Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fundacoes P Estaas Acoes Horizontais - 20pp
Fundacoes P Estaas Acoes Horizontais - 20pp
Obras Geotécnicas
1 - Generalidades
Nos tempos actuais, assiste-se, cada vez mais, à execução de obras de construção civil de
grande porte, graças ao progressivo aperfeiçoamento dos materiais e das técnicas construtivas.
Por condicionamentos de índole geológica e geotécnica, estas estruturas de grande porte são,
muitas vezes fundadas em estacas e envolvem acções horizontais consideráveis que podem
ser provocadas por diversas origens, tais como: ventos, sismos, impulsos de terras, frenagens
de veículos, ondas do mar, variações térmicas, etc.
As acções horizontais induzidas na superestrutura são transmitidas até ao nível das fundações
dando origem a cargas horizontais e momentos concentrados. Estas cargas são, em grande
parte, suportadas pela reacção lateral do solo que se opõe ao movimento das estacas,
gerando-se assim esforços de interacção.
1/r p
1 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
1) nos modelos do meio contínuo o solo é, em geral, considerado como um meio elástico
contínuo. Recentemente, com o aparecimento de computadores cada vez mais eficientes,
tornou-se possível uma abordagem mais geral do problema, através da aplicação de
formulações tridimensionais pelo método dos elementos finitos ou pelo método dos
elementos de fronteira, permitindo analisar o efeito de interacção num grupo de estacas.
Nestes modelos é ainda possível simular a interface solo-estaca e também admitir leis de
comportamento elastoplástico para o solo envolvente;
2) nos modelos do meio discreto o solo é assimilado a uma série de molas independentes com
comportamento elástico e linear (modelo de Winkler) ou elástico não linear, traduzido
pelas curvas 'p-y'. O modelo permite, de uma forma expedita, simular a estratificação do
terreno, variando as características das curvas 'p-y' em profundidade. Este modelo é
severamente criticado por diversos investigadores, dado que os parâmetros intervenientes
não são grandezas fisicamente mensuráveis e a construção das curvas 'p-y' baseia-se muito
na experiência empírica adquirida em número restritos de ensaios de carga. No entanto,
dada a sua simplicidade, é largamente utilizado na prática e tem sido objecto de sucessivos
refinamentos.
Desta forma, pode tornar-se algo discutível a adopção de métodos de cálculo muito
complexos, porque exigem um grande número de parâmetros que à partida não é possível
obter-se com rigor através de uma caracterização geotécnica corrente. Em vez disso, talvez
tenha mais justificação utilizar métodos aproximados e mais simples, tais como os que se
baseiam no modelo de Winkler, que na prática a experiência tem demonstrado conduzir a
resultados razoavelmente satisfatórios.
2 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
2 - Modelo de Winkler
O modelo do meio discreto baseado no conceito do coeficiente de reacção foi proposto por
Winkler em 1867. Neste modelo o solo é assimilado por uma série de molas independentes
com comportamento elástico e linear. A rigidez dessas molas é caracterizada assim por uma
constante de proporcionalidade entre a pressão aplicada e o deslocamento do solo, constante
essa designada por coeficiente de reacção horizontal kh. O kh é assim definido como sendo a
pressão necessária para provocar um deslocamento unitário e, portanto, com as dimensões de
[FL-3]. Define-se ainda, por vezes, uma outra grandeza designada por módulo de reacção do
solo k que é igual ao produto de kh pelo diâmetro (ou dimensão transversal) da estaca.
O modelo de cálculo consiste em assimilar a estaca a uma peça linear (viga) apoiada num
meio elástico. A influência do esforço normal na estaca é, em geral, desprezado. A equação
diferencial que rege o comportamento dessa viga é bem conhecida da Resistência de Materiais
(Timoshenko 1951) e traduz-se na seguinte equação:
d 2M
=q (1)
dx 2
d 2M d2y
= − EI (2)
dx 2 dx 2
d4y
EI = k( x ) y (3)
dx 4
A solução da equação anterior pode ser obtida, quer por via analítica, quer por via numérica.
3 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Para outras distribuições de k, torna-se difícil a resolução analítica da equação (3), pois a
solução apresenta-se sob a forma geral de uma série infinita, pelo que, é mais conveniente
adoptar a via numérica.
i) estacas flexíveis;
Esta classificação está relacionada, quer com a rigidez relativa entre a estaca e o solo
envolvente, quer com as condições de fronteira e de carregamento da estaca.
