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Índice

Introdução ..................................................................................................................... 1

1. Objectivos de Estudo ............................................................................................. 2

1.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 2

1.2. Objectivos Específicos ....................................................................................... 2

2. Metodologia ........................................................................................................... 3

3. Marco Teórico ....................................................................................................... 4

3.1. Teoria das vantagens absolutas .......................................................................... 4

3.1.1. Conceito e princípios ...................................................................................... 4

3.1.2. Pressupostos da Teoria das Vantagens Absolutas .......................................... 6

3.1.3. Tese ................................................................................................................ 7

3.1.4. Ilustração da Vantagem Absoluta .................................................................. 7

3.1.5. Críticas a teoria............................................................................................... 8

4. Considerações finais ............................................................................................ 10

5. Bibliografia .......................................................................................................... 11
Introdução
O presente trabalho de pesquisa visa abordar de forma clara e o objectiva sobre a Teoria
das Vantagens Absolutas. Porem sabe – se que a teoria das vantagens absolutas acontece
quando há uma abertura no comércio entre países, o criador desta teoria (Adam Smith)
mostra que essa situação é criada pela especialização em um determinado produto ou
serviço, onde essa condição possa ser oferecida com preço de custo inferior ao outro país
na Teoria das vantagens absolutas não existe quando um país tem vantagens em todos os
produtos ofertados para comércio.

A teoria de Adam Smith tem como idéia básica à especialização das produções, sendo
que estas são motivadas pela divisão do trabalho e as trocas efetuadas no comércio
internacional, ou seja, cada país deve concentrar esforços em determinado produto para
produzir com custos mais baixos que outros paises.

A Teoria afirma que os países se especializarão naquilo que tiverem um menor custo de
produção em virtude de um coeficiente técnico, também, menor. Sob essa ótica, cada país
concentrará seus meios de produção na fabricação do produto que lhe permitir maior
produtividade, exportando o excedente e importando o outro produto

Assim, espera – se trazer uma abordagem minuciosa sobre o assunto em questão.

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1. Objectivos de Estudo
1.1.Objectivo Geral
O objetivo geral deste trabalho é analisar a Teoria das Vantagens Absolutas como factor
determinantes para compreensão das teorias clássicas e neoclássicas do comércio
internacional

1.2.Objectivos Específicos
 Apresentar os conceitos e princípios da Teoria das Vantagens Absolutas
 Abordar sobre a tese e os pressupostos desta teoria em análise
 Ilustrar um exemplo do uso da Teoria das Vantagens Absolutas
 Demonstrar as principais critica a Teoria das Vantagens Absolutas

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2. Metodologia

A metodologia foi realizada através de uma pesquisa exploratória de caráter


bibliográfica, baseada no levantamento de dados teóricos para maior conhecimento do
tema destacado.

A pesquisa bibliográfica é indicada a fim de proporcionar melhor visão do problema ou


torná-lo mais específico ou, ainda, para possibilitar a construção das hipóteses. […] Com
a pesquisa bibliográfica usa se fundamentalmente a contribuição dos diversos autores
sobre determinado assunto, […] ou matérias que receberam um tratamento analítico […].
(GIL, 1999:64).

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3. Marco Teórico
3.1.Teoria das vantagens absolutas
3.1.1. Conceito e princípios
Oriundo de um modelo que tem o trabalho como meio isolado para geração de
riqueza é que nasce a ideia clássica para as relações comerciais internacionais.
De acordo com o nível de tempo de trabalho imposto no processo de produção das
mercadorias é que se obtém o seu valor exato para que ocorra o processo de
comercialização. (BAUMANN, 2004).
De acordo com Baumman (2004), a visão clássica baseia-se na lógica de que para a
economia de duas nações distintas prosseguirem com seus laços comerciais é necessário
o ganho mútuo. Este ponto de vista aparece com Smith e a sua teoria sobre valor-trabalho
e a Teoria das vantagens absolutas.
A teoria clássica está vinculada aos maiores fundadores das idéias de comércio
internacional: David Ricardo com sua teoria das vantagens comparativas e Adam Smith
com a das vantagens absolutas.
Ratti (2006) disse que um dos autores pioneiros a formular idéias sobre as relações
comercias internacionais foi Adam Smith em seu livro A Riqueza das Nações no ano de
1776.
Adam Smith pregava que a riqueza dos países tinham origem na divisão das produções
que haviam em todos os tipos de ocupações. Dividir as tarefas maximizava a produção.
Em resumo, o que se tinha em mente era de que a produção especializada, motivada pela
divisão do trabalho na área internacional e o próprio comércio internacional geravam
melhores condições de vida para as populações. Além disso, Smith menciona outro
pensamento. A de que o homem tende para a troca. Para Smith, (2003, p. 49)

