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Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF

Perito Criminal – PC/DF


Aula 00 - Aula Demonstrativa
Profa. Tatiane Rocha

Aula 00 - Demonstrativa
Lei Orgânica do Distrito Federal – Títulos I e II
Apresentação do Curso

Professora: Tatiane Rocha

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Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF
Perito Criminal – PC/DF
Aula 00 - Aula Demonstrativa
Profa. Tatiane Rocha

Aula 00 – Aula Demonstrativa

Sumário

1. Apresentação ......................................................................................................................... 3
1.1 Como será ministrado o curso ........................................................................................... 4
1.2 Como estudar uma matéria que só possui legislação............................................... 5
1.3 Dicas de como estudar para o concurso ........................................................................ 6
2. Introdução à LODF ............................................................................................................. 10
3. Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito Federal ................... 12
3.1. Autonomia ......................................................................................................................... 12
3.2. Valores Fundamentais .................................................................................................. 14
3.3. Objetivos Prioritários ..................................................................................................... 15
4. Organização do Distrito Federal ................................................................................... 16
4.1. Organização Administrativa do Distrito Federal ................................................. 17
4.2. Competência do Distrito Federal .............................................................................. 20
4.2.1. Competência privativa do DF ...................................................................................... 20
4.2.2. Competência comum ...................................................................................................... 23
4.2.3. Competência concorrente ............................................................................................. 25
4.3. Administração Pública ................................................................................................... 27
4.3.1. Disposições gerais ........................................................................................................... 27
4.3.2. Administração Tributária ............................................................................................... 46
4.4. Servidores Públicos ............................................................................................................. 47
5. Marcação da LODF – títulos I e II ................................................................................ 54
6. Lista de questões comentadas ........................................................................................... 55
7. Lista de questões ..................................................................................................................... 70
8. Gabarito ....................................................................................................................................... 79

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1. Apresentação

Olá, prezados alunos!

Foi com imenso prazer que recebi e aceitei o convite da equipe do Ponto
dos Concursos para ajudá-los na preparação para o concurso de Perito Criminal
da Polícia Civil do Distrito Federal.

Meu nome é Tatiane Rocha e serei a professora de Lei Orgânica do


Distrito Federal. Sou formada em Direito pela Universidade Federal do Paraná
– Turma de 2009 – e atualmente exerço o cargo de Analista Técnico da
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP (concurso de 2010). Também fui
aprovada em 2010 para o cargo de Analista do Banco Central do Brasil - BACEN.

O curso foi dividido em duas aulas, além desta demonstrativa, e cobrirá


todo o conteúdo programático desta disciplina. O edital foi publicado em 10 de
março de 2016, com prova prevista para 19 de junho de 2016, para provimento
imediato de 20 (vinte) vagas e mais 80 (oitenta) para a formação de cadastro de
reserva. A banca examinadora será a IADES – Instituto Americano de
Desenvolvimento.

Assim, nosso curso será dividido da seguinte forma:

Aula Conteúdo Programático


- Aula Demonstrativa – apresentação do curso;
00
- Lei Orgânica do DF – Títulos I e II.
01 - Lei Orgânica do DF – Títulos II e III.

02 - Lei Orgânica do DF – Título VI.

Antes de começarmos a matéria, gostaria de tratar brevemente sobre três


assuntos que considero relevantes para seus estudos: (a) como será
ministrado nosso curso, (b) como estudar uma matéria que só possui
legislação e (c) dicas de como estudar para o concurso em geral.

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1.1 Como será ministrado o curso

Para que o aluno conheça melhor o curso que estamos oferecendo e para
que possa organizar adequadamente seus estudos, irei explicar exatamente como
será ministrado o nosso curso.

O primeiro ponto que precisamos ter em mente é que um curso que envolve
só legislação é diferente dos demais cursos. Num curso de Direito Administrativo,
por exemplo, as aulas são ministradas em forma de texto, apresentando a teoria,
as correntes doutrinárias, de que forma a banca cobra determinado assunto,
enfim, existe todo um encadeamento de ideias a ser seguido na aula e aprendido
pelo aluno.

Ministrar legislação é diferente. Nós já sabemos de que forma o assunto


será cobrado: será a “letra da lei”, ou seja, será uma cópia daquilo que está na
Lei Orgânica do DF - LODF. E, nesses casos, o aluno terá que, infelizmente,
memorizar o que consta nos artigos.

Professora, e como decorar tudo?

É aí que entra o trabalho do professor! A melhor forma de estudar


legislação, acreditem, não é lendo a lei por horas e horas. Isso não é produtivo.
A jeito mais eficiente de se estudar legislação é selecionar os artigos que
possuem a maior probabilidade de cair, aprender o significado dos conceitos
menos usuais e estudar por meio de esquemas, resumos e tabelas que
facilitarão a memorização. E é dessa forma que trabalharemos no decorrer do
curso.

Sempre que o artigo for importante, ele será transcrito para que o aluno se
familiarize com os termos da lei. Mas utilizaremos muitos esquemas que ajudarão
a tornar a “decoreba” um processo muito mais simples, menos complicado.

Além disso, as normas em geral tendem a ter uma linguagem muito técnica
ou cheia de “juridiquês” que confunde e dificulta o estudo. Quando nos
depararmos com artigos desse tipo, todos os conceitos serão explicados, para
que, mais do que simplesmente decorar, o aluno consiga entender o que a lei
quis dizer.

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Por fim, serão apresentadas questões comentadas de concursos


anteriores sobre o tema (da banca organizadora e de outras bancas) para que
o aluno possa treinar exaustivamente o que estudou.

Assim, vocês irão adquirir ao longo do curso o conhecimento necessário


para responder as questões da prova, sem a necessidade de perder horas
tentando decorar e adivinhar qual artigo é o mais relevante.

1.2 Como estudar uma matéria que só possui legislação

Agora que vocês já sabem como o curso será ministrado, o próximo passo
é saber estudar uma matéria que só possui legislação.

Primeiramente, é necessário imprimir a LODF atualizada e sempre


estudar as aulas com a legislação do lado. Em cada uma das aulas serão
indicados, no decorrer da matéria, os artigos mais importantes que já caíram em
provas anteriores ou que possuem maior probabilidade de cair. Além disso, para
facilitar, no final de cada aula haverá um tópico, chamado “marcação da lei”,
em que serão listados todos os artigos tratados naquele dia e que deverão ser
grifados na LODF pelo aluno.

O segundo passo é ler a LODF, principalmente os artigos grifados. Não


precisa nem ser no mesmo dia em que você estudar a matéria. Até porque muitos
desses artigos já terão sido transcritos na aula. Pode ser no dia seguinte ou
alguns dias depois. Não importa. O importante é que você leia. Pode até levar na
mochila/bolsa e ler no caminho do trabalho ou quando tiver um tempo livre. É
importante que você se familiarize com os termos da lei. Entenda que sair lendo
a legislação e tentar decorar é perda de tempo. Mas estudar a aula, entender o
que a norma diz para então lê-la irá facilitar muito o aprendizado.

Por fim, tente revisar periodicamente as aulas. Faça um cronograma de


estudo e, paralelamente, um outro de revisões. Revisar uma aula não demandará
mais que meia hora do seu dia. E fará uma grande diferença no final. Manter o
assunto “fresco” na memória é muito importante, principalmente quando falamos
de leis. Se o aluno estudar um assunto hoje será impossível tê-lo na memória
até o dia da prova. É preciso revê-lo periodicamente para não o esquecer.

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1.3 Dicas de como estudar para o concurso

Agora que já tratamos da matéria, de como ela será ministrada e de como


deve ser estudada, gostaria de fazer algumas considerações que podem ajudá-
los a percorrer essa fase de concurseiro e alcançar a sonhada aprovação.

Não existe um jeito certo de estudar, porque isso depende de inúmeros


fatores que variam de candidato para candidato, como o conhecimento prévio
sobre a matéria, o tempo disponível para estudar e outros fatores de ordem
pessoal. No entanto, alguns pontos são essenciais para todos aqueles que
desejam passar em um concurso público:

A – Conhecimento da relevância de cada disciplina: antes de começar


a estudar é interessante dividir o tempo de estudo entre as disciplinas de acordo
com o grau de importância que cada uma tem para aquele concurso.

Felizmente, o edital para Perito Criminal do DF já trouxe o número de


questões que serão cobradas de cada disciplina. Isso facilita muito no momento
de montar o cronograma. Vejamos:

- 40 questões objetivas de Conhecimentos Gerais, com peso igual a


1,25 para cada uma – Total de 50 pontos;
- 40 questões objetivas de Conhecimentos Específicos, com peso igual
a 1,25 para cada uma – Total de 50 pontos;
- 4 questões discursivas, de 10 a 15 linhas cada, sobre os temas
constantes do conteúdo programático, valendo 25 pontos cada uma –
Total de 100 pontos.

Só com esta informação já podemos começar a direcionar o planejamento


de estudos.

Como assim, professora?

Note que, diferentemente da maioria dos concursos, este deu praticamente


a mesma relevância para a área de Conhecimentos Gerais - CG e para a área de
Conhecimentos Específicos - CE. Foram 50 pontos para CG e 50 pontos para CE.
Dessa forma, é importante reservar o mesmo tempo de estudo para cada uma
das áreas de conhecimento, pois ambas são muito importantes para o certame.
Além disso, as questões discursivas possuem um peso muito grande neste

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certame: 100 pontos! Portanto, além de estudar o conteúdo programático, é


importante que vocês também se preparem para discursiva.

Como a banca já informou no edital quantas questões seriam cobradas por


disciplina, é importante delimitar o tempo de estudo a ser dispendido com cada
uma, de acordo com o número de questões que será cobrado por matéria. Aqui
iremos analisar somente a parte de Conhecimentos Gerais, comum a todas as
áreas, mas é importante que cada aluno faça essa análise também quanto à parte
de Conhecimentos Específicos.

Então, analisando a prova de Conhecimentos Gerais, temos o seguinte


panorama:

Número de
Disciplina
questões
Língua Portuguesa 08

Matemática, Estatística e Raciocínio Lógico 06

Aspectos Geopolíticos do DF 04

Noções de Direito Administrativo 04

Noções de Direito Constitucional 04

Noções de Direito Penal 04

Noções de Direito Processual Penal 04

Legislação Especial 03

Lei Orgânica do DF - LODF 03

Total 40

Após uma análise da tabela, percebemos que, neste concurso, a banca não
distribuiu igualitariamente o número de questões por disciplina. O que é muito
comum. Geralmente as bancas dão pesos maiores para umas e menores para
outras. No entanto, mais da metade das disciplinas possuem praticamente o
mesmo número de questões (3 ou 4). Somente Português e Matemática,

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Estatística e Raciocínio Lógico possuem uma carga maior (considerando


Matemática, Estatística e Raciocínio Lógico como uma única disciplina).

Assim, o ideal é dividir seu tempo de estudo de acordo com o número de


questões que serão cobradas de cada disciplina na prova. Se Português será
responsável por 08 pontos e LODF, por exemplo, será responsável por 03 pontos,
não faz sentido gastar o mesmo tempo que você gasta estudando Português para
estudar a LODF. Caso o aluno tenha mais dificuldade em alguma matéria, pode
até gastar um pouco mais de tempo com ela, mas nada que seja muito
discrepante em relação às demais.

Caso termine de estudar todo o conteúdo programático de uma matéria


antes das outras, de forma consistente, aí sim o aluno poderá gastar mais tempo
com as demais, caso seja necessário.

Outros pontos que devem ser considerados no momento do estudo:

B – Eficiência e objetividade: estudo para concurso não é estudo para


tese de mestrado! O concurseiro não tem que ser especialista na matéria. Ele
precisa saber o necessário para tirar uma boa nota. Então, quando o professor
da disciplina disser que somente as aulas são suficientes, confie nele. Não queira
ler livros e tratados sobre o assunto. Um amigo do trabalho (e que também é
professor aqui no Ponto) sempre fala: “concurso público é um mar de
conhecimento com um palmo de profundidade”. Ou seja, muita coisa para
estudar, mas sem precisar se aprofundar muito na maioria dos temas.

Por isso, é importante dar prioridade àquilo que, estatisticamente, possui


mais chances de ser cobrado.

Uma estratégia de estudo eficiente deve levar em conta três pontos


básicos:
- a frequência com que um determinado assunto cai nas provas;
- a profundidade com que é exigido e
- como ele é cobrado.

O nosso curso foi montado levando em conta esses três aspectos.

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C – Resolução de questões de provas anteriores: a prática é a melhor


forma de fixar o conteúdo. Existe uma tendência entre os concurseiros de
privilegiarem a teoria em detrimento dos exercícios. Muitos ainda fazem
exercícios só quando sobra tempo. O problema é que nunca sobra tempo! Por
isso é importante montar um cronograma de estudos que já inclua um momento
do dia para resolução de questões.

Além disso, quando o estudo não leva em conta as provas anteriores, certos
conhecimentos que são importantíssimos para o estudo se perdem: se
determinado assunto é cobrado, quais são os temas preferidos, a forma com
que são exigidos alguns tópicos, quais são os critérios de correção (no caso da
prova discursiva), etc.

D – Revisões periódicas: esse é outro ponto muito importante que


geralmente é negligenciado pelos candidatos. No geral, os alunos estudam um
determinado assunto somente uma vez ou só revisam na semana anterior a da
prova. No entanto, é interessante criar uma rotina de revisão de cada uma das
aulas.

A revisão pode ser feita de várias formas: revisar as matérias nos finais de
semana, escalonar durante a semana após estudar as aulas do dia ou reservar
dias específicos de tempos em tempos somente para fazer as revisões. Tudo vai
depender de quanto tempo para estudo cada um tem disponível. No entanto, é
importante ter em mente que, quanto mais a matéria é revista, mais rápida será
a próxima revisão, pois o aluno estará cada vez mais familiarizado com o
conteúdo.

E – Treinamento da mente e do corpo: Reserve um horário do seu dia


para praticar atividade física. É uma forma de relaxamento que, inclusive,
melhora seu rendimento nos estudos. No caso deste concurso para PC/DF, então,
que possui prova de capacidade física, o exercício físico pode até constar no seu
cronograma de estudos.

