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4.1 – População............................................................................................................................................................................. 8
4.2 – Rendimentos da população .................................................................................................................................................. 8
4.3 – Emprego ............................................................................................................................................................................... 8
5 – CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA SOCIO-ECONÓMICA DO CONCELHO ................................................................................. 9
Mais Organização, mais intervenção, por um PCP mais forte e influente no Concelho de Peniche. ........................................... 22
11.1 – Estrutura Orgânica ........................................................................................................................................................... 23
11.2 – Estrutura de Direcção ....................................................................................................................................................... 24
11.3 - Situação Financeira e Meios Próprios Do Partido ............................................................................................................. 24
11.3.1 – Receitas e Despesas da Organização Concelhia de Peniche. ...................................................................................... 24
11.3.2 - Quotização ................................................................................................................................................................. 25
11.4 – Imprensa do Partido ......................................................................................................................................................... 25
11.5 – Orientações para o reforço orgânico do Partido. ............................................................................................................. 25
11.5.1 – Objectivos para o Reforço Orgânico .......................................................................................................................... 26
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1 – INTRODUÇÃO
1.1 - A realização da XII Assembleia da Organização Concelhia de Peniche do Partido
Comunista Português (AOCP) é, para além do cumprimento de importantes normas
estatutárias, uma concretização dos princípios que regem o funcionamento
democrático do PCP, constituindo um importantíssimo instrumento e momento para
que os militantes do Partido decidam colectivamente - a partir da sua reflexão,
experiência e luta e da sua militância e participação na vida do Partido – a orientação
política e as medidas para reforçar o PCP, a sua organização, intervenção e influência. É
esta construção colectiva, e o compromisso que dela decorre, indissociável da base
ideológica do PCP – o marxismo-leninismo-, que constitui a base da coesão e força do
PCP, fazendo dele um partido sem paralelo no panorama nacional.
Por força da luta dos trabalhadores e do povo, e pela acção decisiva do PCP, foi possível
no quadro das eleições legislativas de 2015, interromper a acção destruidora do
Governo do PSD/CDS e abrir uma nova fase da vida política nacional com uma solução
política que visando a recuperação de direitos e rendimentos dos trabalhadores e do
povo permitiu pôr fim a vários anos de violentos cortes nos salários, de ataques brutais
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a direitos laborais e sociais, de total submissão às imposições e chantagens externas e
de ataques sucessivos à democracia e à Constituição da República.
Foi a intervenção do PCP que permitiu retirar as correctas ilações políticas dos
resultados das eleições legislativas e recentrar a discussão política na Assembleia da
República, demonstrando na prática aquilo que o PCP sempre afirmou: que as eleições
legislativas não são uma eleição para primeiro ministro; que o que conta para a definição
das políticas e para a formação de um Governo é a correlação de forças e as opções
políticas de cada um dos partidos e, finalmente, que os deputados eleitos pelo PCP
contam sempre para aprovar tudo o que for positivo para os trabalhadores e o povo e
para combater tudo que vá contra os seus interesses.
Embora com alcance limitado, e não rompendo com a política de direita nos seus eixos
centrais, e num quadro em que o PCP manteve toda a sua independência política e
ideológica, a solução política encontrada tem permitido desde Outubro de 2015
devolver e repor rendimentos e direitos roubados durante o Governo PSD/CDS e a
vigência do Pacto de Agressão subscrito por PS, PSD e CDS. Foi e é a luta e a intervenção
do PCP que está na origem da conquista novos direitos e dos avanços, ainda que
insuficientes, na elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo.
2.2 - Apesar da evolução positiva recente, o País continua confrontado com problemas
e défices estruturais a que o Governo do PS não está a dar resposta. Tais défices e
problemas só poderão ser enfrentados com uma clara ruptura com a política de direita
e a adopção de uma política patriótica e de esquerda que dê resposta a questões
centrais como a valorização do trabalho e dos trabalhadores, a renegociação da dívida,
o desenvolvimento do aparelho produtivo, o controlo público de sectores estratégicos
da economia nacional, a defesa e investimento nos serviços públicos e a defesa da
soberania nacional, rompendo com décadas de submissão às políticas do Euro e da
União Europeia.
Contudo a realidade comprova que o PS mantém opções e políticas que nas questões
estruturais confirmam o seu comprometimento com os interesses do grande capital e
com o processo de integração capitalista na Europa – a União Europeia, continuando a
convergir com PSD e CDS em questões que, como estas, constituem o núcleo da política
de direita.
