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| Foto: Re ute rs
“Está-se a hipotecar o futuro do país, estamos a criar crianças que não têm
tempo para brincar ou para atividades lúdicas, que estão a ser pressionadas
para aprender depressa e bem, crianças que se vão tornar frustradas,
crianças que ainda agora começaram e já se sentem desmotivadas, sem
gosto por ir à escola, e cada vez mais cedo apresentando sintomas de
ansiedade, depressão e distúrbios de comportamento”, disse Vânia
Azinheira, mãe de uma aluna do 2º ano de escolaridade, e autora da petição.
Vânia Azinheira diz que, ao longo do presente ano letivo, se viu confrontada
com o que considera ser “uma atrocidade cometida contra as crianças”. Por
isso decidiu lançar uma petição (http://peticaopublica.com/pview.aspx?
pi=PT76773) pública online, que já seguiu para a Assembleia da República.
“Eu oiço muitos pais, professores e crianças e vejo como está a ser difícil
mobilizar o interesse das crianças para aderir a um programa que me parece
muito complicado. A situação na escola das crianças pequenas está muito
complicada”, disse ao site da RTP o psicanalista João Seabra Diniz.
O médico especialista alerta ainda para o facto das crianças não estarem
motivadas na escola. “Não estão atentas, são classificadas como crianças
instáveis, com défice de atenção e então passam-nas para um médico que lhes
dá drogas para estarem mais concentradas, o que me parece desadequado, na
maior parte dos casos”.
“Só espero que seja rapidamente invertido porque isto vai ser o desastre no
ensino da Matemática. Dou-lhe um exemplo, no caso do 2º ano, das operações
com frações e da introdução da noção de fração através de uma medida de um
segmento de reta, que é uma coisa completamente absurda, em vez de ser dada
como parte de um todo", disse Lurdes Figueiral.
Teorias contraditórias
Em resposta escrita, enviada via e-mail, o gabinete de imprensa refere ainda que
“as referidas metas foram, naturalmente, estabelecidas em função do que se
sabe sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças em idade escolar. Por
exemplo, as metas curriculares de Português foram redigidas em função de
conhecimentos apurados no campo da psicologia cognitiva da leitura”, uma
resposta também contrariada pelo psicanalista João Seabra Diniz.