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DIRETORIA DE GRADUAÇÃO

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO DO SOLO E


DENSIDADE “IN SITU”

AMANDA LUCAS GUIMARAES


ANDREILSON PARAISO SANTOS
GLIFISTON RODRIGUES DA SILVA
JANAINA SOUSA DE OLIVEIRA
JODEVANIO ANDRADE TAVARES
JULIANA DA SILVA FORTES
JULIETE REGINA N. SOUZA
KARLA SEMIRANIS O. SANTOS
MARCOS MATO DA SILVA
RAFAEL SALVIANI
THIERRY DE ALBUQUERQUE S.
CHAGAS
WESLEY PEREIRA COSTA

ARACAJU
Novembro, 2017
ENSAIOS DE COMPACTAÇÃO DO SOLO E
DENSIDADE “IN SITU”

Relatório Técnico “Ensaios de


compactação do solo e densidade in situ”,
realizada no 2º semestre de 2017, da disciplina
Mecânica dos Solos I, ministrada pela Prof. Luah
Walsh na Universidade Tiradentes.

ARACAJU
Novembro, 2017
Resumo

Este trabalho visa relatar os ensaios realizados no laboratório de


mecânica dos solos da Universidade Tiradentes (compactação do solo e
densidade in Situ) bem como a utilização dos dados resultantes para a
caracterização e classificação do solo a partir da amostra coletada para avaliar
sua funcionalidade.

Palavras-chave: compactação do solo e in situ.

1.0 INTRODUÇÃO

A resistência do solo está diretamente relacionada com seu grau de


compactação quando é adensado por um determinado esforço. Para cada tipo
de solo e para cada esforço de compactação existe uma determinada umidade,
denominada umidade ótima de compactação.

A Densidade in situ serve como principais processos de identificação da massa


específica aparente por métodos diretos consistem na coleta de uma amostra
indeformada. Com a massa e o volume dessa amostra calcula-se a massa
específica aparente, e com o teor de umidade dela obtido, a massa específica
aparente seca.

2.0 OBJETIVOS

Esse método prescreve o procedimento para a compactação dos solos, um


processo manual que visa reduzir os vazios do solo, aumentando a intensidade
de contato entre os grãos e tomar o aterro mais homogêneo, melhorando as
suas características de resistência, deformidade e permeabilidade. Com isso, a
execução dos ensaios busca a obtenção de dados mais completos sobre as
características do solo estudado.
3.0 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

3.1 Compactação dos solos


 Balança
 Molde cilíndrico com base e colarinho
 Soquete cilíndrico
 Extrator de amostra
 Peneira nº 4
 Cápsulas para determinação de umidade
 Estufa
 Régua biselada
 Anel bipartido

3.2 Densidade in situ

 Frasco de plástico, com funil

 Bandeja quadrada rígida, com orifício circular no centro, dotado de


rebaixo para apoio do funil

 Pá de mão

 Talhadeira de aço

 Martelo

 Balança

 Estufa

 Cilindro metálico de volume conhecido

 Areia lavada e seca

 Peneiras de 1,2 mm a 0,59mm, de acordo com a NBR 5734.


4.0 PROCEDIMENTOS

4.1 Compactação do solo

Compacta-se uma amostra de solo em três camadas, cada uma delas


por meio de 26 golpes de um soquete com peso de 2,5 kg, caindo de uma
altura de 30,5 cm. As espessuras finais das camadas compactadas devem ser
aproximadamente iguais, e a energia de compactação deverá ser
uniformemente distribuídas, de tal forma, a resultar um plano superior quase
horizontal.
A curva de compactação será traçada a partir dos pares de valores,
peso específico aparente seco - teor de umidade, distribuídos de forma que, no
mínimo dois pontos se encontrem à esquerda da umidade ótima e dois à
direita.
O solo a ser ensaiado deverá apresentar um teor de umidade inferior ao
ótimo previsto, ou seja, em torno de 5%. Após a compactação, deve-se anotar
o peso do corpo de prova para determinação do peso específico e retirar três
porções de solo, colocá-las em cápsulas e levá-las à estufa para determinação
do teor de umidade. Em seguida, adiciona-se uma quantidade de água ao solo,
suficiente para elevar, em relação ao ponto anterior, o seu teor de umidade, em
torno de 2%. Todo o procedimento descrito anteriormente deve ser repetido.

Foto 1 – Realização dos golpes.


4.2 DENSIDADE “IN SITU”

Limpa-se a superfície da camada onde será feita a determinação da


massa específica, tornando-a plana e horizontal.
Coloca-se a bandeja nesta superfície e faz-se uma cavidade (furo)
cilíndrica no solo com diâmetro igual ao furo da bandeja e profundidade de
cerca de 15cm.
Recolhe-se o solo tirado da cavidade, pesando-o (PW)
Toma-se uma amostra de solo determina-se o teor de umidade (W), pelo
método do Speedy ou outro método rápido.
Pesa-se o conjunto frasco com areia + funil (peso antes=P1)
Coloca-se o frasco apoiado na bandeja sobre a cavidade e abre-se o
registro, deixando a areia escoar até completar o volume do furo e do funil +
rebaixo, pesa-se o conjunto frasco com o resto da areia + funil (peso depois =
P3).

5.0 DETALHAMENTO DE CÁLCULO

5.1 COMPACTAÇÃO

Amostra de solo 4kg

Cilindro= 1917,3
π x 10²
V= x 11,1
4

V = 871,79 cm³

→1° cilindro com o solo = 3725,0g

Cápsula com solo = 19,11g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v
3725−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 20,73 g

→2° cilindro com o solo = 3776,3g

Cápsula com solo = 18,7g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3776,3−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 21,32 g

→3° cilindro com o solo = 3796,6g

Cápsula com solo = 17,31g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3796,6−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 21,56 g

→4° cilindro com o solo = 3830,8g

Cápsula com solo = 19,83g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3830,8−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 21,96 g

→5° cilindro com o solo = 3889,3g

Cápsula com solo = 24,88g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3889,3−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 22,62 g

→6° cilindro com o solo = 3892,0g

Cápsula com solo = 21,89g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v
3892−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 22,65 g

→7° cilindro com o solo = 3875,0g

Cápsula com solo = 20,67g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3875−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 22,45 g

→8° cilindro com o solo = 3835,4g

Cápsula com solo = 18,85g


ms−mc
 ᵧn = x 10
v

3835,4−1917,3
ᵧn = x 10
871,79

ᵧn= 22,0 g

Teor de umidade
mu−ms
 W= x 100
ms

19,11−18,5
W1 = x 100 → W 1 = 3,30 %
18,5

18,7−17,9
 W2 = x 100 → W 2 = 4,47 %
17,9

17,31−16,5
 W3 = x 100 → W 3 = 4,91 %
16,5

19,83−18,8
 W4= 18,8
x 100 → W 4 = 5,48 %

24,88−23,3
 W5 = x 100 → W 5 = 6,78 %
23,3
21,89−20,3
 W6 = x 100 → W 6 = 7,83 %
20,3

20,67−19,1
 W7 = 19,1
x 100 → W 7 = 8,21 %

18,85−17,3
 W8 = 17,3
x 100 → W 8 = 8,96 %

Peso específico aparente seco


ᵧ d =
1+w

 ᵧ d1
20,73
= 1+0,033 → ᵧ d1 = 20,06 KN/m³

 ᵧ d2
21,32
= 1+0,044 → ᵧ d2 = 20,42 KN/m³

 ᵧ d3
21,56
= 1+0,049 → ᵧ d3 = 20,55 KN/m³

 ᵧ d4
21,96
= 1+0,054 → ᵧ d4 = 20,83 KN/m³

 ᵧ d5
22,62
= 1+0,067 → ᵧ d5 = 21,19 KN/m³

 ᵧ d6
21,96
= 1+0,054 → ᵧ d1 = 20,83 KN/m³

 ᵧ d7
22,45
= 1+0,082 → ᵧ d1 = 20,7 KN/m³

 ᵧ d8
22,0
= 1+0,084 → ᵧ d1 = 20,20 KN/m³
Gráfico 1 – Curva de compactação.