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grande capital e dos sectores políticos a elas associados, quer com recurso à criação e
promoção de soluções populistas, que visam intensificar a exploração, retomar o rumo
de liquidação de direitos e reabilitar a política de direita, seja pelo velho projecto do
chamado “bloco central”, seja por via dos chamados “acordos de regime”.
O Partido contribuiu para a mobilização dos trabalhadores nas grandes acções de luta
contra a politica do Governo PSD/CDS e do Pacto de Agressão em 2014 e 2015, e nas
acções de luta no quadro da nova fase da vida política nacional. Interveio na mobilização
de sectores específicos como os reformados, para grandes acções em defesa dos seus
direitos, como o picnicão, ou a juventude, como foi o caso das manifestações da
juventude trabalhadora, ou das mulheres, com uma importante mobilização na
manifestação nacional de mulheres a 10 de Março de 2017.
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Merece destaque a acção do Partido junto dos pescadores do Porto de Peniche, de
estímulo à sua luta em defesa dos seus direitos, rendimentos e condições a bordo.
Contudo, não põem em causa o profundo orgulho que o PCP tem na obra realizada pela
CDU e pelos seus eleitos ao longo de vários anos e no legado que deixa ao Concelho em
termos de desenvolvimento, saúde financeira e projectos estratégicos. De igual modo
que não altera a determinação em prosseguir uma intervenção dedicada e qualificada
em torno de todos os eixos de intervenção autárquica no Concelho.
O PCP não se deixa condicionar nem por resultados eleitorais negativos, nem por
arremessos, mais ou menos dissimulados, pontuados por populismo, discurso anti-
partidos e anticomunismo que, como a realidade e a história comprovam, são sempre
ataques à própria democracia.
Aos trabalhadores e à população, o PCP reafirma que será sempre uma força política
autárquica construtiva, com iniciativa, com propostas e alternativas à actual gestão,
determinada em prosseguir a acção em defesa dos interesses de Peniche e do seu povo.
A população de Peniche pode continuar a contar com o PCP e a CDU, um projecto de
trabalho, honestidade e competência, uma força necessária para levar mais longe o
desenvolvimento e o progresso do Concelho de Peniche e das suas Freguesias.
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4 – TERRITÓRIO, POPULAÇÃO, RENDIMENTOS E EMPREGO
4.1 – População
O Concelho de Peniche tinha em 2016 uma população residente estimada (estimativa
do INE) de 26848 habitantes. A taxa de variação da população de Peniche foi nesse ano
de -0,54%, traduzindo a tendência de diminuição da população residente iniciada em
2010.
O território do Concelho de Peniche tem uma área de 77,6 km2 dividida entre território
continental e ilhas (Berlengas). 74 Km2 dizem respeito à parte continental. O território
do Concelho é dividido em 4 Freguesias: Peniche; Atouguia da Baleia; Ferrel e Serra D’el
Rei. A densidade média populacional é de 348,3 indivíduos por Km2.
4.3 – Emprego
Apesar de uma recuperação do emprego desde 2014 - resultante, por um lado, da nova
fase da vida política nacional, e por outro da política da Câmara Municipal de estímulo
ao desenvolvimento económico e criação de emprego - o desemprego no Concelho de
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Peniche continua preocupantemente alto. Em Dezembro de 2017 o total de
desempregados no Concelho era de 1122 pessoas, uma redução de cerca 500
desempregados relativamente a Dezembro de 2014. Destes, 623 são mulheres (55,5%),
o que representa um aumento da percentagem de mulheres desempregada
relativamente a Dezembro de 2013. O Desemprego juvenil mantém-se em níveis
inaceitáveis. Os jovens trabalhadores desempregados são cerca de 31% do total dos
desempregados no Concelho (Cerca de 350 trabalhadores com menos de 35 anos).
O desemprego de longa duração reduziu-se de 30% em Dez 2013 para 23% em Dez 2017,
continuando a ser um drama social que afecta de forma vincada o Concelho de Peniche.
O facto de a esmagadora maioria dos desempregados no Concelho de Peniche estarem
à procura de um novo emprego (94%), ou seja, por terem sido despedidos do seu
anterior emprego, é a maior prova de dois elementos que marcam a realidade laboral
no Concelho – a sazonalidade associada a sectores como a pesca ou o turismo, e a
elevada precariedade laboral nestes e noutros sectores, que para lá dos efeitos no
desemprego sazonal e na instabilidade social, pressiona os salários praticados em
diversos sectores.