Essa divisão do trabalho, da qual derivam tantas vantagens, não


é, em sua origem, o efeito de uma sabedoria humana qualquer,
que preveria e visaria esta riqueza geral à qual dá origem. Ela é
a conseqüência necessária, embora muito lenta e gradual, de
certa tendência ou propensão existente na natureza humana que
não tem em vista essa utilidade extensa, ou seja: a propensão a
intercambiar, permutar ou trocar uma coisa pela outra.

A base do pensamento de Adam Smith é a crítica as idéias mercantilistas que estiverem


presentes durante os séculos XVI, XVII e XVIII, período que ocorreu a Revolução
Comercial.
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Pelo fato de crer que riqueza é o que pode ser comprado com dinheiro e não o acumulo
de metais preciosos, é que o pensamento de Smith ia de encontro com o pensamento
mercantilista no que diz respeito ás relações comerciais internacionais. De um modo
geral, Smith pregava que a riqueza de determinado país não tem relação com a quantidade
de moedas possuídas e sim com o crescimento da produtividade de trabalho que provinha
da divisão do mesmo. (BAUMANN, 2004).
O modo de vista mercantilista mais nacionalista e protetor sai de cena e surge em seu
lugar o liberalismo, liderado por Smith. Ele passou a empunhar a bandeira de um
comércio livre baseando-se nas idéias de vantagens absolutas como a maneira de política
mais correta para as nações. Para Smith, cada cidade ou nação ao passo que forem abrindo
seus portos a todas as outras nações, irão enriquecer com isto e não serem arruinados por
um livre comércio como os princípios do sistema comercial induziam. (SMITH, 2003)
Estes pensamentos de Adam Smith, sobretudo no que diz respeito a divisão do trabalho,
foi o que originou a teoria das vantagens absolutas. Essa teoria mostra as vantagens da
livre troca, analisando que a abertura das fronteiras leva a um grande ganho mútuo entre
dois países parceiros e assim, portanto a economia mundial também sai ganhando já que
ocorre um aumento global de riqueza.
Adam Smith (2003) conclui que o comércio internacional só gera vantagens as nações
envolvidas nele. Ele crê que as nações devem especializar-se baseando-se nas suas
vantagens absolutas, ou seja, cada nação deve procurar especializar-se em produtos os
quais tenham mais vantagem absoluta em termos de custo ou produtividade. Sendo assim,
Smith faz-se entender de que o melhor é que as nações não produzam de tudo e sim apenas
produzir e exportar as mercadorias as quais há uma maior produtividade e buscar importar
aquilo que as outras nações fazem melhor. De fato Smith propunha que cada nação
devesse focar na produção dos produtos os quais lhe são mais vantajosos, ou seja,
produzir aquilo que lhe custe menos que em qualquer outra parte do mundo.
Isto pode se dar pelos recursos minerais em abundância dentro do território da nação ou
pela qualificação de seus habitantes em produzir determinado produto.
Para Adam Smith (2003) um país pode produzir melhor alguns bens em detrimento de
outros. Segue a linha de seu pensamento que ninguém irá se preocupar com a produção
de algo que lhe custe mais do que comprando de outro alguém.
Seguindo este pensamento, Smith (2003) enfatiza que agindo desta maneira, todos terão
benefícios, pois exportarão o que lhes excede e importarão produtos de países que forem
mais vantajosos, causando assim um ganho mútuo.

