Você está na página 1de 7

Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

fora de quadro
sobre que imagens precisamos falar? // por carol almeida

Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco


Sai Preto Fica
Publicado em 19 19UTC março 19UTC 2015

Fazia poucos dias que o diretor Adirley Queirós havia ganho o prêmio de Melhor Filme no Festival de
Brasília com Branco Sai Preto Fica. Nos encontramos onde tudo foi filmado, na Ceilândia, periferia do
Distrito Federal, para uma sessão de Cineclube em que o título do dia era Mad Max (1979), amplamente
discutido pós-sessão por sua linguagem de filme de ação. Adirley se diz fascinado com essa linguagem. O
cineasta que já foi um dia jogador de futebol profissional e hoje é uma das pessoas de maior articulação
retórica para falar sobre o lugar do cinema feito na periferia, com as questões próprias do ser periférico,
cede uma longa entrevista enquanto sentamos numa mesa de bar, depois de assistir a Mel Gibson em sua
saga vingadora. As questões que ele coloca transcendem a Branco Sai Preto Fica e falam de cinema,

1 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

memória narrativa, cooptação da periferia por grupos como o Fora do Eixo, desobediência civil e a negação
dos espaços urbanos. Mas todas essas questões, absolutamente todas, estão dentro do filme. É preciso
assistir Adirley e discutir com ele. Mais do que nunca. Eis uma tentativa:

O que tem te chamado atenção em documentários no cinema brasileiro?

Cara, eu gosto muito da cena paraibana, gosto do Ian Abé e de outros caras lá. Acho que eles tão lidando
muito com essa ideia de cinema de gênero. Agora, de uma forma geral, tenho gostado de ver mais curta-
metragens que longas. Acho que Brasília teve uma safra muito boa este ano (2014) de longas. Gostei muito
do filme do Pedroso, o Ela Volta na Quinta, aliás, gostei de todos. Entre os curtas, acho que há uma
diferença muito clara entre dois tipos. Existe o curta-metragista que tem filmes muito já fechados, com
domínio narrativo muito grande, e tem filmes que são mais livres, não no sentido de livre do afeto, mas livre
nas propostas, nas câmeras. E é engraçado que esses mais livres estão vindo de um certo lugar que
chamam de centro. Gente como Lincoln Péricles, Renan Rovida, e tem um povo também do Rio de
Janeiro, que não está no centro, no sentido de que essas pessoas não pegam os recursos maiores. Mas
do que vejo mesmo hoje, aí são mais filmes antigos. Tou revendo muito filme de ação, vejo muito clássicos
brasileiros tipo Lúcio Flávio.

Você acabou de fazer um filme que dialoga com a ficção científica. Há a pretensão de fazer um filme de
gênero apenas?

Pretendo. Mas acho que, por enquanto, muito mais leio do que vejo filmes. Me empolga muito mais a
literatura, às vezes, do que os filmes. Acho que dá pra explorar muito mais pela literatura que por uma
referência fílmica. Pretendo fazer um filme 100% de ficção, que embarque totalmente no gênero, sem
concessões, sem ficar explicando. Na verdade, esses filmes que eu faço que ficam ali no limite (do gênero)
são também resultado de uma limitação orçamentária e uma limitação de edital. Ganho edital de
documentário e, às vezes, tenho que tentar convencer as pessoas que o que faço é um documentário,
caso contrário elas pedem o dinheiro de volta. O Branco Sai mesmo, se não houvesse a limitação do
documentário no edital, eu já iria direto na proposta de narrativa de gênero. Mas ainda com essa proposta
de liberdade dos atores, com a memória. A memória de pessoas que têm mais de 40 anos é a memória
narrativa de filmes de ação. Porque os filmes que a gente via, e as histórias que ouvíamos eram todas
narrativas, as músicas eram narrativas, o rap, clássicos da MPB, Geni. Acho que a memória passa por essa
linha narrativa. Quero explorar a memória junto com o gênero. Não necessariamente fazer um filme como
o Mad Max, mas explorando esses sistemas nossos.

Você falou de memória narrativa…

Quando falo de memória narrativa é que o que a gente tem de referência pra contar. As histórias são
referências muito narrativas. A memória sai disso. Tem início, meio, fim, ponto de virada. Quando você
propõe uma pessoa a contar a realidade dela, na minha cabeça, a pessoa tem esses paradigmas todos do
politicamente correto. Se eu vou abordar um personagem periférico, o que ele tem de construção narrativa
periférica são os telejornais, são as narrativas “sociais”. Então esse cara começa a dramatizar, sofrer, a se

2 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

colocar num lugar de sofrimento e piedade. Se internaliza essa narrativa, como se a pessoa que fosse ouvir
aquele personagem necessariamente estivesse em um lugar de classe maior do que ele. Como se
necessariamente essa outra pessoa tivesse um poder de juiz. Porque ela vem pra julgar aquele
personagem e enquadrá-lo numa narrativa. Mas se a gente propõe a esse narrador periférico que ele
apareça dentro de um arquétipo de ficção, essa narrativa dele virá amarrada à ideia de filme de ação e
aventura. E aí acho que esse personagem chega num certo ponto, em que não existe uma orientação de
corte, e ele tem que responder à própria fruição do pensamento, e aí ele começa a ter gagueira. E isso eu
acho massa. Na gagueira sai o filme. Ele se livrou daquele espírito do homem cordial, e passa a atuar a
partir de sua memória, e aí ele começa a se emocionar. Acho minha busca é no limite dessas coisas: a
narrativa enquanto documentário e a narrativa desse cara ficcional. E aí vem também uma coisa de
preparação da equipe pra essas reações, porque ela tem que estar preparada pra gagueira do cara. A
nossa busca de cinema é muito por essas narrativas. Até a ideia de ver os filmes passa por isso. Dia
desses vimos aquele documentário careta, o Lixo Extraordinário, um filme perverso, reacionário, e aí
começamos a discutir como aqueles personagens estão enquadrados nessa leitura do pobre que
transforma, mas que conhece seu lugar.

– Nesse momento, Joceline Gomes (aqui a leitura dela dessa mesma conversa), jornalista que mora em
Ceilândia, participa da conversa -: A última mensagem do teu filme, projetada na tela, é “a nossa memória
fabulamos nós mesmos”. Como que é a fabulação de uma memória periférica, da Ceilândia?

Acho que tem a ver, novamente, com construção de memória. Na minha cabeça, a memória tradicional
tende a ser reacionária. Pensando na história de Ceilândia. Essas pessoas que sofreram todo o massacre
que aconteceu para que houvesse a construção de Ceilância narram essa memória como se aquele tempo
tivesse sido “o tempo bom”. Criamos todo um mecanismo perverso pra afirmar que o passado foi bom,
embora o passado tenha sido horrível. Passamos fome, frio, nossos pais morreram de diabetes,
hipertensão, assassinados. A gente tem que se livrar daquele tempo. Eu ia praquele baile, o Quarentão. E
essa lembrança do Quarentão é narrada hoje pelas pessoas com um tom preconceituoso. E eu também
sou preconceituoso. É óbvio que eu tenho internalizado em mim a homofobia, o racismo, o machismo. Isso
não sai da gente de uma hora pra outra. Mas produzir um trabalho de cinema que lide com isso é entender
que essa contradição está ali colocada. Quando eu ia entrevistar os caras que frequentavam o Quarentão,
e que são meus amigos, eles me falavam que odeiam funk, por exemplo. Porque acha que funk é música
de ignorante. É exatamente o mesmo preconceito que aquela geração deles sofreu, porque o que eles
escutavam era música de preto. Eles refletem esse preconceito porque a memória deles está no passado.
E a memória tem uma assepsia, ela vem idealizada, pelos filmes, novelas. Meu medo com isso é a carga
preconceituosa que sempre vem junto, que não liberta. Quando eu coloco a Dança do Jumento em Branco
Sai Preto Fica, que é um forró esculachado e passo depois pra um funk, é pensando nesse embate de
gerações. Eu lembro de um debate em Minas, depois da exibição do filme, em que um pessoal falou que
gostava de tudo e tal, mas não via sentido na Dança do Jumento ali. É preciso entender que meu filme não
é sobre funk ou black music. É sobre memória coletiva.

Você acredita que o pensamento crítico hoje, seja no Brasil ou lá fora, surge essencialmente da periferia? E
é ela, a periferia, que acrescenta agora a discussão do próprio cinema nacional?

3 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

Acho que ela acrescenta sim. O pensamento da periferia é fundamental quando nasce da espontaneidade,
no sentido da emoção. Não que ele não possa ser racional. Mas se você pensar no próprio Racionais MCs,
o que eles são senão a poesia em estado latente? O pensamento ali nasce primeiro no estômago. Só que
aí tem um outro problema. Porque o centro racional vai olhar pra gente e vai dizer que o nosso pensamento
é intuitivo. Já ouvi muita gente dizendo: “o cinema do Adirley é intuitivo”. Como assim? Ele pode até ser
intuitivo, mas não é só isso.

“Intuitivo” é uma palavra bem perigosa.

