Resumos de Geologia – 2012/2013

Magda Correia

Vulcanologia O vulcanismo é a manifestação do

calor interno da Terra.
Vulcanologia – Ramo da Geologia que estuda os fenómenos vulcânicos.

Objetivos:

 Minimização de riscos (previsão e prevenção).

 Estudo do interior da Terra.

Vulcanismo primário ou eruptivo

Que tipos de materiais são expelidos pelos vulcões?

Vulcanismo primário ou eruptivo – tipo central

O que faz desencadear uma erupção vulcânica?

 O material rochoso entra em fusão – formação de magma.

 O magma (menos denso) sobe e acumula-se nas câmaras ou bolsadas magmáticas.
 Há um aumento de pressão na câmara magmática e também sobre as rochas encaixantes.
 O magma é forçado a subir através de fendas nas rochas.

O magma é constituído por material rochoso em fusão (principalmente silicatos) e material

gasoso (elementos voláteis).

Durante a ascensão, o magma:

 Perde constituintes (gases).

 Assimila constituintes das rochas por onde passa.
 Passa a designar-se lava.

Professora Luísa Tavares

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Magda Correia

Estrutura de um vulcão

Cone vulcânico – estrutura constituída por camadas alternadas de lava e rochas piroclásticas.

Chaminé principal – zonas frágeis da crosta por onde há ascensão de magma até à cratera central.

Chaminés secundárias – derivações laterais de magma até crateras periféricas – podem originar
cones secundários (ou adventícios).

Câmara magmática ou bolsa magmática – acumulação de magma, na litosfera, que alimenta a

atividade vulcânica (pode consolidar e originar rochas intrusivas).

Cratera vulcânica – abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no topo da
chaminé vulcânica, formada por explosão ou por colapso da chaminé.

Formação de uma caldeira

 Após fortes erupções fica um vazio na câmara magmática e pode dar-se o afundimento da
parte central do vulcão.
 O peso das camadas superiores provoca o colapso do teto da câmara.
 Após as erupções, quando os vulcões deixam de estar em atividade, as crateras ou as
caldeiras podem ser preenchidas por água, formando lagoas.

Professora Luísa Tavares

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Vulcanismo primário ou eruptivo – tipo fissural

 A lava é expulsa através de grandes fendas na crosta.

 Vulcanismo característico dos fundos oceânicos – riftes.
 Pode também ocorrer nos continentes.

Classificação do magma / lava – de acordo com a percentagem de sílica (SiO2)

Lava básica Lava intermédia Lava ácida

SiO2<52% 52%<SiO2<65% SiO2>65%

Lavas básicas – pouco viscosas (muito fluidas), temperaturas muito elevadas (1100 – 1200ºC), fração
volátil reduzida, composição semelhante à do basalto.

Lavas ácidas – muito viscosas (pouco fluidas), temperaturas elevadas (800 – 1000ºC), elevada fração
volátil libertando-se dificilmente.
Nas lavas viscosas quanto maior for a quantidade
Classificação do magma / lava – em função da viscosidade de gás, mais violento é o seu carácter explosivo.

Lava Viscosa Lava Fluida

Temperatura Aproximadamente 800 oC. Aproximadamente 1500 oC.
A lava é expelida a uma temperatura próxima da sua A lava é expelida a uma temperatura muito
temperatura de solidificação. superior á da sua solidificação.
Sílica Rica em sílica (ácida). Pobre em sílica (básica).
Gases Dificuldade em libertar os gases, logo, ficam retidos. Facilidade em libertar os gases.
Erupções Calmas – efusivas. Violentas – explosivas.

Tipos de solidificação de lavas fluidas

Designação Descrição
Lavas São lavas muito fluidas, que se deslocam com grande facilidade, formando escoadas muito longas (rios de
encordoadas ou lava).
pahoehoe Após a sua solidificação, originam superfícies lisas ou com aspeto semelhante a cordas (aspeto enrolado).
Lavas escoriáceas São lavas fluidas, que se deslocam facilmente.
ou aa Após a sua solidificação, originam superfícies ásperas e muito fissuradas, em resultado da perda rápida de
gases.
Lavas em Lavas fluidas que arrefecem dentro de água, ficando com aspeto de almofadas sobrepostos uns em cima
almofada dos outros.
ou pillow-lava

Professora Luísa Tavares

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Magda Correia

Consoante a composição química e temperatura do magma, vão ocorrer diferentes tipos de

erupções vulcânicas:

 Erupções explosivas
 Erupções mistas
 Erupções efusivas

Erupções explosivas

Características:

 Lava ácida.
 Lava muito viscosa (pouco fluida).
 Libertação de muitos gases.
 Grandes pressões que provocam explosões.
 Projeção de piroclastos.
 Formação de nuvens ardentes.
 Formação de doma ou agulha vulcânica – quando a lava
solidifica na chaminé.

