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ESTUDO EXPERIMENTAL DO
COMPORTAMENTO FLUIDODINÂMICO NA
SEÇÃO DE TESTES DE UM TÚNEL DE
VENTO PARA BAIXAS VELOCIDADES
Belo Horizonte
2008
Cleide Barbosa Soares
ESTUDO EXPERIMENTAL DO
COMPORTAMENTO FLUIDODINÂMICO NA
SEÇÃO DE TESTES DE UM TÚNEL DE
VENTO PARA BAIXAS VELOCIDADES
Belo Horizonte
2008
DEDICATÓRIA
todos os momentos.
AGRADECIMENTOS
• Ao Prof. Dr. Sérgio de Morais Hanriot, pela colaboração fundamental para que
eu vencesse mais esta etapa em minha vida, servindo como referência e me
orientando com paciência, profissionalismo e competência.
• Aos meus pais pela vida e por me ensinarem a preservar no caminho do bem
e da justiça.
• A toda minha família, Cássia, Cleverton, Cláudia, Carla, Lucas, Luiza, pelo
apoio, incentivo e compreensão nos momentos de ausência.
• Ao Prof. Íon Willer dos Santos, pela confiança na minha pretensão de realizar
este trabalho.
Joseph Gleber
RESUMO
Key words: Wind tunnel, hot wire anemometry, Pitot tube, turbulence.
LISTA DE FIGURAS
E = Tensão [V]
•
m =vazão mássica [kg/s]
it = Intensidade turbulenta [%]
T a = Temperatura ambiente [° C]
T w = Temperatura do sensor [° C]
U (t) = Velocidade instantânea [m/s]
V = Velocidade do ar [m/s]
SÍMBOLOS GREGOS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 19
1.1 Justificativa................................................................................................. 19
1.2 Objetivo geral.............................................................................................. 21
1.2.1 Objetivos específicos.............................................................................. 21
1.3 Estrutura da dissertação............................................................................ 22
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 23
2.1 Túnel de vento............................................................................................ 23
2.2 Pitometria.................................................................................................... 26
2.3 Anemometria térmica................................................................................. 30
2.3.1 Elemento sensor...................................................................................... 34
2.3.2 Sonda........................................................................................................ 35
2.3.3 Anemômetro de fio quente a temperatura constante, e possíveis
fontes de erros na utilização........................................................................... 36
2.3.4 Estudos utilizando técnicas de anemometria ...................................... 39
2.4 Turbulência................................................................................................. 41
2.4.1 Intensidade turbulenta............................................................................ 43
3 APARATO EXPERIMENTAL.......................................................................... 45
3.1 Tubo de Pitot utilizado............................................................................... 45
3.2 Manômetro diferencial de coluna de líquido............................................ 46
3.3 Barômetro de Torricelli.............................................................................. 47
3.4 Anemômetro de fio quente a temperatura constante utilizado.............. 48
3.5 Sistema de aquisição de dados para anemometria térmica................... 49
3.6 Túnel de vento em estudo......................................................................... 50
4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL................................................................ 59
4.1 Definição dos pontos de medição com tubo de Pitot, na seção de
varredura........................................................................................................... 59
4.1.1 Seção de varredura com 16 pontos....................................................... 59
4.1.2 Seção de varredura com 36 pontos....................................................... 61
4.2 Critério para definição das freqüências do soprador............................. 64
4.3 Procedimentos dos testes com o tubo de Pitot tipo Prandtl................. 65
4.4 Dutos de seção quadrada.......................................................................... 67
4.5 Formulação para cálculo da velocidade do fluxo de ar, através da
pressão dinâmica ............................................................................................ 67