5.1.2 - Na Pesca verificou-se nos últimos quatro anos um ligeiro aumento do número de
pescadores matriculados no Porto de Peniche, que são hoje 1143, contra cerca de 1000
em 2014. Dados de 2016 indicam que existem no Porto de Peniche 13 embarcações de
pesca da Frota do Cerco; 3 embarcações da Frota do Arrasto; 6 embarcações da Frota
de Palangre de Superfície e 83 embarcações de Palangre de Fundo.
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Quanto às descargas e comercialização de Pescado, dos dados disponíveis relativos a
2016 verificou-se um aumento de 11,4% do volume total de pescado descarregado na
lota de Peniche relativamente a 2015.
Estes dados indicam que apesar do retrocesso neste sector, ele continua a ter uma
importância estratégica para o Concelho e confirmam a necessidade de prosseguir e
intensificar a intervenção do Partido neste sector e junto dos trabalhadores da Pesca,
nomeadamente por via da dinamização da Célula do Porto de Pesca.
Apesar de uma tímida recuperação nos últimos anos, o sector da pesca continua a sofrer
com as consequências da politicas de sucessivos governos do PS, PSD e CDS
subordinadas à política comum de pescas da União Europeia que penaliza Portugal e
diversos sectores piscatórios – nomeadamente a pequena pesca e a pesca artesanal.
O PCP sublinha que defesa da Pesca passa em primeiro lugar pela defesa dos direitos
dos trabalhadores da Pesca que trabalham numa profissão de alto risco, em condições
muito adversas e com um horário e ritmo de trabalho acima da média, em muitos casos
sem direitos a fins de semana ou feriado. A não dignificação da profissão de pescador
põe em risco o futuro desta actividade, não atraindo as novas gerações para uma tão
importante actividade económica do nosso Concelho e do País.
Assim, urge garantir direitos básicos aos trabalhadores da Pesca como o Salário Mínimo
Nacional; o apoio financeiro para as paragens forçadas; a formação profissional
adequada; a segurança a bordo; e o direito a uma reforma digna, designadamente
garantindo que os períodos de interdição da Pesca decretados pelo Governo e União
Europeia passam a contar para efeitos do tempo de reforma.
A XII AOCP valoriza a conquista alcançada por intervenção do PCP do subsídio à Gasolina
da Pesca. O PCP continuará a lutar pelo acesso ao combustível a custos reduzidos em
todos os segmentos da frota e a todos os tipos de combustível.
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5.2 – Sector Secundário
A população empregada no sector secundário no Concelho de Peniche era em 2011
25,5% do total da população empregada (em 2001 era 33,2%). Não havendo dados
estatísticos disponíveis para o ano de 2016, as estimativas apontam para uma
diminuição do emprego neste sector até ao ano de 2015, tendo depois havido uma
recuperação. A tal facto não é alheia a política da Câmara Municipal de Peniche que se
empenhou na defesa do emprego no sector da industria conserveira, que por via do
protocolo com a maior entidade empregadora deste sector (ESIP) permitiu a passagem
de 200 trabalhadores com contractos a prazo para os quadros da empresa, que em 2017
atingiu o número recorde de trabalhadores, cerca de 1000, apesar da escassez de
matéria prima, nomeadamente a sardinha.
O PCP continuará a lutar pela defesa dos interesses dos trabalhadores da industria no
concelho, nomeadamente exigindo uma política de salários justa e digna, combatendo
a precariedade, lutando pela igualdade salarial entre homens e mulheres e defendendo
os direitos laborais e sindicais, nomeadamente o direito à contratação colectiva.
Simultaneamente continuará a exigir do Governo e da Câmara Municipal de Peniche
medidas de incentivo à fixação de industria e criação de emprego com direitos. Neste
sentido a dinamização da Zona Industrial do Vale do Grou ou o projecto do Parque
tecnológico do mar têm, entre outros exemplos, uma importância estratégica.
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conjunto de medidas e programas que visem a redinamização do comércio tradicional;
uma sua maior interligação com a actividade turística e hoteleira; a promoção do
associativismo no comércio tradicional e a adopção de um conjunto de acções de
promoção do comércio tradicional.
5.4 – Habitação
A realidade social do Concelho de Peniche continua marcada por uma grande
disparidade de rendimentos entre diferentes estratos sociais e profissões, pelos efeitos
do envelhecimento da população, da precariedade e sazonalidade e pela contracção de
sectores que tradicionalmente empregaram a maior parte da população do Concelho.
