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OS COMPONENTES ELETRÔNICOS

As resistências, os capacitores, as bobinas e os transfomadores são conhecidos


como componentes lineares passivos.

Os diodos, os transistores, os tiristores e os circuitos integrados formam parte de um


grupo muito importante de componentes conhecidos como semicondutores.

A resistência
Sua função é oferecer uma certa resistência ou oposição ao fluxo de corrente em um
circuito, ou seja dificultar a passagem da correte elétrica. São feitas de carvão ou de
metal.

As resistências podem ser fixas (se a resistência for constante), ou variáveis (se a
resistência variar de alguma forma).

A medida da resistência elétrica é o ohm, simbolizada por Ω. Os resistores mais


comuns são os de carbono. Os resistores comuns utilizados nos aparelhos
eletrônicos, como radios, DVDs, televisores são pequenos, com potências de 1/8W à
7 W, tipicamente.

Os valores da resistência dos resistores são dados por faixas coloridas segundo um
código, mostrado na tabela abaixo.

Acima você encontrou dois exemplos de como efetuar a leitura do valor de


resistência de um resistor de 4 faixas e 5 faixas. Abaixo você encontra outros
exemplos e alguns exercícios para que você possa praticar.
1º) Descubra o valor das cores e o valor Ohmico de cada resistor.

Em um esquema eletrônico identificamos o resistor pelo seu símbolo, independente


da sua potência, material ou tamanho, lembrando que o resistor não tem polaridade.
Abaixo você encontra as duas formas simbólicas para o resistor.

Abaixo você encontra a imagem real de alguns resistores de carvão de 1/4 W.

Resistores Variáveis
Existem resistores que podem ter sua resistência alternada, e por isso são usados
em ajustes ou controles. Temos dois tipos principais de resistores variáveis que são
os trimpots e os potenciômetros.

sensibiidade, Abaixo você encontra alguns modelos reais de trimpots que existem
etc disponíveis no
Os trimpots são usados para ajustar a resistência em um circuito de maneira semi-
permanentes, ou seja, ajustes que não necessitem serem acertados a todo
instantes. Ajuste de calibragens como ganhos, mercado.

Em um esquema eletrônico identificamos o Trimpot pelo seu símbolo, independente


do modelo. Abaixo você encontra forma simbólica para o trimpot.

Já os potenciômetros são usados como elementos de controle, ou seja, podem


serem enpregados no contole de volume, velocidade, brilho, etc... . Abaixo você
encontra dois modelos reais e sua estrutura.
Em um esquema eletrônico identificamos o potênciometro pelo seu símbolo,
independente do modelo. Abaixo você encontra forma simbólica para o
potênciometro.

Resistores especiais
Fotoresistor também conhecido LDR (Light dependent resistor) é um resistor cuja
resistência depende da intencidade de luz que incide sobre ele. Abaixo você
encontra alguns modelos reais de LDR.

Em um esquema eletrônico identificamos o LDR pelo seu símbolo, independente do


tamanho. Abaixo você encontra forma simbólica para o LDR.
Capacitores
Os capacitores são utilizados como reservatórios de cargas nos circuitos de filtro,
como “amortecedores”, evitando que ocorra variações grandes em um circuito, em
acoplamentos e desacoplamentos de sinais, no bloqueio de corrente contínua.

Os capacitores, tal como as resistências, podem ser fixos e variáveis, dependendo


de sua capacidade de armazenar voltagem, chamada capacitância. Os capacitores
fixos podem ser de alumínio, tântalo, cerâmicos, de mica, de papel, etc.

Os capacitores fixos, podem ser ou não polarizados, dependendo da conexão em


um circuito.

Os capacitores variáveis, são formados por dois jogos de lâminas metálicas


paralelas, uma fixa e outra móvel, separadas por um dielétrico, geralmente de ar ou
mica. São utilizados principalmente como sintonizadores em rádios, televisores e
outros equipamentos. Podem ser chamados também de trimers, que são utilizados
para realizar ajustes finos de capacitância.