4.6 Velocidade Normalizada............................................................................ 68
4.7 Sonda utilizada nos testes......................................................................... 69
4.7.1 Posicionamento da sonda na seção de testes..................................... 71
4.7.2 Curva de Calibração do HWA................................................................. 72
4.7.2.1 Cálculo do Valor de Ajuste da Resistência Variável......................... 73
4.7.2.2 Intensidade turbulenta......................................................................... 75
5 RESULTADOS OBTIDOS............................................................................... 76
5.1 Testes de pitometria com 03 telas entre os difusores............................ 76
5.1.1 Testes com 16 pontos na seção de varredura...................................... 77
5.1.2 Testes com 36 pontos na seção de varredura...................................... 80
5.1.2.1 Perfil de velocidades a 1800 rpm........................................................ 80
5.1.2.2 Perfil de velocidades a 2500 rpm........................................................ 82
5.1.2.3 Perfil de velocidades a 3200 rpm........................................................ 83
5.1.2.4 Velocidades médias............................................................................. 84
5.2 Testes de pitometria sem tela entre os difusores................................... 86
5.2.1 Testes com 36 pontos na seção de varredura...................................... 87
5.2.1.1 Perfil de velocidades a 1800 rpm........................................................ 87
5.2.1.2 Perfil de velocidades a 2500 rpm........................................................ 88
5.2.1.3 Perfil de velocidades a 3200 rpm........................................................ 89
5.2.1.4 Velocidades médias............................................................................. 90
5.2.1.5 Comparação de velocidades médias e vazões entre as
montagens do túnel com 03 telas e sem tela entre os difusores................ 93
5.2.1.6 Número de Reynolds............................................................................ 94
5.2.1.7 Comparação de perfis de velocidade com 03 telas e sem tela
entre os difusores............................................................................................. 96
5.3 Testes com o anemômetro a fio quente e temperatura constante........ 110
5.3.1 Curva de calibração da sonda para o túnel montado com 03 telas.... 110
5.3.1.1 Intensidade turbulenta para o túnel montado com 03 telas............. 113
5.3.2 Curva de calibração da sonda para o túnel montado sem tela........... 113
5.3.2.1 Intensidade turbulenta para o túnel montado sem tela.................... 115
5.3.3 Comparação da intensidade turbulenta para o túnel montado com
03 e sem tela..................................................................................................... 116
5.3.4 Comparação da velocidade instantânea U(t), para o túnel montado
com 03 e sem tela............................................................................................. 118
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
O túnel de vento para baixas velocidades, objeto deste estudo, foi projetado e
construído com referência em projeto de outro túnel de vento que possui um
tamanho maior. Assim, estabeleceu-se uma condição de semelhança geométrica,
com um fator de escala igual a 0,6625.
Terminada a construção do túnel de vento, o estudo fluidodinâmico na seção
de testes do mesmo é a proposta deste trabalho. Espera-se que os resultados
obtidos experimentalmente neste trabalho estejam em conformidade com o projeto.
21
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 2.1: Pontos de medições usando um tubo de Pitot estático, posicionado em 119 pontos
(PENNYCUICK et al., 1997)
Figura 2.2: Montagem do anemômetro (A), e detalhes das sondas (B e C) (PENNYCUICK et al.,
1997)
26
2.2 Pitometria
B
A+B
Figura 2.3: Tubo de Pitot estático tipo Prandtl (DWYER INSTRUMENTS, 1997)
Figura 2.4: Pressão de estagnação (V1); pressão dinâmica (V2); medidas obtidas por um tubo
Pitot (Vm); medidas reais (VT) (RANGA et.al, 1997)
Um modelo matemático simples foi proposto por Ranga et. al, e desenvolvido
para a correção do efeito do deslocamento como sendo a razão entre a velocidade
real e a velocidade medida, aplicável a todos os tipos disponíveis de tubos Pitot tipo
Prandtl.
Graficamente a relação entre as medidas obtidas está representada na Figura
2.5.
