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Karina Pagnez
O ato de ensinar envolve a figura do professor, o qual é, a princípio, visto como quem
detém o conhecimento que deve ser transmitido. Ele já foi entendido como a parte principal
dessa ação, justamente por ser, teoricamente, o transmissor do conteúdo. Além desse
elemento, há a outra instância, o aluno. Ele, por sua vez, é então ou uma instância esvaziada –
a qual deve apenas receber o conhecimento em questão –, ou é o foco da atividade. O
processo, então, parte da noção de construção, o que é abordado por Celestin Freinet. O autor
afirma que a sala de aula é como um canteiro de obras. Todos estão construindo, e, nesse
processo, cada um usa suas possibilidades, as quais são usadas em favor de uma construção
mais ampla, um plano, o qual é idealizado por uns, mas precisa ser compartilhado com aqueles
que estão construindo. Isso é importante para que cada um possa agir sem interferir nas
competências dos outros. Nesse sentido, o plano de aula, que orienta essa construção, não
deve ser imposto ao aluno, é algo cognitivo-político-pedagógico, porém precisa da
participação do aluno. Os planos de aula incluem, assim, essa interação entre o docente e o
aluno, contemplando, evidentemente, o conteúdo a ser trabalhado.