O PCP considera que é necessário continuar o trabalho desenvolvido pela gestão CDU
da Câmara Municipal de Peniche que investiu vários milhões de Euros durante os seus
12 anos de mandatos na recuperação de vários bairros sociais e melhoria das zonas
envolventes e desenvolveu uma política de apoio social e inclusão junto dos seus
habitantes.
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Decide também prosseguir o acompanhamento e apoio à criação do Museu Nacional da
Resistência e da Liberdade na Fortaleza de Peniche, a par com a requalificação daquele
monumento e a instalações naquele espaço de equipamentos de qualidade que trarão
a Peniche mais possibilidades para actividades várias, nomeadamente culturais.
Uma das mais emblemáticas marcas da gestão CDU no Concelho de Peniche reside no
projecto levado a cabo de valorização de Peniche como território de forte identidade,
intimamente ligado ao mar. A promoção do Concelho por via dos desportos náuticos,
que fez com que Peniche seja hoje reconhecido como um destino turístico de âmbito
internacional – “Peniche, capital da onda”; a promoção das actividades económicas
ligadas à pesca, nomeadamente as conservas de Peniche; e a promoção nacional e
internacional das Rendas de Bilros, constituem, entre outras, acções concretas de defesa
do património material e imaterial do Concelho de Peniche.
Neste período foi desenvolvida uma brutal ofensiva aos direitos laborais e sindicais,
nomeadamente o direito à contratação colectiva. Promoveu-se o desemprego - que no
concelho de Peniche registou níveis insuportáveis - promoveu-se a precariedade, que
aumentou sobretudo entre as camadas mais jovens, e os trabalhadores empobreceram
a trabalhar.
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A luta dos trabalhadores e das populações foi determinante para alterar o rumo de
ataque aos direitos socias e laborais, para derrotar o PSD e o CDS e para iniciar um
caminho de devolução de rendimentos e direitos que está longe de estar terminado.
Também no Concelho de Peniche assim foi.
A nova fase da vida política nacional só foi possível com o desenvolvimento da luta dos
trabalhadores, a par com a intervenção do PCP. Será também a luta que determinará
quanto mais longe pode ir o actual caminho de reposição e conquista de direitos e
rendimentos.
A luta vai continuar, desde já com a participação nas comemorações do dia internacional
da mulher, seja por via da mobilização para semana da igualdade da CGTP/IN de 5 a 10
de Março seja na mobilização para a Manifestação Nacional de Mulheres, convocada
pelo MDM, no dia 10 de Março em Lisboa; na Manifestação da juventude trabalhadora
no dia 28 de Março em Lisboa; nas comorações do 25 de Abril e na forte mobilização
para as comemorações do 1º de Maio no Distrito de Leiria como expressão reivindicativa
da luta dos trabalhadores de cada empresa e sector e grande jornada de luta de todos
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os trabalhadores, especialmente para a Manifestação convocada pela União de
Sindicatos de Leiria para Leiria no 1º de Maio.
Apesar da vitoriosa luta em defesa das Urgências no Hospital de Peniche em que o PCP
se empenhou fortemente, persistem, em consequência do desinvestimento na área da
Saúde por sucessivos governos do PS, PSD e CDS, enormes insuficiências ao nível de
meios humanos, técnicos e de infra-estruturas nas estruturas do Serviço Nacional de
Saúde. A taxa de doentes sem médico de família representa mais de 40% dos utentes
do concelho de Peniche, realidade indissociável do facto de no Concelho de Peniche
existir apenas 1,4 médicos por mil habitantes (quando a média da região Oeste é de 1,9)
e 2,4 enfermeiros por mil habitantes, quando a média da Região Oeste é de 3,6.
A situação no Centro de Saúde de Peniche é cada vez mais insustentável quer do ponto
de vista dos meios humanos, quer de infra-estruturas, equipamentos e acessibilidades
para pessoas com mobilidade reduzida. As condições para o seu funcionamento de
acordo com as necessidades e exigências mínimas são precárias, havendo uma evidente
carência de médicos e enfermeiros, bem como de pessoal administrativo, num quadro
em que parte dos profissionais que ali prestam serviços médicos são contratados por via
de empresas de trabalho temporário.
