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Eduardo Loureiro
Transmissão de Calor I - Prof. Eduardo Loureiro
Esse retardamento do movimento está associado às tensões de cisalhamento, τ, que atuam em planos
paralelos à velocidade do fluido.
Com o aumento de y, o componente x da velocidade do fluido, u, aumenta até atingir o valor da velocidade
na corrente livre, u∞.
A espessura da camada limite, δ, é definida como o valor de y para o qual u = 0,99u∞.
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A camada limite térmica se desenvolve se houver diferença entre a temperatura do fluido na corrente livre
e a temperatura da superfície.
As partículas do fluido em contato com a placa entram em equilíbrio térmico na temperatura da superfície
da placa.
Essas partículas trocam energia com as da camada de fluido adjacente e há o desenvolvimento de
gradientes de temperatura no fluido.
A região onde há esses gradientes de temperatura é a camada limite térmica.
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TS T
0,99
TS T
Com o aumento da distância ao bordo de ataque, os efeitos da transferência de calor penetram mais na
corrente livre e a camada limite térmica aumenta de forma semelhante à camada limite hidrodinâmica.
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Como ilustrado na parte (c) da figura, a uma distância x qualquer do bordo de ataque, o fluxo térmico local
pode ser obtido aplicando a Lei de Fourier ao fluido em y=0 em função da condutividade térmica do fluido:
T
qs k
y y 0
Isto porque, na superfície, a velocidade do fluido é nula (condição de não deslizamento) e a transferência
de energia se dá por condução.
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O fluxo térmico na superfície é igual ao fluxo convectivo dado pela Lei de Newton do Resfriamento:
T
qs k hx TS T
qconv
y y 0
Então, o coeficiente local de transferência de calor por convecção, hX, é dado por:
k T y y 0
hx
TS T
As condições na camada limite térmica influenciam fortemente o gradiente de temperatura na superfície,
que determina a taxa de transferência de calor e determina o coeficiente local de transferência de calor por
convecção.
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Observando a camada limite térmica (a), nota-se que à proporção em que T aumenta com x os gradientes de
temperatura na camada limite devem decrescer com x. Desta forma, a taxa de transferência de calor e o coeficiente
convectivo decrescem com x, como pode-se ver abaixo.
A estrutura do escoamento na camada limite hidrodinâmica passa por uma transição do escoamento
laminar junto ao bordo de ataque para o escoamento turbulento.
A camada limite térmica tem características e perfis de temperatura que são consequências do que ocorre
na camada limite hidrodinâmica.
Na região laminar o movimento é altamente ordenado e o perfil de temperatura resultante varia
gradualmente ao longo da espessura da camada limite.
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Três regiões podem ser destacadas na camada limite turbulenta em função da distância da superfície: uma
subcamada viscosa onde o transporte é dominado pela difusão; uma camada de amortecimento onde a difusão e a
mistura turbulenta são comparáveis e a camada turbulenta.
O perfil de velocidades turbulento é relativamente plano devido à mistura que ocorre no interior da camada de
amortecimento e da região turbulenta, dando lugar a grandes gradientes de velocidade na subcamada viscosa. Isto
faz com que os gradientes de temperatura próximos à superfície sejam mais acentuados no escoamento
turbulento que no laminar. Por consequência, os coeficientes locais de transferência de calor por convecção são
maiores no escoamento turbulento e decrescem com x.
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Na figura identificamos a transição começando na posição xc. O número crítico de Reynolds, Rex,c,
frequentemente admitido nos cálculos de transmissão de calor, para este tipo de escoamento,
corresponde a:
u xc
Re x.c 5 105
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Em (a) um fluido com velocidade V e temperatura T, escoa sobre uma superfície de forma arbitrária e área
AS que encontra-se a uma temperatura uniforme TS.
Se TS T irá ocorrer troca de calor por convecção.
O fluxo térmico e o coeficiente convectivo variam ao longo da superfície.
A taxa total de transferência de calor pode ser obtida pela integração do fluxo local ao longo de toda a
superfície:
q qdAS
AS
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Definindo um coeficiente convectivo médio, para toda a superfície, a taxa de transferência de calor total
também pode ser expressa da forma:
1
q h AS TS T h hdAS
AS AS
Para o caso do escoamento sobre uma placa plana (b), h varia somente com a distância x da aresta frontal e
a correlação entre hlocal e hmédio fica:
1 L
L 0
h hdx
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g TS T L3
Número de Rayleigh, RaL Produto dos Números de Grashof e
de Prandtl. (convecção livre)
O Número de Nusselt
O Número de Nusselt representa o gradiente de temperatura adimensional na superfície e fornece uma
medida do coeficiente de transmissão de calor por convecção.
k T y y 0
hL hx
Nu L TS T
k
Nu x f x* , Re, Pr Nu f Re, Pr
Onde o índice x enfatiza o interesse nas condições em uma dada posição identificada pela distância
adimensional x*. A barra superior indica uma média ao longo da superfície entre x*=0 e a posição de
interesse.
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O Número de Nusselt
Nu x f x* , Re, Pr Nu f Re, Pr
As formas das funções acima são determinadas a partir de amplos conjuntos de medições experimentais
realizadas em superfícies de geometrias e tipos de escoamento específicos. Tais funções são chamadas de
correlações empíricas e aparecem sempre atreladas às especificações referentes à geometria e às
condições de escoamento.
Por exemplo, na região laminar de um escoamento paralelo sobre placa plana, o Número de Nusselt local é
da forma:
hx x
Nu x
k
0,332 Re1x 2 Pr1 3 0,6 Pr 50
Convecção forçada
ESCOAMENTO PARALELO SOBRE PLACA PLANA:
ESCOAMENTO LAMINAR:
Descrição Equação
Espessura da camada hidrodinâmica 5x Re x1 2
Convecção forçada
ESCOAMENTO PARALELO SOBRE PLACA PLANA:
ESCOAMENTO TURBULENTO:
Descrição Equação
Espessura da camada hidrodinâmica 0,37 x Re X1 5 Re x 108
Número de Nusselt local
Nu x
hx x
0,0296 Re 4x 5 Pr1 3 Re x 108
k
0,6 Pr 60
As espessuras da camada limite hidrodinâmica e térmica
são aproximadamente iguais T
Re 5 10
k
5
x ,c