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Sinopse do Case: Projeto Orla: Diagnóstico ambiental da Orla de São Luís no

trecho entre a Ponta do Farol à Praia do Araçagy.1


Amanda Monteles2
Ananda Aroucha2
Leonardo Monteiro2
Lucas Guimarães2
Marcos Felipe2
Renata Karine2
Thayná Ramos2
Claudemir G. Santana3

1 DESCRIÇÃO DO CASO

A gestão sistematizada e integrada de uma orla costeira permite que possamos compreender os
problemas do cenário atual, bem como a sua característica em relação ao uso e ocupação.
Quando essa ação é realizada pelo poder público é possível ter o uso adequado dos recursos
públicos, proporcionando o desenvolvimento sustentável dos espaços urbanos, gerando
emprego e renda através do comércio e turismo.
Para maior democratização e organização das regiões costeiras, o ordenamento municipal, deve
ser realizados através de atributos legais ambientais e urbanísticos. Estes irão estabelecer padrão
para ocupação do solo assim como ira auxiliar na justa implementação de medidas afim de
promover o bem estar aos usuários. Esse bem estar pode ser visto, também, através da
sustentabilidade, que pode ser alcançada através de parcerias entre poder público municipal e a
população, afim de promover melhorias para a orla e diminuir os impactos ambientais.
São Luís, por sua vez, é uma ilha e se enquadra na categoria de acordo com a definição de:
“ilhas fluviais e as ilhas lacustres permanentes pertencem à União quando estão situadas na
zona limítrofe com outro país, bem quando estão situadas em zona onde se faça sentir a
influência das marés, tendo em vista o art. 1o, c, do Decreto-Lei n° 9.760/46, combinado com
o art. 20, I, da CF/88”.
Desta forma, é necessário a utilização de meios legais que buscam melhorar a qualidade de
vida. Contudo, o projeto orla visa melhorar os impactos ambientais sugerindo melhorias
eficazes por meio da gestão pública e da participação dos usuários.

1
Case apresentado à disciplina de Direito Urbanístico Ambiental da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco -
UNDB.
2
Alunos do 8o período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.
3
Professor. Mestre. Orientador.
2 IDENTIFICAÇÃO E ANALISE DO CASO

O presente case fala sobre o Projeto da Orla de São Luís, dando ênfase aos
principais problemas ambientais. A área de intervenção vai da ponta do Farol a Praia do
Araçagy, porém quando fragmentado, vai da Casa das Dunas até a Pizzaria Vignoli. Leva-se
em consideração três principais problemas, sendo o esgoto direcionado à Orla; o lixo; e o
comércio irregular.
Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes
por determinada ação ou atividade humana. Estas alterações precisam ser
quantificadas pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas,
grandes ou pequenas (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2008).

Para realização do diagnósticos foram feitas visitas in loco, observando assim a


construção de comércios irregulares, lançamentos de efluentes domésticos na areia e
consequentemente no mar e lixo. Foram registrados todos os impactos através de fotografias
(Figura 01). Foi observado também um desrespeito às leis ambientais.

Figura 01: Lançamentos de esgoto direcionado à Orla.

Fonte: Autores
Para a construção nas praias torna-se indispensável concessão de licença por órgão
ambiental da Administração Pública, prevista de forma genérica na Lei da Política
Nacional do Meio Ambiente, a Lei nº 6.938 de 31/08/1981 e especificamente em
relação à Zona Costeira na Lei nº 7.661 de 16/05/1988, mais conhecida como Plano
de Gerenciamento Costeiro. Somente serão passíveis de licenciamento as obras que
não causem alteração das características naturais da zona costeira, pois o
licenciamento privilegia o Princípio da Prevenção, um dos corolários do Direito
Ambiental.4

4
FERREIRA, E. D. C. e SILVA, F. M. C. ORLA MARÍTIMA DE SÃO LUIS-MA: USO DE ESPAÇOS LITORÂNEOS E SEUS
IMPACTOS AMBIENTAIS NA VEGETAÇÃO DE RESTINGA. IFMA, 2011.
2.1 Descrição das decisões possíveis

a) Ausência de Saneamento
b) Acessibilidade
c) Uso Inadequado do Solo

2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão

a) Segundo uma pesquisa feita e publicada na Revista do CEDS, uma das soluções
para o saneamento, em especial o esgoto, seria o uso do Tanque de Evapotranspiração para o
tratamento de esgoto domiciliar.5
b) A NBR 9050 assegura aos portadores de redução de mobilidade acessos livres e
independentes por todos os locais, através do acesso por rampas, pipo tátil e sinalização.
c) A área de intervenção encontra-se situada na ZPA 1, que diz claramente que as
edificações devem ser submetidas à apreciação conjunta da Secretária de Urbanismo e de
órgãos estaduais e federais afins com assuntos de proteção ambiental. A ZPA 1 também coloca
a testada mínima do lote como 20,00 m.

