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Câncer de Ovário

O câncer de ovário é considerado o câncer ginecológico mais dificil de


ser diagnosticado . A maioria dos tumores malignos de ovário só se manifesta
em estágio avançado. É o câncer ginecológico mais letal, embora seja menos
frequente que o câncer de colo do útero.
Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete principalmente as
mulheres acima de 40 anos de idade. É quarta causa de morte por câncer em
mulheres, sendo o mais letal dos tumores ginecológicos. Isso se deve ao fato
de que na maioria dos casos o diagnóstico precoce é mais incomum, já que
são tumores de crescimento traiçoeiro com sintomas que levam algum tempo
para se manifestarem.
O quadro clínico não é muito específico e pode se manifestar comodor
abdominal difusa, isto é, que se espalha por várias direções; constipação;
aumento de volume do abdômen e desconforto.
O exame clínico dificilmente consegue diagnosticar tumores pequenos,
mas a ecografia pélvica transvaginal e transabdominal permite o diagnóstico e
a avaliação desses tumores de ovário. Pode ser que a tomografia
computadorizada seja necessária para uma avaliação mais detalhada em
relação ao comportamento de outraos órgãos do corpo. Os marcadores
tumorais, que são dosados no sangue, ajudam na detecção precoce do câncer
de ovario, sobretudo junto com a ecografia e, principalmente,no
acompanhamento de pacientes já tratados de câncer.
No entanto, o diagnóstico já definitivo, assim como o tratamento são
feitos por meio de cirurgia que permite a avaliação da cavidadeabdominal e
aretirada de todo o tumor visível.Basicamente, a extensão da cirurgia depende
do tipo de tumor, da extensão do cêncer, da idade da paciente e da intenção de
preservar sua fertilidade.
Na maioria dos casos necessita de complementação terapêutica com
quimioterapia. A radioterapia e a hormonioterapia também são tratamentos
complementares.
O câncer de ovário, assim como os outros tipos de câncer, precisa de
atenção, principalmente, porque, como vimos, sua detecção não é tão fácil.
Cuidados ginecológicos e acompanhamento médico são fundamentais na
prevenção desse tumor.
Quais são os riscos de se desenvolver um câncer de ovário?

Existem fatores que estão relacionados ao aparecimento do câncer de


ovário. Dentre eles, podemos citar os seguintes determinantes: genéticos,
hormonais e ambientais. Convém ressaltar que aproximadamente 90% dos
casos de câncer de ovário não apresentam fatores de risco. Os outros 10% dos
cânceres de ovário apresentam um elemento genético ou familiar. A história
familiar é o fator de risco mais importante.

É muito comum que as mulheres apresentem cistos no ovário, o que não


deve ser motivo para pânico. O perigo só existe quando os cistos são maiores
que 10 cm e possuem além de áreas sólidas também áreas líquidas. Nesse
caso, a cirurgia é o tratamento mais indicado.

Dentre os fatores de risco mais comuns associados ao câncer de ovário


podemos citar:

a.História Familiar

Mulheres com parentes próximos como mãe, irmã ou filha que tiveram
câncer de ovário, apresentam mais risco de desenvolver esse tipo de tumor.

b.História Ginecológica

Mulheres que nunca engravidaram têm mais chance de ter câncer de


ovário. E quanto mais vezes uma mulher engravida, menor é o seu risco de
desenvolver uma neoplasia ovariana. A amamentação também protege contra
o câncer de ovário. Mulheres que fizeram ligadura de trompa ou histerectomia ,
isto é, retirada cirúrgica do útero também têm menos chance de ter esse tipo
de câncer.

c. Uso de Medicações

Algumas mulheres que utilizam medicações para infertilidade, têm um


maior risco para ter esse tipo de tumor. O uso de anticoncepcional oral protege
contra o câncer de ovário.

d. Idade da mulher

Mulheres com idade superior a 50 anos têm mais chances de


desenvolver esse tipo de câncer, por isso o acompanhamento médico é
fundamental.

e. Terapia hormonal

A terapia de reposição hormonal aumenta o risco de câncer de ovário.


