa na área do
empreendimento.
(A) (B)
Figura 34: (A) Lagartinho (Lygodactylus klugei). (B) Calango (Cnemidophorus ocellifer). Fonte:
Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015.
(A) (B)
Figura 35: (A) Briba (Hemidactylus agrius). (B) Briba-do-lajeiro (Phyllopezus pollicaris). Fonte:
Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015.
(A) (B)
Figura 36: (A) Lagarto (Gymnodactylus geckoides). (B) Lagarto-da-caatinga (Phyllopezus
periosus).
Fonte: Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015.
Tabela 6: Dados de diversidade para cada um dos ambientes de interesse para conservação na área do
empreendimento.
Lajeiro
0,96
0,88
0,80
0,72
Similarity
0,64
0,56
0,48
0,40
1,2
Rhinella_jimi
0,8
0,4 Hemidactylus_agrius
Phyllopezus_pollicaris Corpo_d'água
Phyllopezus_periosus Lygodactylus_klugei
Axis 2
0,0 Tropidurus_semitaeniatus
Lajeiro
Cnemidophorus_ocellifer
Tropidurus_hispidus
-0,4
Mata_Secundária
-0,8 Mata_Conservada
Gymnodactylus_geckoides
-1,2
-1,6
Oxybelis_aeneus
Rhinella_granulosa
Hemidactylus_brasilianus
-2,0
-0,9 -0,6 -0,3 0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8
Axis 1
Entrevistas
Figura 39: Chocalhos de cascavéis (Crotalus durissus) abatidas por moradores locais. Fonte:
Arquivo Fotográfico Bioconsultants, 2015
Pesquisa bibliográfica
Lista de espécies
Foram registradas, no total, 47 espécies e 15 famílias, sendo 13
espécies de anfíbios e 34 de répteis para a área. Na Tabela 7 são registradas
as espécies de herpetofauna obtidas no presente estudo, bem como as ordens
e famílias a que pertencem, o status de conservação e endemismo, o tipo de
registro obtido para cada espécie e os pontos de amostragem onde foram
registradas.
PROJETO:
COMPLEXO EÓLICO SANTO AGOSTINHO
TÍTULO:
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RELATÓRIO
DE IMPACTO AO MEIO AMBIENTE – EIA-RIMA PÁG: 50
Tabela 7: Herpetofauna registrada na área do Complexo Eólico Santo Agostinho, nos municípios de Lajes e Pedro Avelino – RN, no período de maio a julho de 2015.
Taxonomia segue SBH (2014). 1Status na CITES (2015): Ap. I (apêndice I), Ap. II (apêndice II), NC (não consta); 2Status de conservação segundo a IUCN (2015): LC (pouco
preocupante), VU (vulnerável); 3Status de conservação segundo o MMA (2014): FA (fora de ameaça), VU (vulnerável), EN (em perigo); 4Endemismo: EnCaa (endêmico da
Caatinga); 5Tipo de registro: E (entrevista), O (observação direta), B (referências bibliográficas ou outras fontes secundárias), V (vestígio); 6NA (não se aplica para dados
secundários).
Tipo de Pontos
Táxon Nome comum Microhabitat CITES1 IUCN2 MMA3 Endemismo4
Registro5 Amostrais6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIAGNÓSTICO DA AVIFAUNA
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Amostragem
Análises de dados
RESULTADOS
Figura 41: Gráfico mostrando as 15 espécies com maiores índices de frequências (abundância
relativa-Ribon 2010) nas 41 listas de Mackinnon obtidas durante o levantamento da avifauna na
área de estudo.
Aves de rapina
Aves Migratórias
Figura 54: Columbina minuta (Rolinha-de-asa-canela) Figura 55: Agelaioides fringillarius (Asa-de-telha-pálido)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 56: Colaptes melanochloros (Pica-pau-verde- Figura 57: Mimus saturninus (Sabiá-do-campo)
barrado) Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 58: Suiriri suiriri (Suiriri-cinzento) Figura 59: Eupsittula cactorum (Periquito-da-caatinga)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 60: Patagioenas picazuro (Pombão ou Asa-branca) Figura 61: Troglodytes musculus (Corruíra)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 62: Sicalis luteola (Tipio) Figura 63: Ardea alba (Garça-branca-grande)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
Figura 68: Camptostoma obsoletum (Risadinha) Figura 69: Polioptila plumbea (Balança-rabo-de-chapéu-preto)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 70: Lanio pileatus (Tico-tico-de-rei-cinza) - fêmea Figura 71: Lanio pileatus (Tico-tico-de-rei-cinza) – macho.
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 72: Lanio pileatus (Tico-tico-de-rei-cinza) - jovem Figura 73: Pachyramphus polychopterus (Caneleiro-preto)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 74: Myiarchus ferox (Maria-cavaleira) Figura 75: Nystalus maculatus (Rapazinho-dos-velhos)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 76: Hydropsalis torquata (Bacurau-tesoura) Figura 77: Hydropsalis hirundinacea (Bacurauzinho-da-
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. caatinga)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015.
Figura 78: Ninho de Columbina minuta (Rolinha-de-asa- Figura 79: Ninho de Pseudoseisura cristata (Casaca-de-
canela) couro)
Fonte: Arquivo Bioconsultants, maio/2015. Fonte: Arquivo Bioconsultants, julho/2015.
REFERÊNCIAS