Erros podem também ocorrer quando o tubo de Pitot é exposto a uma região
onde há a presença de forte cisalhamento devido à influência dos gradientes de
velocidade. Como o tubo de Pitot tem um tamanho finito, este intercepta várias
linhas de corrente que possuem velocidades diferentes, resultando em uma medida
30
irreal da pressão de estagnação pontual, pois capta o valor médio baseado numa
linha de corrente que dista da linha de centro do tubo causando um efeito de
deslocamento.
A turbulência é outra fonte de erro, com características aleatórias. Um tubo de
Pitot exposto a um campo de flutuação de velocidade mede uma velocidade média
que pode não ser real. A presença da turbulência pode mascarar o valor da
velocidade média indicando valores mais altos em relação ao valor real.
O efeito da interferência de parede torna-se também significativo se o eixo do
tubo de Pitot estiver posicionado a uma distância da parede menor que três vezes o
seu diâmetro, criando assim um escoamento assimétrico em torno do tubo e
causando uma leitura menor da velocidade em relação à velocidade real.
(QUEIROZ, 2006).
Outra fonte de erro considerável é a interferência do suporte do tubo nos
orifícios de pressão estática. Se os orifícios estiverem muito próximos do suporte, é
possível ocorrer interferência nas leituras devido ao efeito de bloqueio, que formará
uma espécie de colchão a montante do suporte. Também o formato da ponta do
tubo pode influenciar a pressão estática, causando uma diferença entre o valor real
e o medido. No escoamento do fluido pela superfície da ponta do tubo, o mesmo
sofre um decréscimo da pressão, causado por uma diminuição da quantidade de
movimento. A influência da ponta ocorre quando a queda da pressão se encontra
sobre os orifícios de pressão estática.
Em seu estudo sobre medições de velocidades e escoamento, utilizando o
tubo de Pitot, Klopfenstein (1998) sugere equações para cálculos de velocidade e
massa específica do ar. No trabalho é citado que a manutenção de um escoamento
desenvolvido na ponta do tubo de Pitot é importante na obtenção de medidas
precisas de pressão.
2.3.2 Sonda
A sonda pode ser construída de modo a poder suportar um, dois, ou três
elementos sensores de forma podendo medir respectivamente um, dois, ou os três
componentes do vetor velocidade do escoamento e suas flutuações
simultaneamente, conforme Figura 2.8.
36
Figura 2.8: Detalhes de sondas com um, dois, ou três elementos sensores (QUEIROZ, 2006)
λ KB T
Kn = = (2.1)
L 2πσ 2 PL
do fio e gerar um sinal conhecido por “strain-gauge”, sendo aconselhável que o fio
quente seja montado com uma pequena folga para minimizar este possível efeito. Já
a vibração do sensor ocorre devido à presença de um padrão regular de pequenos
vórtices, denominados “esteira de vórtices de Von Kármán”, gerados atrás do
filamento. O filamento sofrerá, então, a ação de uma força de perturbação gerada
por este fenômeno.
Outra possível interferência no sinal da sonda é o efeito de bloqueio. Ele pode
reduzir a velocidade do escoamento a montante do sensor causando uma queda na
sua leitura. Esse efeito é bastante considerável quando a sonda encontra-se na
subcamada limite viscosa, próxima a parede.
Portanto, a redução ou controle da geração de vórtices e do efeito de bloqueio
é aconselhável em qualquer medição e calibração com o intuito de reduzir, ou até
mesmo eliminar, os erros por eles introduzidos, nos sinais oriundos dos
anemômetros. Esta redução ou controle pode ser realizado através do controle da
orientação e do projeto da sonda.
Os distúrbios gerados pela geometria da sonda podem ser amenizados pelo
seu projeto. Quanto mais aerodinâmica for a sonda, menor será o distúrbio gerado
por ela e menor será o erro na velocidade medida. Em uma investigação realizada
por Comte-Bellot, citado por Bruun (1995), concluiu-se que as maiores perturbações
foram causadas pelos dentes da sonda. Baseado nesta investigação é possível
concluir que a redução do diâmetro e o aumento do comprimento dos dentes
minimizam os distúrbios gerados no sensor. Porém dentes finos e longos são
aerodinamicamente indesejáveis, pois são submetidos à vibração devido a uma
combinação de uma pequena rigidez e baixa freqüência natural. Vagt (1979), citado
por Bruun (1995), propôs uma redução do comprimento do dente, por um fator de
dois, se o diâmetro do mesmo fosse reduzido da base até a ponta.