A unidade de medida de um capacitor é dado em farads (F).

Na prática são utilizados submúltiplos do farad como o microfarad (µF – milionésimo


do farad – 0,0 001 F), o nanofarad (nF – bilionésimo do farad – 0,0 0 001 F) e o
picofarad (PF – trilionésimo do farad – 0,0 0 0 001 F).

Abaixo você encontrará os tipos mais comuns de capacitores utilizados na


eletrônica. Capacitor eletrolítico Possui polaridade e durante uma montagem ou
substituição devemos estar atentos a esta polaridade.

Os capacitores eletrolíticos vem com uma faixa lateral indicando o terminal negativo
do capacitor, e esta polaridade deve ser respeitada na hora da montagem, caso
contrário o circuito não funcionará e dependendo da tensão de trabalho o mesmo
pode até estourar. Abaixo você encontra alguns modelos reais de capacitor
eletrolíticos. Na grande maioria, tem sua capacidade medida em microfarad (µF).
Outra especificação importante dos capacitores é a sua tensão de trabalho, ou seja,
qual a tensão máxima que suportam.

Em um esquema eletrônico identificamos o capacitor eletrolítico pelo seu símbolo,


independente do tamanho. Abaixo você encontra forma simbólica para o capacitor
eletrolítico. Atenção à polaridade.

Capacitor de Poliester
O capacitor de poliester é muito utilizado nas montagens eletrônica. Este tipo de
capacitor, geralmente apresenta menor capacidade que os eletrolíticos, sendo da
ordem de alguns nanofarads (nF) até alguns microfarads (µF). Não tem polaridade
como os eletrolíticos. Abaixo você encontra alguns modelos reais de capacitores de
poliester.

Em um esquema eletrônico identificamos o capacitor de poliester pelo seu símbolo,


independente do tamanho e tensão de trabalho. Abaixo você encontra forma
simbólica para o capacitor poliéster.

Já o valor do capacitor pode ser impresso no corpo do mesmo de duas maneiras,


irei descrever as mais comuns na atualidade.
Capacitores Cerâmicos
O capacitor cerâmico também é muito utilizado nas montagens eletrônica,
principalmente em circuitos osciladores e de RF. Este tipo de capacitor, geralmente
apresenta menor capacidade que os de poliester e eletrolíticos, sendo da ordem de
alguns picofarads (pF) até centenas de nanofarads (nF). Também não possui
polaridade. Abaixo você encontra alguns modelos reais de capacitores de cerâmica.

Em um esquema eletrônico identificamos o capacitor de cerâmica pelo seu símbolo,


independente do tamanho e tensão de trabalho. Abaixo você encontra forma
simbólica para o capacitor cerâmica.

A maneira como o valor do capacitor é impresso no corpo do capacitor de cerâmica


é bem igual ao último exemplo do capacitor de poliester, principalmente nos mod.
mais comuns. Existe apenas uma diferença em relação ao capacitores de valores
inferiores a 100 pF.

Nos tipos de baixos valores existe uma letra maiúscula que substitui a vírgula e a
capacitância é dada em picofarads. Por exemplo 4N7 ou 4J7 indicam 4,7 pF. Nos
tipos de maiores valores, continua valendo a mesma regra, os dois primeiros dígitos
formam a dezena da capacitância e o terceiro o número de zeros, com o valor dado
em picofarads. Por exemplo 103 significa 10 seguido de 3 zeros ou 10 0 pF. Ora, 10
0 pF equivale a 10 nF (nanofarads).
Alguns exemplos para praticar:

Por que é importante seguir o tipo indicado de capacitor numa montagem? Os


capacitores, se bem que tenham por função armazenar cargas elétricas, são
diferentes quanto a outras propriedades que são importantes numa montagem
eletrônica.

