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Guia Completo Sobre Esse

Título de Renda Fixa


Você já deve ter ouvido falar em debênture, que são títulos de dívida emitidos
por empresas privadas.
Na prática, uma empresa que precisa de recursos para financiar suas atividades
ou algum projeto de expansão, emite esses títulos, ao invés de pedir um
empréstimo em um banco, onde os juros podem ser consideravelmente altos.
Essa debênture é comprada por investidores que, em troca recebem o recurso de
volta, em um determinado prazo, mais juros. Com isso, o detentor da debênture
de uma empresa torna-se seu credor, o que inclui todos os benefícios e direitos
que esta posição lhe propicia.
Esses títulos são regidos pela Leia das Sociedades Anônimas (S.A.) e devem
cumprir normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que
fiscaliza o mercado de capitais, além de outros normativos. Eles podem ser
emitidos por sociedades anônimas de capital aberto ou fechado.
As debêntures devem se enquadrar em duas normas da CVM, a Instrução CVM 400,
que permite a distribuição desses títulos para qualquer investidor e isenta a pessoa
física da incidência de Imposto de Renda, e a Instrução CVM 476, que restringe sua
comercialização a um número limitado de investidores qualificados.

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TIPOS DE DEBÊNTURES
As debêntures não são todas iguais. Existem as nominativas, cujo registro e
o controle de transferência são feitas pela própria companhia que emite esse
título. Já a do tipo escritural, a mais comum no Brasil, envolve uma instituição
financeira, que precisa ser autorizada pela CVM para executar essa função, que
faz a custódia (a guarda) e a escrituração (o registro) das debêntures.
As classificações dos tipos de debêntures variam principalmente de acordo
com a tributação e do tipo de resgate no vencimento:
As Debêntures Simples são aquelas em que os recursos podem ser resgatados
em dinheiro ao final do prazo estipulado no contrato. Já nas Debêntures
Conversíveis em ações, os recursos podem ser resgatados em forma de ações
da companhia. Entretanto a conversão não é compulsória, pois o investidor pode
optar por receber dinheiro ou ações da companhia. No Brasil, é mais comum a
oferta de debêntures simples.
Tanto as Simples quanto as Conversíveis podem ser Debêntures Incentivadas,
cujo objetivo é beneficiar a captação de empresas que estão em setores
importantes para o desenvolvimento da economia, como transporte, energia,
telecomunicações, mobilidade urbana, etc. Esse tipo de emissão surgiu a partir
da Lei 12.431/11, que regulamentou a isenção do Imposto de Renda sobre os
rendimentos para pessoas físicas e investidores estrangeiros. Esses últimos,
contudo, ainda têm uma participação limitada no segmento. Para se enquadrar
nesta categoria e poder emitir Debêntures Incentivadas, a empresa deve obter
uma autorização do Ministério responsável pelo setor em questão.

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Além da classificação de tipos, as debêntures também variam de acordo com
sua espécie, que se diferenciam pela prioridade de recebimento e pela garantia
do empréstimo em caso de falência:
As Debêntures com Garantia Real são as de menor risco, pois são ofertados bens da
empresa como forma de garantia. Isso significa que esses bens ficam indisponíveis
para negociação. Podem ser, por exemplos, prédios, fábricas ou terrenos.
Já as Debêntures com Garantia Flutuante são títulos que possuem garantia na
forma de prioridade, ou seja, em caso de falência da companhia, os debenturistas
têm prioridade de recebimento em relação aos acionistas.
Com as Debêntures Sem Preferência, os debenturistas possuem a mesma
prioridade do acionista no recebimento dos recursos em caso de falência. Esta
modalidade oferece mais risco, pois o credor pode não receber seu investimento
de volta integralmente.
Por último, as Debêntures Subordinadas são as de maior risco, pois em
caso de falência, os acionistas têm prioridade em relação aos debenturistas.
Por oferecer mais risco, esse título também oferece maior rentabilidade e é
recomendado para clientes com maior apetite ao risco.