Não deixe para treinar os exercícios físicos cobrados no edital somente após
a realização das provas objetivas e discursivas. Se o candidato não estiver
habituado com os esportes exigidos, é provável que não alcance o desempenho
necessário para ser aprovado.

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Já conheci algumas pessoas que foram aprovadas na primeira fase e


reprovaram no exame de capacidade física porque começaram a treinar somente
depois das provas objetivas e discursivas.

F – Tempo para o lazer: depois de tudo isso, ainda reserve um tempo na


semana para se divertir fazendo algo que lhe dá prazer. Isso é importante para
que o aluno não fique desestimulado durante a maratona de estudos e para que
possa “recarregar as baterias”.

Com isso, terminamos nossa apresentação inicial.

Vamos começar a estudar?

2. Introdução à LODF

Hoje iniciaremos nossos estudos sobre a Lei Orgânica do Distrito


Federal - LODF. Ela será dividida em três aulas (essa e mais duas) para que
possamos estudar com calma todos os pontos relevantes para a prova. Iremos
selecionar os artigos que, historicamente, mais caem nos concursos públicos
sobre esse tópico e, sempre que for necessário, explicaremos alguns conceitos
constantes nos artigos para que vocês possam entender sobre o que a LODF está
tratando e, assim, consigam memorizar seus dispositivos com mais facilidade.

A LODF atualizada pode ser acessada pelo site da Câmara Legislativa do


Distrito Federal:
http://www.cl.df.gov.br/pesquisa-de-leis-e-proposicoes

É importante que vocês tenham em mãos a norma atualizada, pois a LODF


possui inúmeras emendas, muitas bem recentes (de 2014 e 2015), além de
algumas declarações de inconstitucionalidade pelo Poder Judiciário. E banca de
concurso adora cobrar aquilo que mudou há pouco tempo. A LODF disponível no
site da Câmara Legislativa do DF foi a mais atualizada que encontrei.

Além disso, gostaria de deixar bem claro o seguinte: a prova irá cobrar,
basicamente, a letra da lei. Então, na maioria dos casos, não iremos envolver
doutrina, entendimentos jurisprudenciais ou conceitos que não irão ser objeto
desse concurso. Isso só serviria para confundi-los e para que vocês demorassem
mais que o necessário para absorver o conteúdo dessa matéria. Só iremos tratar

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dos conceitos que forem necessários ao entendimento dos dispositivos legais.


Assim, caso haja alguma dúvida conceitual, não hesitem em perguntar no Fórum.

A aula de hoje tratará sobre os dois primeiros títulos da LODF e abordará


os conteúdos sobre (a) fundamentos da organização dos Poderes e do DF e (b)
organização do DF.

Em primeiro lugar, precisamos entender o que é a Lei Orgânica do DF, ou


seja, qual é a sua natureza. A LODF está prevista na Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 32, que assim dispõe:

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios,


reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da
Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências
legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador,
observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais
coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais,
para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se
o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do
Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de
bombeiros militar.

Em diversas situações presentes da Constituição Federal, o DF é equiparado


aos Estados. No entanto, quanto à norma que irá regê-lo e organizá-lo, a CF/1988
não o equiparou aos Estados (que são regidos por Constituições Estaduais), mas
sim aos Municípios (que também são regidos por Lei Orgânica). A diferença,
nesse caso, entre DF e Municípios, está no fato de que a LODF atenderá aos
princípios constantes somente na CF/1988, enquanto que as Leis Orgânicas dos
Municípios devem atender à CF/1988 e a Constituição de seu respectivo Estado.

Além disso, a LODF irá tratar tanto de matérias reservadas aos Estados
como daquelas consideradas de competência municipal, por força do parágrafo
primeiro do artigo 32 da CF/1988.

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Feitas essas considerações iniciais, vamos à LODF propriamente dita.

3. Fundamentos da Organização dos Poderes e do Distrito


Federal

3.1. Autonomia

Art. 1º O Distrito Federal, no pleno exercício de sua autonomia


política, administrativa e financeira, observador dos princípios
constitucionais, reger-se-á por esta Lei Orgânica.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição
Federal e desta Lei Orgânica.

Neste primeiro artigo temos que o DF possui autonomia política,


administrativa e financeira. Essa autonomia é derivada da própria CF/1988.
Assim temos:

Autonomia
Política – diz respeito à capacidade de auto-organização e autolegislação
(no caso do DF, de elaborar a Lei Orgânica e as Leis Distritais) e de
autogoverno, ou seja, de seus cidadãos elegerem seus representantes (tanto
o Chefe do Executivo quanto os membros do Poder Legislativo) e de o DF
organizar seus Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Administrativa – é o poder de autoadministração, ou seja, de gerenciar e
administrar os negócios e serviços públicos no âmbito do DF. Decorre da própria
repartição de competências realizada pela CF/1988 com relação a cada um dos
entes federados.
Financeira – é a prerrogativa que o DF e os demais entes federados têm de
instituir e arrecadar seus próprios tributos, ou seja, de ter receita própria
para manter a máquina pública e prestar os serviços públicos que forem de sua
competência.

Mais adiante veremos que a autonomia do DF possui algumas restrições


contidas na própria CF/1988, inclusive quanto à carreira de Polícia Civil do DF.

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Além disso, o parágrafo único dispõe sobre as formas de exercício do poder


popular (“todo poder emana do povo”): de forma direta (chamada democracia
direta ou participativa) ou indireta. Vejamos:

Direta Indireta
Plebiscito – consulta popular sobre Por meio de seus representantes
tema que será objeto de ato legislativo eleitos (Chefe do Executivo –
ou administrativo. governador – e membros do
Referendo – consulta popular sobre Legislativo – deputados distritais)
ato legislativo ou administrativo já
editado com o objetivo de ratificá-lo ou
rejeitá-lo.
Iniciativa popular – apresentação de
projeto de lei, proposto pela
população, que deverá ser apreciado
pelo Legislativo.

As formas de exercício direto da soberania popular estão dispostos no


artigo 5o. Vejamos:

Art. 5º A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo


voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

Sufrágio é o direito de votar e ser votado. Dessa forma, sufrágio universal


significa que o direito de votar e ser votado é para todos, sem discriminação
(embora possua algumas restrições constitucionais, como estrangeiros, por
exemplo). O artigo fala ainda em voto secreto e direto, ou seja, ninguém pode
exigir saber em quem algum cidadão votou em determinada eleição. Além disso,
o voto é dado diretamente do eleitor para o candidato ao cargo do Executivo ou
do Legislativo.

Assim, temos:

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Exercício da soberania popular


- Sufrágio universal
- Voto direto e secreto, com valor igual para todos
- Plesbicito, referendo e iniciativa popular.

3.2. Valores Fundamentais

Art. 2º O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República


Federativa do Brasil e tem como valores fundamentais:
I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa;
II - a plena cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Ninguém será discriminado ou prejudicado em razão de
nascimento, idade, etnia, raça, cor, sexo, características genéticas,
estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou
filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou
mental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou
condição, observada a Constituição Federal.

A LODF traz em seu artigo 2o os valores que irão embasar todos os outros
dispositivos da Lei Orgânica e as demais normas que irão compor o ordenamento
jurídico do DF. São eles:

Valores Fundamentais
Pluralismo político - PLU
Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa - TRALI
Dignidade da pessoa humana - DI
Plena Cidadania - CI
Autonomia - AUTO

Alguns alunos gostam de brincar com as siglas das palavras para facilitar a
memorização. É a famosa dica mnemônica: PLU – TRALI – DI – CI – AUTO.

Já o parágrafo único trata sobre isonomia, ou seja, dispõe que ninguém


será prejudicado ou discriminado, qualquer que seja sua condição (idade, sexo,
deficiência, raça, etc). As medidas afirmativas (como cotas para portadores de

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necessidades especiais) se embasam nesse dispositivo, como forma corrigir


desigualdades de condições existentes.

3.3. Objetivos Prioritários

Art. 3º São objetivos prioritários do Distrito Federal:


I - garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição
Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
II - assegurar ao cidadão o exercício dos direitos de iniciativa que lhe
couberem, relativos ao controle da legalidade e legitimidade dos atos do Poder
Público e da eficácia dos serviços públicos;
III - preservar os interesses gerais e coletivos;
IV - promover o bem de todos;
V - proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a
dignidade humana, a justiça social e o bem comum;
VI - dar prioridade ao atendimento das demandas da sociedade nas áreas de
educação, saúde, trabalho, transporte, segurança pública, moradia,
saneamento básico, lazer e assistência social;
VII - garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos
que comprovarem insuficiência de recursos;
VIII - preservar sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento
à preservação de sua memória, tradição e peculiaridades;
IX - valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura
brasileira.
X - assegurar, por parte do poder público, a proteção individualizada à vida
e à integridade física e psicológica das vítimas e testemunhas de
infrações penais e de seus respectivos familiares.
XI - zelar pelo conjunto urbanístico de Brasília, tombado sob a inscrição nº
532 do Livro do Tombo Histórico, respeitadas as definições e critérios
constantes do Decreto nº 10.829, de 2 de outubro de 1987, e da Portaria nº
314, de 8 de outubro de 1992, do então Instituto Brasileiro do Patrimônio
Cultural - IBPC, hoje Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –
IPHAN.
XII – promover, proteger e defender os direitos da criança, do adolescente e
do jovem. – Atenção! Inclusão recente (2014).

Notem que a LODF possui objetivos prioritários gerais e alguns bem


específicos. Nesse caso, não tem muito como fugir: é melhor ler o artigo mesmo.

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Mas não se preocupem em decorar esse monte de coisas. As provas,


quando cobram esse conteúdo, geralmente misturam valores fundamentais com
objetivos prioritários. Então, a dica é: decore o mnemônico dos valores
fundamentais (PLU – TRALI – DI – CI – AUTO) e se atentem para o fato de
que os objetivos sempre começam com verbo no infinitivo.

- Valores fundamentais - PLU – TRALI


– DI – CI – AUTO.
- Objetivos prioritários – verbo no
infinitivo.

4. Organização do Distrito Federal

Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do


governo do Distrito Federal.

Art. 7º São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.

Parágrafo único. A lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre


seu uso no território do Distrito Federal.

Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço físico


geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição.

Art. 9º O Distrito Federal, na execução de seu programa de


desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região
do entorno do Distrito Federal.

A parte das disposições gerais sobre a Organização do Distrito Federal é


bem simples e não demanda grandes explicações. No entanto, é preciso deixar
claro um ponto: Brasília não é sinônimo de Distrito Federal. Conforme dispõe
o artigo 6o, Brasília é a Capital do Brasil e sede do governo do DF.

Brasília – capital do Brasil e sede do


governo do DF!

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Já o artigo 7o elencou, em rol não exaustivo, os símbolos do DF:


bandeira, hino e brasão. O rol é não exaustivo porque, conforme seu parágrafo
único, pode-se estabelecer novos símbolos por meio de lei.

Por fim, há também previsão de que o DF deverá buscar a integração com


a região de seu entorno na execução de seu programa de desenvolvimento
econômico-social. O Decreto nº 7.469/2011, que regulamentou a Lei
Complementar nº 94/1998, dispôs sobre a criação da Região Integrada de
Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE e instituiu o Programa
Especial de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal.

No Decreto, foi determinado que a RIDE é constituída pelo “Distrito Federal,


pelos Municípios de Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas, Alexânia,
Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina,
Formosa, Luziânia, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis,
Planaltina, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso e Vila Boa, no Estado de
Goiás, e de Unaí e Buritis, no Estado de Minas Gerais.”

Dessa forma, se alguma questão cobrar a região do entorno do DF,


lembre-se que ele compreende cidades de Goiás e de Minas Gerais.

4.1. Organização Administrativa do Distrito Federal

Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas,


com vistas à descentralização administrativa, à utilização racional de
recursos para o desenvolvimento sócio-econômico e à melhoria da
qualidade de vida.

§ 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha


do Administrador Regional.

§ 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser


superior à fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal.

§ 3° A proibição de que trata o art. 19, § 8°, aplica-se à nomeação de


administrador regional.

Art. 11. As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa


do Distrito Federal.

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Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho


de Representantes Comunitários, com funções consultivas e
fiscalizadoras, na forma da lei.

Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá


mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.

Parágrafo único. Com a criação de nova região administrativa, fica


criado, automaticamente, conselho tutelar para a respectiva região. –
Atenção! Inclusão recente (2014).

Como visto no início da aula, a CF/1988, em seu artigo 32, proibiu a divisão
do DF em Municípios. Então, para facilitar sua administração e a utilização
dos recursos, a LODF previu a possibilidade de o Distrito Federal organizar-se
em Regiões Administrativas - RAs.

Somente para esclarecer, embora a LODF, em seu artigo 10, fale em


“descentralização administrativa”, as RAs não são entidades com personalidade
jurídica, elas são órgãos da Administração Direta do DF. Nesse sentido, a criação
das RAs é resultado da desconcentração administrativa. No entanto, na prova,
será cobrada a letra da lei. Portanto, considere correto o termo descentralização
administrativa, mas saiba que as RAs não possuem personalidade jurídica
própria.

Mas, professora, como funcionam essas Regiões Administrativas?

É basicamente assim:

As RAs integram a estrutura administrativa do DF e são administradas por


um Administrador Regional, sendo que compete a lei específica dispor sobre
a participação da população na escolha desse Administrador. Acontece que,
atualmente, esta lei ainda não existe (após manifestação do TJDFT no sentido da
necessidade de regulamentação sobre o assunto, o Governo do DF criou, em
novembro/2015, um grupo de trabalho para elaborar o projeto de lei sobre a
matéria). Então, por enquanto, quem escolhe os Administradores Regionais é o
próprio Governador do DF.

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Além disso, o Administrador Regional não pode ter remuneração superior a


dos Secretários de Estado do DF e só podem ser nomeados aqueles que não
tenham praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na
legislação eleitoral.

Por fim, as RAs só podem ser criadas ou extintas por lei aprovada pela
maioria absoluta dos Deputados Distritais e, uma vez criadas, deverão ter um
Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e
fiscalizadoras, compostos por representantes da população pertencente à
respectiva RA, e um Conselho Tutelar. Este último é criado automaticamente,
junto com a criação da RA.

Vamos resumir tudo isso?