Por que não posso usar um capacitor de poliéster onde se recomenda um cerâmico?
Os capacitores de poliéster não respondem as variações de sinais de altas
frequências tão bem quanto os cerâmicos. Assim, num circuito de alta frequência,
um capacitor de poliéster pode não funcionar, dependendo de sua função.

É por este motivo, que nas listas de materiais ou mesmo nas


recomendações para montagem de certos circuitos, deve-se seguir à Escrito por:
risca a recomendação de se usar determinado tipo de capacitor. Num Newton C.
transmissor, por exemplo, se o capacitor indicado for cerâmico ele deve Braga
ser desse tipo, sob pena do projeto não funcionar
Indutores
Bobinas
As bobinas, denominadas também indutores ou choques, são componentes
projetados para armazenar temporariamente energia elétrica em forma de corrente e
opor-se às trocas de corrente.

As bobinas podem ser fixas ou variáveis, dependendo da sua capacidade para


armazenar corrente, tamvém chamada indutância. Se a indutância for constante,
ela ser fixa, e se varia por algum meio, geralmente pelo deslocamento do núcleo ou
pela seleção do número de espirais, ela será variável.

São componentes formados por espiras de fio esmaltado que podem ser enroladas
em uma forma sem núcleo de ferro ou ferrite. Os indutores podem ser especificados
pela indutância em Henrys ( e seus submúltiplos como o milihenry e o microhenry)
ou ainda pelo número de espiras, diâmetro e comprimento da forma, além do tipo do
núcleo.

Alguns indutores possuem núcleos ajustáveis para que sua indutância possa ser
modificada. Abaixo você encontra alguns modelos reais de indutores.

O que é um indutor?

Sob o ponto de vista construtivo, podemos dizer que indutor é um fio enrolado em
espiras, cuja principal característica é a indutância.

A indutância só aparece quando o indutor é percorrido por uma corrente variável, ou


seja, a indutância só existe para corrente variável.

Em um esquema eletrônico identificamos o indutores pelo seu símbolo, com núcleo


e sem núcleo, variável ou fixo. Abaixo você encontra algumas formar simbólicas
mais utilizadas para o indutor.
Transformadores
Os transformadores são componentes eletrônicos projetados para trocar uma
voltagem ou uma corrente variável, que quer dizer sinal de um valor a outro, ou
simplesmente transferí-los de um ponto a outro por meios magnéticos ou seja, sem
contato elétrico.

São formados por duas ou mais bobinas enroladas sobre um mesmo núcleo. A
bobina que recebe a voltagem ou a corrente de entrada é chamada de primária e
asque distribuem as voltagens as voltagens ou as correntes de saída, secundárias.

Os transformadores podem ser fixos ou variáveis. Se a relação entre a voltagem ou


voltanges de saída, chamadas de razão de transformação for constante, ele será
fixo, se essa razão variar de alguma forma geralmente pelo deslocamento do núcleo
ou pela seleção do número de espirais da bobina secundária, ele será variável.

Eles são usados para alterar o valor de uma voltagem AC, principalmente nas fontes
de alimentação. O tipo mais utilizado de transformador é denominado “transformador
de força”. Abaixo você encontra alguns modelos reais de transformadores.

Em um esquema eletrônico identificamos o transformador pelo seu símbolo,


independente do tamanho, tensão de saída e da corrente, devendo observar as
especificações fornecidas no esquema do circuito. Abaixo você encontra algumas
formar simbólicas mais utilizadas para o indutor.
Componentes ativos (semicondutores) Diodos
retificadores
Os diodos são componentes projetados para permitir a passagem da corrente
elétrica em um sentido e bloqueá-la no sentido oposto. Fisicamente são formados
por duas camadas de material semicondutor dopado, ou seja, tratado com
impurezas especiais chamadas de material P e material N, e possuem
externamente dois terminais de conexão chamados anodo (positivo) e catodo
(negativo). A posição do catodo é normalmente indicada através de uma faixa
colorida impressa em uma ponta. Sã, portanto, componentes polarizados.

