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OAB PRIMEIRA FASE – XV EXAME

Direito do Consumidor
Cristiano Sobral

Presidência da República CAPÍTULO II


Casa Civil Da Política Nacional de Relações de
Subchefia para Assuntos Jurídicos Consumo
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
Art. 4° A Política Nacional de Relações de
Vigência Consumo tem por objetivo o atendimento das
Vide Decreto nº 2.181, de 1997 necessidades dos consumidores, o respeito a
Dispõe sobre a proteção do consumidor e sua dignidade, saúde e segurança, a proteção
dá outras providências. de seus interesses econômicos, a melhoria da
sua qualidade de vida, bem como a
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber transferência e harmonia das relações de
que o Congresso Nacional decreta e eu consumo, atendidos os seguintes princípios:
sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I Art. 4º A Política Nacional das Relações de
Dos Direitos do Consumidor Consumo tem por objetivo o atendimento das
CAPÍTULO I necessidades dos consumidores, o respeito à
Disposições Gerais sua dignidade, saúde e segurança, a proteção
de seus interesses econômicos, a melhoria da
Art. 1° O presente código estabelece normas sua qualidade de vida, bem como a
de proteção e defesa do consumidor, de ordem transparência e harmonia das relações de
pública e interesse social, nos termos dos arts. consumo, atendidos os seguintes princípios:
5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição (Redação dada pela Lei nº 9.008, de
Federal e art. 48 de suas Disposições 21.3.1995)
Transitórias.
I - reconhecimento da vulnerabilidade do
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou consumidor no mercado de consumo;
jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final. II - ação governamental no sentido de proteger
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a efetivamente o consumidor:
coletividade de pessoas, ainda que a) por iniciativa direta;
indetermináveis, que haja intervindo nas b) por incentivos à criação e desenvolvimento
relações de consumo. de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou consumo;
jurídica, pública ou privada, nacional ou d) pela garantia dos produtos e serviços com
estrangeira, bem como os entes padrões adequados de qualidade, segurança,
despersonalizados, que desenvolvem atividade durabilidade e desempenho.
de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, III - harmonização dos interesses dos
distribuição ou comercialização de produtos ou participantes das relações de consumo e
prestação de serviços. compatibilização da proteção do consumidor
com a necessidade de desenvolvimento
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, econômico e tecnológico, de modo a viabilizar
material ou imaterial. os princípios nos quais se funda a ordem
econômica (art. 170, da Constituição Federal),
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas
mercado de consumo, mediante remuneração, relações entre consumidores e fornecedores;
inclusive as de natureza bancária, financeira, IV - educação e informação de fornecedores e
de crédito e securitária, salvo as decorrentes consumidores, quanto aos seus direitos e
das relações de caráter trabalhista. deveres, com vistas à melhoria do mercado de
consumo;
V - incentivo à criação pelos fornecedores de
meios eficientes de controle de qualidade e

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segurança de produtos e serviços, assim como características, composição, qualidade e preço,