O PCP irá intervir política e institucionalmente para que a população de Peniche tenha
direito a um Serviço Nacional de Saúde de qualidade, intervirá para que no quadro da
necessária melhoria da Rede Hospitalar do Oeste, Peniche não só mantenha o seu
Hospital e o Serviço de Urgência, como reforce a sua capacidade e condições.
O PCP contribuiu com a sua luta e com as suas propostas para a defesa da Escola Pública, uma
escola pública, gratuita, verdadeiramente democrática, que esteja ao serviço do povo e do
desenvolvimento do país. Devido à intervenção e luta do PCP, no próximo ano lectivo 550 mil
alunos irão ter manuais escolares gratuitos (1º e 2º ciclos) e o número de alunos por turma será
reduzido, contribuindo assim para o aumento da qualidade de ensino. O PCP prossegue a sua
luta contra o subfinanciamento das escolas de ensino superior, nomeadamente do IPL e pela
cobertura nacional de uma rede pública de ensino pré-escolar.
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A aposta na educação foi uma das prioridades da gestão CDU na Câmara Municipal de
Peniche. Peniche tem hoje um parque escolar (Pré-Escolar e 1°Ciclo) modernizado que
mantém a proximidade às populações. A CMP generalizou o serviço de refeições
escolares (mais de 120 mil refeições por ano escolar) e criou mais de 100 bolsas para
estudantes de Peniche a frequentar o ensino superior.
O Ensino superior teve um importante desenvolvimento ao longo dos últimos doze anos.
É de valorizar o crescimento do número de estudantes da Escola Superior de Turismo e
Tecnologia do Mar (Peniche) do Instituto Politécnico de Leiria, que ultrapassou os 1300
alunos entre cursos de Técnico Superior Profissional, Licenciaturas e Mestrados. O papel
da formação superior e da investigação que é hoje desenvolvida pela ESTM é de grande
importância para o presente e o desenvolvimento futuro do Concelho de Peniche,
nomeadamente na potenciação de todo o sector da economia do mar, baseada na
biotecnologia marinha, na aquacultura, na inovação alimentar e na conservação do
património natural com enfoque na Reserva da Biosfera das Berlengas (UNESCO). As
parcerias e colaborações que ao longo do mandato da CDU foram desenvolvidas com o
IPLeiria, que permitiram a instalação do edifício CETEMARES, devem ser continuadas e
potencializadas. Projectos como o Centro Ciência Viva ou o Parque de Ciência e
Tecnologia do Mar são estruturais para o desenvolvimento económico e social de
Peniche.
7.3.1 - O direito à justiça foi fortemente atacado pelo anterior Governo do PSD/CDS.
São de má memória as decisões de encerramento de tribunais em dezenas de Concelhos
do País, situação que já foi revertida em parte por proposta do PCP. Não tendo
encerrado, o Tribunal de Peniche foi também afectado pelos cortes e desmandos do
anterior Governo, com consequências que ainda se mantêm. O número insuficiente de
funcionários continua a ser um problema que é urgente resolver.
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viu agravados os problemas de atendimento, com durações médias de atendimento
inaceitáveis, que podem ir até duas horas, ou mais.
De igual forma a PT Comunicações, agora Altice, viu piorar os seus serviços. O serviço
oficial da PT mais próximo de Peniche é nas Caldas da Rainha. O mesmo diagnóstico se
aplica à EDP a que acresce o constante aumento dos preços da energia. Tratam-se de
duas empresas estratégicas que deveriam estar sob controlo público e não a serem
desmanteladas e entregues ao capital estrangeiro.
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No plano do sistema de saneamento e abastecimento de água, o PCP considera ser
necessário dar resposta à questão da remodelação e modernização da ETAR de Peniche
e reforçar o abastecimento de água em algumas zonas do Concelho.
O PCP orgulha-se de ter sido a Câmara Municipal de Peniche a apresentar com sucesso,
em 2011, a candidatura do território das Berlengas a Reserva Mundial da Biosfera da
UNESCO, um reconhecimento do enorme potencial e valor do património natural
daquele arquipélago.
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PSD/CDS ao poder local democrático. Não ignorando insuficiências resultantes dos
constrangimentos financeiros e de pessoal, o PCP valoriza o facto de a CM de Peniche
ter investido no ultimo mandato em novos veículos de limpeza e outros veículos e
maquinarias.
9.2 – O PCP tem orgulho no trabalho desenvolvido pela CDU e os seus eleitos ao longo
de 12 anos de gestão autárquica entre 2005 e 2017. Deixa um importantíssimo legado e
tem provas dadas nas mais variadas áreas. O PCP, a CDU e os seus eleitos nos diversos
órgãos autárquicos promoveram o concelho apresentando obra, mesmo em tempos de
dificuldades impostas pela Troika.