Existem vários tipos de diodos, varactores e varicap, dependendo de suas


características construtivas particulares e da aplicação para a qual foram projetados.
Existem, por exemplo, diodos retificadores de baixa, média e alta potência, diodos
de Zener, diodos de emissão de luz (LEDs), diodos de capacitância variável
(varactores), diodos detectores, diodos túnel, diodos a laser, fotodiodos, etc. Os
diodos retificadores, por exemplo, são utilizados para converter corrente alternada
(AC), em corrente contínua DC. Esta operação é chamada de retificação.

Abaixo você encontra alguns modelos reais de diodos.


Diodos de sinal

São projetados para funcionarem com baixas correntes (menos de 1 A). Possuem o
encapsulamento de vidro, podem ser de silício ou germânio e os encontraremos nos
circuitos chaveadores ou retificadores de baixa corrente. Abaixo você encontra
alguns modelos reais de diodos de sinal.

Em um esquema eletrônico identificamos os diodos pelo seu símbolo, independente


do tipo e da corrente, devendo observar as especificações fornecidas no esquema
do circuito. Abaixo você encontra a forma simbólicas para o diodo.

Ponte de Diodos retificadores

Trata-se de um conjunto de diodos montado e conjunto chamado Ponte de diodos,


este conjunto é composto por 4 diodos e pode ter diversos encapsulamentos com
capacidade de trabalhar com ampla faixa de corrente, dependendo do modelo de
das características da ponte. Abaixo você encontra alguns modelos reais de ponte
de diodos.
Em um esquema eletrônico identificamos as pontes de diodos pelo seu símbolo,
independente do tipo e da corrente, devendo observar as especificações fornecidas
no esquema do circuito. Abaixo você encontra a forma simbólicas para uma ponte
de diodo.

Diodo zeners

Estes diodos podem conduzir corrente no sentido inverso. Para isto devemos aplicar
tensão igual ou maior que a indicada no corpo dele. Quando um zener está
conduzindo no sentido inverso, ele mantém a tensão constante nos seus terminais.
Portanto ele pode ser usado como estabilizador, regulador de tensão ou em circuitos
de proteção em circuitos de baixa corrente. Abaixo você encontra alguns modelos
reais de diodos zeners.
Em um esquema eletrônico identificamos as pontes de diodos pelo seu símbolo,
independente do tipo e da corrente, devendo observar as especificações fornecidas
no esquema do circuito. Abaixo você encontra a forma simbólicas para uma ponte
de diodo.

LED (ou diodo emissor de luz) é um diodo especial feito de arseneto de gálio que
acende quando polarizado no sentido direto. É usado nos circuitos como
sinalizadores visuais. Abaixo você encontra alguns modelos reais de LEDs.

Em um esquema eletrônico identificamos os LEDs pelo seu símbolo, independente


do tipo e da cor e do tamanho. Abaixo você encontra a forma simbólicas para um
LED.
Transistores
De todos os componentes eletrônicos, talvez o mais importante seja o transistor
bipolar ou simplesmente transistor. O transistor pode amplificar sinais, gerar sinais
ou ainda funcionar como uma chave eletrônica, ligando e desligando circuitos. Em
outras palavras, colocando um transistor num circuito ele pode controlar este circuito
a partir de sinais de comando. Existem dois tipos de transistores que são
diferenciados pelo modo como sua estrutura de silício é determinada. Se usarmos
dois pedaços de silício N e um de silício P teremos um transistor NPN. Por outro
lado, usando dois pedaços de silício P e um de N, teremos um transistor PNP.

Os transistores possuem externamente três terminais de conexão chamados


emissor (E), base (B) e coletor (C). A base atua como terminal de controle.

Os transistores podem ser basicamente de dois tipos: bipolares ou de união, e


unipolares ou de efeito de campo. Os transistores bipolares são os transistores
propriamente ditos e são dispositivos controlados por corrente. Os transistores de
efeito de campo são conhecidos comumente como FETs, a partir de uma sua sigla
em inglês (Field Effect Transistors), e são dispositivos controlados por voltagem.