de mecanismos alternativos de solução de bem como sobre os riscos que apresentem;
conflitos de consumo; IV - a proteção contra a publicidade enganosa
VI - coibição e repressão eficientes de todos os e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou
abusos praticados no mercado de consumo, desleais, bem como contra práticas e cláusulas
inclusive a concorrência desleal e utilização abusivas ou impostas no fornecimento de
indevida de inventos e criações industriais das produtos e serviços;
marcas e nomes comerciais e signos V - a modificação das cláusulas contratuais que
distintivos, que possam causar prejuízos aos estabeleçam prestações desproporcionais ou
consumidores; sua revisão em razão de fatos supervenientes
VII - racionalização e melhoria dos serviços que as tornem excessivamente onerosas;
públicos; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos
VIII - estudo constante das modificações do patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
mercado de consumo. difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e
Art. 5° Para a execução da Política Nacional administrativos com vistas à prevenção ou
das Relações de Consumo, contará o poder reparação de danos patrimoniais e morais,
público com os seguintes instrumentos, entre individuais, coletivos ou difusos, assegurada a
outros: proteção Jurídica, administrativa e técnica aos
necessitados;
I - manutenção de assistência jurídica, integral VIII - a facilitação da defesa de seus direitos,
e gratuita para o consumidor carente; inclusive com a inversão do ônus da prova, a
II - instituição de Promotorias de Justiça de seu favor, no processo civil, quando, a critério
Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for
Público; ele hipossuficiente, segundo as regras
III - criação de delegacias de polícia ordinárias de experiências;
especializadas no atendimento de IX - (Vetado);
consumidores vítimas de infrações penais de X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
consumo; públicos em geral.
IV - criação de Juizados Especiais de
Pequenas Causas e Varas Especializadas para Art. 7° Os direitos previstos neste código não
a solução de litígios de consumo; excluem outros decorrentes de tratados ou
V - concessão de estímulos à criação e convenções internacionais de que o Brasil seja
desenvolvimento das Associações de Defesa signatário, da legislação interna ordinária, de
do Consumidor. regulamentos expedidos pelas autoridades
§ 1° (Vetado). administrativas competentes, bem como dos
§ 2º (Vetado). que derivem dos princípios gerais do direito,
analogia, costumes e eqüidade.
CAPÍTULO III
Dos Direitos Básicos do Consumidor Parágrafo único. Tendo mais de um autor a
ofensa, todos responderão solidariamente pela
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: reparação dos danos previstos nas normas de
I - a proteção da vida, saúde e segurança consumo.
contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços CAPÍTULO IV
considerados perigosos ou nocivos; Da Qualidade de Produtos e Serviços, da
II - a educação e divulgação sobre o consumo Prevenção e da Reparação dos Danos
adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a SEÇÃO I
igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os Da Proteção à Saúde e Segurança
diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade,

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Art. 8° Os produtos e serviços colocados no SEÇÃO II


mercado de consumo não acarretarão riscos à Da Responsabilidade pelo Fato do Produto
saúde ou segurança dos consumidores, exceto e do Serviço
os considerados normais e previsíveis em
decorrência de sua natureza e fruição, Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer nacional ou estrangeiro, e o importador
hipótese, a dar as informações necessárias e respondem, independentemente da existência
adequadas a seu respeito. de culpa, pela reparação dos danos causados
aos consumidores por defeitos decorrentes de
Parágrafo único. Em se tratando de produto projeto, fabricação, construção, montagem,
industrial, ao fabricante cabe prestar as fórmulas, manipulação, apresentação ou
informações a que se refere este artigo, acondicionamento de seus produtos, bem
através de impressos apropriados que devam como por informações insuficientes ou
acompanhar o produto. inadequadas sobre sua utilização e riscos.

Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços § 1° O produto é defeituoso quando não


potencialmente nocivos ou perigosos à saúde oferece a segurança que dele legitimamente se
ou segurança deverá informar, de maneira espera, levando-se em consideração as
ostensiva e adequada, a respeito da sua circunstâncias relevantes, entre as quais:
nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da I - sua apresentação;
adoção de outras medidas cabíveis em cada II - o uso e os riscos que razoavelmente dele
caso concreto. se esperam;
III - a época em que foi colocado em
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no circulação.
mercado de consumo produto ou serviço que
sabe ou deveria saber apresentar alto grau de § 2º O produto não é considerado defeituoso
nocividade ou periculosidade à saúde ou pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido
segurança. colocado no mercado.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, importador só não será responsabilizado
posteriormente à sua introdução no mercado quando provar:
de consumo, tiver conhecimento da I - que não colocou o produto no mercado;
periculosidade que apresentem, deverá II - que, embora haja colocado o produto no
comunicar o fato imediatamente às autoridades mercado, o defeito inexiste;
competentes e aos consumidores, mediante III - a culpa exclusiva do consumidor ou de
anúncios publicitários. terceiro.