Regiões Administrativas
- Administradas por um Administrador Regional.
- Criadas ou extintas por lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados
Distritais. – Importante! Lembre que é por maioria absoluta!
- Existência de Conselho de Representantes Comunitários, com funções
consultivas e fiscalizadoras, compostos por representantes da população
pertencente à respectiva RA.
- Existência de Conselho Tutelar, criado automaticamente junto com a criação
da RA. – Atenção! Inclusão recente (2014).

Administrador Regional
- Administram as Regiões Administrativas.
- A LODF prevê que, por lei, a escolha do Administrador Regional deve ter a
participação da população, mas como esta lei ainda não existe, a escolha
atualmente é feita pelo Governador.
- Não pode ter remuneração superior à dos Secretários de Estado do DF.
- Só podem ser nomeados aqueles que não tenham praticado ato tipificado
como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral

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4.2. Competência do Distrito Federal

De acordo com o artigo 14 da LODF, o DF acumula as competências


legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Além disso, como veremos, o
DF acumula também quase todas as competências de natureza
administrativa/material atribuídas a Estados e Municípios.

As competências estão divididas em três seções na LODF: competência


privativa, comum e concorrente. Vamos a elas:

Competências
Privativa – são aquelas que só podem ser realizadas pelo DF. Não podem ser
exercidas por nenhum outro ente, nem mesmo por delegação do DF.
Comum – são aquelas que podem ser exercidas pelo DF e pela União, sem
hierarquias.
Concorrente – são aquelas que são exercidas pela União, que estabelece
normas gerais, e pelo DF, que estabelece normas específicas observando
as normas criadas pela União. Se não houver lei editada pela União sobre
normas gerais, o DF poderá legislar plenamente sobre o assunto que for de seu
interesse, mas se, posteriormente, a União editar norma sobre o tema, haverá
a suspensão da eficácia da lei distrital no que for contrária à lei federal.

Agora vamos ver como cada uma dessas competências foram distribuídas
na LODF. Como são muitas e será impossível decorar todas elas, iremos dar
algumas dicas de como identificar quais casos correspondem a competência
privativa, quais são de competência comum e quais se enquadram na
competência concorrente.

4.2.1. Competência privativa do DF

A competência privativa do DF está disposta no artigo 15 da LODF. Olhem


o tamanho desse artigo! São 27 casos de competência privativa:

Art. 15. Compete privativamente ao Distrito Federal:


I - organizar seu Governo e Administração;
II - criar, organizar ou extinguir Regiões Administrativas, de acordo
com a legislação vigente;
III - instituir e arrecadar tributos, observada a competência cumulativa

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do Distrito Federal; - quando a LODF fala em competência


cumulativa do DF, ela está falando sobre a acumulação pelo DF
das competências atribuídas aos Estados e Municípios. Nesse
caso, caberá ao DF instituir e arrecadar tributos como IPTU que,
é municipal e IPVA, que é estadual, por exemplo.
IV - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua
competência;
V - dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos
bens públicos;
VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, os serviços de interesse local, incluído o de transporte
coletivo, que tem caráter essencial;
VII - manter, com a cooperação técnica e financeira da União,
programas de educação, prioritariamente de ensino fundamental e
pré-escolar;
VIII - celebrar e firmar ajustes, consórcios, convênios, acordos e
decisões administrativas com a União, Estados e Municípios, para
execução de suas leis e serviços;
IX - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual; - conhecidos como PPA, LDO
E LOA.
X — elaborar e executar o Plano Diretor de Ordenamento Territorial,
a Lei de Uso e Ocupação do Solo e Planos de Desenvolvimento
Local, para promover adequado ordenamento territorial, integrado aos
valores ambientais, mediante planejamento e controle do uso,
parcelamento e ocupação do solo urbano;
XI - autorizar, conceder ou permitir, bem como regular, licenciar e
fiscalizar os serviços de veículos de aluguéis;
XII - dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos,
empregos e funções públicas;
XIII - dispor sobre a organização do quadro de seus servidores;
instituição de planos de carreira, na administração direta, autarquias e
fundações públicas do Distrito Federal; remuneração e regime jurídico
único dos servidores;
XIV - exercer o poder de polícia administrativa;
XV - licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de
serviços e similar ou cassar o alvará de licença dos que se tornarem
danosos ao meio ambiente, à saúde, ao bem-estar da população ou que
infringirem dispositivos legais;

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XVI - regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de


papéis e de outros resíduos recicláveis;
XVII - dispor sobre a limpeza de logradouros públicos, remoção e
destino do lixo domiciliar e de outros resíduos;
XVIII - dispor sobre serviços funerários e administração dos
cemitérios;
XIX - dispor sobre apreensão, depósito e destino de animais e
mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da
legislação local;
XX - disciplinar e fiscalizar, no âmbito de sua competência, competições
esportivas, espetáculos, diversões públicas e eventos de
natureza semelhante, realizados em locais de acesso público;
XXI - dispor sobre a utilização de vias e logradouros públicos;
XXII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e
estradas do Distrito Federal;
XXIII - exercer inspeção e fiscalização sanitária, de postura
ambiental, tributária, de segurança pública e do trabalho,
relativamente ao funcionamento de estabelecimento comercial,
industrial, prestador de serviços e similar, no âmbito de sua
competência, respeitada a legislação federal;
XXIV - adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação, por
necessidade, utilidade pública ou interesse social, nos termos da
legislação em vigor;
XXV - licenciar a construção de qualquer obra;
XXVI - interditar edificações em ruína, em condições de insalubridade
e as que apresentem as irregularidades previstas na legislação
específica, bem como fazer demolir construções que ameacem a
segurança individual ou coletiva;
XXVII - dispor sobre publicidade externa, em especial sobre exibição
de cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade ou
propaganda, em logradouros públicos, em locais de acesso público ou
destes visíveis.

Depois de ler todos esses incisos, principalmente as partes em negrito,


vocês conseguem identificar uma lógica sobre a competência privativa? Notem
que todos os incisos tratam de matérias bem específicas de interesse
somente do DF.

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A maioria dos casos diz respeito ou à administração da máquina pública do


DF ou a assuntos de só interessam às pessoas que moram no DF. Pode-se dizer,
assim, que são competências de natureza administrativa ou material.
Podemos ver algumas poucas competências legislativas, como instituir
tributos e elaborar o PPA, a LDO e a LOA, mas mesmo nestes casos, são
competências para legislar sobre assuntos que só interessam ao DF e a sua
população.

Assim, para identificar se uma determinada competência é privativa, tente


identificar se aquele assunto é de interesse somente do DF ou se algum outro
ente pode ter interesse naquele tema.

4.2.2. Competência comum

A competência comum está disposta no artigo 16 da LODF e diz respeito a


atribuições administrativas e materiais que devem ser exercidas pelo DF e
pela União, sem hierarquias. É como uma cooperação, em que ambos são
responsáveis.

Art. 16. É competência do Distrito Federal, em comum com a União:


I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Lei Orgânica,
das leis e das instituições democráticas;
II - conservar o patrimônio público;
III - proteger documentos e outros bens de valor histórico e
cultural, monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios
arqueológicos, bem como impedir sua evasão, destruição e
descaracterização;
IV - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
de suas formas;
V - preservar a fauna, a flora e o cerrado;
VI - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à
ciência;
VII -prestar serviços de assistência à saúde da população e de
proteção e garantia a pessoas portadoras de deficiência com a
cooperação técnica e financeira da União;
VIII - combater as causas da pobreza, a subnutrição e os fatores
de marginalização, promovendo a integração social dos segmentos
desfavorecidos;
IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento

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alimentar;
X - promover programas de construção de moradias e a melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu
território;
XII - estabelecer e implantar política para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. Lei complementar deve fixar norma para a cooperação


entre a União e o Distrito Federal, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e o bem-estar no âmbito do território do Distrito
Federal. – Atenção! Inclusão recente (2014).

Observem a diferença entre os incisos do artigo 16 (competência comum),


com os incisos do artigo 15 (competência privativa). O que vocês notaram? As
competências do artigo 16 são muito mais amplas e genéricas, que
interessam ao DF e à União: meio ambiente, fauna, flora, acesso à cultura,
combater a pobreza, assistência à saúde, questões sobre moradia, segurança no
trânsito, etc.

Vejam, por exemplo, essa diferença:

Competência privativa Competência comum


Artigo 15, inciso XXII - disciplinar Art. 16, inciso XII - estabelecer e
o trânsito local, sinalizando as vias implantar política para a
urbanas e estradas do Distrito segurança do trânsito.
Federal.
Esse inciso fala sobre o trânsito local, Já esse inciso fala sobre
a sinalização das ruas e estradas do implementação de política para
DF, ou seja, é bem específico. segurança no trânsito. Ele também
fala sobre trânsito, mas de uma forma
bem mais genérica que o inciso do
artigo 15.

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4.2.3. Competência concorrente

A competência concorrente está elencada no artigo 17 da LODF e possui


SOMENTE competências de natureza legislativa. O próprio caput do artigo já
começa com “Compete ao DF, concorrentemente com a União, legislar sobre
(...)”.

Art. 17. Compete ao Distrito Federal, concorrentemente com a União,


legislar sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - junta comercial;
IV - custas de serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - cerrado, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição;
VII - proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e
turístico;
VIII - responsabilidade por danos ao meio ambiente, ao consumidor e a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, espeleológico,
turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XI – defensoria pública e assistência jurídica nos termos da legislação
em vigor; - Atenção! Alteração recente (2014).
XII – proteção e integração social das pessoas com deficiência; -
Atenção! Alteração recente (2014).
XIII - proteção à infância e à juventude;
XIV - manutenção da ordem e segurança internas;
XV - procedimentos em matéria processual;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.

§ 1º O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar,


observará as normas gerais estabelecidas pela União.

§ 2º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal


exercerá competência legislativa plena, para atender suas
peculiaridades.

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§ 3º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a


eficácia de lei local, no que lhe for contrário.

Os três parágrafos do artigo 17 explicam o próprio conceito de competência


concorrente, que pode ser resumido da seguinte forma:

Resumo de Competência Concorrente


Regra Geral Exceção
União edita normas gerais e DF União ainda não editou norma geral
edita normas específicas (chamada sobre o assunto. O DF pode legislar
de competência suplementar), plenamente sobre o tema. Caso,
observadas as normas gerais posteriormente, a União legisle sobre
estabelecidas pela União. esse tema, a lei distrital terá eficácia
na parte que não for contrária à lei
federal. Caso haja algo que for
contrário, esta parte terá sua eficácia
suspensa.

Vistas as três formas de competência previstas na LODF, vamos fazer um


resumo esquemático de como identificar cada uma delas:

Competência Natureza Como identificar


Assuntos bem
Material, administrativa específicos sobre a
Privativa e, de forma indireta, administração e
legislativa. organização do DF e
sobre interesses de sua
população.
Material e Assuntos bem amplos e
Comum administrativa. genéricos, de interesse
de todos.
Sempre falará em
Concorrente Legislativa somente. “legislar sobre”.

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4.3. Administração Pública

Neste tópico falaremos sobre os princípios e as regras que devem ser


seguidos pela Administração Pública direta e indireta dos três Poderes do DF
(Executivo, Legislativo e Judiciário), ou seja, por todos que integram o DF. Esse
tema está disposto nos artigos 19 a 24 da LODF, sendo que só o artigo 19 possui
mais de quatro páginas (são 23 incisos e 14 parágrafos, sendo que cada
parágrafo ainda possui mais alguns incisos). Logicamente não iremos falar sobre
todos, pois não seria nada produtivo e precisaríamos de horas e horas de estudo.
Nosso objetivo será discorrer sobre os principais pontos desse artigo que
realmente têm maiores chances de cair na prova de vocês.

4.3.1. Disposições gerais

A - Princípios da Administração Pública

O caput do artigo 19 da LODF dispõe sobre os princípios que devem ser


seguidos por toda a Administração Pública do DF:

Art. 19. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes do Distrito Federal obedece aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, motivação,
transparência, eficiência e interesse público, e também ao seguinte: (...)

Só para vocês entenderem um pouco da importância dos princípios para a


Administração Pública, falarei brevemente sobre cada um dos princípios
presentes no artigo acima transcrito. Assim, será mais fácil vocês se
familiarizarem com tais conceitos e, consequentemente, lembrarem deles na hora
da prova.

Princípios da Administração Pública


Legalidade - A lei, ao mesmo tempo que define, também limita a atuação
administrativa, fazendo com que a autoridade administrativa só possa atuar
conforme determina a lei. Dessa forma, a Administração Pública só pode
fazer o que a lei permite, ao contrário do que ocorre no âmbito das relações
particulares, em que é permitido aos indivíduos fazer tudo o que a lei não
proíbe.

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Impessoalidade - A doutrina tem entendido esse princípio sob um duplo


aspecto. Num primeiro sentido, decorrente do princípio da finalidade pública,
está a ideia de que a Administração não pode atuar com o objetivo de
beneficiar ou prejudicar pessoas determinadas, já que é o interesse
público que deve nortear sua atuação. Para a Administração, não deve
interessar quem será atingido por um ato administrativo, a atuação deve ser a
mesma, independentemente de quem será afetado. Nesse sentido, ele se
aproxima da ideia de isonomia (ou igualdade) entre os administrados.
Num segundo sentido, está o conceito de que os atos administrativos
não devem ser imputados ao agente que o pratica, mas ao órgão ou
entidade da Administração Pública, sendo este último o autor institucional
do ato. Essa acepção está ligada à ideia de proibição de promoção pessoal
do agente público pela sua atuação como administrador.

Moralidade - Em linhas gerais, sempre que se observar que o comportamento


da autoridade administrativa ou do administrado que se relaciona com a
Administração Pública, embora esteja em consonância com a lei (ou seja, não
fere o princípio da legalidade), ofende a ideia comum de honestidade no
trato com a coisa pública, as regras da boa administração, a boa-fé e a
equidade, estaremos diante de uma ofensa ao princípio da moralidade
administrativa.

Publicidade - O princípio da publicidade exige a ampla divulgação dos atos


praticados pela Administração Pública, exceto as hipóteses de sigilo
previstas em lei, como violação à intimidade, à vida privada, à honra ou à
segurança nacional, por exemplo. A publicidade é uma forma de se viabilizar o
controle da atividade do Estado.