Abaixo você encontra alguns modelos reais de Transistores Bipolares.

Abaixo vamos identificar a base, coletor e emissor de alguns tipos de transistores


bipolar. Isso é muito importante para que você saiba utiliza-los corretamente em uma
montagem ou até mesmo em substituição durante o reparo de algum equipamento.
Através da simbologia do transistor não é possível saber qual é o seu
encapsulamento, temos que identificar no circuito através da descrição qual o tipo do
transistor que esta sendo utilizado. Geralmente os fabricantes identificam os
transistores em um circuito utilizando letras como Q , T , TR, acrescentando um nº
conforme a ordem .

Em um esquema eletrônico identificamos os transistores bipolares pelo seu símbolo,


pode ser um transistor NPN ou um transistor PNP. Abaixo você encontra a formas
simbólicas para os dois tipos de transistores.

Tiristores
Os tiristores são peças semicondutoras, similares El alguns aspectos aos diodos,
projetados para serem utilizados como cadeados eletrônicos, ou seja, são
interruptores que, uma vez fechados por um sinal de controle, só podem ser abertos
através de uma “chave elétrica”.

São diodos especiais destinados ao controle de corrente intensas com um terminal


para o disparo do componente, havendo dois tipos principais que podem se
encontrados. Os SCRs são usados em corrente contínua e os TRIACs são usados
em corrente alternada. Abaixo veremos os seus aspectos físicos e o símbolo destes
dois tipos de componentes:
SCR (Silicon Controlled Rectfier) ou Diodo Controlado de Silício. Trata-se de um
dispositivo semicondutor de 4 camadas destinado ao controle de correntes intensas
nos circuitos. Este dispositivo possui um anodo e um catodo entre os quais passa a
corrente principal, e um elemento de disparo denominado gate. Abaixo você
encontra alguns modelos reais de SCRs.

Em um esquema eletrônico identificamos o SCR pelo seu símbolo. Abaixo você


encontra a formas simbólicas para o SCR.

TRIACs

Os TRIACs conduzem corrente nos dois sentidos quando disparados, e por isso são
indicados para o controle de dispositivos em circuitos de corrente alternada. São
usados para controlar a passagem da corrente alternada em lâmpadas
incandescentes, motores, resistências de chuveiros, etc. Este tipo de circuito
controlador recebe o nome de "dimmer". O TRIAC é um componente formado
basicamente por dois SCRs internos ligados em paralelo, um ao contrário do outro.
Ele possui três terminais: MT1 (anodo 1), MT2 (anodo 2) e gate (G).

Abaixo você encontra alguns modelos reais de TRIACs.


Em um esquema eletrônico identificamos o SCR pelo seu símbolo. Abaixo você
encontra a formas simbólicas para o SCR.

Relés

Os relés são dispositivos comutadores eletromecânicos. Nas proximidades de um


eletroímã é instalada uma armadura móvel que tem por finalidade abrir ou fechar um
jogo de contatos. Quando a bobina é percorrida por uma corrente elétrica é criado
um campo magnético que atua sobre a armadura, atraindo-a. Nesta atração ocorre
um movimento que ativa os contatos, os quais podem ser abertos, fechados ou
comutados, dependendo de sua posição, conforme mostra a figura.
Podemos controlar circuitos de características completamente diferentes usando
relés: um relé, cuja bobina seja energizada com apenas 5, 6 ou 12V, pode
perfeitamente controlar circuitos de tensões mais altas como 110V ou 220V. Abaixo
você encontra alguns modelos reais de relés.

Em um esquema eletrônico identificamos os relés pelo seu símbolo, conforme o


número de pinos e contatos NA e NF. Os relés são dotados de contatos, que podem
ser do tipo normalmente abertos NA e do tipo normalmente fechado NF. Abaixo você
encontra algumas formas simbólicas para os relés.

