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Antecedentes
Diminuir os obstáculos que enfrentam as pessoas com deficiência
Hoje, o acesso à tecnologia e aos serviços com ela relacionados é desigualmente repartido. As pes-
soas com deficiências e os idosos correm mais riscos de serem esquecidos, sobretudo enquanto a
população da Europa continua a envelhecer.
Em 2020, cerca de 30% da população da Europa terá mais de 60 anos. Segundo uma estimativa cau-
telosa, prevê-se também que o número de pessoas com deficiência passe da estimativa cautelosa de
11% para cerca de 18% em 2020, incrementando assim o potencial de discriminação à medida que a
era digital avança.
As novas tecnologias têm muitas vezes um preço demasiado alto para certos grupos que carecem de
meios de acesso económicos ou práticos. As pessoas com deficiências físicas, sensoriais ou cognitivas
podem ter dificuldade em entender e utilizar muitas soluções de alta tecnologia, nomeadamente de
software e hardware, o que aumenta o problema da insuficiência de oportunidades de educação e de
formação e dilata o fosso entre os que dispõem e os que não dispõem de qualificações em matéria de
tecnologia da informação e de acesso à Internet.
A Comissão Europeia e outras organizações estão a envidar esforços para veicular a mensagem que
ter uma deficiência ou ser idoso não deve constituir um obstáculo a uma vida independente e produ-
tiva na sociedade. Os programas e campanhas de investigação, destinados a promover uma socieda-
de da informação para todos, inspiram-se em várias tendências na sociedade, nomeadamente: mobi-
lidade demográfica, questões de direitos humanos, participação em vez de discriminação, tecnologias
futuras e convergência, questões de sustentabilidade e tomadas de decisão multidimensionais.
Embora as pessoas com deficiência e os idosos sejam há muito tempo uma prioridade tanto a nível
comunitário como nacional, ainda há muito por fazer para melhorar a sua qualidade global de vida.
Com uma tecnologia cada vez mais aperfeiçoada, o objectivo consiste em garantir a sua aplicação por
igual a todos os membros da sociedade.
A abordagem europeia
Uma mudança de tendência
Nos últimos 50 anos, os Europeus com deficiência e os idosos têm beneficiado de enormes progres-
sos no domínio da ciência e da tecnologia. Em resposta à procura do mercado, foi desenvolvido equi-
pamento especializado, muitas vezes por pequenas e médias empresas, para aliviar muitos dos pro-
blemas associados à deficiência funcional.
Mas foi no quinto P-Q (1998-2002), com a introdução do programa das tecnologias da sociedade da
informação (TSI), que foi alargado o âmbito das aplicações TI para as pessoas com deficiência e os
idosos. Em 2002, o sexto Programa-Quadro, ou P-Q6, introduziu um novo conceito no domínio TSI, a
“e-Inclusão”.
A nível político, o P-Q6 e o Espaço Europeu de Investigação atribuíram um valor significativo a várias
iniciativas – e-Europa, e-Inclusão e e-Acessibilidade – onde o “e” realça a importância da tecnologia
electrónica na abertura de oportunidades para deficientes e idosos.
Apoio à I&D
Investigação no domínio das TI com vista à integração social
Os projectos de investigação são a pedra angular de uma política estratégica mais alargada que visa
corrigir as desigualdades entre os cidadãos europeus. A UE considera que o apoio financeiro que for-
nece aos projectos no domínio das TI com vista à integração social é um investimento na qualidade
de vida dos seus cidadãos, tornando-se o mesmo imperativo se a Europa pretender liderar o mercado
mundial das TI, especialmente as tecnologias de assistência.
Seguem-se exemplos de trabalho que mostram como o progresso tecnológico beneficia as pessoas
com deficiência e os idosos.
Os movimentos faciais realçam a comunicação falada em qualquer pessoa e, mais ainda, quando se
trata de pessoas com deficiência auditiva. Além dos aspectos técnicos do projecto, a equipa destacou
as aplicações de mercado e os impactos dessa tecnologia.
Investigação em acção
Em dez pessoas na União Europeia (UE), uma sofre de deficiência. Descubra como a investigação
em matéria de Tecnologias da Informação (TI) promove uma maior integração social e acessibili-
dade a todos os membros da sociedade.
O objectivo do projecto é colocar a Iniciativa para a Acessibilidade da Web (WAI) do World Wide Web
Consortium (W3C) no contexto europeu, incentivando os programadores de sítios Web a pensar,
aquando da criação de sítios, em termos de conceitos “design para todos”. Os gestores da Web e os
decisores e administradores públicos descobrem as vantagens e as funções da WAI.
Com um apoio comunitário ligeiramente inferior a 400 000 euros, o objectivo global do projecto é
promover as directrizes WAI reconhecidas no mundo inteiro para melhorar a acessibilidade da Inter-
net em toda a União, a começar pela concepção de páginas Web.
Comercializada agora pela firma Haptica, sedeada na Irlanda, a tecnologia foi desenvolvida com o
apoio da UE por uma equipa composta de gregos, irlandeses, suecos e britânicos em sintonia com
utilizadores, prestadores de cuidados de saúde e médicos.
Desafios e perspectivas
A Europa pode e deve liderar
Todos os cidadãos europeus têm o direito de participar plenamente e sem discriminação, segundo o
Tratado de Nice. À medida que a economia baseada no conhecimento se desenvolve, as tecnologias
de vanguarda em matéria de informação proporcionarão benefícios significativos em todos os aspec-
tos da vida, promovendo especialmente a participação de todos. Trata-se de uma das linhas de força
subjacentes à iniciativa e-Europa.
Em 2020, a UE terá dado um grande passo em frente na supressão da tecnologia não acessível, atra-
vés da adopção de métodos “design para todos” no processo de I&D. Todos os cidadãos poderão ver,
ouvir e sentir as vantagens de muitas iniciativas comunitárias que passam pela melhoria das condi-
ções de vida e de trabalho independentes e de integração social global.
Para mais informação
Ligações úteis
Para mais informações sobre a investigação e outras actividades no domínio das TI, pessoas com
deficiência e idosos, contactar infso-/f5@ec.europa.eu ou consultar os seguintes sítios web: