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Relatório de filosofia- Lição nº32

No segundo tempo começamos por falar sobre o que é um juízo,


verificando de que este se trata de uma atribuição seja a uma
pessoa, um valor ou uma coisa. É quando eu atribuo uma
propriedade a algo.
Existem dois tipos de juízos, por exemplo quando eu digo “Lisboa
é a capital de Portugal”, estou a falar de um juízo de facto
enquanto quando eu digo “Lisboa é uma cidade bonita” estou a
falar de um juízo de valor. A diferença entre estes dois juízos é
que quando eu faço um juízo de facto estamos a falar da maneira
como determinadas características ou propriedades que não tem
a ver com a minha apreciação, nem com a minha perspetiva nem
com uma experiencia pessoal é apenas um dado enquanto os
juízos de valor tem a ver com o meu ponto de vista e com os
meus valores e com as minhas vivências não é um facto nem um
dado.
O Professor começou a explicar que não podemos argumentar
com factos ou sobre factos. Não discutimos factos, por exemplo
dizer que não estou de acordo que Lisboa é a capital de Portugal.
Para provarmos que Lisboa é realmente a capital de Portugal
bastaria ir ver aos documentos e provar que este facto está
correto.
Argumentar é mostrar, persuadir os outros de um determinado
ponto de vista. Argumento para mostrar que aquilo que eu
prefiro é melhor do que outra coisa.
Na argumentação não há verdade, a argumentação tem sempre a
ver com aquilo que não pode ser mostrado ou provado. Apenas
argumento para demonstrar o meu ponto de vista, por exemplo
ninguém pode dizer que a homossexualidade é boa ou má.
Tal como os gostos os argumentos podem ser discutíveis, pois eu
posso encontrar razões para tentar convencer outras pessoas que
tenham um ponto de vista diferente de que o meu ponto de vista
é que é o mais plausível e fazer com que essa pessoa passe a
olhar para as coisas de uma maneira diferente.
Os alunos começaram a apresentar algumas questões acerca de
os factos não poderem ser questionados como por exemplo o
porquê de não podermos discutir factos, mas podermos nos
questionar acerca deles?
Podemos fazê-los porque esse é o papel da filosofia e porque
muitas vezes consideramos muitas coisas como um facto quando
na realidade estas não o são.
Sendo que um facto é algo que pode ser demonstrado ou que
pode ser observado, mas por exemplo sabemos de toda a
matéria é constituída por átomos e que estes são constituídos
por um núcleo e eletrões e que isto é algo que não podemos
observar mas é na mesma um facto porque é algo provado
cientificamente e que por enquanto é considerado verdade.
Voltando ao mesmo á mesma questão inicial quando falamos de
argumentação não estamos a falar de uma realidade
independente de nós mas sim de algo sobre a nossa prespetiva.
Para demonstrar um exemplo o professor começou por ler um
texto aos alunos que falava sobre o facto de os gregos
queimarem os seus pais após eles morrerem, mas que por
exemplo um outro povo mais tribal quando os pais destes
morriam eles não os queimavam ou enterravam, eles comiam os
corpos dos seus pais.
Chegamos á conclusão de que culturas diferentes têm modos
diferentes, o que não quer dizer que uns sejam melhores do que
os outros nem que uns sejam más pessoas ou boas pessoas.
Nesta situação estamos apenas a falar de valores que foram
culminados por cada uma das culturas. As diferenças entre
valores têm a ver com certos critérios quer sejam de caracter
quer religiosos ou culturais. Até mesmo na Bíblia que é
constituída polo antigo testamento e pelo novo testamento
existem ideias contraditórias pois ambos os textos foram escritos
por pessoas de culturas diferentes.
Então podemos referir que uma das características dos valores é
a sua relatividade (ou seja que os valores são relativos pois
dependem de uma certa referência).
O professor deu ainda outro exemplo, o dos esquimós que tem
práticas bastante diferentes das do mundo Ocidental, mas que só
podemos compreender estas práticas se compreendermos a
vidas dura e cheia de dificuldades dos esquimós que vivem no
limite com condições bastante más. Estes realizam determinadas
ações pois estas vêm de valores da sua sociadade.

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