9.3 - O PCP olha com orgulho para os eixos estratégicos de valorização do Concelho que
foram desenvolvidos ao longo dos últimos doze anos, nomeadamente na área da
Economia do Mar e defesa da fileira da pesca e das actividades económicas associadas;
no Turismo e Deportos Náuticos – com destaque para o Surf; na defesa e valorização do
património do Concelho – como foi e é exemplo a Renda de Bilros; na defesa do meio
ambiente e valorização dos recursos naturais do Concelho, como foi o caso da Berlenga
– Reserva da Biosfera, entre vários outros exemplos possíveis.
É inegável que a gestão da CDU tornou o concelho de Peniche mais atractivo em diversos
planos, permitindo a criação de postos de trabalho na indústria, unidades hoteleiras e
serviços, apesar de um período negro na economia nacional com intervenção da Troika.
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A gestão da CDU deixou ao Concelho de Peniche o caminho aberto para um ainda maior
desenvolvimento contribuindo decisivamente para a aprovação de 22 projectos no
“Centro 2020”, com investimento elegível superior a 12 milhões de euros e que a nova
gestão da Câmara Municipal não deve e não pode desperdiçar.
A gestão da CDU trouxe rigor às contas do Município tendo reduzido a dívida municipal
ao longo dos seus mandatos, até ao valor de 7,2 milhões de euros. A CDU chegou ao
final do seu mandato autárquico 2013/2017, com um valor nos cofres da CMP de 1,7
milhões de euros e mais de 4,8 milhões de euros nos SMAS, permitindo ao novo
Executivo Municipal satisfazer os projectos em curso e uma gestão diária sem problemas
financeiros, com pagamentos a fornecedores a menos de 30 dias.
9.4 - Pela obra desenvolvida, pela marca deixada durante 12 anos, e também pela falta
de visão estratégica do actual Executivo Municipal bem patente nas Grandes Opções do
Plano que a CDU não aprovou, a CDU tem não só a legítima intenção de reconquistar a
autarquia como entende que o regresso da CDU à gestão da Câmara Municipal de
Peniche é do interesse dos trabalhadores e da população do Concelho.
Com a realização a XII AOCP o PCP dá início a um processo que, em articulação com os
eleitos da CDU e os muitos independentes que connosco continuam a lutar pelo
desenvolvimento do concelho e pelo seu progresso social, procederá a uma actualização
do projecto da CDU para o Concelho de Peniche, assente numa análise do muito de
positivo que ele contem e também das insuficiências registadas e que o PCP reconhece,
com vista à recuperação da Presidência da Câmara de Peniche, reafirmando o carácter
unitário e distintivo do Projecto CDU.
9.6 - A XII AOCP define como Orientações para o trabalho nas autarquias locais do
Concelho de Peniche as seguintes medidas a serem concretizadas pela Comissão
Concelhia de Peniche do PCP a ser eleita por esta Assembleia:
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g) Promover o Encontro Anual do Poder Local, que reúna activistas e eleitos da CDU
do Concelho de Peniche
h) Realizar pelo menos duas vezes por ano, plenários de activistas e eleitos da CDU.
O exercício do poder pelos comunistas e seus aliados, não é um fim em si mesmo, pelo
contrário e um instrumento, que solucionando os problemas e desafios imediatos,
contribui para a promoção dos princípios e valores que norteiam a intervenção do PCP,
para a difusão da possibilidade de uma alternativa, patriótica e de esquerda, e para
concretização do projecto do PCP de uma democracia avançada com os valores de Abril
no futuro de Portugal, tendo como horizonte a construção do Socialismo.
• 2014 – Eleições para o Parlamento Europeu: O Partido Socialista foi a força mais
votada no concelho de Peniche, com 30% dos votos, seguido do PSD/CDS (26%). A CDU foi a
terceira força mais votada, tendo obtido 1143 votos e 16%. Em relação às eleições de 2009 a
CDU aumentou 67 votos, cerca de 1,7%, no concelho de Peniche. Os resultados no Concelho de
Peniche acompanharam a tendência nacional. A taxa de abstenção no Concelho de Peniche foi
de 72%, cerca de 6 pontos percentuais acima da média nacional.