Neste caso, as mulheres devem fazer com freqüência exames ginecológicos e
outros exames de imagem que controlam as alterações nos ovários. O intervalo
entre um exame e o outro deve ser discutido com seu médico.
Ooforectomia Profilática
Ooforectomia é a remoção dos ovários para tratar ou prevenir o câncer
de ovário ou outras anomalias dos ovários "Ooforectomia profilática" refere-se
a remoção dos ovários nas mulheres que têm um risco elevado para câncer de
ovário.. As mulheres com risco hereditário elevado para câncer de ovário
também têm um risco elevado para câncer de Falópio. Por esta razão, quando
os ovários são removidos de forma profilática, as trompas de Falópio também
deve ser removido. "Salpingo-ooforectomia bilateral" (BSO) refere-se a
remoção cirúrgica de ambos os ovários e os dois tubos. Em mulheres com
risco substancialmente aumentado para câncer de ovário, ooforectomia
bilateral profilática tem sido demonstrado ser uma ferramenta altamente eficaz
para reduzir o risco para o câncer de ovário e câncer de mama. Apesar de
eficaz, alguns consideram ooforectomia forma drástica para diminuir o risco de
câncer. Após a ooforectomia profilática, existe ainda um pequeno risco de
desenvolver cancro do peritônio ", que é o revestimento do abdômen. Este tipo
de câncer, chamado "O câncer primário peritoneal," está relacionado ao câncer
de ovário.
A ooforectomia profilática durante uma histerectomia por agravo uterino
benigno representa tema controverso. São realizados em mulheres com idade
entre 40 e 64 anos, quando os ovários ainda exibem significativa atividade
endócrina.
De fato, ao redor dos 37 anos constata-se nítida claudicação hormonal
dos ovários, quando sua população folicular é de 20 mil unidades; a partir daí,
instalam-se pequenas oscilações na produção de esteróides, justificando as
primeiras irregularidades mestruais características do estágio da transição
menopausal.
Assim, após uma ooforectomia, com a queda na produção dos
andrógenos, ocorre redução de 40%-50% nas concentrações séricas de
estrona, explicando o aparecimento de sintomas e sérios agravos. As ondas de
calor constituem os sintomas mais desconfortáveis e acometem 50% das
mulheres ooforectomizadas. Sintomas psiquicos e sexuais também são
referidos e decorrem da redução de 40% na produção andrógena.
No estágio da pós-menopausa com a evidente deficiência de
estrogênios podem eclodir importantes agravos como atrofia cutâneo-mucosa,
doença cardiovascular, osteoporose e distúrbios da cognição.
Os pesquisadores estudaram a redução do risco de câncer de ovário
após a ooforectomia profilática. O montante da redução do risco alcançados
varia de acordo com o quanto de risco estava presente antes da cirurgia.
Para portadores de alto risco BRCA1 mutações, ooforectomia profilática
em torno dos 40 anos reduz o risco de câncer de ovário e câncer de mama e
fornece substancial a longo prazo de sobrevivência e vantagem
significativa.Para portadores de alto risco BRCA2 mutações, ooforectomia em
torno de 40 anos de idade tem um efeito marginal sobre a sobrevivência, o
efeito positivo de câncer de mama reduzido e o risco de câncer de ovário é
quase equilibrada pelos efeitos adversos. A vantagem de sobrevivência é mais
importante quando ooforectomia é realizada em conjunto com a mastectomia
profilática.
A ooforectomia também acarreta expressivas repercussões para a
massa óssea, visto que os estrogênios fisiologicamente exercem ação anti-
reabsortiva e os andrógenos, além daquele efeito, ainda atuam na formação
óssea. A ooforectomia profilática atualmente é recomendada mas pouco
praticada.
Ooforectomia demonstrou ser o método mais eficaz para reduzir risco de
câncer de ovário em mulheres de alto risco. Se realizada antes da menopausa,
ooforectomia também reduz o risco de câncer de mama em mulheres de alto
risco. Se realizada antes da menopausa, a ooforectomia também reduz o risco
de câncer de mama em mulheres de alto risco. No entanto, a ooforectomia leva
à menopausa precoce, e as mulheres precisam ser orientados sobre os
sintomas da menopausa
Pré-operatório

• O profissional de enfermagem deve preparar a paciente para a


realização de exames fíicos e laboratoriais.

• Ficar atento aos sinais vitais e dar apoio psicológico

• Verificar roupa cirúrgica ( de acordo com a instituição)

• Anti-sepsia da pele, tricotomia, jejum e preparo intestinal

• Ultra-sonografia pélvica

• Transvaginal

Intra-operatório
Constitui-se no conjunto de medidas que inicia-se no ato de
entrada da paciente no centro cirúrgico, até o término da cirurgia.