O circuito integrado

Os circuitos eletrônicos são formados por um conjunto de componentes eletrônicos


como transistores, diodos, resistores, etc. ligados de uma determinada forma que
depende do que desejamos que eles façam. A idéia do circuito integrado é fabricar
num processo único, sobre uma pequena pastilha de silício esses componentes já
interligados para exercer uma função específica como um amplificador, um
regulador de tensão, um oscilador, etc.

Assim, os circuitos integrados são diferentes uns dos outros no sentido de que
cada um deles é feito para exercer uma determinada função. Essa função é dada
pelo seu número ou identificação. O resultado da fabricação dos componentes numa
pastilha é o circuito integrado que pode ter as mais diversas aparências, conforme
mostra a figura 15.
circuitos integrados mais comuns. Existem muitos outros tipos além desses. "
title="Aparências dos circuitos integrados mais comuns. Existem muitos outros
tipos além desses. " />

Aparências dos circuitos integrados mais comuns. Existem muitos outros


tipos além desses.

O tipo da esquerda em invólucro metálico praticamente não é mais usado. Os tipos


da direita podem ter muito mais terminais de ligação, dependendo da sua
complexidade. Alguns chegam a ter mais de 250 terminais de ligação o que torna
muito difícil o trabalho manual com esses componentes. Os circuitos integrados
com muitos terminais pequenos são destinados à montagem apenas através de
máquinas.

Existem ainda os circuitos integrados de amplificadores completos que, por


trabalharem com correntes intensas possuem recursos para montagem em
radiadores de calor, conforme o tipo mostrado na figura 16.

circuitos integrados de potência, dotados de recursos para montagem em


dissipadores de calor. " title=" circuitos integrados de potência, dotados de
recursos para montagem em dissipadores de calor. " />
circuitos integrados de potência, dotados de recursos para montagem em
dissipadores de calor.

Os circuitos integrados são classificados segundo famílias, conforme a função que


exercem. As principais são:

a) Analógicos

Os circuitos integrados analógicos são aqueles que trabalham como


amplificadores ou osciladores, gerando sinais, amplificando sinais, etc.

Temos então os amplificadores de áudio, os osciladores, os amplificadores


operacionais, etc.

b) Digitais

Os digitais são aqueles que trabalham com apenas dois níveis de sinais (0 e 1)
realizando operações lógicas como as encontradas em computadores. Existem duas
grandes famílias de circuitos integrados digitais encontrados nas aplicações
práticas comuns. A família TTL que é compatível com a maioria dos computadores
funcionando com tensão de 5 V e a família CMOS que trabalha com tensões de 3 a
15 V.

Um grupo importante de circuitos integrados dessa família é o formado pelos


microprocessadores. São circuitos integrados extremamente complexos que
podem ser programados externamente para realizar certa função. Alguns desses
circuitos integrados possuem mais de 10 milhões de transistores em seu interior.
Na figura 17 temos uma foto de um microprocessador comum.
Um microprocessador comum.- Foto Texas Instruments

Os circuitos desses componentes não vem programados de uma forma específica.


Através de um programa que o usuário deve desenvolver os transistores são
ativados de modo que o componente faça o que ele deseja. Nesta categoria também
enquadramos os microcontroladores, que são circuitos que podem ser programados
para controlar dispositivos externos a partir de comandos num teclado ou sinais de
sensores.

c) Funções Especiais

Existem diversas funções especiais disponíveis na forma de circuitos integrados.


Podemos citar vários exemplos:

PLL - Os Phase Locked Loop são circuitos integrados especiais capazes de


reconhecer um sinal de determinada freqüência. São usados como filtros em
diversas aplicações.

Reguladores de Tensão - São circuitos integrados que fornecem uma tensão fixa
em sua saída independentemente da tensão de entrada. Podemos citar a série
78XX onde o XX significa a tensão de saída (06, 09, 12, 15 V...). Esses circuitos são
muito usados em fontes de alimentação.