Razoabilidade - O princípio da razoabilidade é uma tentativa de impor limites


à atuação administrativa, de modo que uma decisão da autoridade
administrativa possa ser considerada ilegítima ainda que não transgrida
expressamente qualquer norma. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando a
Administração não fundamenta sua decisão, quando não leva em conta fatos
públicos e notórios ou quando sua decisão não guarda uma proporção adequada
entre os meios que emprega e o fim que a lei almeja alcançar (ou seja, quando
se trata de uma decisão desproporcional, excessiva). O princípio da
razoabilidade costuma estar ligado às análises de adequação e necessidade
do ato administrativo.

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Motivação - determina que a Administração Pública exponha os


fundamentos de fato e de direito que embasaram uma decisão
administrativa. No entanto, em caráter excepcional, a norma pode prever
casos em que a motivação não é obrigatória.

Transparência - Nesse princípio está presente a ideia de que a autoridade


administrativa deve atuar de forma transparente, dando conhecimento à
população dos atos por ela praticados. Está muito ligado ao princípio da
publicidade, já que a transparência se dá por meio da publicidade dos atos da
Administração Pública.

Eficiência - Tal princípio indica que a atuação do agente público e a


organização e estruturação da Administração Pública devem ser efetivados com
o objetivo de alcançar os melhores resultados na prestação de um
serviço público utilizando o menor número de recursos possíveis. Tal
princípio trouxe a ideia de que o agente público deve realizar suas funções com
presteza e rendimento funcional, satisfazendo as necessidades dos
administrados.

Interesse Público - As normas de Direito Público e a atuação da


Administração Pública como um todo, embora protejam indiretamente o
interesse individual, têm o objetivo primordial de atender ao interesse
público. Por conta disso, esse princípio está presente tanto no momento de
criação das normas como no momento de sua execução, vinculando a
autoridade administrativa em toda a sua atuação. É também chamado de
princípio da finalidade pública.
Assim, se a lei dá à Administração Pública os poderes de desapropriar,
intervir, punir, é porque tem por objetivo atender ao interesse geral da
população. No entanto, se a autoridade administrativa usa desse poder para
prejudicar ou beneficiar alguém, ela estará fazendo prevalecer o interesse
individual sobre o público e, consequentemente, terá se desviado da finalidade
pública que a lei busca proteger.

Além do caput do artigo 19, o artigo 22 da LODF também discorre sobre os


princípios que devem ser observados pela Administração Pública em alguns de
seus incisos e parágrafos. Vejamos:

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Art. 22. Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do


Distrito Federal, além de obedecer aos princípios constitucionais
aplicados à administração pública, devem observar também o
seguinte:
I - os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse
da administração, impuser sigilo;
II - a administração é obrigada a fornecer certidão ou cópia
autenticada de atos, contratos e convênios administrativos a
qualquer interessado, no prazo máximo de trinta dias, sob pena de
responsabilidade de autoridade competente ou servidor que negar ou
retardar a expedição;
V - a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas
dos órgãos e entidades da administração pública, ainda que não
custeada diretamente pelo erário, obedecerá ao seguinte:
- ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não
podendo constar símbolos, expressões, nomes ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos;
- ser suspensa noventa dias antes das eleições, ressalvadas aquelas
essenciais ao interesse público.

§ 1º Os Poderes do Distrito Federal, com base no plano anual de


publicidade, ficam obrigados a publicar, nos seus órgãos oficiais,
quadros demonstrativos de despesas realizadas com publicidade e
propaganda, conforme dispuser a lei.

§ 2º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar,


trimestralmente, no Diário Oficial demonstrativo das despesas
realizadas com propaganda e publicidade de todos os seus
órgãos, inclusive os da administração indireta, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público,
com a discriminação do beneficiário, valor e finalidade, conforme
dispuser a lei.

§ 3º Os Poderes do Distrito Federal mandarão publicar, mensalmente,


nos respectivos sítios oficiais na internet, demonstrativo de
todas as despesas realizadas por todos os seus órgãos, de forma
clara e compreensível ao cidadão, inclusive os da administração indireta,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas

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pelo Poder Público, com a discriminação do beneficiário, do valor e da


finalidade, conforme dispuser a lei.

Da leitura do artigo se extrai alguns conceitos importantes:

- A LODF recepciona os princípios constitucionais da Administração


Pública – o artigo 37, caput, da Constituição Federal prevê tais princípios. São
eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (sigla de
memorização – LIMPE). Note que esses princípios foram expressamente
considerados no artigo 19, mas o artigo 22 deixa clara a recepção deles na LODF
por força da previsão existente na Constituição Federal de 1988.

- A LODF trata de forma específica de como se dará a obediência ao


princípio da publicidade – o artigo trata de alguns prazos para publicar em
Diário Oficial ou nos sítios oficiais na Internet e para disponibilizar documentos
solicitados pela população em geral:

- 30 dias para fornecer certidão ou cópia de atos, contratos e


convênios administrativos;

- obrigatoriedade de publicar quadros demonstrativos de despesas


realizadas com publicidade e propaganda;

- publicar, trimestralmente, no Diário Oficial e, mensalmente, nos


sítios oficiais na Internet demonstrativos de todas as despesas
realizadas por todos os seus órgãos, com a discriminação do benefício,
do valor e da finalidade.

B - Ingresso em função de confiança, cargo ou emprego público

Trataremos aqui dos incisos e parágrafos do artigo 19 que versam sobre


questões atinentes ao ingresso em função de confiança, cargo ou emprego
público. Para termos um estudo mais linear e completo sobre os temas, irei
sempre agrupar os dispositivos da LODF sobre um determinado assunto. Isso
agilizará seus estudos e facilitará a compreensão da matéria.

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Art. 19 (...)
II – a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado, em lei, de livre nomeação e
exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez, por igual período;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será
convocado com prioridade sobre novos concursados, para assumir cargo
ou emprego na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos cinquenta por
cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos por
servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;
VII - a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para
portadores de deficiência, garantindo as adaptações necessárias a
sua participação em concursos públicos, bem como definirá critérios de
sua admissão;
VIII - a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;

§ 6º Do percentual definido no inciso V deste artigo excluem-se os cargos


em comissão dos gabinetes parlamentares e lideranças partidárias da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

§ 8° É proibida a designação para função de confiança ou a nomeação


para emprego ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial,
de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de
inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.

§ 9º Fica vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em


linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido

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em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de


cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada, na
administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes do
Distrito Federal, compreendido na vedação o ajuste mediante
designações recíprocas.

Vamos primeiramente entender os principais conceitos trazidos nos incisos


e parágrafos acima transcritos. Primeiramente, vamos entender o significado e
as diferenças entre esses três itens: cargo público, emprego público e função
de confiança.

Os três conceitos são unidades de atribuições ocupadas por


servidores públicos, sendo que a distinção se dá pelo tipo de vínculo que liga
o servidor ao Estado. Aquele que ocupa um emprego público possui um vínculo
contratual, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, enquanto
que o servidor que ocupa um cargo público possui um vínculo estatutário,
regido pelo Estatuto dos Servidores Públicos (uma lei que institui o regime
jurídico único). Por fim, a função de confiança tem sua própria individualidade,
na medida em que corresponde a uma série de atribuições previstas em lei,
exercidas por servidores públicos, mas sem o correspondente cargo ou emprego.
Pode-se dizer, assim, que é um conceito residual: é o conjunto de atribuições
às quais não corresponde um cargo ou emprego. As funções de confiança
dizem respeito somente a atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Servidores Públicos podem ocupar:


Cargo público – conjunto de atribuições ocupado por servidor público
estatutário, regido por lei própria (Estatuto) que irá definir o regime jurídico
a que está subordinado. A União e cada um dos entes da federação possui
normativo que dispõe a respeito do regime jurídico único dos seus servidores
públicos.
Emprego público - conjunto de atribuições ocupado por servidor público
contratado, também chamado de empregado público, regido pela CLT.
Embora sujeitos à CLT, submetem-se a normas referentes a requisitos para
investidura, acumulação de cargos, vencimentos, dentre outras características
próprias de servidores públicos que não possuem previsão na CLT.
Função de confiança – de forma residual, é o conjunto de atribuições às quais
não corresponde um cargo ou emprego público. Além disso, as funções de
confiança dizem respeito somente a atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

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Visto isso, vamos ver o que a LODF fala sobre cada um deles:

- Para entrar em um cargo ou emprego público, o indivíduo


depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a
complexidade do cargo ou emprego.

- Cargos em comissão: são cargos de chefia, direção ou


assessoramento, que deverão estar dispostos em lei. Não
são preenchidos por meio de concurso público, mas por livre
nomeação. São também de livre exoneração. Diferem-se
Cargo ou das funções de confiança por estarem previstos em lei como
Emprego cargo e não como função. Deverão ser preenchidos com pelo
Público menos 50% de servidores públicos concursados, nos
casos e condições previstos em lei.

- Nos casos de cargos em comissão dos gabinetes


parlamentares e lideranças partidárias da Câmara Legislativa
do DF não há essa limitação de 50%.

- Um percentual dos cargos e empregos públicos deverá ser


destinado a portadores de deficiência. Esse percentual é
definido em lei.

- As funções de confiança dizem respeito a atribuições de


Função de chefia, direção ou assessoramento e deverão ser
Confiança preenchidas unicamente por servidores públicos
concursados (que são ocupantes de cargo efetivo).

Quanto ao concurso público, a LODF determina que este terá prazo de


validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por
igual período. Assim, a validade máxima de um concurso será de 4 anos. Mas
atenção! Se no edital do concurso constar que ele possui validade de 1 ano, ele
poderá ser prorrogado um vez por mais um ano e terá, assim, validade máxima
de 2 anos. Além disso, durante o prazo improrrogável de validade do concurso
previsto no edital (considerado prazo + prorrogação), aquele que tiver sido

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aprovado deverá ser convocado antes daqueles que forem aprovados em


concursos públicos posteriores para o mesmo cargo/emprego.

A LODF também fala de servidores temporários, estabelecendo que, por


lei, o poder público poderá estabelecer os casos em que é possível a contratação
de pessoal por período determinado, desde que seja para atender a uma
necessidade de caráter temporário de excepcional interesse público.

Por fim, além do disposto acima, a LODF ainda prevê duas limitações
quanto a ocupação de cargo em comissão e função de confiança:

A) A pessoa indicada não pode ter praticado ato tipificado como causa de
inelegibilidade prevista em legislação eleitoral (é a mesma limitação
que existe para nomeação de Administrador Regional, lembra-se?);

B) São proibidos o nepotismo e o nepotismo cruzado. Nesse ponto, a LODF


praticamente reproduziu a Súmula Vinculante n. 13 do STF, que
assim dispõe: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em
linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
Vamos a cada um dos conceitos:

B.1) Nepotismo – a autoridade que vai nomear uma pessoa para cargo
em comissão ou função de confiança não pode indicar alguém que seja
seu cônjuge, companheiro ou parente ou que seja cônjuge, companheiro
ou parente de algum outro servidor que trabalhe no órgão para o qual
se pretende efetuar a nomeação e que tenha cargo de direção, chefia
ou assessoramento. E isso vale para nomeação em cargo/função em
qualquer ente público do DF (administração direta e indireta de qualquer
dos Poderes).

B.2) Nepotismo cruzado – a LODF proíbe até mesmo tentativas de se


burlar o nepotismo. Para “esconder” a nomeação de cônjuge,
companheiro ou parentes, alguns agentes nomeavam para cargo em

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comissão ou função de confiança o cônjuge, companheiro ou parente de


algum colega de trabalho. E este, por sua vez, nomeava o cônjuge,
companheiro ou parente daquele agente para outro cargo em comissão
ou função de confiança. No entanto, a lei também proibiu esse tipo de
prática que é comumente chamada de nepotismo cruzado.

Exceção: essas restrições acima não são válidas para os casos em que
se nomeia o cônjuge/companheiro ou parente que já ocupa cargo efetivo
(ou seja, que é concursado) para ocupar cargo em comissão ou função
de confiança que seja da mesma estrutura do cargo efetivo que ele
ocupa. Nesses casos a nomeação é válida e não é configurado
nepotismo.

Definição de parente: para encerrarmos esse tópico, é preciso que


vocês entendam quem é considerado parente para questões de
nepotismo. A LODF fala em “cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive (…)”

Bisavô (3o)

Avô (2o)

Tio (3o) Pai (1o)

Primo (4o) Você Irmão (2o)

Filho (1o) Sobrinho (3o)

Neto (2o)

Bisneto (3o)

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A regra de grau de parentesco funciona da seguinte forma:

A) Parente em linha reta – aqueles que se encontram acima e abaixo de


você no organograma (pai, avô, bisavô, filho, neto, bisneto). Como parente é só
até o terceiro grau, você sobe três casas e desce três. Esses são seus parentes
em linha reta.

B) Parente em linha colateral – são aqueles que estão para o lado no


organograma (irmão, sobrinho, tio, etc). Para contar o grau de parentesco entre
você e um parente colateral, saia de você e vá para cima até a pessoa que foi
responsável por gerar o seu parente. Por exemplo: para ver o grau de parentesco
do seu tio, você sobe para seu pai, depois para seu avô (responsável por gerar
seu tio) e aí você anda para o lado até o seu tio. Três passos = parente de terceiro
grau. Nesse sentido, é importante frisar que seu primo, por ser parente de quarto
grau, não é considerado seu parente para questões de nepotismo.

C) Parente por afinidade – são os parentes de seu cônjuge ou


companheiro. Para fixar o grau de parentesco, basta que você “entre” no
organograma de seu cônjuge/companheiro no lugar dele. Dessa forma, o grau de
parentesco entre você e a família de seu cônjuge/companheiro será o mesmo
grau de parentesco que ele tem com a própria família. Assim, seu sogro possui
equivalência com seu pai e é, portanto, seu parente por afinidade de 1o grau; seu
cunhado possui equivalência com seu irmão e é, portanto, seu parente por
afinidade de 2o grau; o filho de seu cônjuge/companheiro com outra pessoa (seu
enteado) possui equivalência com seu filho e é, portanto, seu parente por
afinidade de 1o grau.