Considere-se, então, uma estaca caracterizada por uma rigidez à flexão constante EI e
embebida num meio homogéneo. A partir de uma determinada profundidade, a designada
profundidade crítica lc (nota: não confundir com o conceito de profundidade crítica, no que
respeita à mobilização da resistência de ponta), o aumento do comprimento da estaca não traz
nenhum benefício e não influi praticamente nos deslocamentos e nos esforços na zona da
estaca acima da profundidade crítica (Figura 2).
4 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Para o caso particular do módulo de reacção ser constante em profundidade vai-se mostrar,
mais adiante, que:
4 EI
lc = 3 / λ = 3 4 (4)
k
Quando, pelo contrário, a estaca for curta e tiver uma rigidez bastante superior à do solo
envolvente, a deformação por flexão da estaca torna-se desprezável e ela comporta-se como
um elemento rígido. Neste caso, a estaca desloca-se como um corpo rígido no meio
envolvente e a solução do problema pode ser obtida por simples considerações de equilíbrio
estático.
Para o caso intermédio em que a estaca exibe comportamento semi-flexível deixam de ser
possíveis as simplificações atrás referidas. Aliás os dois casos anteriores podem ser
entendidos como sendo duas situações extremas de comportamento da estaca. Se se designar
por R a relação entre a rigidez do solo e a rigidez da estaca e L o seu comprimento, então
quando RL tende para infinito ela será flexível ou, pelo contrário, quando RL tende para zero
ela comportar-se-á como um corpo rígido.
Deste modo, do ponto de vista prático, a definição dos limites de comportamento flexível e
rígido das estacas é importante, no sentido de permitir estabelecer soluções mais simples.
Embora, a maioria dos casos práticos não se enquadrem, em geral, nessas soluções
particulares, elas constituem, sem dúvida uma ferramenta com muito interesse prático. De
facto, essas soluções são utilizadas frequentemente no pré-dimensionamento das estacas e
proporcionam valores de referência que permitem, por comparação, a análise de situações
reais mais complexas. Além disso, permitem, ainda, a aferição dos resultados dos modelos
numéricos.
Apresenta-se, em anexo, uma compilação das expressões analíticas que permitem calcular os
deslocamentos e os esforços ao longo do fuste da estaca.
5 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
hipótese 1) Estaca com cabeça livre. Força horizontal concentrada aplicada na cabeça;
A Figura 3 referente ao caso particular de uma estaca com cabeça livre e sujeita a uma força
horizontal Vo, evidencia claramente os domínios de comportamento flexível (8L$3) e rígido
(8L#1) da estaca: para 8L$3 a solução deixa de depender do comprimento L, enquanto que
para 8L#1 a solução não depende de k.
6 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
0.4 8 0.2 16
0.3 6 0.15 12
yo k L
M máx l
estaca estaca
M máx
Vo L
Vo l
yo k
Vo
Vo
0.2 4 0.1 8
flexível rígida
0.1 2 0.05 4
0 0 0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
lL lL
M máx l yo k M máx yo k L
Vo Vo l Vo L Vo
hipótese 1) Estaca com cabeça livre. Força horizontal concentrada aplicada na cabeça;
hipótese 3) Estaca com rotação impedida na cabeça. Força horizontal concentrada aplicada
na cabeça.
A análise dos resultados permite, com base no critério adoptado, ou seja no deslocamento da
cabeça da estaca e do momento flector máximo, uniformizar os limites de comportamento
flexível e rígido das estacas. Santos e Gomes Correia (1992) estabeleceu, assim, o domínio
de validade das soluções analíticas (Quadro 1):
7 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
k
Módulo de reacção constante em profundidade (k=cte) ; λ = 4
4EI
Hipóteses de Hipótese de
Comportamento da estaca
carregamento 1 e 2 carregamento 3
flexível 8L≥3 8L≥3
semi-flexível 1<8L<3 0.5<8L<3
rígido 8L≤1 8L≤0.5
nh
Módulo de reacção crescendo linearmente em prof. (k=nhx) ; η = 5
EI
Hipóteses de Hipótese de
Comportamento da estaca
carregamento 1 e 2 carregamento 3
flexível 0L≥4 0L≥4
semi-flexível 1.5<0L<4 1<0L<4
rígido 0L≤1.5 0L≤1
É importante referir, que as soluções para estaca semi-flexível são válidas para qualquer valor
de 8L (ou 0L). Estas soluções gerais tendem para soluções mais simples, para os casos
particulares de comportamento flexível ou rígido, conforme se pode verificar nas equações
apresentadas em anexo.
Contudo, este parâmetro é difícil de avaliar visto não depender exclusivamente do solo
envolvente, mas também das características da própria estaca e do estado de tensão
considerado.
Algumas propostas foram estabelecidas para a avaliação do módulo de reacção com base
numa variedade de ensaios, dentro dos quais se destacam: o ensaio SPT, o ensaio CPT, o
ensaio pressiométrico e o ensaio de placa. No entanto, a aplicação de diferentes correlações
propostas por diferentes autores conduzem, frequentemente a uma grande dispersão no valor
do módulo de reacção.
8 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Solos arenosos:
Solos argilosos:
9 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Note ainda que, como as duas soluções não são exactamente iguais, a confrontação pode ser
feita para qualquer das grandezas intervenientes e para qualquer ponto da estaca, conduzindo
assim a uma infinidade de relações do tipo (Es,<s)6k. Porém, é sempre possível seleccionar as
grandezas mais importantes, do ponto de vista de dimensionamento, e procurar a relação
(Es,<s)6k que conduza globalmente a um melhor ajustamento entre as duas soluções.
Foi nesta perspectiva que Vesic (1961) estabeleceu a comparação entre as duas soluções para
o caso de uma viga de comprimento infinito apoiada num meio isotrópico, elástico e contínuo.
A relação que mais aproxima as duas soluções, quer em termos de deslocamentos, quer em
termos de momentos flectores máximos, é segundo o autor dado por:
Es B 4 Es
k = 0.65 12 × (5)
Ee le 1 − ν 2s
A aplicação da expressão anterior para o caso de uma estaca não é directa, pois implica a
consideração da influência do solo na parte de trás da estaca. De uma forma muito simplista,
poder-se-á considerar dois conjuntos de molas, um à frente e outro atrás da estaca e, portanto,
o valor de k a considerar seria aproximadamente igual a duas vezes o valor obtido pela
equação (5).
Essa extrapolação implica necessariamente uma certa aproximação, mas que deverá situar-se
do lado da segurança, uma vez que se está a desprezar o efeito das tensões de corte que se
desenvolvem ao longo da superfície lateral da estaca.
Em face do exposto, o ideal seria comparar as soluções respeitantes a estacas obtidas a partir
do modelo de Winkler e do modelo do meio elástico contínuo. Assim, Poulos (1980)
comparou as duas soluções, para o caso particular de estacas com rotação impedida na cabeça,
com comprimento igual a 25 vezes o diâmetro, embebidas num meio com <s=0.5. Igualando
os deslocamentos ao nível da cabeça da estaca para diferentes situações, Poulos obteve
k=0.82 Es. Aplicando essa relação, Poulos chegou à conclusão, quer para as estacas rígidas,
quer para as estacas flexíveis, que o modelo de Winkler conduz, em geral, a valores dos
deslocamentos e dos momentos flectores ligeiramente mais elevados e, portanto do lado da
segurança.
10 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
No modelo de Winkler admite-se que o solo exibe comportamento elástico e linear, ou seja, o
módulo de reacção não depende da pressão de contacto.
Na realidade, a lei de variação do deslocamento y com a carga aplicada p (pressão por unidade
de comprimento da estaca) não é linear. A actuação de cargas concentradas na cabeça da
estaca, conduz frequentemente à plastificação do solo nas zonas próximas do topo, mesmo
para níveis de solicitação não muito elevados. Deste modo, a relação 'p-y' é traduzida pela
curva tipo indicada na Figura 4.
p p
pu
k
1
y y
comportamento comportamento
Figura 4 – Curva 'p-y' para modelarreal
o comportamento não linear doidealizado
solo
As curvas 'p-y' da Figura 4 reproduzem os dois primeiros níveis de não linearidade atrás
referidos. Quanto ao comportamento não linear da própria estaca, este deverá ser estudado
utilizando modelos apropriados, tendo em conta o material constituinte da estaca.
11 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
12 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Referências bibliográficas
Davisson, M.T. (1970) – “Lateral load capacity of piles”. High. Res. Rec., no. 333, pp. 104-112.
Davisson, M.T. e Prakash, S. (1963) – “A review of soil-pile behavior”. High. Res. Rec., no. 39,
pp. 25-48.
Gomes Correia, A. e Santos, J.A. (1994) – “Métodos de dimensionamento de uma estaca isolada
sob acções horizontais”. Revista Geotecnia da Sociedade Portuguesa de Geotecnia, 71, pp. 51-64.