Y (mm)
Figura 2.9: Comparação das medidas de velocidades médias obtidas com o LDA e PIV (SONG
& EATON 2004)
2.4 Turbulência
ν 3 4
η = (2.2)
ε
U = U + u' (2.3)
44
3 APARATO EXPERIMENTAL
Coluna de mercúrio
Termômetro
O túnel de vento para baixas velocidades que constitui objeto deste estudo
localiza-se no laboratório denominado Túnel de Vento do IPUC-MG. A seção de
testes é quadrada com 200 mm e 790 mm de comprimento. O referido túnel é
composto das seguintes partes: difusor de seção circular para quadrada, difusores
de grande ângulo, seção de estagnação; Figura 3.6; contração e seção de testes;
Figura 3.7.
51
Figura 3.6: Vista lateral dos difusores e secção de estagnação do túnel de vento
Figura 3.8: Desenho difusor seção circular para a seção quadrada (COELHO, 2006)
Sendo:
L1 = comprimento do amortecedor de vibração, que separa o soprador do
início do difusor de seção circular para quadrada;
L2 = comprimento do difusor de seção circular para quadrada;
L3 = comprimento dos dois difusores de grande ângulo;
L = comprimento total;
2θ = ângulo entre a área de saída e de entrada do difusor.
265
L= ⇒ L = 640 mm (3.1)
tg 22,5°
50
L∗= Ο
⇒ L ∗ = 120 mm (3.2)
tg 22,5
L = L * + L1 + L 2 + L3
L 2 + L3 = L − L * − L1
(3.3)
L 2 + L3 = 640 − 120 − 210
L 2 + L3 = 310 mm
4 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
4.1 Definição dos pontos de medição com tubo de Pitot, na seção de varredura
Figura 4.2: Seção com 16 pontos definidos pelos cruzamentos das linhas
Após a realização dos testes em 16 pontos, e análise dos resultados que são
apresentados no capítulo 5, verificou-se a necessidade de obtenção de velocidades
mais próximas às paredes, com o objetivo de explorar melhor a seção de testes,
além de qualificar melhor o comportamento fluidodinâmico na mesma. Buscou-se
com isso, uma ferramenta que proporcionasse referências para uma quantidade
maior de pontos de medição, principalmente na proximidade das paredes.
e ou f Coordenadas X i e Y i (mm)
5 0 ± 42,4 ±85,2
6 ±12,6 ±53 ±87,8
7 0 ±26,8 ±59,4 ±89,4
Figura 4.4: Seção de varredura com 36 pontos, definida pelo método Log-Tchebycheff
∆P ⋅ f
V = 44,72136 ⋅ K Pitot ⋅ ΓPitot (4.1)
ρ
Onde:
V = Velocidade do ar (m/s).
K Pitot = Constante do tubo de Pitot.
Γ Pitot = Constante de compressibilidade do ar.
∆ P = Pressão dinâmica (kPa).
68
∆P ⋅ f
V = 44,72136 (4.2)
ρ
PB
ρ = 3,4834 ⋅ (4.3)
TK
m• T
= cons tan te (4.4)
P
69
ρV A T ρV A T
=
(4.5)
P Experimental P Padrão
Vnormalizada =
(
PatmPadrão ρ V T )
( )
Experimental
(4.6)
PatmExperimental ρ T Padrão
A sonda é composta pelo fio sensor soldado a duas agulhas, pelo corpo da
sonda e por dois contatos. Tanto as agulhas de suporte quanto os contatos são
recobertos com ouro ou platina com o intuito de se reduzir ao máximo sua
resistência elétrica. O material que se utiliza no corpo da sonda é cerâmico ou epóxi.