C - Remuneração

Art. 19 (...)
IX – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o
art. 33, § 5º, somente podem ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República
Federativa do Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio
dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos membros
de qualquer dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito
Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões, não

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poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores


do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei,
não se aplicando o disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados
Distritais;
XV – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto
quando houver compatibilidade de horários e observado, em qualquer
caso, o disposto no inciso X:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas;
XVI – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou
indiretamente, pelo Poder Público;

§ 4º Para efeito do limite remuneratório de que trata o inciso XI, não


serão computadas as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 5º O disposto no inciso X aplica-se às empresas públicas e às


sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem
recursos do Distrito Federal para pagamento de despesas de pessoal ou
de custeio em geral.

§ 14. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria


decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 da Constituição Federal com
a remuneração ou subsídio de cargo, emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, os
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados, em lei, de livre
nomeação e exoneração.

Quanto a remuneração dos servidores públicos do DF, a LODF determina


que estes só podem ser fixados ou alterados por lei específica, ou seja, para se
determinar o valor de quanto um servidor público irá ganhar, deve-se editar uma
lei com esse objetivo específico.

Além disso, por força do artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal, a
remuneração e o subsídio de quem ocupa cargo, emprego ou função, dos
membros dos Poderes e de todos os demais agentes políticos do DF, incluindo

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aposentados e pensionistas, não poderá ser maior que o subsídio mensal dos
Desembargadores do Tribunal de Justiça do DF, exceto os Deputados Distritais.
Dessa forma, o subsídio considerado como parâmetro para todos (exceto para
Deputados Distritais), é o dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do
DF.

Ainda, é necessário ressaltar que esse teto remuneratório se estende


também aos servidores de empresas públicas e de sociedades de economia mista
e suas subsidiárias que receberem recursos do Distrito Federal para pagamento
de despesas com pessoal ou de custeio em geral.

Ainda quanto à remuneração de servidores do DF, a LODF determina, como


regra, a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos. No
entanto, ela traz algumas exceções em que o servidor poderá acumular dois
cargos públicos. São eles:
- 2 cargos de professor;
- 1 cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico;
- 2 cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões
regulamentadas.

No entanto, para que seja possível a acumulação de cargos nesses três


casos, é necessário que haja compatibilidade de horários e que o somatório
da remuneração não ultrapasse o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do DF. Assim temos:

Acumulação remunerada de cargos públicos


Regra Exceção
Pode acumular nos três casos
abaixo, desde que haja compatibilidade
de horários e o somatório da
remuneração não ultrapasse o subsídio
É PROIBIDA a acumulação dos Desembargadores do Tribunal de
remunerada de cargos públicos! Justiça do DF.
- 2 cargos de professor;
- 1 cargo de professor + 1 cargo
técnico ou científico;
- 2 cargos ou empregos privativos de
profissionais da saúde, com
profissões regulamentadas.

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Essa proibição é estendida a empregos e funções públicas e vale para todo


o poder público do DF (ou seja, administração direta, autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público).

D - Declaração de bens

Art. 19 (...)
XXI - todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza
do cargo, emprego, função, é obrigatório a declarar seus bens na posse,
exoneração ou aposentadoria;

§ 3º São obrigados a fazer declaração pública anual de seus bens, sem


prejuízo do disposto no art. 97, os seguintes agentes públicos:
I - Governador;
II - Vice-Governador;
III - Secretários de Estado do Distrito Federal;
IV – diretores de empresas públicas, sociedades de economia mista,
autarquias e fundações;
V - Administradores Regionais;
VI - Procurador-Geral do Distrito Federal
VII - Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
VIII - Deputados Distritais.
IX – Defensor Público-Geral do Distrito Federal – Atenção! Inclusão
recente (2014).

A LODF prevê a obrigatoriedade de que todo agente público declare os


seus bens em três casos: na posse, na exoneração ou na aposentadoria. No
entanto, existem alguns agentes públicos que, devido à natureza e importância
de seus cargos, deverão fazer declaração de bens anualmente.

Assim temos:

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Declaração de bens
Na posse, exoneração ou Anualmente
aposentadoria
- Governador
- Vice-Governador
- Secretários de Estado
- Diretores de empresas públicas, sociedades de
Agentes públicos em economia mista, autarquias e fundações
geral. - Administradores Regionais
- Procurador-Geral do Distrito Federal
- Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito
Federal
- Deputados Distritais
- Defensor Público-Geral do Distrito Federal

E - Administração Indireta

Art. 19 (...)
XVIII – somente por lei específica pode ser:
a) criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo a lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
b) transformada, fundida, cindida, incorporada, privatizada ou extinta
entidade de que trata a alínea a;
XIX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como
a participação de qualquer delas em empresa privada;

§ 7º Para a privatização ou extinção de empresa pública ou sociedade


de economia mista a que se refere o inciso XVIII deste artigo, a lei
específica dependerá de aprovação por dois terços dos membros da
Câmara Legislativa.

§ 13. A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e


entidades da administração pública pode ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o Poder Público,
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão
ou a entidade, cabendo à lei dispor sobre:

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I – prazo de duração do contrato;


II – controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III – remuneração do pessoal.

Art. 24. A direção superior das empresas públicas, autarquias, fundações


e sociedades de economia mista terá representantes dos servidores,
escolhidos do quadro funcional, para exercer funções definidas, na forma
da lei.

No seu artigo 19, a LODF ainda trata das entidades que compõem a
Administração Indireta. Para entendermos melhor tais dispositivos, é importante
entendermos cada um dos conceitos.

A Administração Pública pode ser, em linhas gerais, dividida da seguinte


forma:

Administração
Pública

Direta Indireta

- União - Autarquias
- Estados - Empresas Públicas
- Municípios - Sociedades de
- DF Economia Mista
- Fundações Públicas

A Administração Pública pode ser considerada como o conjunto de órgãos


e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa

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de Estado (DI PIETRO, 2006). Ou seja, é por meio dos entes acima que o Estado
brasileiro é administrado, cada um com sua competência definida.

A Administração Direta é composta pelas pessoas jurídicas políticas, isto é,


pela União, Estado, Municípios e DF. Já a Administração Indireta é formada por
pessoas jurídicas de direito público e privado: autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações públicas. Segue abaixo uma breve e
simplificada definição de cada um dos entes que compõem a Administração
Pública Indireta:

Administração Pública Indireta


Autarquias – (i) criadas por lei; (ii) tem personalidade jurídica de direito
público; (iii) capacidade de autoadministração; (iv) especialização dos fins ou
atividades e (v) sujeição a controle ou tutela. As Autarquias são o Estado
exercendo atividades típicas de Estado.

Empresas Públicass - (i) são pessoas jurídicas de direito privado; (ii) sua
criação e extinção são autorizadas por lei; (iii) estão vinculadas aos fins
definidos na lei instituidora; (iv) seguem um regime misto, na medida em que
não gozam das prerrogativas de estado, mas submetem-se ao controle estatal
e aos limites impostos pelos princípios administrativos; (v) podem
desempenhar atividade econômica por meio de intervenção do Estado no
domínio econômico ou podem prestar serviço público assumido pelo Estado;
(vi) podem ter qualquer forma societária; (vii) possuem capital 100% público.

Sociedades de Economia Mista - (i) são pessoas jurídicas de direito privado;


(ii) sua criação e extinção são autorizadas por lei; (iii) estão vinculadas aos fins
definidos na lei instituidora; (iv) seguem um regime misto, na medida em que
não gozam das prerrogativas de estado, mas submetem-se ao controle estatal
e aos limites impostos pelos princípios administrativos; (v) podem
desempenhar atividade econômica por meio de intervenção do Estado no
domínio econômico ou podem prestar serviço público assumido pelo Estado;
(vi) devem ser estruturadas sob a forma de sociedade anônima; (vii) possuem
capital misto, devendo a maioria do capital votante estar nas mãos do poder
público. Além disso, para as sociedades de economia mista, é necessário que o
poder público participe da gestão da sociedade, com a intenção de fazer dela
um instrumento de ação do Estado.

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Fundações Públicas – (i) pessoas jurídicas de direito público (tendo natureza


jurídica de autarquia – autarquia fundacional) ou privado, o que será
determinado na sua lei de criação; (ii) são formadas a partir da destinação de
um patrimônio público; (iii) se forem de direito público, seguirão as regras das
Autarquias e se forem de direito privado, deverão seguir as regras das
empresas estatais; (iv) desempenham atividade atribuída ao Estado no âmbito
social, como saúde, educação, cultura, meio ambiente, etc.

Definidos os conceitos dos entes que compõem a Administração Indireta,


vejamos o que a LODF fala sobre eles.

Em primeiro lugar, a LODF determina que somente lei específica poderá:


- criar autarquia e
- autorizar a instituição de empresa pública, sociedade de economia
mista e de fundação.

Além disso, nos casos de autorização de instituição, deverá ser editada lei
complementar para definir quais as áreas de atuação do ente.

A transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização e


extinção das entidades da Administração Indireta também deverá ser feita por
meio de lei específica, sendo que para os casos de empresa pública ou
sociedade de economia mista, a lei específica deverá ser aprovada por dois
terços dos membros da Câmara Legislativa.

- Criação de autarquia e
- Transformação, fusão, cisão, incorporação, privatização
e extinção de autarquias, empresas públicas, sociedades
Lei específica de economia mista e fundações públicas, sendo que no
caso de privatização ou extinção de empresa pública ou
sociedade de economia mista a lei deverá ser aprovada
por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa.
Lei - Definição das áreas de atuação das empresas públicas,
complementar sociedades de economia mista e fundações públicas.

Ainda sobre os entes da Administração Indireta, a LODF dispõe que a sua


direção superior deverá ter representante dos servidores, escolhidos do
quadro funcional, para exercer funções definidas por lei.

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Por fim, a LODF, ao tratar de Administração Pública em geral, prevê a


possibilidade de que seja firmado contrato de gestão entre um determinado ente
e o Poder Público, com o objetivo de ampliar sua autonomia gerencial,
orçamentária e financeira, por meio de fixação de metas de desempenho. Nesses
casos, deverá haver edição de lei que preveja:

- prazo de duração do contrato;


- controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes e
- remuneração do pessoal.

F – Responsabilidade Objetiva

Art. 20. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado,


prestadoras de serviços públicos, responderão pelos danos que seus
agentes, nesta qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

No artigo 20 pode-se afirmar que a LODF consagrou a responsabilidade


objetiva do ente prestador do serviço público e a responsabilidade
subjetiva do agente nos casos de danos a terceiros.

Professora, mas o que isso significa?

Responsabilidade objetiva significa dizer que a pessoa jurídica de direito


público ou a pessoa jurídica de direito privado que estiver prestando um serviço
público, será responsável por reparar os danos causados por seu agentes a
terceiros, independentemente desse agente ter agido com dolo ou culpa. Ou seja,
não interessa porque ou em que circunstâncias o dano foi causado, o que
importa é o nexo de causalidade entre a atuação/omissão do agente e o
prejuízo sofrido pelo administrado.

Responsabilidade subjetiva, por sua vez, é a responsabilidade de o


agente arcar com a reparação do dano somente quando comprovado que este
agiu com dolo (=intenção de cometer o ato danoso) ou culpa (=imprudência,
negligência ou imperícia).

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Resumidamente, funciona da seguinte forma: o administrado prejudicado


por uma ação/omissão cometida pelo ente público deverá ser indenizado pela
pessoa jurídica responsável pelo ato. Caso a pessoa jurídica consiga comprovar
que seu agente cometeu o ato lesivo com dolo ou culpa, ele poderá entrar com
ação regressiva contra seu agente para reaver o que gastou para ressarcir o
administrado que sofreu o prejuízo. Note que o administrado irá ser
indenizado pela pessoa jurídica, independentemente de seu agente ter
agido com dolo ou culpa.

4.3.2. Administração Tributária

Art. 31. À administração tributária incumbe as funções de lançamento,


fiscalização e arrecadação dos tributos de competência do Distrito
Federal e o julgamento administrativo dos processos fiscais, os quais
serão exercidos, privativamente, por integrantes da carreira de auditoria
tributária.

§ 1º O julgamento de processos fiscais em segunda instância será de


competência de órgão colegiado, integrado por servidores da carreira de
auditoria tributária e representantes dos contribuintes.

§ 3º A administração tributária, atividade essencial ao funcionamento do


Distrito Federal, exercida por servidores da carreira auditoria tributária,
tem recursos prioritários para a realização de suas atividades e atua de
forma integrada com as administrações tributárias da União, estados e
municípios, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou de convênio. – Atenção!
Inclusão recente (2014).

Encerrada a parte das disposições gerais sobre a Administração Pública,


vamos passar para uma parte específica deste tópico que corresponde à
Administração Tributária.

A Administração Tributária compreende o lançamento, fiscalização e


arrecadação dos tributos que sejam de competência do DF e o julgamento
administrativo dos processos de natureza fiscal. Essas atribuições deverão
ser exercidas somente por servidores integrantes da carreira de auditoria
tributária (SEFAZ/DF).

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Quanto ao processo administrativo fiscal, ou seja, aqueles processos que


são instaurados para apuração de alguma irregularidade cometida por pessoa
física ou jurídica perante o Fisco do DF, a LODF prevê que o julgamento em
primeira instância será de competência dos auditores tributários do DF.
Já o julgamento em segunda instância caberá a um órgão colegiado,
integrado por auditores tributários e representantes dos contribuintes.

Só para esclarecer melhor o assunto, é interessante dizer que a Lei


4.567/11 dispõe sobre o assunto e determina que o órgão colegiado será o
Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais – TARF que terá composição
paritária, ou seja, 7 representantes da Fazenda do DF e 7 representantes dos
contribuintes, todos nomeados pelo Governador do DF. Os representantes dos
contribuintes e seus suplentes deverão ser escolhidos em lista tríplice
apresentada pelas entidades representativas do comércio, da indústria, dos
proprietários de imóveis, dos transportes, das instituições de ensino, dos
serviços, da comunicação e da agricultura.

Quanto à administração tributária, a LODF fixa que esta é uma atividade


essencial ao funcionamento do DF e, por conta disso, possui recursos
prioritários para a realização de suas atividades. Além disso, a Fazenda do
DF deve atuar de forma integrada com as administrações tributárias da União,
Estados e Municípios, com compartilhamento de cadastros e de informações
fiscais, por meio de lei ou convênio.