§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o Art. 13. O comerciante é igualmente


parágrafo anterior serão veiculados na responsável, nos termos do artigo anterior,
imprensa, rádio e televisão, às expensas do quando:
fornecedor do produto ou serviço. I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o
importador não puderem ser identificados;
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de II - o produto for fornecido sem identificação
periculosidade de produtos ou serviços à saúde clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
ou segurança dos consumidores, a União, os importador;
Estados, o Distrito Federal e os Municípios III - não conservar adequadamente os produtos
deverão informá-los a respeito. perecíveis.

Art. 11. (Vetado). Parágrafo único. Aquele que efetivar o


pagamento ao prejudicado poderá exercer o
direito de regresso contra os demais
responsáveis, segundo sua participação na
causação do evento danoso.

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Art. 14. O fornecedor de serviços responde, consumidor exigir a substituição das partes
independentemente da existência de culpa, viciadas.
pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à § 1° Não sendo o vício sanado no prazo
prestação dos serviços, bem como por máximo de trinta dias, pode o consumidor
informações insuficientes ou inadequadas exigir, alternativamente e à sua escolha:
sobre sua fruição e riscos. I - a substituição do produto por outro da
mesma espécie, em perfeitas condições de
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece uso;
a segurança que o consumidor dele pode II - a restituição imediata da quantia paga,
esperar, levando-se em consideração as monetariamente atualizada, sem prejuízo de
circunstâncias relevantes, entre as quais: eventuais perdas e danos;
I - o modo de seu fornecimento; III - o abatimento proporcional do preço.
II - o resultado e os riscos que razoavelmente
dele se esperam; § 2° Poderão as partes convencionar a redução
III - a época em que foi fornecido. ou ampliação do prazo previsto no parágrafo
anterior, não podendo ser inferior a sete nem
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso superior a cento e oitenta dias. Nos contratos
pela adoção de novas técnicas. de adesão, a cláusula de prazo deverá ser
convencionada em separado, por meio de
§ 3° O fornecedor de serviços só não será manifestação expressa do consumidor.
responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato
inexiste; das alternativas do § 1° deste artigo sempre
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de que, em razão da extensão do vício, a
terceiro. substituição das partes viciadas puder
comprometer a qualidade ou características do
§ 4° A responsabilidade pessoal dos produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de
profissionais liberais será apurada mediante a produto essencial.
verificação de culpa.
Art. 15. (Vetado). § 4° Tendo o consumidor optado pela
Art. 16. (Vetado). alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e
não sendo possível a substituição do bem,
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, poderá haver substituição por outro de espécie,
equiparam-se aos consumidores todas as marca ou modelo diversos, mediante
vítimas do evento. complementação ou restituição de eventual
diferença de preço, sem prejuízo do disposto
SEÇÃO III nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
Da Responsabilidade por Vício do Produto e
do Serviço § 5° No caso de fornecimento de produtos in
natura, será responsável perante o consumidor
Art. 18. Os fornecedores de produtos de o fornecedor imediato, exceto quando
consumo duráveis ou não duráveis respondem identificado claramente seu produtor.
solidariamente pelos vícios de qualidade ou § 6° São impróprios ao uso e consumo:
quantidade que os tornem impróprios ou I - os produtos cujos prazos de validade
inadequados ao consumo a que se destinam estejam vencidos;
ou lhes diminuam o valor, assim como por II - os produtos deteriorados, alterados,
aqueles decorrentes da disparidade, com a adulterados, avariados, falsificados,
indicações constantes do recipiente, da corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à
embalagem, rotulagem ou mensagem saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em
publicitária, respeitadas as variações desacordo com as normas regulamentares de
decorrentes de sua natureza, podendo o fabricação, distribuição ou apresentação;