Receptores - alguns circuitos integrados possuem toda a configuração para se


montar um receptor de rádio com poucos componentes externos.
Osciladores - são circuitos especialmente destinados à gerar sinais de
determinadas freqüências ou ainda fazer temporizações. O mais conhecido desta
família é o 555 que gera sinais até 500 kHz. (*6).
Outros tipos de diodos

Um diodo muito importante para as aplicações eletrônicas é o diodo zener. Este


diodo opera polarizado no sentido inverso, conforme mostra a figura 18.

Símbolo, aspecto e modo de utilizar um diodo zener como regulador de tensão.

Quando polarizamos este diodo no sentido inverso, chega o momento que, com
determinada tensão, ele conduz. Sua tendência será sempre de conduzir de tal
forma a manter constante esta tensão em seus terminais, em outras palavras, ele
funciona como um regulador de tensão. Em muitos circuitos, este componente é
utilizado para regular a tensão de saída de modo que ela não se altere, mesmo que
a tensão de entrada mude.

Temos ainda, nesta categoria de componentes o foto-diodo, que um diodo que


funciona como sensor de luz. Quando o polarizamos no sentido inverso, uma
pequena corrente flui pelas junções como resultado da agitação térmica dos átomos.
No entanto, se bater luz na junção esta corrente aumenta porque mais portadores de
cargas são liberados. Nestes diodos flui portanto uma corrente diretamente
proporcional à intensidade da luz que incide nas suas junções. Estes diodos são
extremamente rápidos, sendo por isso usado em detectores que lêem códigos de
barras, máquinas na medida da velocidade de engrenagens e em muitas outras
aplicações. Estes diodos, conforme mostra a figura 19 possuem uma abertura para
entrada da luz ou ainda são montados em invólucros de plástico transparente.

Aspectos dos foto-diodos.

Outras configurações para os transistores

Além da configuração de emissor comum, que é a mais utilizada, os transistores


também podem ser utilizados nas configuração de coletor comum e de base comum.
Na figura 20 temos a configuração de base comum comparada com outros
componentes.
Configuração de base comum para um transistor bipolar. O sinal entra pelo
emissor e sai pelo coletor.

Nesta configuração temos um ganho de tensão, o que significa que a tensão de


saída é maior do que a corrente de entrada e a impedância de entrada é muito
baixa. A impedância de saída é alta.

Para a configuração de emissor comum, o sinal entra pela base e é retirado do


emissor, conforme mostra o circuito da figura 21.
Configuração de emissor comum. O sinal entra pela base e sai pelo emissor.

Nesta configuração temos um ganho de corrente, o que significa que a corrente de


saída é maior do que a de entrada. A impedância de entrada é alta e a impedância
de saída baixa.

Na figura 22 temos a configuração de coletor comum em que o sinal entra pela base
e sai pelo emissor.

Configuração de coletor comum.

Veja mais sobre estas configurações no livro Curso Básico de Eletrônica. Os termos
correspondentes à impedância, ganho, configurações também devem ser
consultados na nossa enciclopédia, onde o leitor pode obter mais informações.

Polarização dos transistores

Polarizar um transistor é fazer com que circulem pelos seus terminais as correntes
que ele precisa para funcionar. Isso é feito através de resistores e outros
componentes que levam os terminais às tensões necessárias à circulação das
correntes desejadas. Numa forma simples de polarização, mostrada na figura 23,
usamos dois resistores na base e um no coletor.
Polarização simples de um transistor na configuração de emissor comum.

O resistor de base fixa a corrente neste elemento enquanto que o resistor de coletor
determina tanto a corrente de coletor como a tensão neste elemento. Desta forma,
as variações da corrente na base, dadas por um sinal externo, se transferem para o
coletor na forma de uma variação maior da corrente e de uma oscilação na tensão.
O ganho, com certa aproximação é dado pela relação entre os valores dos dois
resistores utilizados. Veja no Curso Básico de Eletrônica e na enciclopédia, outras
formas de polarização que agregam estabilidade e também permitem obter maiores
ganhos.

