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PROGRAMAS DE SEGURANÇA
NO TRABALHO
2
3 UNIDADE 1 - Introdução
5 UNIDADE 2 - Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA
7 UNIDADE 3 - Equipamento de proteção individual – EPI
11 UNIDADE 4 - Serviço especializado em engenharia de segurança e medicina do trabalho – SESMT
13 UNIDADE 5 - Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA
16 UNIDADE 6 - Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO
18 UNIDADE 7 - Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção – PCMAT
22 UNIDADE 8 - Perfil profissiográfico previdenciário – PPP
SUMÁRIO
24 UNIDADE 9 - Outros programas
24 9.1 Programa de Conservação Auditiva – PCA
UNIDADE 1 - Introdução
Ao se tratar da segurança e saúde do de controle, indicar equipamentos de pro-
trabalho nas organizações, lembramos teção individual e coletiva, colaborar nos
do setor responsável pelas atividades projetos e implantação de novas tecnolo-
prevencionistas, chamado SESMT – Ser- gias da empresa, promover atividades de
viço Especializado em Engenharia de Se- conscientização, educação e orientação,
gurança e em Medicina do Trabalho – que esclarecer e conscientizar os empregados
segundo a Norma Regulamentadora NR 4 dos riscos, analisar os acidentes e regis-
do Ministério do Trabalho, possui “a fina- trar os dados.
lidade de promover a saúde e proteger a
Outro apoio para a prevenção nas em-
integridade do trabalhador no local de
presas é chamada CIPA – Comissão Interna
trabalho”.
de Prevenção de Acidentes, que tem como
A existência ou não deste setor é vin- tarefa a “prevenção de acidentes e doen-
culada à graduação de risco da atividade ças decorrentes do trabalho, de modo a
principal da empresa e ao número total de tornar compatível permanentemente o
empregados que trabalham no estabele- trabalho com a preservação da vida dos
cimento, sendo este entendido como cada empregados e do empregador, sendo os
uma das unidades da empresa, funcionan- primeiros eleitos em escrutínio secreto e
do em lugares diferentes, tais como: fá- os outros indicados pela empresa. À CIPA
brica, refinaria usina, escritório, oficina e cabe apontar os atos inseguros dos tra-
depósito. balhadores e as condições de insegurança
existentes na organização.
Este setor deve ser composto por pro-
fissionais com formação na área, devendo Apesar do apoio fornecido por este
a empresa exigir no ato da contratação a setor especializado, no caso do SESMT, e
qualificação necessária para a investidu- orientador, no caso da CIPA, verifica-se a
ra no cargo. Os profissionais que formam necessidade da criação de uma cultura or-
este serviço são os seguintes: Engenheiro ganizacional que seja voltada para a segu-
de Segurança do Trabalho, Médico do Tra- rança e saúde. A ideia deve partir da alta
balho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico de gerência da empresa, integrando nos es-
Enfermagem do Trabalho, Auxiliar de En- forços da organização, ações efetivas vol-
fermagem do Trabalho e o Técnico de Se- tadas para segurança, saúde e bem-estar
gurança do Trabalho (SENAC, 2006). e moral de seus funcionários, através de
uma abordagem estruturada para a ava-
As competências do SESMT nas organi-
liação e o controle dos riscos no trabalho.
zações, conforme a NR 4, estão baseadas
nas aplicações e conhecimentos sobre A alta administração deve definir, do-
prevenção de acidentes e doenças no am- cumentar e ratificar sua política de segu-
biente de trabalho e todos seus compo- rança e saúde no trabalho, reconhecendo
nentes, de modo a eliminar os riscos exis- este tema como parte integrante do de-
tentes. Deve também determinar medidas sempenho de seu negócio, fornecendo
4
empregados são eleitos em votação se- (DRTS) fiscalizar a organização das CIPAs.
creta representando, obrigatoriamente, A empresa que não cumprir a lei será au-
os setores de maior risco de acidentes e tuada por infração ao disposto no artigo
com maior número de funcionários. 163 da CLT, sujeitando-se à multa prevista
no artigo 201 desta mesma legislação.