Como cita Eguti (2005), a geometria da sonda de fio quente deve ser a mais
aerodinâmica possível, de forma a introduzir o mínimo possível de perturbações no
escoamento, além de suportar eventuais deformações aero - elásticas. Estas
deformações são ocasionadas pela formação de vórtices tipo esteira de Von Kárman
quando o escoamento deixa o filamento, provocando sua vibração na freqüência
natural de desprendimento de vórtices, introduzindo não-linearidades nos resultados.
Este fenômeno é conhecido como efeito de strain-gauge, definido como uma forma
de vibração de baixa amplitude e elevada freqüência no filamento da sonda
anemométrica. Estas perturbações aerodinâmicas introduzem erros sistemáticos na
tensão de saída do anemômetro, sendo agravadas à medida que as flutuações da
velocidade do escoamento possuem comportamento periódico.
70
l
RA = (4.7)
d
Figura 4.7: Sonda utilizada nos testes com HWA (Dantec, 2007)
71
Sonda
E 2 = A + BU n (4.8)
a
Tw − Ta = (4.9)
αa
Rv = RP [(1 + a) R tot
] (4.10)
1
∑U (t )
N
U m= i
(4.11)
N i =1
u ' = U i (t ) − U m (4.12)
U rms
it % = × 100 (4.13)
Um
1
∑ (u (t ))
N 2
U rms = ' 2
(4.14)
N 1
5 RESULTADOS OBTIDOS
5
Velocidade (m/s)
entre 4,59 e 5,09 m/s. A maior incerteza padrão combinada encontrada foi de 0,21
m/s.
A Figura 5.2 representa o perfil de velocidades para cada distância “y”, com o
motor do soprador a 2500 rpm. Observa-se que velocidades superiores ao perfil de
1800 rpm foram obtidas, e que as velocidades obtidas para esta rotação foram entre
6,35 e 7,06 m/s. A maior incerteza padrão combinada encontrada foi de 0,26 m/s.
As curvas atingem seus pontos máximos nas coordenadas próximas ao
centro do duto.
10
7
Velocidade (m/s)
2
2500 rpm; 3 telas
Y= 25mm
1 Y= 75mm
Y=125mm
Y=175mm
0
10
7
Velocidade (m/s)
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distância Y; 3 telas
-87.8 mm
2 -53 mm
-12.6 mm
12.6 mm
1
53 mm
87.8 mm
0
Figura 5.4: Perfil de velocidades a 1800 rpm, com três telas entre os difusores
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distância Y; 3 telas
-87.8 mm
2 -53 mm
-12.6 mm
12.6 mm
1
53 mm
87.8 mm
0
Figura 5.5: Perfil de velocidades a 2500 rpm, com três telas entre os difusores
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distância Y; 3 telas
-87.8 mm
-53 mm
2
-12.6 mm
12.6 mm
1 53 mm
87.8 mm
Figura 5.6: Perfil de velocidades a 3200 rpm, com três telas entre os difusores
8.5
7.5
Velocidade Média (m/s)
6.5
5.5
4.5
1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400
Rotação (rpm)
Figura 5.7: Velocidades médias com três telas entre os difusores e suas respectivas incertezas
8.5
7.5
Velocidade Média (m/s)
6.5
5.5
5
Velocidade média experimental
Velocidade média normalizada
4.5
1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400
Rotação (rpm)
Pelo comportamento das duas curvas, verifica-se uma coerência dos resultados
experimentais se comparados aos resultados das velocidades normalizadas. A
variação da velocidade média é de 4,77 m/s a 8,44 m/s para as freqüências de 1800
a 3200 rpm, respectivamente.
