O poema descreve a identidade e orgulho do autor por ser do Pará, terra natal onde ocorre o tradicional Círio de Nazaré. O Círio é descrito como um mistério que transcende explicações racionais e une o povo paraense em espírito de fé e celebração nas ruas de Belém.
O poema descreve a identidade e orgulho do autor por ser do Pará, terra natal onde ocorre o tradicional Círio de Nazaré. O Círio é descrito como um mistério que transcende explicações racionais e une o povo paraense em espírito de fé e celebração nas ruas de Belém.
O poema descreve a identidade e orgulho do autor por ser do Pará, terra natal onde ocorre o tradicional Círio de Nazaré. O Círio é descrito como um mistério que transcende explicações racionais e une o povo paraense em espírito de fé e celebração nas ruas de Belém.
FAFÁ DE BELÉM Terá que ter Simplicidade pra chorar sem entender
Quem sabe assim
Eu sou de lá Verá que a corda entrelaça todos nós Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar Sem diferenças, costurados num só nó Eu sou de lá Amarra feita pelas mãos da mãe de Deus Terra morena que amo tanto, meu PARÁ Estranho, eu sei Eu sou de lá Juntar o santo e o pecador num mesmo céu Onde as Marias são Marias pelo céu Puro e profano, dor e riso, livre e réu E as Nazarés são germinadas pela fé Seja bem vindo ao Círio de Nazaré. Que irá gravada em cada filho que nascer Pois há de ser mistério agora e sempre Eu sou de lá Nenhuma explicação sabe explicar Se me permite já lhe digo quem sou eu É muito mais que ver um mar de gente Filha de tribos, índia, negra, luz e breu Nas ruas de Belém a festejar Marajoara, sou cabocla, assim sou eu É fato que a palavra não alcança Eu sou de lá Não cabe perguntar o que ele é Onde o menino Deus se apressa pra chegar O Círio ao coração do paraense Dois meses antes já nasceu, fica por lá É coisa que não eu não sei dizer Tomando chuva, se sujando de açaí Deixa pra lá...
Eu sou de lá Terra onde outubro se desdobra sem ter fim Onde um só dia vale a vida que vivi Domingo santo que eu não posso descrever
Pois há de ser mistério agora e sempre
Nenhuma explicação sabe explicar É muito mais que ver um mar de gente Nas ruas de Belém a festejar
É fato que a palavra não alcança
Não cabe perguntar o que ele é O Círio ao coração do paraense É coisa que não eu não sei dizer Deixa pra lá...