Muito. Porque é exótico e te diferencia das pessoas. Como se eu, periferia, tivesse intuição, e você não
tivesse. Todo mundo tem intuição e tem insight. Tem essa coisa de como as pessoas chegam e se
apropriam desse espaço. Acontece muito na periferia hoje chegar grupos de pessoas “racionais” que nos
falam assim: “Nós temos que ser educados. Temos que ter bom gosto”. O bom gosto é a desgraça do
pensamento.” E o bom gosto na periferia é quase como um pastiche. Porque é querer ser aquilo que não
se é. Só que esse pensamento é comprado, e é comprado, por exemplo, pelo Fora do Eixo. Quando o
Fora de Eixo chega na periferia, a primeira coisa que ele faz é dizer que vai organizar a parada. “Vamos
colocar isso dentro de uma categoria do bom gosto”, eles dizem. E aí acho que existe uma perversidade.
Pois o Fora do Eixo é a institucionalização da periferia. Lutamos eternamente por representações políticas.
O Lula foi esse símbolo forte de uma representação pela qual a gente lutava. Mas quando esse
pensamento político vira instituição, é óbvio que ele vai lutar pela própria instituição. E a periferia reproduz
isso, porque vai se tentar se organizar também para atender a esse modelo. Mas o pensamento não pode
nunca respeitar a instituição. Por outro lado, também entendo que nossas lutas só conseguem se
concretizar na instituição. A pauta racial, feminista e qualquer outra só poderá ser atendida se
institucionalizada. E aí, nos perguntamos: nós que fazemos cinema, literatura e música, pra onde vamos
então?

É preciso haver mais desobediência civil para questionar essas instituições? E onde está o lugar da
desobediência civil na periferia?

Acho que a desobediência civil precisa existir sim. Mas na periferia, ela está encarcerada. A desobediência
é espaço de um certo grupo privilegiado, no qual talvez eu me insira hoje. Não sou um homem rico, mas
sou um homem que faz cinema. Então, de certa forma, posso chegar por aí e falar umas “besteiras” e
posso partir pro embate porque estou ancorado por grupos maiores. Mas o homem comum de periferia
não pode nunca fazer isso. Ele não pode ter cabelo grande, porque vai ser mandado embora da firma. Ele
não pode ter sequer personalidade. Porque se tem, é desobediente, está fora. E quando a pessoa tende a
ser artista na periferia, ela é rapidamente cooptada. Acho que a função do Fora do Eixo é justamente essa,
cooptar toda a desobediência civil da periferia e transformar tudo num grande monólito. Vejo eles
usurparem a memória da periferia e creio que, futuramente, eles deviam ser processados por isso. Porque
o que acontece é isso, se uma mulher ou homem da periferia se expressa artisticamente, logo eles perdem
a desobediência porque são cooptados, porque pensam que só podem se expressar em função do
Estado. E aí o sarau, o cineclube, tudo isso se torna “educacional”. Existem três situações de
desobediência na periferia. Ou o cara é moleque, se revolta contra o sistema, rouba e termina preso. Ou é

4 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

o artista que será cooptado pelo Estado. Ou é alguém que, mesmo que tenha toda a arte do mundo dentro
dele, está preso ao modelo de família de onde ele não pode mais sair. Já no Centro isso não acontece. As
pessoas do Centro são formadas para serem desobedientes, pelo menos até um certo momento, até virar
poder. Porque pra eles não serve o papel de intermediário do poder, a nós sim. Pra mim, resta o papel de
mediação entre centro e periferia, e isso é horrível, é o papel mais mesquinho que existe. Já faço isso em
alguns momentos sem perceber e é um perigo. Porque quando sua função é responder a tudo, isso
significa que você é um codificador. E codificar é perverso também.

É uma dialética sem fim essa.