Na Tabela 5.1 apresentam-se as rotações definidas no soprador, as
respectivas velocidades médias e as vazões para as seções de varredura com 16 e
36 pontos. A vazão apresentada foi calculada considerando a área da seção reta do
duto igual a 0,04 m2.
86
Tabela 5.1: Rotações, velocidades médias e vazões para seções de varredura com 16 e 36
pontos
16 pontos 36 pontos
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distânicia Y; 0 tela
-87.8 mm
2 -53 mm
-12.6 mm
12.6 mm
1
53 mm
87.8 mm
0
Figura 5.9: Perfil de velocidades a 1800 rpm sem tela entre os difusores
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distância Y; 0 tela
-87.8 mm
2 -53 mm
-12.6 mm
12.6 mm
1
53 mm
87.8 mm
0
Figura 5.10: Perfil de velocidades a 2500 rpm, sem tela entre os difusores
10
7
Velocidade (m/s)
3
Distância Y; 0 tela
-87.8 mm
2 -53 mm
-12.6 mm
12.6 mm
1 53 mm
87.8 mm
0
Figura 5.11: Perfil de velocidades a 3200 rpm, sem tela entre os difusores
8.5
8
Velocidade Média (m/s)
7.5
6.5
5.5
4.5
1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400
Rotação (rpm)
8.5
8
Velocidade Média (m/s)
7.5
6.5
5.5
5
Velocidade média experimental
Velocidade média normalizada
4.5
1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400
Rotação (rpm)
Tabela 5.2: Rotações, velocidades médias e vazões para o túnel montado sem tela entre os
difusores
Q = 0,35m3/s
8.5
Q = 0,34m3/s
Velocidade Média (m/s)
7.5
6.5
6 Q = 0,20m3/s
5.5
5 Velocidades médias
3 telas
Q = 0,19m3/s 0 tela
4.5
1600 1800 2000 2200 2400 2600 2800 3000 3200 3400
Rotação (rpm)
Figura 5.14: Velocidades médias e vazões obtidas experimentalmente, com três telas e
sem tela entre os difusores
12
11.5
11
10.5
10
Reynolds (104)
9.5
8.5
7.5
6.5 3 telas
0 tela
6
5.2.1.7 Comparação de perfis de velocidade com três telas e sem tela entre os
difusores
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
6
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
6
1 0 tela
3 telas
0
Figura 5.22: Perfil de velocidades com o soprador a 1800 rpm, para o túnel montado com três
telas
100
Figura 5.23: Perfil de velocidades com o soprador a 1800 rpm, para o túnel montado sem tela
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
5
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
Figura 5.30: Perfil de velocidades com o soprador a 2500 rpm, para o túnel montado com três
telas
Figura 5.31: Perfil de velocidades com o soprador a 2500 rpm, para o túnel montado sem tela
105
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
6
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
6
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
1
0 tela
3 telas
0
10
7
Velocidade (m/s)
6
1 0 tela
3 telas
0
Figura 5.38: Perfil de velocidades com o soprador a 3200 rpm, para o túnel montado com três
telas
109
Figura 5.39: Perfil de velocidades com o soprador a 3200 rpm, túnel sem tela
Figura 5.40: Região sombreada na qual o escoamento provocou assimetria nos perfis de
velocidade
5.3.1 Curva de calibração da sonda para o túnel montado com três telas
velocidade do escoamento, incidente sobre o sensor de fio quente. Feito isso, uma
equação de correlação foi escolhida de forma a ajustar, da melhor maneira possível,
os valores experimentais obtidos.
O tempo de aquisição foi de 20 segundos a uma freqüência de 10 MS/s.
Os dados de tensão e velocidade obtidos experimentalmente foram
correlacionados pela Equação 4.8 (Lei de King).
Na Figura 5.41, apresenta-se a curva de calibração da sonda, com um ajuste
polinomial segundo a lei de King, cuja Equação 5.1, está abaixo apresentada com os
seus respectivos coeficientes de ajuste, observa-se que o valor de “n” obtido foi de
0,69.