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Se os ganhos que uma nação tem sobre a outra são provenientes de uma força natural ou
se são adquiridas com esta relação não importa. Se uma nação compra de outra mais forte,
também será beneficiada pois poderá ter o que quer a um custo menor do que fabricá-la.
Maia (2004) considera que apesar das contribuições que este modelo trouxe para as
relações comerciais internacionais, ele tem ressalvas e entre elas duas devem ser
enfatizadas aqui: Primeiro que Adam Smith acreditava que o preço das mercadorias era
fixado pela quantidade de horas trabalhadas para a fabricação da mesma, quando de fato
o preço provem além do trabalho, da suas matérias-primas e know-how. Ele também não
levou em consideração que um país teria a possibilidade de ser mais forte em dois
produtos o que deixa a dúvida de qual então seria o destino da outra nação. Baseando-se
nesta falha da teoria de Smith é que David Ricardo então vem com a teoria da vantagem
comparativa.
A teoria de Adam Smith em sua obra mais importante “A riqueza das nações”, discute
exatamente a economia como ciência e tem a visão sistemática do comércio entre os
países, e que esse comércio beneficia ambos os países, uma vez que, um país pode ter
vantagem ao produzir um bem e o outro pode ter vantagem em produzir um bem diferente.
Um país quando não participa do comércio internacional tem perdas desnecessárias na
visão de Smith, pois para ele, o livre comércio gera benefícios para os dois países.
Um país que tem vantagem absoluta em produzir um determinado produto (x), mas
precisa de outro produto onde o seu custo é maior e sua eficiência portanto, é menor, do
outro lado, um outro país necessita desse bem, mas tem vantagem absoluta em produzir
o bem (y).
Então, o primeiro país pode se especializar no bem (x) e o segundo no bem (y) e eles
podem trocar seus produtos, assim os dois terão ambos os produtos e produzirão apenas
o que tiverem maior vantagem absoluta. Com o comércio internacional, um país exporta
o produto que consegue produzir mais barato e importa o que produz mais caro, desta
forma, sua produtividade tem mais eficiência e consome mais bens do que seria capaz na
ausência do comércio internacional
3.1.2. Pressupostos da Teoria das Vantagens Absolutas
Segundo o economista Adan Smith, o acesso aos mercados externos ajuda a criar riqueza.
Deste modo, se uma empresa fica limitada ao tamanho de mercado de seu país, sua
grandeza também apresentará limites.
Além do mais, as importações permitem que um país obtenha produtos que ele não pode
produzir ou produza a um custo muito elevado.
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Também há que se destacar o ponto de vista das barreiras comerciais. As barreiras
comerciais, ao reduzirem o tamanho potencial do mercado, reduzem as possibilidades de
especialização, das trocas entre países e da especialização.
3.1.3. Tese
Cada país deveria se concentrar naquilo que produz a um preço mais baixo e trocar parte
dessa produção por artigos que custem menos em outras nações.

3.1.4. Ilustração da Vantagem Absoluta

Na tabela a seguir vamos analisar essa teoria de forma simples com um comércio exterior
entre os EUA e Moçambique , utilizando dados hipotéticos:

Custo (horas de trabalho Produtividade (produção por


Países necessárias para produzir uma horas detrabalho)
unidade do bem)

Alimentos Computador Alimentos Computador


Moçambique 1 2 1 1/2= 0,5
Estados Unidos 2 1 1/2= 0,5 1

Neste exemplo, o Moçambique gasta uma hora para produzir uma unidade de alimentos
e duas horas para produzir um computador, logo, seu custo para produzir alimentos é bem
menor do que computador e sua produtividade é maior, no entanto, ele precisa de
computadores, sendo assim, Moçambique exporta alimentos para os EUA e importa
computadores porque cada um tem vantagem absoluta para produzir um bem.
Para Smith, um país ineficiente em ambas as mercadorias não poderia participar do
comércio internacional, uma vez que não teria vantagem absoluta em nenhum dos bens
e, por conseguinte não conseguiria exporta por um preço menor do que o produzido no
outro país, logo, não haveria troca. Ricardo fez uma análise a essa teoria que começa
criticando exatamente isso, que um país mesmo ineficiente em ambos os produtos poderia
participar do comércio internacional, ele questiona que o comércio internacional seja
determinado por diferenças absolutas na produtividade do trabalho.

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Vamos pensar na seguinte situação: em uma loja, existem dois funcionários responsáveis
pela limpeza: Henrique e Marta. Ambos vem todos os dias e limpam metade do
estabelecimento cada um. Henrique claramente é melhor limpando janelas e Marta
limpando o chão.