Sim, a gente tá fudido. Por isso que vivo dizendo que não quero ser representante de porra nenhuma,
porque se for pra ser isso, é melhor largar tudo. Essa coisa de se colocar em lugares de fala diferentes eu
experimento muito. Por exemplo, quando vou falar com os jornalistas. A primeira frase que você fala vai ser
o ponto de partida de onde todos ali vão te ler. Minha estratégia de entrevista é: a primeira resposta tem
que ser a coisa mais tosca possível. Porque os caras vão te ler como um homem bruto e, a partir dessa
leitura, eles passam a soltar todos os preconceitos que eles têm. Não me chamam mais pelo nome: é “oi,
você”. E começam a ter raiva. Isso é bom pra caramba, porque aí você vê que eles estão também
carregados de preconceitos, a única diferença é que eles dominam a gramática. Ou seja, voltando à
questão da dialética: não existe solução. Ao mesmo tempo que só existe uma possibilidade de
desobediência civil individual, só existe uma possibilidade de evolução de classe coletiva. E aí meu conflito
com o marxismo. Acho que somos podados porque o marxismo é careta em termos de cultura. Ele
consegue às vezes ser muito mais opressor que a direita nesse sentido. Então não tem essa do cineasta,
do artista, do jornalista conseguir resolver essa equação. E se a pessoa for da periferia, aí então é que ela
tá realmente fudida, porque precisa responder 24 horas no dia pelos seus atos. A primeira arma que é
apontada para a periferia não vem do centro, vem de dentro. No caso do cinema, por exemplo. A gente,
pra conseguir fazer cinema, precisa entrar em códigos de grana. O máximo que podemos fazer é se dar ao
luxo de sermos diletantes, mas nunca poderemos, de fato, viver do cinema, pois seremos acusados pelos
nossos de traição, de ganhar com algo que deveria não depender do dinheiro. Outra coisa, me incomoda
no pensamento de periferia é a ignorância em relação aos meios de produção. A gente possui os meios,
mas não temos noção clara do potencial desses meios, porque somos educados para que eles
reproduzam os filmes dos caras do centro. Exemplo: Filme de celular. Massa, vamos fazer filme com celular.
Aí em vez de fazer um filme foda, o cara vai lá e faz um filme careta.

Uma das várias leituras que se pode fazer de Branco Sai Preto Fica tem a ver com a questão de ocupação
dos espaços urbanos, do direito à mobilidade dentro da cidade como um novo enfrentamento do
capitalismo. Você tem dois personagens centrais que perdem, fisicamente, parte dessa mobilidade. Um fica
paraplégico e outro perde uma perna. E isso só acontece porque é a polícia, símbolo da ordem do sistema,
que tira essa mobilidade deles, na intenção de transformá-los em pessoas inertes, deles não poderem mais
ocupar os espaços que estavam ocupando. Quanto da escolha desses dois personagens não foi pensada
para se discutir isso especificamente?

Da mobilidade?

5 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

Sim.

Total. Penso que a gente é amputado 24 horas. Quando fiz o filme, pensava também que a própria leitura
da câmera sobre o corpo dos caras era também extremamente erótica, tem cena fechada no cara
malhando e tal. Partiu dessa ideia que a gente poderia resignificar o corpo da gente, pois ele é
constantemente policiado. A gente não pode ser gago, não pode ser gordo, temos que ser sempre
formatados com essa ideia de beleza impressa. O homem amputado existe porque a cidade é amputada.
O corpo não existe sem a cidade, ele é a cidade. E esses corpos que foram amputados pela polícia era a
coisa mais interessante que tínhamos. Porque aquilo foi uma ação criminosa para cortar aquela identidade
muito forte que era a black music. A black music era a coisa mais potente que existia nos anos 80, porque
era o corpo que mais radicalmente negava o que era Brasília, representada pelo homem branco, pelos
filhos de embaixadores que escutavam The Cure. A black music surge no Brasil para negar o parâmetro de
consumo do homem do centro. Então ele é inicialmente criminalizado, porque se aquele corpo tem
potência, ele é revolução. O Frantz Fanon fala que “a primeira prisão é o sonho”. O homem colonizado só
tem liberdade no sonho, e é ali onde ele esvazia tudo. E isso é uma mentira. Não dá pra ficar sonhando.

Anúncios

CO M PARTILHE ISSO :

 Twitter  Facebook 2K+

 Curtir
2 blogueiros gostam disto.
Esse post foi publicado em entrevistas e marcado adirley queirós, branco sai preto fica por carol.
Guardar link permanente [https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-
diretor-de-branco-sai-preto-fica/] .

5 RESPOSTAS EM “ENTREVISTA: ADIRLEY QUEIRÓS, DIRETOR DE BRANCO SAI PRETO FICA”

Pingback: Adirley Queirós: o não representante que nos


representou no cinema | Favela Potente

6 of 7 5/15/17 3:58 AM
Entrevista: Adirley Queirós, diretor de Branco Sai Preto Fica | fo... https://foradequadro.com/2015/03/19/entrevista-adirley-queiros-...

Bia Rodrigues
em 8 08UTC abril 08UTC 2015 às 20:07 disse:

maravilha hein!!!!

carol
em 9 09UTC abril 09UTC 2015 às 22:25 disse:

Valeu Bia!

Markim
em 9 09UTC abril 09UTC 2015 às 14:35 disse:

que entrevista legal!!

carol
em 9 09UTC abril 09UTC 2015 às 22:25 disse:

Brigada Markim!

7 of 7 5/15/17 3:58 AM

Você também pode gostar