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1) Tendo em vista as discussões sobre Política da Comunicação, é possível definir o


Coronelismo Eletrônico como:

(a) Um sistema de clientelismo estabelecido entre o governo federal e as principais instituições


da sociedade civil para a democratização das outorgas de radiodifusão;
(b) Um sistema de clientelismo estabelecido entre os coronéis da Primeira República, que
detinham grande poder econômico e as principais lideranças do Congresso Nacional daquele
período;
(c) Um sistema de clientelismo acordado entre municípios, estados e governo federal motivados
pela necessidade de estabelecerem uma estrutura midiática concentrada na região Sudeste
em virtude de seu maior poder econômico;
(d) Um sistema de clientelismo que permite a outorga de concessões de radiodifusão a partir de
critérios políticos que contribuem para a configuração centralizada da estrutura dos meios
de comunicação no Brasil, afetando as bases da democracia nacional;
(e) Um sistema que permite a outorga de concessões de radiodifusão a partir de critérios
democráticas que contribuem para a descentralização da estrutura de oligopólio dos meios
de comunicação, intensificando os processos democráticos em especial nas mídias online.

2) Nas últimas décadas, de acordo com Suzy dos Santos (2006), operou-se grande
distanciamento entre o modelo de comunicação brasileiro e os modelos internacionais
mais conhecidos. As principais diferenças entre as duas estruturas de comunicação
podem ser sintetizadas pelos seguintes pontos:
(a) O modelo brasileiro implementou a intensificação de processos e discussões
democráticas, especialmente oriundos da sociedade civil, no que diz respeito à
descentralização do oligopólio midiático e enfraquecimento do conglomerado Globo de
Comunicação;

(b) O modelo brasileiro permitiu o incremento, na regulação do setor de Comunicação, de


interesses políticos e religiosos, locais ou regionais, em detrimento de interesses
nacionais; incentivou lógicas clientelistas e intensificou a democratização da estrutura
concentrada da Comunicação;

(c) O modelo brasileiro conta com ausência de transparência de estrutura de propriedade


privada, enfatiza a democratização da radiodifusão a partir dos governos Fernando
Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva, em especial com a descentralização da
estrutura de TV e rádio, impactando o poder dos grandes conglomerados
comunicacionais em todo o país;

(d) O modelo brasileiro tem ausência de transparência sobre estrutura de propriedade,


separa novas e velhas tecnologias de comunicação entre marcos regulatórios diferentes,
enfatiza, na regulação da radiodifusão, a centralidade do interesse político ou religioso,
além de transformar as outorgas de radiodifusão em moeda política;

(e) O modelo brasileiro transformou as outorgas de radiodifusão em moeda política,


implementou o processo de democratização dos meios de comunicação, enfraquecendo
os efeitos do Coronelismo Político no país; instaurou marcos regulatórios diferenciados
para as novas e velhas tecnologias e proibiu de casos de propriedade cruzadas dos
veículos de comunicação.

3) O Coronelismo Eletrônico é derivado do conceito clássico de Coronelismo, desenvolvido


por Vítor Nunes Leal, em sua obra “Coronelismo, Enxada e Voto” (1949). Pode-se dizer
que se trata de uma aplicação no campo da Comunicação de uma ideia desenvolvida
para explicar as relações de poder no desenvolvimento histórico do Brasil. Entre as
principais heranças do Coronelismo que foram readaptadas pelo Coronelismo Eletrônico,
podemos apontar:
(a) A circunscrição a um momento de transição política, as relações clientelistas de alto grau
de reciprocidade e o início dos questionamentos políticos oriundos da sociedade civil
sobre este tipo de relação política com definição de marcos regulatórios;

(b) O controle dos meios de produção, baseados no poder político, em detrimento do


econômico, o isolamento da municipalidade, a circunscrição a um momento de transição
política, a criação de limites ao poder dos coronéis em benefício da sociedade civil;

(c) A debilidade de distinção entre o público e o privado, o início da democratização do


poder político em virtude do enfraquecimento do poder econômico dos coronéis, a
implementação de marcos legais de limitação do poder rural e, logo em seguida, do
comunicacional.

(d) A circunscrição a um momento de transição do sistema político nacional, relações


clientelistas de alto grau de reciprocidade, debilidade da distinção entre público e
privado, controle dos meios de produção baseados no poder político em detrimento do
poder econômico e isolamento da municipalidade.

(e) A circunscrição a um momento de transição do sistema político nacional, relações


clientelistas de alto grau de reciprocidade, debilidade da distinção entre público e
privado, democratização da Constituição Federal no que diz respeito à democratização e
pluralização dos meios de comunicação no país.

4) O conceito de hegemonia pode ser definido de acordo com as seguintes características


centrais:

(a) Consiste na capacidade do Estado de exercer seu domínio sobre a população e o


imaginário político-cultural a partir da imposição do monopólio da violência física;

(b) Consiste na capacidade do Estado de exercer seu domínio sobre a população e o


imaginário coletivo a partir da direção político-cultural ao naturalizar visões de mundo;

(c) Consiste na capacidade do Estado de exercer seu domínio sobre a população e o


imaginário coletivo apenas por meio da Igreja, considerada um Aparelho Privado de
Hegemonia (APH);

(d) Consiste na capacidade do Estado de exercer seu domínio sobre a população e o


imaginário coletivo somente a partir da imposição de concepções partidárias de mundo
na medida em que os partidos são considerados Aparelhos Privados de Hegemonia
(APH);

(e) Consiste na capacidade do Estado de impor sua visão de mundo através da violência
física cotidiana a exemplo do período ditatorial brasileiro (1964-1985) sem recorrer a
outras formas de legitimação como a imposição de visões ideológicas favoráveis ao
regime militar.

5) Discorra sobre as principais características do Código Brasileiro de Telecomunicações


(CBT), aprovado em 1962.

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