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III - os produtos que, por qualquer motivo, se Art. 21. No fornecimento de serviços que
revelem inadequados ao fim a que se tenham por objetivo a reparação de qualquer
destinam. produto considerar-se-á implícita a obrigação
do fornecedor de empregar componentes de
Art. 19. Os fornecedores respondem reposição originais adequados e novos, ou que
solidariamente pelos vícios de quantidade do mantenham as especificações técnicas do
produto sempre que, respeitadas as variações fabricante, salvo, quanto a estes últimos,
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo autorização em contrário do consumidor.
líquido for inferior às indicações constantes do
recipiente, da embalagem, rotulagem ou de Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas
mensagem publicitária, podendo o consumidor empresas, concessionárias, permissionárias ou
exigir, alternativamente e à sua escolha: sob qualquer outra forma de empreendimento,
I - o abatimento proporcional do preço; são obrigados a fornecer serviços adequados,
II - complementação do peso ou medida; eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
III - a substituição do produto por outro da contínuos.
mesma espécie, marca ou modelo, sem os
aludidos vícios; Parágrafo único. Nos casos de
IV - a restituição imediata da quantia paga, descumprimento, total ou parcial, das
monetariamente atualizada, sem prejuízo de obrigações referidas neste artigo, serão as
eventuais perdas e danos. pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a
reparar os danos causados, na forma prevista
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° neste código.
do artigo anterior.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os
§ 2° O fornecedor imediato será responsável vícios de qualidade por inadequação dos
quando fizer a pesagem ou a medição e o produtos e serviços não o exime de
instrumento utilizado não estiver aferido responsabilidade.
segundo os padrões oficiais.
Art. 24. A garantia legal de adequação do
Art. 20. O fornecedor de serviços responde produto ou serviço independe de termo
pelos vícios de qualidade que os tornem expresso, vedada a exoneração contratual do
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o fornecedor.
valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da Art. 25. É vedada a estipulação contratual de
oferta ou mensagem publicitária, podendo o cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a
consumidor exigir, alternativamente e à sua obrigação de indenizar prevista nesta e nas
escolha: seções anteriores.

I - a reexecução dos serviços, sem custo § 1° Havendo mais de um responsável pela


adicional e quando cabível; causação do dano, todos responderão
II - a restituição imediata da quantia paga, solidariamente pela reparação prevista nesta e
monetariamente atualizada, sem prejuízo de nas seções anteriores.
eventuais perdas e danos; § 2° Sendo o dano causado por componente
III - o abatimento proporcional do preço. ou peça incorporada ao produto ou serviço, são
responsáveis solidários seu fabricante,
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser construtor ou importador e o que realizou a
confiada a terceiros devidamente capacitados, incorporação.
por conta e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se SEÇÃO IV
mostrem inadequados para os fins que Da Decadência e da Prescrição
razoavelmente deles se esperam, bem como
aqueles que não atendam as normas Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios
regulamentares de prestabilidade. aparentes ou de fácil constatação caduca em:

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I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de § 3° As sociedades consorciadas são


serviço e de produtos não duráveis; solidariamente responsáveis pelas obrigações
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento decorrentes deste código.
de serviço e de produtos duráveis.
§ 4° As sociedades coligadas só responderão
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial por culpa.
a partir da entrega efetiva do produto ou do
término da execução dos serviços. § 5° Também poderá ser desconsiderada a
§ 2° Obstam a decadência: pessoa jurídica sempre que sua personalidade
for, de alguma forma, obstáculo ao
I - a reclamação comprovadamente formulada ressarcimento de prejuízos causados aos
pelo consumidor perante o fornecedor de consumidores.
produtos e serviços até a resposta negativa
correspondente, que deve ser transmitida de CAPÍTULO V
forma inequívoca; Das Práticas Comerciais
II - (Vetado). SEÇÃO I
III - a instauração de inquérito civil, até seu Das Disposições Gerais
encerramento.
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo seguinte, equiparam-se aos consumidores
decadencial inicia-se no momento em que ficar todas as pessoas determináveis ou não,
evidenciado o defeito. expostas às práticas nele previstas.