Hetenyi, M. (1946) – “Beams on elastic foundations”. Ann Arbor, Mich.: Univ. of Mich. Press.
Peck, R.B. e Davisson, M.T. (1962) – Discussion. Trans. ASCE, vol. 127, pt. 4: 413.
Poulos, H.G.; Davis, E.H. (1980) – “Pile foundation analysis and design”. John Wiley and Sons.
Randolph, M.F. (1981) – “The response of flexible piles to lateral loading”. Géotechnique 31, pp.
247-249.
Reese, L.C. e Matlock, H. (1956) – “Non-dimensional solutions for laterally loaded piles with soil
modulus assumed proportional to depth”. Proc. 8th Texas Conf. SMFE, Special Publication 29, Bureau
of Eng. Res., Univ. Texas, Austin.
Santos, J.A. (1993) – “Comportamento de estacas verticais sob acção de cargas horizontais
estáticas”. Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa para obtenção do grau de Mestre em Mecânica dos Solos.
Santos, J.A. (1999) – “Caracterização de solos através de ensaios dinâmicos e cíclicos de torção.
Aplicação ao estudo do comportamento de estacas sob acções horizontais estáticas e dinâmicas”.
Dissertação submetida ao Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa para obtenção
do grau de Doutor em Engenharia Civil.
Santos, J.A. e Gomes Correia, A. (1992) – “Uniformização dos limites de comportamento flexível
e rígido das estacas sob acção de cargas horizontais com vista ao respectivo dimensionamento”. III
Encontro de Mecânica Computacional. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra, Vol. 1, pp. G4.1- G4.14.
Vesic, A. (1961) – “Bending of beam resting on isotropic elastic solid”. JEMD, ASCE, vol. 87, pp.
35-53.
13 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas – Acções Horizontais
Anexo
Soluções analíticas
14 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas - Acções Horizontais
a) terreno homogéneo com módulo de reacção constante (k=cte) - a solução vem expressa
em função do parâmetro de rigidez relativa λ definido por:
4
k
λ ' (1)
4 E pI p
5
nh
η ' (2)
E pI p
15 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas - Acções Horizontais
2V o λ2
θ ' & e &λx (cos λx % sen λx) (4)
k
Vo 0.79 V
M ' (e &λx sen λx) Mmáx(x ' ) ' 0.32 o (5)
λ λ λ
2Vo λ2
θ ' & KθV (8)
k
senh λL(sen λx cosh λx ) % cos λx senh λx ))%sen λL(senh λx cos λx ) % cosh λx sen λx ))
KθV ' (9)
senh 2 λL & sen 2 λL
senh λL(cos λx senh λx ) & sen λx cosh λx ))&sen λL(cosh λx sen λx ) & senh λx cos λx ))
KVV ' (12)
senh 2 λL & sen 2 λL
6Vo
θ ' & (14)
L 2k
x x x L 4
M ' Vo L [ & 2( )2 % ( )3] Mmáx(x ' ) ' V L (15)
L L L 3 27 o
x x
V ' V o [1 & 4( ) % 3( )2] (16)
L L
16 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas - Acções Horizontais
4M o λ3
θ ' & (e &λx cos λx) (18)
k
senh λL(sen λx cosh λx ) & cos λx senh λx ))%sen λL(senh λx cos λx ) & cosh λx sen λx ))
KyM' (22)
senh 2 λL & sen 2 λL
senh λL(cos λx senh λx ) % sen λx cosh λx ))&sen λL(cosh λx sen λx ) % senh λx cos λx ))
KMM' (25)
senh 2 λL & sen 2 λL
12Mo
θ ' & (28)
L 3k
x x
M ' Mo[1 & 3( )2 % 2( )3] (29)
L L
6M o x x
V ' & [ & ( )2 ] (30)
L L L
17 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas - Acções Horizontais
V o η3
θ ' AθV (31)
nh
Vo
M ' AMV (32)
η
24Vo
θ ' & (40)
L 3n h
x x x
M ' Vo L [ & 3( )3 % 2( )4] Mmáx (x'0.42 L) ' 0.26 V o L (41)
L L L
x x
V ' Vo [1 & 9( )2 % 8( )3] (42)
L L
18 MECivil, IST
Obras Geotécnicas Fundações por Estacas - Acções Horizontais
Mo η4
θ ' AθM (44)
nh
36M o
θ ' & (53)
L 4n h
x x
M ' Mo [1 & 4( )3 % 3( )4] (54)
L L
Mo x x
V ' [&12( )2 % 12( )3] (55)
L L L
19 MECivil, IST