Henrique Marta

Chão 5h 3h
Janelas 2h 4h
Outros 1h 1h

Total 8h 8h

Tempo diário gasto para executar as tarefas em cada uma das metades da loja
Olhando a tabela é fácil perceber que se eles fizesse um pacto, cada um fazendo o que faz
melhor, ambos se beneficiariam.
Marta possui vantagem absoluta sobre Henrique em relação a limpar janelas e Henrique
possui essa mesma vantagem em relação a limpar chão, logo ambos irão trocar os
afazeres:
Henrique Marta
Chão 0h 6h
Janelas 4h 0h
Outros 1h 1h
Total 5h 7h

Note que Henrique gasta 2 horas por metade o que dá um total de 4 horas, assim como
acontece com Marta totalizando 6 horas.

É fácil perceber que ambos ganharam, pois ambos conseguem com menos tempo concluir
o mesmo serviço.

3.1.5. Críticas a teoria

Como principais críticas a esta teoria, podemos citar que ela considerava que os preços
eram definidos principalmente pela quantidade de horas utilizadas (mão de obra) durante
a produção, sendo que, na verdade, o custo de uma mercadoria é consequência de três
fatores: natureza (matéria-prima), trabalho (mão de obra) e capital (investimento).

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Outra crítica é que caso um país não possuísse nenhuma vantagem absoluta não haveria
comércio.

Algumas críticas ao modelo de Smith devem ser consideradas de acordo com MAIA
(1995):

 Adam Smith considerou que os preços eram determinados principalmente


pela quantidade de horas utilizadas (mão-de-obra) durante a produção. Na
verdade, o custo das mercadorias é consequência de três fatores: natureza
(matéria-prima), trabalho (mão-de-obra) e capital (investimentos, inclusive
(know-how).
 Adam Smith partiu do princípio de que cada país tem sempre vantagem
absoluta em algum produto. Como ficaria se uma nação não tivesse vantagem
absoluta em nenhum produto? Quem nos tenta dar essa resposta é David Ricardo,
com a Teoria da Vantagem Comparativa.

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4. Considerações finais

A luz do exposto chega – se ao consenso que a partir do famoso livro a riqueza das nações,
publicado em 1976, Adam Smith atacou o ponto de vista dos mercantilistas, defendendo
em seu lugar, o livre comércio com a melhor política para as nações do mundo. Baseando-
se na máxima de que “nenhum pai de família deve tentar produzir em casa aquilo que lhe
custará mais para produzir do que para comprar”. Smith argumentava que um país pode
ser mais eficiente na produção de algumas mercadorias e menos eficiente na produção de
outras, relativamente a outro país. Assim, ambos os país podem se beneficiar se casa um
se especializar na produção das mercadorias nas quais tenha uma vantagem absoluta – ou
seja, naquelas em cuja produção fosse mais eficiente que o outro país e, através da prática
do livre comércio, poderia exportar parte dessa produção para outro país, ao mesmo
tempo em que importaria desde aquelas mercadorias em que tinha uma desvantagem
absoluta – ou em cuja produção fosse menos eficiente. Esse era o princípio da vantagem
absoluta.
Tal como a Teoria das Vantagens Comparativas, a Teoria das Vantagens absolutas
procura explicar por que duas nações devem comerciar entre si, em que circunstâncias a
especialização na produção e o comércio ocorrem em situação vantajosa para ambas as
partes e quais produtos devem comerciar.

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5. Bibliografia

BAUMANN, Renato. Economia internacional: teoria e experiência brasileira. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2004.
FIGUEIREDO, Adelson Martins. Evolução da vantagens comparativas no Brasil.
Artigo feito à instituição de ensino Universidade Federal de Viçosa

GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MAIA, Paul.; OBSTFELD, Maurice. Economia internacional: teoria e política. 6.ed.
São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2005.
RATTI, Bruno. Comércio internacional e câmbio. São Paulo: Lex Editora, 2006.
SANTANA, Cleuciliz. Economia Internacional. Apostila acadêmica elaborada pela
professora na Universidade de São Paulo.

Vantagem comparativa como estratégia competitiva. Disponível em:


www.apsassessoria.com.br/VANTAGEM%20COMPARATIVA.doc. ACESSO EM
25/05/2018

SMITH, Adam; tradução Alexandre Amaral Rodrigues, Eunice Ostrensky. Riqueza das
nações, São Paulo: Martins Fontes, 2003.

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