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à SEÇÃO II


reparação pelos danos causados por fato do Da Oferta
produto ou do serviço prevista na Seção II
deste Capítulo, iniciando-se a contagem do Art. 30. Toda informação ou publicidade,
prazo a partir do conhecimento do dano e de suficientemente precisa, veiculada por qualquer
sua autoria. forma ou meio de comunicação com relação a
produtos e serviços oferecidos ou
Parágrafo único. (Vetado). apresentados, obriga o fornecedor que a fizer
veicular ou dela se utilizar e integra o contrato
SEÇÃO V que vier a ser celebrado.
Da Desconsideração da Personalidade
Jurídica Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou
serviços devem assegurar informações
Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a corretas, claras, precisas, ostensivas e em
personalidade jurídica da sociedade quando, língua portuguesa sobre suas características,
em detrimento do consumidor, houver abuso qualidades, quantidade, composição, preço,
de direito, excesso de poder, infração da lei, garantia, prazos de validade e origem, entre
fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou outros dados, bem como sobre os riscos que
contrato social. A desconsideração também apresentam à saúde e segurança dos
será efetivada quando houver falência, estado consumidores.
de insolvência, encerramento ou inatividade da
pessoa jurídica provocados por má Parágrafo único. As informações de que trata
administração. este artigo, nos produtos refrigerados
oferecidos ao consumidor, serão gravadas de
§ 1° (Vetado). forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de
§ 2° As sociedades integrantes dos grupos 2009)
societários e as sociedades controladas, são
subsidiariamente responsáveis pelas Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão
obrigações decorrentes deste código. assegurar a oferta de componentes e peças de

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reposição enquanto não cessar a fabricação ou § 1° É enganosa qualquer modalidade de


importação do produto. informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou,
Parágrafo único. Cessadas a produção ou por qualquer outro modo, mesmo por omissão,
importação, a oferta deverá ser mantida por capaz de induzir em erro o consumidor a
período razoável de tempo, na forma da lei. respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedades, origem,
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por preço e quaisquer outros dados sobre produtos
telefone ou reembolso postal, deve constar o e serviços.
nome do fabricante e endereço na embalagem,
publicidade e em todos os impressos utilizados § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade
na transação comercial. discriminatória de qualquer natureza, a que
incite à violência, explore o medo ou a
Parágrafo único. É proibida a publicidade de superstição, se aproveite da deficiência de
bens e serviços por telefone, quando a julgamento e experiência da criança,
chamada for onerosa ao consumidor que a desrespeita valores ambientais, ou que seja
origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). capaz de induzir o consumidor a se comportar
de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é ou segurança.
solidariamente responsável pelos atos de seus
prepostos ou representantes autônomos. § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade
é enganosa por omissão quando deixar de
Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou informar sobre dado essencial do produto ou
serviços recusar cumprimento à oferta, serviço.
apresentação ou publicidade, o consumidor
poderá, alternativamente e à sua livre escolha: § 4° (Vetado).

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, Art. 38. O ônus da prova da veracidade e


nos termos da oferta, apresentação ou correção da informação ou comunicação
publicidade; publicitária cabe a quem as patrocina.
II - aceitar outro produto ou prestação de
serviço equivalente; SEÇÃO IV
III - rescindir o contrato, com direito à Das Práticas Abusivas
restituição de quantia eventualmente
antecipada, monetariamente atualizada, e a Art 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
perdas e danos. serviços:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
SEÇÃO III serviços, dentre outras práticas abusivas:
Da Publicidade (Redação dada pela Lei nº 8.884, de
11.6.1994)
Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, I - condicionar o fornecimento de produto ou de
a identifique como tal. serviço ao fornecimento de outro produto ou
serviço, bem como, sem justa causa, a limites
Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade quantitativos;
de seus produtos ou serviços, manterá, em seu II - recusar atendimento às demandas dos
poder, para informação dos legítimos consumidores, na exata medida de suas
interessados, os dados fáticos, técnicos e disponibilidades de estoque, e, ainda, de
científicos que dão sustentação à mensagem. conformidade com os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa solicitação prévia, qualquer produto, ou
ou abusiva. fornecer qualquer serviço;

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IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do equiparam-se às amostras grátis, inexistindo


consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, obrigação de pagamento.
conhecimento ou condição social, para
impingir-lhe seus produtos ou serviços; Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado
V - exigir do consumidor vantagem a entregar ao consumidor orçamento prévio
manifestamente excessiva; discriminando o valor da mão-de-obra, dos
VI - executar serviços sem a prévia elaboração materiais e equipamentos a serem
de orçamento e autorização expressa do empregados, as condições de pagamento, bem
consumidor, ressalvadas as decorrentes de como as datas de início e término dos serviços.
práticas anteriores entre as partes;
VII - repassar informação depreciativa, § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor
referente a ato praticado pelo consumidor no orçado terá validade pelo prazo de dez dias,
exercício de seus direitos; contado de seu recebimento pelo consumidor.
VIII - colocar, no mercado de consumo,
qualquer produto ou serviço em desacordo com § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o
as normas expedidas pelos órgãos oficiais orçamento obriga os contraentes e somente
competentes ou, se normas específicas não pode ser alterado mediante livre negociação
existirem, pela Associação Brasileira de das partes.
Normas Técnicas ou outra entidade
credenciada pelo Conselho Nacional de § 3° O consumidor não responde por quaisquer
Metrologia, Normalização e Qualidade ônus ou acréscimos decorrentes da
Industrial (Conmetro); contratação de serviços de terceiros não
IX - deixar de estipular prazo para o previstos no orçamento prévio.
cumprimento de sua obrigação ou deixar a
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo Art. 41. No caso de fornecimento de produtos
critério; ou de serviços sujeitos ao regime de controle
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de ou de tabelamento de preços, os fornecedores
serviços, diretamente a quem se disponha a deverão respeitar os limites oficiais sob pena
adquiri-los mediante pronto pagamento, de não o fazendo, responderem pela restituição
ressalvados os casos de intermediação da quantia recebida em excesso,
regulados em leis especiais; (Redação dada monetariamente atualizada, podendo o
pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) consumidor exigir à sua escolha, o
X - (Vetado). desfazimento do negócio, sem prejuízo de
X - elevar sem justa causa o preço de produtos outras sanções cabíveis.
ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de
11.6.1994) SEÇÃO V
XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890- Da Cobrança de Dívidas
67, de 22.10.1999, transformado em inciso
XIII, quando da converão na Lei nº 9.870, de Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor
23.11.1999 inadimplente não será exposto a ridículo, nem
XII - deixar de estipular prazo para o será submetido a qualquer tipo de
cumprimento de sua obrigação ou deixar a constrangimento ou ameaça.
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo
critério.(Incluído pela Lei nº 9.008, de Parágrafo único. O consumidor cobrado em
21.3.1995) quantia indevida tem direito à repetição do
XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste indébito, por valor igual ao dobro do que pagou
diverso do legal ou contratualmente em excesso, acrescido de correção monetária
estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de e juros legais, salvo hipótese de engano
23.11.1999) justificável.

Parágrafo único. Os serviços prestados e os Art. 42-A. Em todos os documentos de


produtos remetidos ou entregues ao cobrança de débitos apresentados ao
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, consumidor, deverão constar o nome, o

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endereço e o número de inscrição no Cadastro indicará se a reclamação foi atendida ou não


de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro pelo fornecedor.
Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do
fornecedor do produto ou serviço § 1° É facultado o acesso às informações lá
correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, constantes para orientação e consulta por
de 2009) qualquer interessado.