Teor de umidade ótimo = 7,10%

Peso específico seco ótimo = 21,15 KN/m³

5.2 DENSIDADE ‘’IN SITU’’

Peso do solo = 29,10 g

Peso do solo queimado = 28,93 g


mu−ms
 W= ms
x 100

29,10−28,93
W= 28,93
x 100

W = 0,587%
mu−ms
 Umidade ótima = ms

22,25−ms
0,20587 = ms

1,00587 ms = 22,25

ms = 22,12 g
→ Umidade ótima = 7,10%
mu−22,12
 0,071 = 22,12

mu = 23,69g

Cálculos para achar o ᵧd e GC

Massa da areia retirada do buraco: 2963,8 g (ρsolo)

Massa (frasco + areia + funil) antes da retirada: 9482,6 g

Massa (frasco + areia + funil) depois da retirada: 6900,9 g

Massa (funil): 527,6 g

Volume: 889,32 g

ᵧdmáx = 21,15 KN/m³

ρareia = 1,29 g/cm³

9482,6 – 6900,9 – 527,6 = 2054,1 g → ρareia no buraco


ρsolo
 ρ = ᵧareia x ρareia no buraco

2963,8
ρ = 1,29 x 2054,1

ρ = 1,86 g/cm³

 ᵧdcampo = 1+w

1,86
ᵧdcampo = 1+0,00587

ᵧdcampo = 1,85 g/cm³


ᵧdcampo = 18,49 KN/m³

ᵧdcampo
 GC = ᵧdmáx
18,49
GC = 21,15 → GC = 0,87 → GC = 87,43%

6.0 RESULTADOS

Após a realização dos ensaios de compactação e densidade “in situ”


foram obtidos os seguintes dados:
 Teor de umidade ótimo = 7,10%
 Peso específico seco ótimo = 21,15 KN/m³
 Peso específico obtido em campo = 18,49 KN/m³
 Grau de compactação = 87,43%
7.0 CONCLUSÃO

A identificação do tipo de solo o qual se trabalha ou pode vir a trabalhar


é de suma importância. É inegável que, com a experiência o conhecimento
tácito se faz presente, onde um grande engenheiro, com o passar dos a nos,
possa identificar o tipo de solo ao tocá-lo com as mãos e a partir daí sugerir as
propriedades admissíveis para este solo. Porém nada substitui os ensaios
realizados em laboratório, com auxílio da tecnologia a nosso favor para ter uma
“resposta definitiva”, ou seja, um laudo técnico que constate as reais
propriedades do solo em questão, ofertando dados mais precisos para uma
correta classificação e análise das suas possíveis aplicações.
O solo estudado foi caracterizado através do ensaio de granulometria
realizado anteriormente, como solo tipo A1-b através da classificação HRB, o
mesmo foi classificado pelo método unificado como bem graduado com
predominância de areia, SW. Através do ensaio de limite de liquidez o solo se
apresentou como não plástico. Através dos ensaios de compactação e
densidade in situ foi constatado um grau de compactação de 87,43%. O
Resultado foi menor que referenciado na NBR 7185, ou seja, 95%, desta forma
o ensaio deveria ser refeito, pois a NBR 7185 informa que o mínimo permitido é
95% para qualquer edificação e 100% para rodovias.
8.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 1. 4. ed., LTC, 1987.

FIORI, A. P. Fundamentos de mecânica dos solos e das rochas. 3. ed., 2015.

NBR 7185: Versão Corrigida:2016

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