18
17.5
17
16.5
E² (V²)
16
15.5
15
14.5
14
8.5
7.5
V (m/s)
6.5
5.5
PITOT
HWA
5
Figura 5.42: Comparação das velocidades obtidas nos testes com o tubo de Pitot e HWA
U rms
it % = × 100 (5.2)
Um
Onde:
U rms = Média quadrática da flutuação das velocidades instantâneas
U m = Média aritmética das velocidades instantâneas
E 2 = 2 + 9,46 U 0, 58 (5.3)
19
18.5
18
17.5
17
E² (V²)
16.5
16
15.5
15
14.5
14
10
9.5
8.5
8
V (m/s)
7.5
6.5
5.5
PITOT
HWA
5
Figura 5.44: Comparação das velocidades obtidas através do tubo de Pitot e HWA
Para o túnel de vento montado sem tela entre os difusores, como previsto,
obtiveram-se valores experimentais de intensidade turbulenta superiores aos valores
116
Tabela 5.4: Velocidades (m/s), obtidas com tubo de Pitot, HWA e intensidade turbulenta %
Observam-se nos testes realizados com HWA, para o túnel montado com três
telas, a ocorrência de um crescimento quase linear das velocidades em relação à
freqüência do soprador. No entanto para a configuração do túnel sem tela os valores
117
3.4
3.2
2.8
2.6
2.4
it %
2.2
1.8
1.6
1.4
1.2 3 telas
0 tela
1
Figura 5.45: Comparação da intensidade turbulenta obtida para o túnel com três e sem
tela
118
7.5
6.5
V (m/s)
5.5
4.5
1800 rpm
3 telas
0 tela
4
0 0.025 0.05
Tempo (ms)
Figura 5.46: U(t) para o túnel com três e sem tela em 1800 rpm
119
7.5
6.5
V (m/s)
5.5
4.5
2100 rpm
3 telas
0 tela
4
0 0.025 0.05
Tempo (ms)
Figura 5.47: U(t) para o túnel com três e sem tela em 2100 rpm
10
9.5
8.5
8
V (m/s)
7.5
6.5
0 0.025 0.05
Tempo (ms)
Figura 5.48: U(t) para o túnel com três e sem tela em 2500 rpm
120
10
9.5
8.5
8
V (m/s)
7.5
6.5
0 0.025 0.05
Tempo (ms)
Figura 5.49: U(t) para o túnel com três e sem tela em 2900 rpm
10.5
10
9.5
9
V (m/s)
8.5
7.5
3200 rpm
3 telas
0 tela
7
0 0.025 0.05
Tempo (ms)
Figura 5.50: U(t) para o túnel com três e sem tela em 3200 rpm
121
6.1 Conclusões
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DWYER INSTRUMENTS, INC. – Air Velocities With The Dwyer Pitot Tube- Bulletin
H-11 – Michigan City – Indiana – USA – 1997.
KLOPFENSTEIN. Rex Jr. Air Velocity and Flow Measurement Using a Pitot Tube.
ISA Transactions, v.37, p.257-263, 1998.
MEHTA R.D. The aerodynamic design of blower tunnels with wide-angle diffusers.
Department of Aeronautics, Imperial College, London, Program Aerospace
Science, Vol. 18, pp 59 –120, 1977.
RAE William H.; JUNIOR Alan Pope. Low-Speed Wind Tunnel Testing. Second
Edition, A Wiley-Interscience Publication, Copyright by John Wiley & Sons, Inc,
1984.
APÊNDICE I
saída de 0 a 2,5 Volts. A sua incerteza padrão, fornecida pelo fabricante, é de ± 1,5
mbar.
• Para a obtenção da pressão atmosférica local, o PTB101B foi
posicionado próximo ao transdutor LD301, minimizando assim os possíveis efeitos
da instabilidade térmica.
• Um termo-resistor HMP35C da Campbell Scientific, operando na faixa
de –35 a 55 ºC foi utilizado para coletar a temperatura ambiente. Este termo
resistor possui uma incerteza padrão combinada de ± 0,4 ºC na faixa de -24 a 48 ºC.
• Para a medição da temperatura ambiente do fluido, o termo-resistor
HMP35C foi posicionado o mais próximo possível da tomada de ar.
• Todos os sensores foram conectados a um módulo de controle e
medição, um Datalogger, modelo CR-10 da Campbell Scientific.
• O módulo foi acoplado a um microcomputador com o software Logger
Net. O software foi usado para ajuste, configuração e recuperação de dados do
Datalogger.
Etapas do processo
ρV T ρ r Vn Tr
= (I a)
P Pr
12,00 CDTN)
11,00
10,00
9,00
y = 0,9967x + 0,3018
8,00 2
R = 0,9978
7,00
7,00 9,00 11,00 13,00
Vel. PUC [m/s]
APÊNDICE II
G = f ( x1 , x2 , x3 ,...xn ) (II a)
u (G ) u ( x1 ) u ( x2 ) u ( x3 )
2 2 2 2
= + + + ... (II b)
G x1 x2 x3
134
Efeitos
Fontes de incertezas Efeitos aleatórios
sistemáticos
Correção Valor bruto
Símbolo Descrição Distribuição Divisor u (°C) υ
(°C) (°C)
R Resolução 0,000 0,50 uniforme 1,7 0,29 infinito
Cc Correção combinada 0,000
Incerteza padrão
uc normal 0,29 infinito
combinada
k95% Fator de abrangência 2,00
U95% Incerteza expandida normal 0,58
Efeitos
Fontes de incertezas Efeitos aleatórios
sistemáticos
Valor
Correção u
Símbolo Descrição bruto Distribuição Divisor υ
(mmHg) (mmHg)
(mmHg)
R Resolução 0,0000 0,50 uniforme 1,7 0,29 infinito
Cc Correção combinada 0,0000
Incerteza padrão
uc normal 0,29 infinito
combinada
k95% Fator de abrangência 2,00
U95% Incerteza expandida normal 0,58
135
Manômetro diferencial
Efeitos
Fontes de incertezas Efeitos aleatórios
sistemáticos
Correção Valor u
Símbolo Descrição Distribuição Divisor υ
(kPa) bruto(kPa) (kPa)
R Resolução 0,0000 0,005 uniforme 1,7 0,0029 infinito
Cc Correção combinada 0,0000
Incerteza padrão
uc normal 0,0029 infinito
combinada
k95% Fator de abrangência 2,00
U95% Incerteza expandida normal 0,0058
2 2 2
0,58 0,58 0,0058
uc = V x + + (II c)
T
amb P
atm man P
Onde:
u c = Incerteza padrão expandida.
V = Velocidade obtida (m/s)
Tamb = Temperatura ambiente (°C).
Patm = Pressão atmosférica (mm Hg).
Pman =Pressão manométrica obtida no manômetro diferencial (k Pa).
ρ a g ( H − h) = ∆ P (II c)
136
Onde:
Efeitos
Fontes de incertezas Efeitos aleatórios
sistemáticos
Correção Valor bruto
Símbolo Descrição Distribuição Divisor u (°C) υ
(°C) (°C)
R Resolução 0,000 0,50 uniforme 1,7 0,29 infinito
Cc Correção combinada 0,000
Incerteza padrão
uc normal 0,29 infinito
combinada
k95% Fator de abrangência 2,00
U95% Incerteza expandida normal 0,58
Efeitos
Fontes de incertezas Efeitos aleatórios
sistemáticos
Valor
Símbolo Descrição Correção (V) Distribuição Divisor u (V) υ
bruto (V)
R Resolução 0,0001
Cc Correção combinada 0,3093
Incerteza padrão
uc
combinada
k95% Fator de abrangência
U95% Incerteza expandida