SEÇÃO VI § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber,


Dos Bancos de Dados e Cadastros de as mesmas regras enunciadas no artigo
Consumidores anterior e as do parágrafo único do art. 22
deste código.
Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do
disposto no art. 86, terá acesso às informações Art. 45. (Vetado).
existentes em cadastros, fichas, registros e
dados pessoais e de consumo arquivados CAPÍTULO VI
sobre ele, bem como sobre as suas respectivas Da Proteção Contratual
fontes. SEÇÃO I
Disposições Gerais
§ 1° Os cadastros e dados de consumidores
devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em Art. 46. Os contratos que regulam as relações
linguagem de fácil compreensão, não podendo de consumo não obrigarão os consumidores,
conter informações negativas referentes a se não lhes for dada a oportunidade de tomar
período superior a cinco anos. conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se
os respectivos instrumentos forem redigidos de
§ 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e modo a dificultar a compreensão de seu
dados pessoais e de consumo deverá ser sentido e alcance.
comunicada por escrito ao consumidor, quando
não solicitada por ele. Art. 47. As cláusulas contratuais serão
interpretadas de maneira mais favorável ao
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar consumidor.
inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá
exigir sua imediata correção, devendo o Art. 48. As declarações de vontade constantes
arquivista, no prazo de cinco dias úteis, de escritos particulares, recibos e pré-contratos
comunicar a alteração aos eventuais relativos às relações de consumo vinculam o
destinatários das informações incorretas. fornecedor, ensejando inclusive execução
específica, nos termos do art. 84 e parágrafos.
§ 4° Os bancos de dados e cadastros relativos
a consumidores, os serviços de proteção ao Art. 49. O consumidor pode desistir do
crédito e congêneres são considerados contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
entidades de caráter público. assinatura ou do ato de recebimento do
produto ou serviço, sempre que a contratação
§ 5° Consumada a prescrição relativa à de fornecimento de produtos e serviços ocorrer
cobrança de débitos do consumidor, não serão fora do estabelecimento comercial,
fornecidas, pelos respectivos Sistemas de especialmente por telefone ou a domicílio.
Proteção ao Crédito, quaisquer informações
que possam impedir ou dificultar novo acesso Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o
ao crédito junto aos fornecedores. direito de arrependimento previsto neste artigo,
os valores eventualmente pagos, a qualquer
Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do título, durante o prazo de reflexão, serão
consumidor manterão cadastros atualizados de devolvidos, de imediato, monetariamente
reclamações fundamentadas contra atualizados.
fornecedores de produtos e serviços, devendo
divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação

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Art. 50. A garantia contratual é complementar à igual direito lhe seja conferido contra o
legal e será conferida mediante termo escrito. fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar
Parágrafo único. O termo de garantia ou unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
equivalente deve ser padronizado e esclarecer, contrato, após sua celebração;
de maneira adequada em que consiste a XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de
mesma garantia, bem como a forma, o prazo e normas ambientais;
o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a XV - estejam em desacordo com o sistema de
cargo do consumidor, devendo ser-lhe proteção ao consumidor;
entregue, devidamente preenchido pelo XVI - possibilitem a renúncia do direito de
fornecedor, no ato do fornecimento, indenização por benfeitorias necessárias.
acompanhado de manual de instrução, de
instalação e uso do produto em linguagem § 1º Presume-se exagerada, entre outros
didática, com ilustrações. casos, a vontade que:

SEÇÃO II I - ofende os princípios fundamentais do


Das Cláusulas Abusivas sistema jurídico a que pertence;
II - restringe direitos ou obrigações
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre fundamentais inerentes à natureza do contrato,
outras, as cláusulas contratuais relativas ao de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio
fornecimento de produtos e serviços que: contratual;
III - se mostra excessivamente onerosa para o
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a consumidor, considerando-se a natureza e
responsabilidade do fornecedor por vícios de conteúdo do contrato, o interesse das partes e
qualquer natureza dos produtos e serviços ou outras circunstâncias peculiares ao caso.
impliquem renúncia ou disposição de direitos.
Nas relações de consumo entre o fornecedor e § 2° A nulidade de uma cláusula contratual
o consumidor pessoa jurídica, a indenização abusiva não invalida o contrato, exceto quando
poderá ser limitada, em situações justificáveis; de sua ausência, apesar dos esforços de
III - transfiram responsabilidades a terceiros; integração, decorrer ônus excessivo a qualquer
IV - estabeleçam obrigações consideradas das partes.
iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor
em desvantagem exagerada, ou sejam § 3° (Vetado).
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado); § 4° É facultado a qualquer consumidor ou
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova entidade que o represente requerer ao
em prejuízo do consumidor; Ministério Público que ajuíze a competente
VII - determinem a utilização compulsória de ação para ser declarada a nulidade de cláusula
arbitragem; contratual que contrarie o disposto neste
VIII - imponham representante para concluir ou código ou de qualquer forma não assegure o
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; justo equilíbrio entre direitos e obrigações das
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir partes.
ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor; Art. 52. No fornecimento de produtos ou
X - permitam ao fornecedor, direta ou serviços que envolva outorga de crédito ou
indiretamente, variação do preço de maneira concessão de financiamento ao consumidor, o
unilateral; fornecedor deverá, entre outros requisitos,
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o informá-lo prévia e adequadamente sobre:
contrato unilateralmente, sem que igual direito
seja conferido ao consumidor; I - preço do produto ou serviço em moeda
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os corrente nacional;
custos de cobrança de sua obrigação, sem que II - montante dos juros de mora e da taxa
efetiva anual de juros;

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III - acréscimos legalmente previstos; serviços, sem que o consumidor possa discutir
IV - número e periodicidade das prestações; ou modificar substancialmente seu conteúdo.
V - soma total a pagar, com e sem
financiamento. § 1° A inserção de cláusula no formulário não
desfigura a natureza de adesão do contrato.
§ 1° As multas de mora decorrentes do
inadimplemento de obrigação no seu termo não § 2° Nos contratos de adesão admite-se
poderão ser superiores a dez por cento do cláusula resolutória, desde que a alternativa,
valor da prestação. cabendo a escolha ao consumidor,
§ 1° As multas de mora decorrentes do ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo
inadimplemento de obrigações no seu termo anterior.
não poderão ser superiores a dois por cento do
valor da prestação.(Redação dada pela Lei nº § 3° Os contratos de adesão escritos serão
9.298, de 1º.8.1996) redigidos em termos claros e com caracteres
ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação compreensão pelo consumidor.
antecipada do débito, total ou parcialmente, § 3o Os contratos de adesão escritos serão
mediante redução proporcional dos juros e redigidos em termos claros e com caracteres
demais acréscimos. ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte
não será inferior ao corpo doze, de modo a
§ 3º (Vetado). facilitar sua compreensão pelo consumidor.
(Redação dada pela nº 11.785, de 2008)
Art. 53. Nos contratos de compra e venda de
móveis ou imóveis mediante pagamento em § 4° As cláusulas que implicarem limitação de
prestações, bem como nas alienações direito do consumidor deverão ser redigidas
fiduciárias em garantia, consideram-se nulas com destaque, permitindo sua imediata e fácil
de pleno direito as cláusulas que estabeleçam compreensão.
a perda total das prestações pagas em
benefício do credor que, em razão do § 5° (Vetado)
inadimplemento, pleitear a resolução do
contrato e a retomada do produto alienado.

§ 1° (Vetado).

§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de


produtos duráveis, a compensação ou a
restituição das parcelas quitadas, na forma
deste artigo, terá descontada, além da
vantagem econômica auferida com a fruição,
os prejuízos que o desistente ou inadimplente
causar ao grupo.

§ 3° Os contratos de que trata o caput deste


artigo serão expressos em moeda corrente
nacional.

SEÇÃO III
Dos Contratos de Adesão

Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas


cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas
unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou

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