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Onde esses títulos são negociados?
As debêntures podem ser negociadas no mercado de bolsa e de balcão organizado.
E também no mercado secundário – ou seja, de um comprador para outro, sem
a participação da companhia, na plataforma da B3 (antiga BM&FBOVESPA).É
preciso ter uma conta em uma corretora para comprar esses títulos.

O que considerar antes de investir em uma


debênture?
Como qualquer título de renda fixa, há diversas características que devem
ser levadas em consideração na compra de uma debênture, como sua
rentabilidade, prazo, liquidez. Contudo, também é fundamental que o investidor
tenha conhecimento da sustentabilidade financeira da empresa a qual está
financiando, pois o principal risco desta aplicação deriva justamente da
capacidade da companhia em honrar com seus compromissos.
Ressaltamos que, apesar de configurar como um investimento relativamente
seguro, as debêntures não estão livres de risco. O risco de inadimplência existe,
por isso é crucial que se observe as condições financeiras da companhia e seu
mercado de atuação antes de optar por esse tipo de investimento.
Os ratings das agências de risco podem ser utilizados como referência,
mas é recomendada a realização de uma profunda análise dos resultados da
empresa, da sua estrutura de capital, da sua capacidade de geração de caixa e
perspectivas para o setor.
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Assim, por conta desse risco, para atrair investidores, as empresas oferecem
taxas ligeiramente superiores à taxa básica de juros (a Selic), visto que o risco
de se emprestar para uma empresa é maior do que financiar o governo via títulos
públicos. Os vencimentos das debêntures são de prazos médios ou longos, não
havendo uma grande liquidez no mercado secundário para venda antecipada.

Quais são os riscos das debêntures?


Como os demais títulos de renda fixa, as debêntures apresentam risco de mercado
associado ao comportamento das taxas de juros, que podem refletir, por exemplo,
alterações na política econômica do governo federal ou no cenário internacional.
Além disso, como títulos privados, sua rentabilidade traz um prêmio associado
ao risco de crédito da empresa emissora. Por isso, é preciso analisar o prospecto
da debênture, que fornece todas as informações sobre a empresa emissora, seu
balanço e resultados, além de suas perspectivas de investimentos e retorno.
Outro fator é o risco de liquidez do papel, ou seja, a dificuldade de vender
um título pelo preço desejado, naquele momento, e que é comum a todos os
ativos negociados no mercado financeiro. Por isso, o investidor deve avaliar se
consegue esperar até o vencimento do título para resgatar o montante investido.

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Como funciona a remuneração desses títulos?
Existem diversas formas de remuneração desses títulos. Confira, abaixo, os
tipos mais frequentes:
• taxa de juro prefixada no momento da emissão,
• ou uma das seguintes remunerações, ajustada para mais ou para menos,
por taxa fixa:
• Taxa Referencial (TR) ou Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP), observado
o prazo mínimo de um mês para vencimento ou repactuação;
• Taxa Básica Financeira (TBF), se emitidas por sociedades de arrendamento
ou pelas companhias hipotecárias, observado o prazo mínimo de dois
meses para vencimento ou repactuação; ou
• taxas flutuantes que sejam regularmente calculadas e de conhecimento
público e que sejam baseadas em operações contratadas a taxas de
mercado prefixadas, com prazo não inferior ao período de reajuste
estipulado contratualmente.

Também é permitida a emissão de debêntures com cláusula de correção


monetária baseada nos coeficientes fixados para correção monetária de títulos
públicos federais, variação da taxa cambial ou índice de preços, ajustada, para
mais ou para menos, por taxa fixa.

Fonte: B3

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Agora que você já sabe como funcionam as
debêntures, suas vantagens e riscos, conte com a
equipe de Renda Fixa da Eleven Financial para te
ajudar na escolha dos melhores ativos.
Nosso time, diariamente, analisa as principais
emissões de debêntures, conhecem
profundamente as empresas emissoras e
conseguem traduzir isso, de maneira técnica e
independente, mas em uma linguagem simples, se
vale a pena ou não adquirir esses títulos.

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