4.4. Servidores Públicos

Art. 33. O Distrito Federal instituirá regime jurídico único e planos de


carreira para os servidores da administração pública direta,
autárquica e fundações públicas, nos termos do art. 39 da
Constituição Federal.

§ 5º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os


Secretários de Estado, os administradores regionais e os demais
casos previstos na Constituição Federal são remunerados
exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 19, IX e X.

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§ 6º A remuneração dos servidores públicos organizados em


carreira pode ser fixada nos termos do § 5º.

§ 8º Os Poderes Executivo e Legislativo devem publicar, até 31 de


janeiro de cada ano, os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos.

Art. 35. São direitos dos servidores públicos, sujeitos ao regime


jurídico único, além dos assegurados no § 2º do art. 39 da Constituição
Federal, os seguintes:
I - gratificação do titular quando em substituição ou designado para
responder pelo expediente;
II - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais, facultado ao Poder Público conceder a
compensação de horários e a redução da jornada, nos termos da lei;
III - proteção especial à servidora gestante ou lactante, inclusive
mediante a adequação ou mudança temporária de suas funções, quando
for recomendável a sua saúde ou à do nascituro, sem prejuízo de seus
vencimentos e demais vantagens;
IV – atendimento em creche e pré-escola a seus dependentes, nos
termos da lei;
V - vedação do desvio de função, ressalvada, sem prejuízo de seus
vencimentos, salários e demais vantagens do cargo, emprego ou função:
- a mudança de função concedida a servidora gestante, sob
recomendação médica;
- a transferência concedida que tiver sua capacidade de
trabalho reduzida em decorrência de acidente ou doença de
trabalho, para locais ou atividades compatíveis com sua situação.
VI - recebimento de vale-transporte, nos casos previstos em lei;
VII - participação na elaboração e alteração dos planos de
carreira;
VIII - promoções por merecimento ou antiguidade, no serviço
público, nos termos da lei;
IX - quitação da folha de pagamento do servidor ativo e inativo da
administração direta, indireta e fundacional do Distrito Federal até
o quinto dia útil do mês subsequente, sob pena de incidência de
atualização monetária, obedecido o disposto em lei.

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Art. 39. O direito de greve é exercido nos termos e nos limites definidos
em lei complementar. - Atenção! Alteração recente (2014). Antes
era previsto que deveria ser lei complementar federal. O artigo
foi alterado para constar somente lei complementar.

Art. 40. São estáveis após três anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
de concurso público. - Atenção! Alteração recente (2014). Antes
eram dois anos.

§ 1º O servidor público estável só perde o cargo:


I – em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II – mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados
o contraditório e a ampla defesa;
III – mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma de lei complementar, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor


estável deve ficar em disponibilidade, com remuneração proporcional
ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo.

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a


avaliação especial de desempenho por comissão instituída para
essa finalidade.

Neste tópico iremos tratar de um assunto que geralmente as bancas gostam


de cobrar: servidores públicos. Por sorte esse é um tema que geralmente gera
interesse nos alunos, pois trata de certos direitos e obrigações que vocês terão
após serem aprovados no concurso público.

Como já foi dito anteriormente nesta aula, os servidores estatutários são


regidos por lei que irá instituir o regime jurídico único a que estão subordinados.
Quando falamos em servidores estatutários e regime jurídico único, estamos
falando dos servidores públicos da administração direta, das autarquias e
fundações públicas, pois são essas as entidades que possuem personalidade
jurídica de direito público. As empresas públicas e sociedades de economia mista,

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por serem pessoas jurídicas de direito privado, possuem empregados públicos,


que serão regidos pela CLT.

No caso do DF, a lei que instituiu o regime jurídico único dos servidores da
administração pública direta, das autarquias e fundações públicas foi a Lei
Complementar n. 840/2011, que entrou em vigor em 1o de janeiro de 2012. Antes
disso, por força da Lei Distrital n. 197/91, a lei aplicada era a Lei Federal n.
8112/90 (a mesma aplicada aos servidores da União).

No entanto, além dos dispositivos constantes da Lei Complementar n.


840/11, há na própria LODF algumas considerações feitas sobre os servidores
públicos.

Uma delas é o parágrafo quinto do artigo 33 que prevê a remuneração


exclusivamente por subsídio para os membros de Poder, detentores de
mandato eletivo, Secretários de Estado, administradores regionais e
outros casos previstos na CF/1988. Além disso, o parágrafo 6o, prevê a
possibilidade de fixação de remuneração por subsídio também para servidores
públicos organizados em carreira. Subsídio é o tipo de remuneração recebida
sempre em parcela única, sem acréscimo de gratificações, adicionais, abonos,
prêmios, verbas de representação, etc. Ou seja, no final do mês o servidor recebe
sempre o mesmo valor e referente unicamente ao item subsídio. Apenas alguns
acréscimos são permitidos, como 13o salário, terço de férias, abono de
permanência, diárias, etc.

A CF/1988, por sua vez, prevê ainda, além dos casos listados na LODF,
remuneração por subsídio para membros da Magistratura (art. 93, inciso V) do
Ministério Público (art. 128, parágrafo 5o, inciso I, alínea “c”), da Advocacia
Pública e da Defensoria Pública (art. 135) e das carreiras Policiais (art.
144, parágrafo 9o).

Outra questão trazida pela LODF é a obrigatoriedade de os Poderes


Executivo e Legislativo publicarem, até 31 de janeiro de cada ano, os valores do
subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos do DF.

Além de tudo isso, há de se destacar também os direitos pertencentes


aos servidores públicos sujeitos ao regime jurídico único. A LODF garante,
além dos direitos previstos no parágrafo 2o do artigo 39 da CF/1988, mais uma

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série de direitos. Abaixo, para facilitar a leitura e memorização, segue uma tabela
com o resumo desses direitos previstos na LODF:

Direitos dos servidores públicos sujeitos ao regime jurídico único


- Receber a gratificação do titular quando o substituir ou for designado para
responder pelo expediente.
- Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
horas semanais, facultado ao Poder Público conceder a compensação de
horários e a redução da jornada, nos termos da lei. – notem que a
compensação e a redução da jornada não são direitos, é uma faculdade
do Poder Público.
- Proteção especial à servidora gestante ou lactante, inclusive mediante
a adequação ou mudança temporária de suas funções, quando for
recomendável a sua saúde ou à do nascituro, sem prejuízo de seus vencimentos
e demais vantagens.
– Atendimento em creche e pré-escola a seus dependentes, nos termos da
lei.
- Vedação do desvio de função. Só poderá haver mudança de função, sem
prejuízo de seus vencimentos, salários e demais vantagens do cargo, emprego
ou função, nos seguintes casos:
(a) a mudança de função concedida a servidora gestante, sob
recomendação médica;
(b) a transferência concedida que tiver sua capacidade de trabalho
reduzida em decorrência de acidente ou doença de trabalho, para locais
ou atividades compatíveis com sua situação.
- Recebimento de vale-transporte, nos casos previstos em lei.
- Participação na elaboração e alteração dos planos de carreira.
- Promoções por merecimento ou antiguidade, no serviço público, nos
termos da lei.
- Quitação da folha de pagamento do servidor ativo e inativo da
administração direta, indireta e fundacional do Distrito Federal até o quinto
dia útil do mês subsequente, sob pena de incidência de atualização
monetária, obedecido o disposto em lei.

Ainda sobre os servidores públicos do DF, três temas devem ser


considerados:

Direito de Greve/associação sindical – ao servidor público é


assegurado o direito à livre associação sindical e o direito de greve. No entanto,

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o direito de greve só poderá ser exercido nos termos e nos limites definidos em
lei complementar.

Em 2014 a LODF sofreu alteração para constar a obrigatoriedade de


lei complementar no lugar de lei complementar federal. Ou seja, o direito
de greve dos servidores do DF pode ser definido por lei complementar distrital.
Entretanto, até que seja editada essa lei complementar, o STF entendeu que a
Lei n. 7.783/89, que regulamenta a greve na iniciativa privada, deverá ser
aplicada aos servidores públicos.

Estabilidade – a LODF, assim como a CF/1988, prevê que os servidores


públicos nomeados para cargos de provimento efetivo se tornarão estáveis
após três anos de efetivo exercício, desde que haja avaliação especial de
desempenho, realizada por comissão instituída para essa finalidade. Até 2014, a
LODF previa dois anos de efetivo exercício, mas como, em âmbito federal, já
vigorava a obrigatoriedade dos três anos, houve alteração da LODF também para
três anos.

Note que a estabilidade só existe para


servidor nomeado para cargo efetivo, ou
seja, estatutário e concursado. Dessa
forma, empregados públicos e
servidores ocupantes de cargos em
comissão não adquirem estabilidade.

Após se tornar estável, o servidor só poderá perder o cargo em três


situações:

Procedimento de
Processo
avaliação periódica
administrativo em
Sentença judicial de desempenho,
que lhe seja
transitada em por LC,
assegurado o
julgado assegurado o
contraditório e a
contraditório e a
ampla defesa
ampla defesa

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Por fim, a LODF prevê que caso o cargo ocupado por um servidor seja
extinto ou seja considerado desnecessário, o servidor estável deverá ficar em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu
adequado aproveitamento em outro cargo. Assim, enquanto estiver em
disponibilidade, o servidor estável permanecerá sem trabalhar, até que se
encontre um cargo vago de natureza compatível com o anteriormente ocupado.
O aproveitamento, assim, é o retorno desse servidor ao trabalho para esse novo
cargo. Atenção! Isso só vale para servidor estável! Se o cargo for extinto ou
declarado desnecessário e o servidor não for estável, ele poderá ser exonerado
de ofício.

Aposentadoria – o servidor público efetivo do DF terá direito, nos termos


da Constituição Federal, a regime próprio de previdência social, que foi instituído
pela Lei Complementar n. 769/2008 e alterações posteriores.

A própria CF/1988 fixou em seu artigo 40 as normas de aposentadoria


para servidores da União, Estados, DF e Municípios, incluídas autarquias e
fundações. Assim, a CF determina que os servidores serão aposentados:

I – por invalidez permanente – com proventos proporcionais ao tempo


de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

II – compulsoriamente – com proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, aos 70 anos de idade ou 75 anos de idade, na forma de Lei
Complementar;

III – voluntariamente – desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos


de efetivo exercício no serviço público e 5 anos do cargo efetivo em que se dará
a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e
cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade,
se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

Além disso, a LODF também assegura licença para servidor (homem ou


mulher) para atendimento de filho, genitor e cônjuge doente, desde que haja
comprovação por atestado médico da rede oficial de saúde do DF.

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E assim encerramos mais uma aula do nosso curso. Nesta aula buscou-se
trazer os temas que, historicamente, são os mais cobrados em concursos públicos
sobre os títulos I e II da LODF.

A seguir estão os artigos mais importantes que deverão ser marcados na


legislação e uma lista de questões comentadas sobre o assunto.

Até a próxima aula!

Profa. Tatiane Rocha.

5. Marcação da LODF – títulos I e II

Essa primeira parte da LODF possui vários artigos importantes, por isso
leiam todos os que estão listados abaixo. Sempre que for citado somente o artigo,
recomenda-se a leitura de todo o dispositivo citado, com seus parágrafos, incisos
e alíneas.

Lei Orgânica do DF – Títulos I e II


Fundamentos – artigos 1o, 2o, 3o e 5o.
Organização (disposições gerais) – artigos 6o, 7o, 8o e 9o.
Organização (organização administrativa) – artigos 10, 11, 12 e 13
Organização (competência) – artigos 14, 15, 16 e 17
Organização (administração pública – disposições gerais) – artigo 19,
caput, incisos II, III, IV, V, VII, VIII, IX, X, XI, XV, XVI, XVIII, XIX e XXI,
§§ 3o,4o, 5o, 6o, 7o, 8o 9o, 10o, 13o e 14o, artigos 20, 22, 23 e 24.
Organização (administração pública – administração tributária) – artigo
31
Organização (servidores públicos) – artigo 33, caput, §§ 5o, 6o e 7o e
artigos 35, 39, 40, 41 e 43.

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6. Lista de questões comentadas

01 - (IADES/SES-DF/2014 – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – PATOLOGIA


CLÍNICA) A Lei Orgânica do Distrito Federal dispõe que a remuneração e
o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos
membros de qualquer dos Poderes e dos demais agentes políticos do
Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e pensões,
não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios,
na forma da lei. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.

a) Não existem exceções à sua aplicação.

b) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do


governador e dos deputados distritais.

c) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios dos


deputados distritais.

d) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do


governador, dos deputados distritais e dos conselheiros do Tribunal de
Contas do Distrito Federal.

e) É previsto que, se atingido o limite referido, é vedada a redução de


salários que implique a supressão das vantagens de caráter individual,
adquiridas em razão de tempo de serviço.

Comentários: O artigo 19, inciso X prevê que:

Art. 19 (...)
X - para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição
da República Federativa do Brasil, fica estabelecido que a
remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
funções e empregos públicos, dos membros de qualquer
dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito

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Federal, bem como os proventos de aposentadorias e


pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em
espécie, dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se
aplicando o disposto neste inciso aos subsídios dos
Deputados Distritais.

Dessa forma, existe a exceção referente a deputados distritais.

Gabarito: C

02 – (IADES/SEAP-DF/2014 – Técnico em Contabilidade) João é do


quadro funcional de uma empresa pública do governo do Distrito Federal.
Pedro é do quadro funcional de sociedade de economia mista do governo
do Distrito Federal. Maria é do quadro funcional de autarquia do governo
do Distrito Federal. Sara é do quadro funcional da Secretaria de Estado
do Distrito Federal.

Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) João, Pedro, Maria e Sara têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito


Federal, para terem representantes dos seus quadros funcionais para
participarem da direção superior de suas entidades/órgãos públicos, na
forma de lei.

b) João e Pedro têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para


terem representantes dos seus quadros funcionais para participarem da
direção superior de suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.

c) João, Pedro e Maria têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal,


para terem representantes dos seus quadros funcionais para
participarem da direção superior de suas entidades/órgãos públicos, na
forma de lei.

d) Nenhum deles tem previsão expressa, na Lei Orgânica do Distrito


Federal, para ter representantes dos seus quadros funcionais para
participarem da direção superior de suas entidades/órgãos públicos.