• 2015 – Eleições Legislativas: Trata-se do acto eleitoral onde, por via da correlação de
forças determinada pelos resultados eleitorais, e pela intervenção do PCP logo na noite das
eleições, se conseguiu interromper a acção destruidora do Governo PSD/CDS e iniciar uma nova
fase da vida política nacional, com um Governo minoritário do PS.
No concelho de Peniche o Partido Socialista foi a força mais votada com 33% dos votos, seguido
de PSD com 31%. A CDU foi a terceira força mais votada com 11,2% e 1388 votos. O BE teve 10%.
A taxa de Abstenção foi de 51%, acima da média nacional. Em relação às eleições anteriores a
CDU registou uma diminuição de 9 votos (em função do aumento da abstenção) e um aumento
de 0,59 pontos percentuais.
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Pela primeira vez concorreram 2 listas de grupos de cidadãos eleitores. O Grupo de Cidadãos
eleitores por Peniche - encabeçado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Peniche eleito em
sucessivas eleições pela CDU e que abandonou a CDU para se candidatar à Presidência da
Câmara de Peniche - foi a força política mais votada, tendo conquistado a Presidência da Câmara
Municipal com 3 mandatos na CM; 7 na Assembleia Municipal e tendo conquistado a maioria na
Freguesia de Peniche. A situação no Concelho de Peniche confirmou, no que às listas de cidadãos
eleitores diz respeito, a análise do PCP. Tratam
PS e PSD mantiveram as maiorias nas juntas de freguesia que já possuíam, Ferrel e Atouguia da
Baleia. A abstenção de 49%, em 2013 tinha sido de 56%.
2013 2017
CM AM AF CM AM AF
4535 (41,32) 4105 (37,57) 4088 (37,42) 1898 (15,10) 1903 (15,15) 1819 (14,47)
CDU 3 mandatos 9 mandatos 17 mandatos 1 mandatos 3 mandatos 8 mandatos
2660 (24,24) 2735 (25,03) 2769 (25,35) 2354 (18,73) 2457 (19,56) 2439 (19,41)
PS 2 mandatos 6 mandatos 13 mandatos 1 mandato 4 mandatos 10 mandatos
2512 (22,89) 2858 (26,16) 3236 (29,62) 3643(28,98) 3627 (28,87) 4144 (32,98)
PSD 2 mandatos 6 mandatos 14 mandatos 2 mandatos 7 mandatos 16 mandatos
O resultado da CDU foi negativo, tendo a CDU passado de 1ª a 4ª força política, com uma clara
perda de votos e mandatos em 2017. No conjunto dos órgãos autárquicos a CDU passou de 29
para 12 mandatos e diminuiu 2637 votos para a Câmara Municipal. A distribuição dos mandatos
passou a ser dividida por 4 forças políticas, anteriormente era de 3.
O PCP reafirma a sua intenção de reforçando o caracter abrangente e unitário da CDU definir
desde já o objectivo de reconquistar a maioria na Câmara Municipal de Peniche.
11 – O PARTIDO
Mais Organização, mais intervenção, por um PCP mais forte e influente no Concelho
de Peniche.
Maior organização, mais intervenção, por um PCP mais forte e mais influente – É este o
lema que sintetiza as orientações do XX Congresso relativas ao reforço orgânico e que
foram recentemente reafirmadas e desenvolvidas na Resolução do Comité Central do
PCP de 20 e 21 de Janeiro último, e nas Medidas para o Reforço do Partido definidas
pela DORLEI na sua reunião de 27 de Janeiro de 2018.
Resolução Política da 22
12ª Assembleia da Organização Concelhia de Peniche
Trabalhar para um Partido mais forte e mais influente é uma exigência que se coloca aos
comunistas para reforçar o seu Partido, mas é também e acima de tudo uma
necessidade para reforçar a luta e defender os interesses dos trabalhares e do povo
português.
Este esforço deve ter como eixo central o reforço e elevação da militância,
nomeadamente por uma acção de contactos que persiga esse fim e por medidas que
permitam uma melhor estruturação do Partido e da sua ligação às massas e à realidade
do Partido, especialmente nas empresas e locais de trabalho, de que são exemplo a ESIP,
a Câmara Municipal e os SMAS, ou o Porto de Pesca.
Reforço esse para dar mais força á luta de massas, para melhorar a intervenção política,
estruturar melhor a organização e melhorar o seu funcionamento nas várias áreas.