2.3 Descrição dos critérios e valores (explícitos e/ou implícitos) contidos em cada decisão
possível.

a) Para solucionar a questão do saneamento na coleta e tratamento de esgoto, optou-


se por utilizar o Tanque de Evapotranspiração para o tratamento de esgoto domiciliar. O mesmo
funcionara de forma eficácia, pois trata as aguas negras e minimiza os impactos ambientais
provenientes do lançamento desses esgoto em vias públicas ou em corpos d’água, como a Orla.
O uso do TEvap nas residências pode ainda evitar a sobrecarga nas estacoes de tratamentos de
esgoto e diminuir a poluição dos córregos pelo seu tratamento parcial. A coleta de lixo se dar
pelo serviço público, que de acordo com a população, passa todos os dias. Porém, para melhoria
implantou-se contêineres para o armazenamento ideal do lixo da orla, o que moderniza e
mecaniza a coleta dos resíduos sólidos. Para que esse novo sistema seja eficaz é necessário a
participação de todos os donos de comerciais e transeuntes, despejando seus lixos em locais
corretos. Serão implantadas placas educativas garantindo a melhoria da poluição ambiental ali
encontrada.

5
SILVA, D. D. S., SALES, L. L. N. e COSTA, J. M. B. TANQUE DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO PARA O TRATAMENTO DO
ESGOTO DOMICILIAR. ESTUDO DE CASO EM SÃO LUÍS, MA. Revista Científica do Centro de Estudos em
Desenvolvimento Sustentável da UNDB. Número 4 – Volume 1 – jan/julho 2016
b) A acessibilidade vai ser implantada em toda a área de intervenção melhorando
os locais que já existem e criando em locais inexistentes. Isso se dá através da implantação de
comunicação visual, tátil e sonora. O piso tátil de preferência a ser utilizado é o de alerta,
garantindo a segurança do pedestre, já o direcional não se faz necessário, assim evita que o
mesmo só percorra um caminho.
c) De acordo com o Projeto Orla, os terrenos alodiais – aqueles públicos e privados
– devem seguir restrições mínimas especiais, como APAS e zoneamentos, por exemplo. Dessa
forma, todos os usos inadequados serão retirados do local. Esse fato ocasiona um acumulo de
barracas, gerando assim uma poluição visual. Além de tudo, cria resíduos sólidos inadequados
e degradação a paisagem. Para esse controle, todo empreendimento, seja de pequeno, médio ou
grande porte deve ser regularizado, assim mantendo um controle de comercio. Todas serão
padronizadas com critérios de funcionamento, respeitando o meio ambiente.
REFERÊNCIAS

CONAMA, 1986. Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm.

FERREIRA, E. D. C. e SILVA, F. M. C. ORLA MARÍTIMA DE SÃO LUIS-MA: USO


DE ESPAÇOS LITORÂNEOS E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS NA VEGETAÇÃO
DE RESTINGA. IFMA, 2011.

GALBIATI, A. F. Tratamento domiciliar de águas negras através de tanque de


evapotranspiração. Dissertação de mestrado. Campo Grande, MS, 2009.

Ministério do Meio Ambiente. Projeto Orla. Brasília, 2010.

PAULO, Paula Loureiro; BERNARDES, Fernando Silva. Estudo de tanque de


evapotranspiração para o tratamento domiciliar de águas negras. 2009. 10 f. Tese (Doutorado)
- Curso de Engenharia Ambiental, Hidráulico, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
Campo Grande, 2009.

PROJETO ORLA: fundamentos para gestão integrada / Ministério do Meio Ambiente,


Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. – Brasília: MMA, 2006.

SILVA, D. D. S., SALES, L. L. N. e COSTA, J. M. B. TANQUE DE


EVAPOTRANSPIRAÇÃO PARA O TRATAMENTO DO ESGOTO DOMICILIAR.
ESTUDO DE CASO EM SÃO LUÍS, MA. Revista Científica do Centro de Estudos em
Desenvolvimento Sustentável da UNDB. Número 4 – Volume 1 – jan/julho 2016

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