Piroclastos:

Cinzas Lapili ou
bagacina

Bombas Pedra-
ou blocos pomes

Professora Luísa Tavares

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Tipos de solidificação de lavas viscosas e fenómenos associados:

Domo ou cúpula vulcânico A lava viscosa solidifica sobre a abertura

vulcânica, obstruindo a cratera, ficando com
forma arredondada.

Agulha vulcânica Formam-se quando a lava, de elevada

viscosidade, acaba por solidificar na chaminé.

Nuvem ardente ou São massas densas de cinzas e gases

escoada piroclástica incandescentes, libertados de modo explosivo e
dotadas de grande mobilidade, são bastante
destrutivas.

Erupções efusivas

Características:

 Lava básica.
 Lava pouco viscosa (fluida).
 Libertação de poucos gases.
 Normalmente não há explosões nem libertação
de piroclastos.
 Formação de correntes ou mantos de lava.

Erupção fissural Professora Luísa Tavares

Rios de lava
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Magda Correia

Erupções efusivas

Características:

Alternância de:

 Fases efusivas, com emissão de derrames lávicos.

 Fases explosivas, com emissão de piroclastos.
 Formação de cones em que alternam camadas de lava e de piroclastos.

Vulcanismo secundário ou residual

Depois das erupções, podem manter-se, nas zonas vulcânicas, durante anos, ou mesmo séculos,
emissões de água a elevadas temperaturas, ou de gases.

Fumarolas

Emissão de substâncias químicas no estado gasoso (H2O, CO2, SO2).

Sulfataras – fumarolas ricas em compostos de enxofre: H2S, SO2.

Mofetas – fumarolas ricas em CO2.

Nascentes termais

Emissão de águas:

 Subterrâneas.
 Da chuva.
 Provenientes do magma.

As águas são aquecidas pela proximidade de fontes de calor e podem subir até à superfície.

Quando atingem a superfície as águas são ricas em sais minerais podendo ser utilizadas com fins
medicinais.

Professora Luísa Tavares

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Géiseres

São projeções descontínuas de água e de vapor de água através de fraturas.

Vulcanismo e tectónica de placas

A distribuição dos vulcões à superfície terrestre não é uniforme; há zonas de grande atividade, que
contrastam com zonas onde, na atualidade, não há manifestações vulcânicas.

O contexto tectónico do vulcanismo determina a natureza do magma e esta influencia o tipo de

atividade vulcânica:

 Vulcanismo de limites divergentes – zonas de rifte

Erupções essencialmente efusivas, com lavas básicas.

Dorsais oceânicas (Atlântico, Pacífico, Índico).

 Vulcanismo de limites convergentes – zonas de subducção

Erupções mistas ou explosivas, com lavas ácidas.

Anel de fogo do Pacífico, Andes, J(apão, Itália, Cintura Mediterrânea, etc.

Professora Luísa Tavares

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 Vulcanismo intraplaca – pontos quentes (hot spot)

Não está associada a zonas de limites de placas. Erupções essencialmente efusivas, com lavas
básicas.
Hawai, mantos basálticos do Decão, etc.
O material sobe em colunas – plumas térmicas – e quando atravessa a litosfera
origina um vulcão.

Como a fonte de magma é fixa e a litosfera está em movimento, formam-se cadeias

de vulcões.
Os vulcões são tanto mais antigos quanto mais longe do ponto quente.

Professora Luísa Tavares

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Vulcões – previsão e prevenção

Vigilância Vulcânica

Se os vulcões ativos forem vigiados pode-se, através

dos sinais percursores, prever-se uma erupção.

Deformações do cone vulcânico

Variações do campo magnético
Ocorrência de sismos
Variações de temperatura
Composição química dos gases
Variações da força gravítica

Prevenção

Mapas de zonas de risco

Sensibilização e educação das populações

Vulcanismo – vantagens

Uma erupção vulcânica pode ser catastrófica (destruição, mortes, poluição…) mas ao vulcanismo
podem estar associadas variadas vantagens:

Fertilidade dos solos;

Fins medicinais;
Exploração de minerais;
Interesse turístico;
Aproveitamento da energia geotérmica.

Professora Luísa Tavares