A votação deve ser realizada em horário
normal de expediente e tem que contar O mandato dos membros titulares da
com a participação de, no mínimo, a me- CIPA é de um ano e aqueles que faltarem a
tade mais um do número de funcionários quatro reuniões ordinárias, sem justifica-
de cada setor. A lista de votação assinada tiva, perderão o cargo, sendo substituídos
pelos eleitores deve ser arquivada por um pelos suplentes. Não é válida, como justi-
período mínimo de três anos na empresa. ficativa, a alegação de ausência por moti-
A lei confere a DRT, como órgão de fiscali- vo de trabalho.
zação competente, o poder de anular uma
Os representantes dos empregados ti-
eleição quando for constatado qualquer
tulares da CIPA não podem sofrer demis-
tipo de irregularidade na sua realização.
são arbitrária entendendo-se como tal a
Os candidatos mais votados assumem que não se fundamentar em motivo disci-
a condição de membros titulares. Em caso plinar, técnico ou econômico. Esta garan-
de empate, assume o candidato que tiver tia no emprego é assegurada ao cipeiro
maior tempo de trabalho na empresa. Os desde o momento em que o empregador
demais candidatos assumem a condição tomar conhecimento da sua inscrição de
de suplentes, de acordo com a ordem de- candidatos às eleições da CIPA e prolon-
crescente de votos recebidos. Os candida- ga-se até um ano após o término do man-
tos votados não eleitos como titulares ou dato.
suplentes devem ser relacionados na ata
Os cipeiros não podem também ser
da eleição, em ordem decrescente de vo-
transferidos para outra localidade a não
tos, possibilitando uma futura nomeação.
ser que concordem expressamente. A re-
A CIPA deve contar com tantos suplentes
eleição deve ser convocada pelo empre-
quantos forem os titulares sendo que
gador, com um prazo mínimo de 45 dias
estes não poderão ser reconduzidos por
antes do término do mandato e realizada
mais de dois mandatos consecutivos.
com antecedência de 30 dias em relação
A estrutura da CIPA é composta pelos ao término do atual mandato. Os membros
seguintes cargos: Presidente (indicado da CIPA eleitos e designados para um novo
pelo empregador); Vice-presidente (no- mandato serão empossados automatica-
meado pelos representantes dos empre- mente no primeiro dia após o término do
gados, entre os seus titulares); Secretário mandato anterior.
e suplente (escolhidos de comum acordo
pelos representantes do empregador e
dos empregados).
Botas
Devem ser impermeáveis, preferen-
cialmente de cano alto e resistentes aos
solventes orgânicos, por exemplo, PVC.
Sua função é a proteção dos pés. É o único
equipamento que não possui C.A. (ANDEF,
2010).
11
UNIDADE 4 - Serviço especializado em enge-
nharia de segurança e medicina do trabalho
– SESMT
O Serviço Especializado em Engenharia tas. De acordo com essa norma, a cons-
de Segurança e em Medicina do Trabalho é trução civil, antes classificada como ativi-
mantido, obrigatoriamente, pelas empre- dade econômica de grau de risco 3 (três),
sas privadas e públicas, pelos órgãos pú- passa a ser classificada como grau de risco
blicos da administração direta e indireta 4 (quatro) a partir da Portaria nº 1, de 12
e dos Poderes Legislativo e Judiciário que de maio de 1995.
possuam empregados registrados pela
A Portaria nº 169, de 14 de julho de
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
2006, suspende o prazo de entrada em
O SESMT tem a finalidade de promover vigor da Portaria de 1995, permanecendo,
a saúde e promover a integridade do tra- então, grau de risco 3 (três) para a cons-
balhador no local de trabalho. O dimensio- trução civil.
namento do SESMT vincula-se a gradação
do risco da atividade principal e ao número
total de empregados do estabelecimento
constantes na Norma Regulamentadora
de Segurança e Medicina do Trabalho, NR
4.