ESD

ESD significa Electrostatic Discharge ou Descarga Eletrostática. Trata-se do maior


problema que existe para a integridade dos componentes eletrônicos. Os corpos
podem adquirir cargas elétricas elevadas por diversos motivos. No caso do nosso
corpo, pelo fato de usarmos sapatos com solas isolantes e caminharmos em
carpetes e outros meios, o atrito gera cargas que chegam a mais de 10 000 volts.
Esta carga fica acumulada no nosso corpo, sem que percebamos isso. Se tocarmos
nos terminais de um componente, ocorre a descarga e com isso o componente
queima.

Podemos sentir esta descarga na forma de um choque quando tocamos num corpo
ligado à terra ou um corpo metálico de maior porte. É o que ocorre quando tocamos
na fechadura de uma porta ou numa torneira e tomamos um pequeno choque.
Recursos para evitar que as cargas se acumulem nas pessoas são empregados em
oficinas que trabalham com componentes eletrônicos sensíveis.

Darlintgons de Potência

Transistores Darlington de potência são componentes que incluem num único


invólucro dois transistores e alguns componentes mais como resistores e
eventualmente diodos de proteção, com a configuração mostrada na figura 24.
Configuração interna de um transistor Darlington de Potência tipo NPN.

Estes componentes são projetados para apresentar ganhos elevados (acima de 1


000) e podem trabalhar com correntes intensas, de vários ampères. Desta forma,
com correntes muito baixas é possível utilizá-los no controle de cargas elevadas
como lâmpadas, motores, solenóides, etc. Como eles trabalham com correntes
intensas, eles são dotados de recursos para a montagem em dissipadores de calor.
Tipos comuns são os da série TIP da Texas, como o TIP120 que pode controlar
correntes de vários ampères. A série BD também possui diversos transistores
Darlington. Mas, atenção, nem todos os TIP e BD são Darlingtons! Nos livros da
série Circuitos & Soluções são dadas as especificações de muitos transistores
Darlingtons de uso mais comum.

circuitos integrados

Os circuitos integrados estão evoluindo no sentido de conterem cada vez mais


componentes. A Lei de Moore afirma que a cada 18 meses dobra o número de
componentes numa pastilha e isso vem ocorrendo praticamente desde que o circuito
integrado foi inventado. Hoje, numa única pastilha já é possível integrar mais de 50
milhões de componentes e isso ocorre com os microprocessadores, como os
utilizados nos computadores.

Para quem utiliza estes componentes, na maioria dos casos são empregados nos
projetos, reparações e montagens tipos específicos simples que podem ser
encontrados em fornecedores apropriados. Hoje existe mais de 1 milhão de tipos
diferentes de circuitos integrados que devem ser identificados pelo seu tipo,
gravado no próprio componente.

Em muitos casos, como no de equipamentos de uso doméstico, médico, etc., o


código é dado pelo próprio fabricante do equipamento, por isso o circuito integrado
só pode ser obtido numa oficina autorizada sua, o que dificulta muito o trabalho de
reparação. Em outros casos, entretanto, são utilizados circuitos de uso comum, que
podem ser encontrados em qualquer loja de componentes. Neste caso, a
substituição ou mesmo a elaboração de um projeto é muito mais simples.

Os projetos que costumamos publicar neste site e em nossos livros utilizam


justamente este tipo de circuito integrado. Para eles, é fácil obter as folhas de
especificações (datasheet) digitando-se o tipo de componente num mecanismo de
busca do site (localizar datasheet).

Exemplos de circuitos integrados desta categoria são: 741, CA741, LM339, TL072,
LM7805, NE555, LM555, etc. Muitas vezes, as duas primeiras letras identificam o
fabricante. Por exemplo, NE555, LM555, TL555 são o mesmo componente, mas de
fabricantes diferentes. A série de livros Circuitos & Soluções e também nossa seção
de Idéias Práticas e Informações Úteis traz especificações de muitos dos circuitos
integrados mais comuns.

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