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e) Somente Pedro tem previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para


ter representante dos seus quadros funcionais para participar da direção
superior da própria entidade pública.

Comentários: De acordo com o artigo 24 da LODF, “a direção superior das


empresas públicas, autarquias, fundações e sociedades de economia
mista terá representantes dos servidores, escolhidos do quadro funcional, para
exercer funções definidas, na forma da lei.”

Dessa forma, considerando que João é servidor de empresa pública, Pedro


trabalha em sociedade de economia mista e Maria em autarquia, conclui-se que
os três têm previsão na LODF para terem representantes dos seus quadros
funcionais para participarem da direção superior de suas entidades/órgãos
públicos, na forma de lei.

Gabarito: C

03 – (EXATUS/CEB-DISTRIBUIÇÃO/2014 – Analista de Sistemas) Sobre


a organização do Distrito Federal, marque a alternativa INCORRETA:

a) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas


à centralização administrativa.

b) Brasília, capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo


do Distrito Federal.

c) São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.

d) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento


econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do
Distrito Federal.

Comentários: O artigo 10 da LODF prevê a organização do DF em Regiões


Administrativas com vistas à descentralização administrativa e não à
centralização conforme afirmado no item A. Os demais itens estão corretos pois
estão previstos na LODF nos seguintes termos:

- Item B – artigo 6º (“Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a


sede do governo do Distrito Federal”.)

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- Item C – artigo 7º (“São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o


brasão”.)

- Item D – artigo 9º (“O Distrito Federal, na execução de seu programa de


desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a região do entorno
do Distrito Federal”.)

Gabarito: A

04 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Técnico em eletrônica) Conforme


disposições expressas contidas na Lei Orgânica do Distrito Federal,
assinale a alternativa correta quanto ao exercício das funções de
confiança e dos cargos em comissão, não considerando os cargos em
comissão dos gabinetes parlamentares e lideranças partidárias da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

a) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos 50 por cento dos cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos e
condições previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento.

b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento.

c) As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão serão
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinando-se os cargos em
comissão apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

d) As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos 50 por cento dos
cargos em comissão serão preenchidos por servidores de carreira nos

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casos e condições previstos em lei, destinando-se os cargos em comissão


apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

e) As funções de confiança serão exercidas preferencialmente por


servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão serão
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinando-se os cargos em
comissão apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Comentários: Essa questão exigia conhecimento dos exatos termos do inciso V


do artigo 19 da LODF, que prevê que as funções de confiança e os cargos em
comissão destinam-se apenas a atribuições de direção, chefia e assessoramento.

Além disso, o artigo prevê ainda que as funções de confiança deverão ser
preenchidas unicamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e os cargos
em comissão deverão ser preenchidos com pelo menos 50 por cento de servidores
de carreira nos casos e condições previstos em lei.

Gabarito: A

05 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Técnico em Eletrônica) De acordo com


disposição expressa da Lei Orgânica do Distrito Federal, assinale a
alternativa que contempla as pessoas jurídicas que responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa.

a) Os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.

b) As pessoas jurídicas de direito público e privado.

c) As pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, desde que


sejam prestadoras de serviços públicos.

d) As pessoas jurídicas de direito privado. As pessoas jurídicas de direito


privado.

e) As pessoas jurídicas de direito público, bem como as de direito privado


prestadoras de serviços públicos.

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Comentários: A questão traz a definição de responsabilidade objetiva e


questiona quem deverá ser a pessoa jurídica responsável pelo ressarcimento do
prejuízo causado ao administrado. Conforme prevê o artigo 20 da LODF, as
pessoas responsáveis poderão ser as pessoas jurídicas de direito público, bem
como as de direito privado prestadoras de serviços públicos.

Gabarito: E

06 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Administrador) Considerando que a


competência do Distrito Federal (DF) é assunto tratado na respectiva Lei
Orgânica, assinale a alternativa correta no que se refere às competências
concorrentes do DF com a União.

a) São competências arroladas visando à competência para legislar


concorrentemente com a União.

b) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar,


observará as normas complementares estabelecidas pela União.

c) Existindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá


competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.

d) A organização, as garantias, os direitos e os deveres das polícias civil


e militar são competências do Distrito Federal, concorrentemente com a
União.

e) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei local,


no que lhe for contrário.

Comentários: O item A dispõe que competências concorrentes do DF são


aquelas arroladas visando à competência para legislar concorrentemente com a
União, que é a definição prevista no caput do artigo 17 da LODF. Portanto,
alternativa correta.

O item B está errado pois, na competência concorrente, a União estabelece


normas gerais e não complementares; o item C está errado pois a competência
legislativa plena do DF será exercida quando não existir lei federal sobre normas
gerais; o item D está errado porque não fala em legislar e inclui a polícia militar

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na competência concorrente quando o inciso XVI do artigo 17 só prevê a polícia


civil e o item E está errado porque quando há a superveniência de lei federal
sobre normas gerais, a lei local deverá ter sua eficácia suspensa no que lhe for
contrário e não ser revogada.

Gabarito: A

07 – (IADES/METRô-DF/2014 – Engenheiro Eletricista) Assinale a


alternativa correta quanto às Regiões Administrativas, bem como aos
administradores regionais, observados os preceitos dispostos na Lei
Orgânica do Distrito Federal (DF).

a) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante


lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.

b) Os administradores regionais são de livre escolha do governador do


DF, não havendo previsão de participação popular no processo de
escolha daqueles.

c) A remuneração dos administradores regionais será a mesma fixada


aos secretários de estado do DF.

d) O DF organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à


descentralização político-administrativa, à utilização racional de
recursos para o desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da
qualidade de vida.

e) As Administrações Regionais integram a estrutura político-


administrativa do DF.

Comentários: O item A está correto por apresentar exatamente o que dispõe o


artigo 13 da LODF.

Quanto aos demais itens, o item B está incorreto porque o §1º do artigo
10 prevê a participação popular na escolha dos administradores regionais. O item
C está errado porque a remuneração dos administradores regionais não poderá
ser superior à dos Secretários do DF, mas poderá ser igual ou inferior. O item D,
por sua vez, está incorreto porque a descentralização é somente administrativa
e não político-administrativa. Por fim, o item E está incorreto pela mesma razão

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do item D: as Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do


DF e não político-administrava.

Gabarito: A

08 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) No que diz respeito aos


preceitos contidos na aludida Lei Orgânica, em relação à Administração
Pública do Distrito Federal, assinale a alternativa correta.

a) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, é


vedada a abertura de novo concurso para cargo ou emprego público.

b) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza


do cargo, emprego ou função estão obrigados, anualmente, a fazer
declaração pública de seus bens.

c) Todos os poderes do Distrito Federal devem publicar, trimestralmente,


no Diário Oficial, demonstrativo de despesas com publicidade e
propaganda, devendo ser suspensa, a qualquer título, sua veiculação no
período de 90 dias que antecedem as eleições.

d) Privilegiando o princípio da administração pública profissional, é


prevista expressamente na referida Lei Orgânica que a direção superior
das entidades da Administração Indireta terá representantes dos
servidores e, ainda, que sejam escolhidos do quadro funcional próprio.

e) Certidões solicitadas pelos cidadãos é de 10 dias, excetuados os casos


de comprovada impossibilidade e dos assuntos que a lei, no interesse da
administração, impuser sigilo.

Comentários: O item A está incorreto porque a vedação diz respeito à


convocação de aprovados em concurso público anterior e não à realização de
novo concurso. Já o item B está incorreto porque a declaração de bens anual
está restrita ao §3º do artigo 19. Os demais agentes públicos deverão declarar
seus bens na posse, exoneração ou aposentadoria somente. O item C está
incorreto porque a suspensão diz respeito a publicidade em si e não a sua
publicação. O item D é a alternativa correta pois retrata a previsão contida no
artigo 24 da LODF. Por fim, o item E está incorreto porque o prazo é de 30 dias
úteis (inciso II do artigo 22).

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Gabarito: D

09 – (IADES/PG-DF/2011 – Técnico Jurídico) Assinale, dentre as


alternativas abaixo, a que não corresponde a uma competência privativa
do Distrito Federal.

a) Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento


alimentar.

b) Dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos


e funções públicas.

c) Exercer o poder de polícia administrativa.

d) Licenciar a construção de qualquer obra.

e) Dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos


bens públicos.

Comentários: A competência privativa do DF está prevista no artigo 15 da LODF.


Dentre os itens acima, somente a letra A não consta na lista do referido artigo,
por se tratar de competência comum do DF com a União (artigo 16, inciso
IX). Perceba que os demais itens são bem específicos para o DF e sua
organização. Somente o item A tem caráter genérico (“fomentar”).

Gabarito: A

10 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) Assinale a alternativa que


não indica objetivo prioritário do Distrito Federal, de acordo com a Lei
Orgânica.

a) garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição


Federal e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

b) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com


a dignidade humana, a justiça social e o bem comum.

c) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.

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Perito Criminal – PC/DF
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d) garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos.

e) valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a


cultura brasileira.

Comentários: Os objetivos prioritários estão contidos no artigo 3º da LODF. O


único item que não consta do referido artigo é a letra C, que corresponde a um
dos valores fundamentais do DF (artigo 2º) e não aos objetivos prioritários.

Gabarito: C

11 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) De acordo com a Lei


Orgânica do Distrito Federal, compete privativamente ao Distrito Federal

a) dispor sobre serviços funerários e administração de cemitérios.

b) legislar sobre Previdência Social, proteção e defesa da saúde.

c) zelar pela guarda da Constituição Federal, da referida Lei Orgânica,


das leis e das instituições democráticas.

d) legislar sobre desapropriação.

e) estabelecer e implantar políticas de educação para a segurança do


trânsito.

Comentários: Mais uma questão sobre competência privativa (artigo 15). O


único item que consta no rol do referido artigo é a letra A. Os itens C e E são
competências comuns do DF e da União (artigo 16), itens B (legislar) diz
respeito a competência concorrente e o item D não é privativa porque fala
em legislar sobre desapropriação e o inciso XXIV do artigo 15 fala em adquirir
bens por meio de desapropriação.

Gabarito: A

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12 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) As Administrações


Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. A
criação ou extinção dessas Regiões ocorrerá mediante

a) resolução da Câmara Legislativa.

b) decreto do governador do Distrito Federal.

c) lei aprovada por maioria simples dos deputados distritais.

d) resolução do Conselho de Representantes Comunitários de cada


região.

e) lei aprovada por maioria absoluta dos deputados distritais.

Comentários: De acordo com o artigo 13 da LODF, “a criação ou extinção de


Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta
dos Deputados Distritais.” Assim, a alternativa correta é a letra E.

Gabarito: E

13 – (CESPE/TC-DF/2014 – Técnico de Administração Pública) Com base


nos dispositivos da LODF, julgue os itens subsequentes.

A participação popular no processo de escolha de administrador regional


deve ser regulada por lei.

Comentários: O §1º do artigo 10 da LODF prevê que “a lei disporá sobre a


participação popular no processo de escolha do Administrador Regional.”
Portanto, item correto.

Gabarito: C

14 – (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) Se o governo do DF


normatizar a exibição de cartazes em logradouros públicos e em locais
de acesso livre, ele estará exercendo uma competência que compartilha
à União.

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Comentários: Essa é uma competência privativa do DF, conforme inciso XXVII


do artigo 15 da LODF. Perceba que é uma competência bem específica sobre o
DF. Portanto, item errado.

Gabarito: E

15 – (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) Caso o governo do


DF pretenda executar determinado projeto e realize uma audiência
pública sobre o tema, essa audiência caracterizará o exercício da
soberania popular.

Comentários: O exercício da soberania popular está previsto no artigo 5º da


LODF que prevê que: “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal
e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.”

Dessa forma, a audiência pública não consta como exercício de soberania


popular.

Gabarito: E

16 - (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) A substituição de


um administrador regional destituído do cargo, cuja remuneração pode
ser igual à de um secretário de Estado do DF, deverá ser feita mediante
um processo de escolha com participação popular.

Comentários: O item descreveu o que dispõe os §§ 1º e 2º do artigo 10 da LODF


sobre administradores regionais: a remuneração não poderá ser superior à fixada
para os Secretários do DF e haverá participação popular na escolha do
Administrador Regional.

Gabarito: C

17 – (CESPE/TJDFT/2014 – Titular de Serviços de Notas e Registros)


Considere que determinado secretário de Estado do DF tenha nomeado
um primo, que não tem qualquer tipo de vínculo com a administração

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pública, para o exercício de cargo em comissão na secretaria em que seja


titular. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta de
acordo com a Lei Orgânica do Distrito Federal (LODF).

a) A nomeação de primo de secretário é vedada tanto na administração


pública direta quanto na indireta.

b) A referida nomeação contraria a LODF, que só admite nomeação de


parente que ocupe cargo efetivo na administração pública.

c) Não há qualquer impedimento legal para a nomeação realizada pelo


secretário.

d) O primo do secretário não poderia ser nomeado para nenhuma


secretaria do DF.

e) A nomeação do referido primo somente poderia ter ocorrido nos


Poderes Legislativo e Judiciário.

Comentários: O § 9º do artigo 19 da LODF proíbe nomeação nestes casos de


parentes até o terceiro grau. No entanto, como visto na aula, primo é parente
de quarto grau. Portanto, não há impedimento legal para a nomeação realizada
pelo secretário.

Gabarito: C

18 – (CESPE/TC-DF/2014 – Auditor de Controle Externo) Considerando


o que dispõe a LODF a respeito de competências, julgue os próximos
itens.

Conforme previsão na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a


plena cidadania.

Comentários: Assegurar plena cidadania está prevista na LODF como um valor


fundamental (artigo 2º) e não como um objetivo prioritário (artigo 3º).

Gabarito: E

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19 – (CESPE/DPE-DF/2013 – Defensor Público) Julgue os próximos


itens, relativos à Lei Orgânica do DF.

O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à


descentralização administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante
decreto, a criação ou extinção de novas regiões administrativas,
conforme a conveniência e o interesse de ordem pública.

Comentários: De acordo com o artigo 13 da LODF, “a criação ou extinção de


Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta
dos Deputados Distritais.” Portanto, não poderá se dar por decreto do Poder
Executivo.

