No segundo tempo começamos por falar sobre o que é um juízo,
verificando de que este se trata de uma atribuição seja a uma pessoa, um valor ou uma coisa. É quando eu atribuo uma propriedade a algo. Existem dois tipos de juízos, por exemplo quando eu digo “Lisboa é a capital de Portugal”, estou a falar de um juízo de facto enquanto quando eu digo “Lisboa é uma cidade bonita” estou a falar de um juízo de valor. A diferença entre estes dois juízos é que quando eu faço um juízo de facto estamos a falar da maneira como determinadas características ou propriedades que não tem a ver com a minha apreciação, nem com a minha perspetiva nem com uma experiencia pessoal é apenas um dado enquanto os juízos de valor tem a ver com o meu ponto de vista e com os meus valores e com as minhas vivências não é um facto nem um dado. O Professor começou a explicar que não podemos argumentar com factos ou sobre factos. Não discutimos factos, por exemplo dizer que não estou de acordo que Lisboa é a capital de Portugal. Para provarmos que Lisboa é realmente a capital de Portugal bastaria ir ver aos documentos e provar que este facto está correto. Argumentar é mostrar, persuadir os outros de um determinado ponto de vista. Argumento para mostrar que aquilo que eu prefiro é melhor do que outra coisa. Na argumentação não há verdade, a argumentação tem sempre a ver com aquilo que não pode ser mostrado ou provado. Apenas argumento para demonstrar o meu ponto de vista, por exemplo ninguém pode dizer que a homossexualidade é boa ou má. Tal como os gostos os argumentos podem ser discutíveis, pois eu posso encontrar razões para tentar convencer outras pessoas que tenham um ponto de vista diferente de que o meu ponto de vista é que é o mais plausível e fazer com que essa pessoa passe a olhar para as coisas de uma maneira diferente. Os alunos começaram a apresentar algumas questões acerca de os factos não poderem ser questionados como por exemplo o porquê de não podermos discutir factos, mas podermos nos questionar acerca deles? Podemos fazê-los porque esse é o papel da filosofia e porque muitas vezes consideramos muitas coisas como um facto quando na realidade estas não o são. Sendo que um facto é algo que pode ser demonstrado ou que pode ser observado, mas por exemplo sabemos de toda a matéria é constituída por átomos e que estes são constituídos por um núcleo e eletrões e que isto é algo que não podemos observar mas é na mesma um facto porque é algo provado cientificamente e que por enquanto é considerado verdade. Voltando ao mesmo á mesma questão inicial quando falamos de argumentação não estamos a falar de uma realidade independente de nós mas sim de algo sobre a nossa prespetiva. Para demonstrar um exemplo o professor começou por ler um texto aos alunos que falava sobre o facto de os gregos queimarem os seus pais após eles morrerem, mas que por exemplo um outro povo mais tribal quando os pais destes morriam eles não os queimavam ou enterravam, eles comiam os corpos dos seus pais. Chegamos á conclusão de que culturas diferentes têm modos diferentes, o que não quer dizer que uns sejam melhores do que os outros nem que uns sejam más pessoas ou boas pessoas. Nesta situação estamos apenas a falar de valores que foram culminados por cada uma das culturas. As diferenças entre valores têm a ver com certos critérios quer sejam de caracter quer religiosos ou culturais. Até mesmo na Bíblia que é constituída polo antigo testamento e pelo novo testamento existem ideias contraditórias pois ambos os textos foram escritos por pessoas de culturas diferentes. Então podemos referir que uma das características dos valores é a sua relatividade (ou seja que os valores são relativos pois dependem de uma certa referência). O professor deu ainda outro exemplo, o dos esquimós que tem práticas bastante diferentes das do mundo Ocidental, mas que só podemos compreender estas práticas se compreendermos a vidas dura e cheia de dificuldades dos esquimós que vivem no limite com condições bastante más. Estes realizam determinadas ações pois estas vêm de valores da sua sociadade.