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Decreto n.

º 29542 de 4 de julho de 2008

Declara como “Quarteirão Cultural e Gastronômico do Arco do Teles” a área que menciona e dá
outras providências.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso das atribuições que lhe são
conferidas pela legislação em vigor, e

considerando o disposto na Lei n.º 506, de 17 de janeiro de 1984, que criou a Zona Especial do
Corredor Cultural do Centro Histórico do Rio de Janeiro;

considerando que a Área 02- Praça XV, da Zona Especial do Corredor Cultural do Centro
Histórico, faz parte do Pólo Histórico, Cultural e Gastronômico da Praça XV, criado pelo Decreto
n.º 26.201, de 27 de janeiro de 2006; e

considerando a necessidade de incentivar as potencialidades da área, que conta com


estabelecimentos dedicados à cultura e à gastronomia, contribuindo para o incremento do lazer
e do turismo, a revitalização do local e do patrimônio edificado;

DECRETA

Art. 1.º Fica declarada como “Quarteirão Cultural e Gastronômico do Arco do Teles” a área que
integra o Pólo Histórico, Cultural e Gastronômico da Praça XV a área delimitada no Anexo I
deste Decreto.

Art. 2.º Nos logradouros integrantes desta área, relacionados no Anexo II deste Decreto, poderá
ser autorizada a colocação de mesas e cadeiras pelos bares, restaurantes e demais
estabelecimento congêneres, de modo a implementar a sua efetiva destinação como espaço
gastronômico e de convivência.

§ 1.º A colocação de mesas e cadeiras referida no caput deste artigo deverá ser autorizada na
Coordenação de Licenciamento e Fiscalização da Secretaria Municipal de Fazenda, mediante
protocolização de solicitação pelo estabelecimento interessado.

§ 2.º As mesas e cadeiras somente poderão ser utilizadas após o deferimento da solicitação e o
pagamento da correspondente Taxa de Uso de Área Pública (TUAP), na forma do disposto no
Capítulo VI da Lei n.º 691, de 24 de dezembro de 1984 – Código Tributário do Município do Rio
de Janeiro (CTM).

§ 3.º As autorizações para a colocação de mesas e cadeiras serão concedidas em caráter


precário e discricionário, podendo ser canceladas a qualquer tempo pela autoridade, em caso
de interesse público ou sempre que sejam verificadas
reiteradas irregularidade ou infrações ao disposto na legislação municipal.

§ 4.º O requerimento de autorização para ocupação das áreas definidas neste Decreto será
instruído com os seguintes elementos:

I - alvará do estabelecimento;

II - planta baixa do local, com a indicação da área a ser ocupada e demais informações
pertinentes;

III - autorização dos demais proprietários da edificação ou cópia de ata de assembléia ou


convenção de condomínio favorável ao uso, exceto quando se tratar de edificação de uso
exclusivo; e

IV - autorização do(s) proprietário(s) do imóvel vizinho, no caso de utilização de área disponível


conforme previsto no artigo 4.º deste Decreto.
Art. 3.º A colocação de mesas e cadeiras pelos estabelecimentos referidos no caput do artigo
2.º deste Decreto obedecerão aos seguintes parâmetros:

I - em qualquer caso, as calçadas deverão permanecer livres para a passagem de pedestres;

II - as mesas e cadeiras deverão ser colocadas na faixa de rolamento;

III - cada estabelecimento poderá ocupar a área correspondente à extensão de sua testada, até
a metade da largura da rua;

IV - a quantidade de mesas permitida será igual à parte inteira do número obtido na divisão da
área estabelecida no inciso III por 3,24 (três inteiros e vinte e quatro centésimos), que é a área
mínima em metros quadrados permitida para cada conjunto de mesa e quatro cadeiras;

V - cada mesa poderá ter tampo de qualquer forma, desde que este possa ser inscrito num
quadrado com 60 cm (sessenta centímetros) de lado;

VI - cada mesa poderá utilizar, no máximo, quatro cadeiras; e

VII - as mesas deverão manter a distância mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
afastamento entre si.

§ 1.º É permitida a utilização de mesas de alturas diferentes.

§ 2.º As mesas e cadeiras poderão ser de qualquer material, vedado o uso de plástico.

§ 3.º O uso de guarda-sol será permitido apenas na Rua do Mercado, desde que a projeção do
guarda-sol aberto esteja totalmente incluída na área de mesas e cadeiras do estabelecimento.

§ 4.º O uso de toldo dependerá de aprovação dos órgãos de tutela do Corredor Cultural.

§ 5.º A área de mesas e cadeiras poderá ser delimitada por vasos de plantas ou jardineiras de
pequenas dimensões, desde que não impeçam o livre trânsito dos pedestres.

§ 6.º Em locais específicos e em conformidade com o projeto desenvolvido pelo Instituto Pereira
Passos, cujos desenhos integram o Anexo III, poderão ser utilizadas duas mesas juntas, com,
no máximo, seis cadeiras.

Art. 4.º Os estabelecimentos que tenham interesse em utilizar mesas e cadeiras poderão,
excepcionalmente, ampliar a área de ocupação até a extensão da testada do estabelecimento
vizinho que:

I - não disponha de abertura de vão para os logradouros referidos no Anexo II deste Decreto;

II - exerça atividade diversa daquelas mencionadas no artigo 2.º deste Decreto; e

III - ainda que exerça atividade que permita o uso de mesas e cadeiras não tenha interesse em
sua colocação.

Parágrafo único. A ampliação de que trata o caput deste artigo está sujeita aos mesmos
procedimentos para a autorização previstos no artigo 2.º deste Decreto.

Art. 5.º A utilização de mesas e cadeiras só será permitida após as dezoito horas.

§ 1.º As mesas e cadeiras deverão ser retiradas diariamente, ao término do funcionamento do


estabelecimento.

§ 2.º A montagem e desmontagem das mesas e cadeiras é de responsabilidade de cada


comerciante.
§ 3.º Em nenhuma hipótese será permitida a estocagem de mesas e cadeiras, ou qualquer
outro mobiliário, na área externa dos estabelecimentos, dentro ou fora do horário estabelecido.

Art. 6.º Os comerciantes da área de que trata o artigo 1.º serão responsáveis pelo fiel
cumprimento do projeto e das normas citadas nos artigos 3.º deste Decreto, pela conservação
da área e outras disposições que visem a assegurar a harmoniosa convivência e adequada
utilização do espaço público, acordadas com a Prefeitura e consubstanciadas em Termo de
Compromisso firmado entre as partes.

Parágrafo único. Os prédios preservados deverão ser recuperados e as fachadas mantidas


conservadas, inclusive os toldos e os letreiros, de acordo com as orientações do Escritório
Técnico do Corredor Cultural.

Art. 7º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 4 de julho de 2008 – 444.° de Fundação da Cidade

CESAR MAIA

DO RIO de 07/07/08

ANEXO I

Área delimitada pela Rua Primeiro de Março (excluída), da Av. Presidente Vargas até a Praça
XV; pela Praça XV (excluída) até a Av. Alfred Agache; por esta (excluída) até a Av. Presidente
Vargas (excluída); daí até a Rua Primeiro de Março, ponto de partida.

ANEXO II

Arco do Telles

Travessa do Comércio

Rua do Ouvidor (trecho entre a Rua Primeiro de Março e a Rua do Mercado)

Rua do Rosário (trecho entre a Rua Visconde de Itaboraí e a Rua do Mercado)

Rua do Mercado ( trecho entre a Rua do Ouvidor e a Travessa do Tinoco

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