Gabarito: E

20 – (CESPE/TC-DF/2012 – Auditor de Controle Externo) A Lei Orgânica


do DF veda expressamente a designação para função de confiança e a
nomeação para emprego ou cargo em comissão, incluídos os de natureza
especial, de pessoa que tenha praticado ato tipificado como causa de
inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.

Comentários: Essa proibição está definida no § 8º do artigo 19: “é proibida a


designação para função de confiança ou a nomeação para emprego ou cargo em
comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que tenha praticado ato
tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação eleitoral.”

Gabarito: C

21 – (FUNIVERSA/Secretaria da Criança do DF/2015 – Especialista


Socioeducativo) A respeito da LODF, assinale a alternativa correta.

a) A criação e a extinção de regiões administrativas ocorrerão por meio


de emenda à LODF.

b) A regulação, o licenciamento e a fiscalização dos serviços de veículos


de aluguéis competirão privativamente ao DF.

c) No âmbito da competência concorrente, inexistindo lei federal que


disponha acerca de normas gerais, competirá ao DF suplementar a

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legislação. No entanto, a superveniência de lei federal em sentido


contrário revogará a lei distrital.

d) De acordo com a LODF, pelo menos 75% dos cargos em comissão no


âmbito do Poder Executivo devem ser ocupados por servidores
detentores de cargo efetivo.

e) Suponha-se que o governador pretenda privatizar empresa pública do


DF. Nesse caso, ele deverá encaminhar, à Câmara Legislativa do DF,
projeto de lei específica que deverá ser aprovado por maioria simples.

Comentários: O item B está correto por estar previsto no inciso XI do artigo 15


da LODF que prevê a competência privativa do DF. Mais uma vez, perceba que
se trata de competência bem específica do DF.

- Item A – está errado porque a criação ou extinção de Regiões


Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos
Deputados Distritais e não por meio de emenda à LODF (artigo 13).

- Item C – está errado porque no caso de inexistência de lei federal acerca


de normas gerais, o DF exercerá competência legislativa plena. Além disso,
em caso de superveniência de lei federal sobre normas gerais, haverá a
suspensão da eficácia da lei local, no que lhe for contrário (artigo 17, §§ 2º e
3º).

- Item D – está errado porque o percentual é de 50% e não de 75% (artigo


19, inciso V).

- Item E – está errado porque a aprovação deverá se dar por aprovação


de dois terços dos membros da Câmara Legislativa, conforme prevê o artigo 19,
§ 7º da LODF.

Gabarito: B

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7. Lista de questões

01 - (IADES/SES-DF/2014 – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – PATOLOGIA CLÍNICA)


A Lei Orgânica do Distrito Federal dispõe que a remuneração e o subsídio dos
ocupantes de cargos, funções e empregos públicos, dos membros de qualquer
dos Poderes e dos demais agentes políticos do Distrito Federal, bem como os
proventos de aposentadorias e pensões, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios, na forma da lei. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta.

a) Não existem exceções à sua aplicação.

b) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador e dos


deputados distritais.

c) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios dos deputados


distritais.

d) Há dispositivo excepcionando sua aplicação aos subsídios do governador, dos


deputados distritais e dos conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

e) É previsto que, se atingido o limite referido, é vedada a redução de salários


que implique a supressão das vantagens de caráter individual, adquiridas em
razão de tempo de serviço.

02 – (IADES/SEAP-DF/2014 – Técnico em Contabilidade) João é do quadro


funcional de uma empresa pública do governo do Distrito Federal. Pedro é do
quadro funcional de sociedade de economia mista do governo do Distrito Federal.
Maria é do quadro funcional de autarquia do governo do Distrito Federal. Sara é
do quadro funcional da Secretaria de Estado do Distrito Federal.

Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa correta.

a) João, Pedro, Maria e Sara têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal,
para terem representantes dos seus quadros funcionais para participarem da
direção superior de suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.

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b) João e Pedro têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para terem
representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção superior
de suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.

c)João, Pedro e Maria têm previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para
terem representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção
superior de suas entidades/órgãos públicos, na forma de lei.

d)Nenhum deles tem previsão expressa, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para
ter representantes dos seus quadros funcionais para participarem da direção
superior de suas entidades/órgãos públicos.

e) Somente Pedro tem previsão, na Lei Orgânica do Distrito Federal, para ter
representante dos seus quadros funcionais para participar da direção superior da
própria entidade pública.

03 – (EXATUS/CEB-DISTRIBUIÇÃO/2014 – Analista de Sistemas) Sobre a


organização do Distrito Federal, marque a alternativa INCORRETA:

a) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à


centralização administrativa.

b) Brasília, capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do


Distrito Federal.

c) São símbolos do Distrito Federal a bandeira, o hino e o brasão.

d) O Distrito Federal, na execução de seu programa de desenvolvimento


econômico-social, buscará a integração com a região do entorno do Distrito
Federal.

04 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Técnico em eletrônica) Conforme disposições


expressas contidas na Lei Orgânica do Distrito Federal, assinale a alternativa
correta quanto ao exercício das funções de confiança e dos cargos em comissão,
não considerando os cargos em comissão dos gabinetes parlamentares e
lideranças partidárias da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

a) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e pelo menos 50 por cento dos cargos em comissão, a serem

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preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em lei,


destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

b) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes


de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

c) As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão serão preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinando-se os cargos em comissão apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento.

d) As funções de confiança serão exercidas exclusivamente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e pelo menos 50 por cento dos cargos em comissão
serão preenchidos por servidores de carreira nos casos e condições previstos em
lei, destinando-se os cargos em comissão apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento.

e) As funções de confiança serão exercidas preferencialmente por servidores


ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão serão preenchidos por
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em
lei, destinando-se os cargos em comissão apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento.

05 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Técnico em Eletrônica) De acordo com disposição


expressa da Lei Orgânica do Distrito Federal, assinale a alternativa que contempla
as pessoas jurídicas que responderão pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.

a) Os órgãos públicos, as autarquias e as fundações públicas.

b) As pessoas jurídicas de direito público e privado.

c) As pessoas jurídicas de direito público e de direito privado, desde que sejam


prestadoras de serviços públicos.

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d) As pessoas jurídicas de direito privado. As pessoas jurídicas de direito privado.

e) As pessoas jurídicas de direito público, bem como as de direito privado


prestadoras de serviços públicos.

06 – (IADES/METRÔ-DF/2014 – Administrador) Considerando que a competência


do Distrito Federal (DF) é assunto tratado na respectiva Lei Orgânica, assinale a
alternativa correta no que se refere às competências concorrentes do DF com a
União.

a) São competências arroladas visando à competência para legislar


concorrentemente com a União.

b) O Distrito Federal, no exercício de sua competência suplementar, observará


as normas complementares estabelecidas pela União.

c) Existindo lei federal sobre normas gerais, o Distrito Federal exercerá


competência legislativa plena, para atender suas peculiaridades.

d) A organização, as garantias, os direitos e os deveres das polícias civil e militar


são competências do Distrito Federal, concorrentemente com a União.

e) A superveniência de lei federal sobre normas gerais revoga a lei local, no que
lhe for contrário.

07 – (IADES/METRô-DF/2014 – Engenheiro Eletricista) Assinale a alternativa


correta quanto às Regiões Administrativas, bem como aos administradores
regionais, observados os preceitos dispostos na Lei Orgânica do Distrito Federal
(DF).

a) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei


aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.

b) Os administradores regionais são de livre escolha do governador do DF, não


havendo previsão de participação popular no processo de escolha daqueles.

c) A remuneração dos administradores regionais será a mesma fixada aos


secretários de estado do DF.

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d) O DF organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização


político-administrativa, à utilização racional de recursos para o desenvolvimento
socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.

e) As Administrações Regionais integram a estrutura político-administrativa do


DF.

08 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) No que diz respeito aos preceitos


contidos na aludida Lei Orgânica, em relação à Administração Pública do Distrito
Federal, assinale a alternativa correta.

a) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, é vedada a


abertura de novo concurso para cargo ou emprego público.

b) Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função estão obrigados, anualmente, a fazer declaração pública de
seus bens.

c) Todos os poderes do Distrito Federal devem publicar, trimestralmente, no


Diário Oficial, demonstrativo de despesas com publicidade e propaganda,
devendo ser suspensa, a qualquer título, sua veiculação no período de 90 dias
que antecedem as eleições.

d) Privilegiando o princípio da administração pública profissional, é prevista


expressamente na referida Lei Orgânica que a direção superior das entidades da
Administração Indireta terá representantes dos servidores e, ainda, que sejam
escolhidos do quadro funcional próprio.

e) certidões solicitadas pelos cidadãos é de 10 dias, excetuados os casos de


comprovada impossibilidade e dos assuntos que a lei, no interesse da
administração, impuser sigilo.

09 – (IADES/PG-DF/2011 – Técnico Jurídico) Assinale, dentre as alternativas


abaixo, a que não corresponde a uma competência privativa do Distrito Federal.

a) Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.

b) Dispor sobre criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções


públicas.

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c) Exercer o poder de polícia administrativa.

d) Licenciar a construção de qualquer obra.

e) Dispor sobre a administração, utilização, aquisição e alienação dos bens


públicos.

10 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) Assinale a alternativa que não


indica objetivo prioritário do Distrito Federal, de acordo com a Lei Orgânica.

a) garantir e promover os direitos humanos assegurados na Constituição Federal


e na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

b) proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a


dignidade humana, a justiça social e o bem comum.

c) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.

d) garantir a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos.

e) valorizar e desenvolver a cultura local, de modo a contribuir para a cultura


brasileira.

11 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) De acordo com a Lei Orgânica do


Distrito Federal, compete privativamente ao Distrito Federal

a) dispor sobre serviços funerários e administração de cemitérios.

b) legislar sobre Previdência Social, proteção e defesa da saúde.

c) zelar pela guarda da Constituição Federal, da referida Lei Orgânica, das leis e
das instituições democráticas.

d) legislar sobre desapropriação.

e) estabelecer e implantar políticas de educação para a segurança do trânsito.

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12 – (IADES/PG-DF/2011 – Analista Jurídico) As Administrações Regionais


integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. A criação ou extinção
dessas Regiões ocorrerá mediante

a) resolução da Câmara Legislativa.

b) decreto do governador do Distrito Federal.

c) lei aprovada por maioria simples dos deputados distritais.

d) resolução do Conselho de Representantes Comunitários de cada região.

e) lei aprovada por maioria absoluta dos deputados distritais.

13 – (CESPE/TC-DF/2014 – Técnico de Administração Pública) Com base nos


dispositivos da LODF, julgue os itens subsequentes.

A participação popular no processo de escolha de administrador regional deve ser


regulada por lei.

14 – (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) Se o governo do DF


normatizar a exibição de cartazes em logradouros públicos e em locais de acesso
livre, ele estará exercendo uma competência que compartilha à União.

15 – (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) Caso o governo do DF


pretenda executar determinado projeto e realize uma audiência pública sobre o
tema, essa audiência caracterizará o exercício da soberania popular.

16 - (CESPE/TC-DF/2014 – Conhecimentos básicos) A substituição de um


administrador regional destituído do cargo, cuja remuneração pode ser igual à de
um secretário de Estado do DF, deverá ser feita mediante um processo de escolha
com participação popular.

17 – (CESPE/TJDFT/2014 – Titular de Serviços de Notas e Registros) Considere


que determinado secretário de Estado do DF tenha nomeado um primo, que não
tem qualquer tipo de vínculo com a administração pública, para o exercício de
cargo em comissão na secretaria em que seja titular. Em face dessa situação
hipotética, assinale a opção correta de acordo com a Lei Orgânica do Distrito
Federal (LODF).

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a) A nomeação de primo de secretário é vedada tanto na administração pública


direta quanto na indireta.

b) A referida nomeação contraria a LODF, que só admite nomeação de parente


que ocupe cargo efetivo na administração pública.

c) Não há qualquer impedimento legal para a nomeação realizada pelo secretário.

d) O primo do secretário não poderia ser nomeado para nenhuma secretaria do


DF.

e) A nomeação do referido primo somente poderia ter ocorrido nos Poderes


Legislativo e Judiciário.

18 – (CESPE/TC-DF/2014 – Auditor de Controle Externo) Considerando o que


dispõe a LODF a respeito de competências, julgue os próximos itens.

Conforme previsão na LODF, é objetivo prioritário do DF assegurar a plena


cidadania.

19 – (CESPE/DPE-DF/2013 – Defensor Público) Julgue os próximos itens,


relativos à Lei Orgânica do DF.

O DF organiza-se em regiões administrativas, com vistas à descentralização


administrativa, cabendo ao Poder Executivo, mediante decreto, a criação ou
extinção de novas regiões administrativas, conforme a conveniência e o interesse
de ordem pública.

20 – (CESPE/TC-DF/2012 – Auditor de Controle Externo) A Lei Orgânica do DF


veda expressamente a designação para função de confiança e a nomeação para
emprego ou cargo em comissão, incluídos os de natureza especial, de pessoa que
tenha praticado ato tipificado como causa de inelegibilidade prevista na legislação
eleitoral.

21 – (FUNIVERSA/Secretaria da Criança do DF/2015 – Especialista


Socioeducativo) A respeito da LODF, assinale a alternativa correta.

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a) A criação e a extinção de regiões administrativas ocorrerão por meio de


emenda à LODF.

b) A regulação, o licenciamento e a fiscalização dos serviços de veículos de


aluguéis competirão privativamente ao DF.

c) No âmbito da competência concorrente, inexistindo lei federal que disponha


acerca de normas gerais, competirá ao DF suplementar a legislação. No entanto,
a superveniência de lei federal em sentido contrário revogará a lei distrital.

d) De acordo com a LODF, pelo menos 75% dos cargos em comissão no âmbito
do Poder Executivo devem ser ocupados por servidores detentores de cargo
efetivo.

e) Suponha-se que o governador pretenda privatizar empresa pública do DF.


Nesse caso, ele deverá encaminhar, à Câmara Legislativa do DF, projeto de lei
específica que deverá ser aprovado por maioria simples.

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8. Gabarito

01 02 03 04 05
C C A A E
06 07 08 09 10
A A D A C
11 12 13 14 15
A E C E E
16 17 18 19 20
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