Pós-operátorio imediato

• Transportar o paciente e mantê-lo em decúbito dorsal

• Verificar os sinais vitais de duas em duas horas

• Observação constante

• Atenção a hemorragias

• Apoio emocional ao paciente

• Observar nível de consciência

• Aquecer o paciente, de acordo com suas necessidades

• Instalar balanço hídrico

Pós-operatório tardio
• Controlar e anotar parâmetros vitais de acordo com evolução
clínica do paciente e/ou prescrição médica.

• Controle da hidratação venosa

• Mudança de decúbito

• Prestar higiene
• Trocar o curativo de 12 em 12h ( de acordo com a prescrição do
enfermeiro chefe)

• Ficar atento ao aparecimento de alterações como:

 Dor

 Alteração da temperatura

 Náuseas e vômitos

 Sede

 Soluços

 Choque

 Hemorragias

 Alterações urinárias

Câncer de Ovário
Lucas de Souza Lemos
Professora Ivone
SENAC
Foz do Iguaçu, setembro de 2010.

Conclusão

O câncer de ovário é o câncer ginecológico mais difícil de ser


diagnosticado. Cerca de ¾ dos tumores malignos de ovário apresentam-se em
estado avançado no momento do diagnostico inicial.
Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o
aparecimento do câncer de ovário. Cerca de 90% dos cânceres de ovário são
esporádicos, isto é, não apresentam fator de risco reconhecido. Cerca de 10%
dos cânceres de ovário apresentam um componente genético ou familiar é o
fator de risco isolado mais freqüente.
Diversas modalidades terapêuticas podem ser oferecidas( cirurgias,
radioterapia e quimioterapia).A escolha vai depender principalmente do tipo
histológico do tumor, do estagiamento clinico e/ou cirúrgico do tumor, da idade
e das condições clinicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente. Se a
doença for detectada no início-especialmente nas mulheres mais jovens- é
possível remover somente o ovário afetado.
Introdução

Os ovários são as glândulas de produção dos hormônios femininos. As


mulheres têm dois ovários, um de cada lado da pelve, ligados ao útero pelas
trompas. Sua função é produzir o estrogênio e a progesterona que regem,
entre outras coisas, o ciclo menstrual da mulher, e produzir e armazenar os
óvulos. Os óvulos são liberados dos ovários a cada ciclo menstrual normal e se
encaminham para o útero pelas trompas. O óvulo, fertilizado pelo
espermatozóide, se fixa na parede interna do útero e se desenvolve num bebê.

Os ovários são feitos de diferentes tipos de células e todas podem sofrer


um processo de malignização transformando-se num tumor, benigno ou
maligno. Dos tumores malignos dos ovários, o mais comum é o
adenocarcinoma de ovário. As neoplasias de ovário devem crescer muito até
produzirem sintomas para a paciente, o que faz com que a maioria desses
tumores seja diagnosticada quando já estão num estágio avançado. Esse é um
dos motivos porque esse tumor está relacionado com uma baixa sobrevida.

O câncer de ovário pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas acomete


principalmente as mulheres acima de 40 anos de idade. É a quarta causa de
morte por câncer em mulheres, sendo o mais letal dos tumores ginecológicos.
Isso deve-se ao fato de que na maioria dos casos o diagnóstico é tardio, já que
são tumores de crescimento insidioso com sintomas também tardios. O quadro
clínico é inespecífico, apresentando-se com dor abdominal difusa, constipação,
aumento de volume abdominal e dispepsia.
Salpingectomia Bilateral

A salpingectomia uni ou bilateral é a extirpação de uma ou ambas


trompas de Falópio. A salpingectomia é feito no caso de gravidez tubária, ou
quando uma certa quantidade de líquidos retidos ou pus acha-se dentro de
uma trompa. A salpingectomia é indicada nas pacientes com ectópica rota,
prole constituída, gravidez ectópica anterior, lesão tubária extensa, e quando a
salpingostomia é realizada e persiste sangramento incontrolável. A
salpingectomia pode deixar a mulher infértil no lado afetado, mesmo se a
trompa for removida só parcialmente e depois religada. Este possível efeito
colateral tem encorajado tratamentos menos invasivos, tais como a
salpingostomia e a terapia com metrotrexate. A salpingectomia pode ser
realizada cirurgia aberta (corte) ou por vídeo laparoscopia.
É mais comum nas mulheres sexualmente activas. Pode resultar de
infecções da cavidade abdominal devido à comunicação que há entre esta e os
óstios abdominais das tubas. Uma das causas principais de infertilidade
feminina é o bloqueio das tubas uterinas, frequentemente resultado de infecção
que causa salpinge

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