3 Técnico de Segurança 1 2 3 4 6 8 3
do Trabalho 1* 1 1 2 1
Engenheiro de Seg. 1 2 1 1
do Trabalho 1
Aux. de Enfermagem 1* 1* 1 2 1
do Trabalho
Enfermeiro do Traba-
lho
Médico do Trabalho
4 Técnico de Segurança 1 2 3 4 5 8 10 3
do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
Engenheiro de Seg. 1 1 2 1 1
do Trabalho 1
Aux. de Enfermagem 1* 1* 1 1 2 3 1
do Trabalho
Enfermeiro do Traba-
lho
Médico do Trabalho
Proteções especiais;
Detalhes construtivos;
Responsabilidades
O empregador é responsável pelo
PPRPS, por intermédio de seus represen-
tantes, comprometendo-se com as medi-
das previstas e nos prazos estabelecidos.
O PPRPS deve ser coordenado, e estar sob
responsabilidade técnica de um Enge-
nheiro de Segurança do Trabalho.
persistir o direito aos Adicionais ou ser re- Ambas foram regulamentadas pela
duzido o percentual concedido; Portaria 3.214/78, por meio de Normas
regulamentadoras.
Os Adicionais de Periculosidade e
de Insalubridade não são incorporáveis
aos proventos de aposentadoria por falta
de amparo legal;
Os adicionais de insalubridade e de
periculosidade e a gratificação de Raios X
(ver p. 29) são inacumuláveis, devendo o
servidor optar por um deles. (Base Legal
está no artigo 68 da Lei nº 8.112/90.
REFERÊNCIAS
ANCHIETA, Cleudson Campos de. Co- SILVA, Ricardo Alexandre Santana da.
missão Interna de Prevenção de Aciden- Implantação de sistema de gestão de se-
tes (CIPA): a sua importância para as orga- gurança e saúde no trabalho, baseado
nizações. Monografia: UEMA, 2006. na OHSAS 18000 (2008). Disponível em:
<http://www.webartigos.com/> Acesso
ANDEF. Manual de uso correto de equi-
em: 23 ago. 2010.
pamentos de proteção individual. ANDEF
- Associação Nacional de Defesa Vegetal UNESP. Insalubridade e periculosida-
- http://www.andef.com.br/epi/ acesso de. Disponível em: <http://www.bauru.
em: 19 ago. 2010. unesp.br/curso_cipa/2_normas_regula-
mentadoras/modulo2.htm> Acesso em:
BRASIL. Ministério da Previdência e
23 ago. 2010.
Assistência Social. Perfil profissiográfico
previdenciário. Disponível em: <http:// UNESP. Legislação de segurança no tra-
www.mpas.gov.br/> Acesso em: 22 ago. balho. Disponível em: <http://www.bau-
2010. ru.unesp.br/curso_cipa/2_normas_regu-
lamentadoras/2_legislacao.htm > Acesso
BRASIL. Portaria 3214/78 MTE – Nor-
em: 23 ago. 2010.
mas Regulamentadoras. Disponível em:
<http://www.mte.gov.br/legislacao/nor-
mas_regulamentadoras/default.asp>
Acesso em: 23 jul. 2010.
ANEXOS
RESUMO DA LEGISLAÇÃO BRASI-
LEIRA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONS-
TRUÇÃO
Capítulo V – Título II da CLT (Aprovada
pelo Decreto Lei nº 5.452 de 1º de maio de
1943);
Portaria nº 46 de 19 de fevereiro de
1962, do Gabinete do Ministro do Trabalho
e Previdência Social (137 artigos);
QUADRO I
Dimensionamento da CIPA
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QUADRO I
Dimensionamento da CIPA
42
QUADRO I
Dimensionamento da CIPA
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QUADRO I
Dimensionamento da CIPA
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