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ACADÊMICO:
Em uma ação de conhecimento de Carlos, engenheiro civil, autônomo em face de Antônio - ação
de obrigação de fazer c/c perdas e danos, com valor de causa de R$ 40.000,00 - foi requerida a
tutela provisória a fim de compelir Antônio à realização do fazer, no prazo de 05(cinco) dias sob
pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais). Dada à tutela de urgência, Antônio, após ser
devidamente citado, não realizou o fazer que lhe fora imposto. Passados 06 (seis) meses, após
cumpridas as fases processuais, sem audiência de instrução e julgamento porque o juiz entendeu
que se tratava de mera questão de direito, julgou-se procedente o pedido de Carlos, mantendo o
valor da multa diária, condenando Antônio ao pagamento de custas processuais e honorários de
sucumbência em 20% sobre o valor da causa. Antônio recorreu da sentença devolvendo ao
tribunal tão somente a condenação ao fazer e ao pagamento da multa diária. À apelação foi
atribuído efeito suspensivo em relação à obrigação de fazer e devolutivo à multa diária. Com
base no caso concreto acima, responda justificadamente e fundamentadamente as seguintes
questões:
2.2. Quem são os sujeitos – exequente e executado – da execução que se apresenta? Explique.
O exequente é a parte que intenta ou solicita a execução judicial, ou seja, o credor
da ação, que no caso apresentado seria o Carlos. Já o executado é a parte que figura no polo
passivo em um processo de execução, sendo, neste caso, o Antônio.
2.4. Que tipos de execução poderão ser realizadas? Por quê? Justifique?
Com o efeito suspensivo atribuído à obrigação de fazer, não haverá a execução
desta, neste momento, pois o cumprimento de sentença condenatória está suspenso e a eficácia
da decisão impedida de produzir seus efeitos ao apelante (Antônio) até que a sentença seja
julgada (confirmada ou reformada) em instância superior. Sendo assim, poderá ser realizada a
execução do cumprimento provisório de sentença condenatória de obrigação de pagar quantia
certa das astreintes, e o cumprimento definitivo das custas processuais e honorários de
sucumbência na qual, após intimado, o executado terá o prazo de 15 dias para pagar o débito,
acrescido de custas, se houver (art. 523, caput, do CPC/2015). Lembrando também que, na
efetivação da tutela provisória, havendo reforma da sentença ocasionando em prejuízo para o
executado, o exequente responderá objetivamente pelos danos, que deverão ser por ele
ressarcidos (art. 520, I, do CPC/2015).
2.6. Em havendo execução, é possível o impulso oficial para início da fase executiva? Por quê?
Explique.
O impulso oficial não é possível, existem previsões expressas no CPC/2015 sobre
a necessidade de que a execução seja feita a requerimento do exequente, conforme disposição do
art. 513, § 1º, no qual prevê que “O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar
quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente”. Também há previsão
legal dessa exigência no art. 520, inciso I, que dispõe que o “cumprimento provisório da sentença
impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo [...] corre por iniciativa e
responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos
que o executado haja sofrido”, sendo ambos (cumprimento provisório e definitivo) realizados
através de petição dirigida ao juízo competente obedecendo às disposições dos artigos 522
(cumprimento provisório da sentença) e 524 (cumprimento definitivo da sentença).
3. CONCLUSÃO
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOUZALAS, Rinaldo; MADRUGA, Eduardo; TERCEIRO NETO, João Otávio. Processo Civil -
Volume Único. 9. ed. São Paulo: Editora Juspodium, 2017.