A entrega dos novos cartões é uma excelente oportunidade para o reforço orgânico do
Partido, que exige o aumento da capacidade de direcção e a responsabilização de mais
quadros e militantes, bem como uma acção decidida e organizada visando o
recrutamento para o Partido, a integração dos novos militantes na vida do Partido e a
responsabilização de quadros por tarefas concretas, incluindo tarefas permanentes.
O Reforço da Organização passa também pelo reforço dos meios que temos ao nosso
dispor para a acção e intervenção do Partido. Desde logo a imprensa do Partido –
Avante e O Militante -; mas também os meios para informação e propaganda e, com
grande importância, o reforço da independência financeira do Partido, via quotização,
iniciativas, etc.
No plano das organizações de base por empresa ou local de trabalho (células) estão em
funcionamento a Célula da ESIP, em fase de redinamização a Célula da CM de Peniche e
dos SMAS, e em fase de criação a Célula do Porto de Pesca.
No plano das Organizações de Base por local de residência está em curso a melhoria do
funcionamento da Organização de Freguesia de Peniche e em perspectiva a criação da
Organização de Freguesia da Atouguia da Baleia.
Resolução Política da 23
12ª Assembleia da Organização Concelhia de Peniche
11.2 – Estrutura de Direcção
A estrutura de direcção do Partido no Concelho de Peniche assenta na Comissão
Concelhia e no seu Executivo. No plano da estrutura de direcção concelhia estão ainda
em funcionamento o Organismo para o Trabalho Autárquico, o Colectivo para a
dinamização do Centro de Trabalho, o Organismo para a Informação e Propaganda e a
Célula Concelhia dos Trabalhadores Reformados.
A XII AOCP decide que a estrutura de Direcção do Partido no Concelho deve continuar a
assentar na Comissão Concelhia, que deve procurar reunir com uma periodicidade de 3
semanas, e no executivo da Comissão Concelhia. A Comissão Concelhia poderá, se assim
sentir necessário, eleger um Secretariado.
A Comissão Concelhia eleita pela XII AOCP deve empenhar-se em aumentar o número
de camaradas com quotas em dia, aproveitando os novos cartões para concretizar este
objectivo.
Resolução Política da 24
12ª Assembleia da Organização Concelhia de Peniche
11.3.2 - Quotização
No que se refere á quotização no ano de 2015 foi de 2.313,00€; em 2016 de 2.272,50€
e 2017 de: 1.645,50€
Resolução Política da 25
12ª Assembleia da Organização Concelhia de Peniche
Uma das prioridades para os próximos anos deve ser o reforço da organização do Partido
nas empresas e locais de trabalho, com a constituição de células, o funcionamento
regular do sector de empresas e um trabalho mais efectivo de acompanhamento à
intervenção dos comunistas no movimento sindical.
Resolução Política da 26
12ª Assembleia da Organização Concelhia de Peniche
n) Aprofundar a discussão colectiva no Partido e estimular a luta em defesa dos
serviços públicos, contribuindo para a criação de movimentos unitários em
defesa dos direitos à saúde e educação, entre outros.
o) Apoiar e estimular a dinamização do Núcleo da União dos Resistentes
Antifascistas Portugueses (URAP) de Peniche.
p) Prosseguir na dinamização do Centro de Trabalho, com a regularidade das
reuniões da Comissão do CT e Iniciativas, e com o objectivo de realizar, pelo
menos uma vez por mês, uma iniciativa no Centro de Trabalho.
q) Avançar na tomada de posições públicas do PCP sobre questões locais.
r) Acompanhar e estimular a intervenção dos comunistas nos movimentos
unitários e no movimento associativo do concelho.
s) Editar um boletim anual do PCP à população.
t) Propor junto dos nossos aliados na CDU, a edição de um boletim anual da CDU
u) Realizar Iniciativas do Partido em cada freguesia, pelo menos uma em cada
freguesia uma vez por ano.
v) Realizar anualmente, e em articulação com os nossos aliados na CDU, um
Encontro de eleitos e activistas e duas reuniões de trabalho por ano com
eleitos e activistas da CDU.
w) Realizar regularmente cursos e iniciativas de formação ideológica dos
militantes do Partido, bem como debates e sessões públicas que combatam a
desinformação e manipulação ideológica da ideologia dominante.
***
Os comunistas do concelho de Peniche continuam determinados em fortalecer o seu
Partido, em reforçar a sua ligação às massas, em fortalecer as organizações e
movimentos unitários e em dinamizar a luta dos trabalhadores e da população.
Resolução Política da 27
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