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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

Amina Francisco

Aniceto Daúdo

Aires de Ornelas Ferrão Cândido

Ariovalda Joanito Ismael Haky

Bruno Pedro Chissico

Certa Jacinto Alues

Dalton António Agostinho

Diogo serafim João

Erica

Ivo Elias Matine

ESTRUTURA DE MERCADO
Nampula, Agosto de 2018

UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

Agatha Debora Santana Fernando Abujate

Dalton António Agostinho

Dércia helena da Barca Zilião

Elias Lino Júlio Napiri

Osvaldo Tomas Jonas

ESTRUTURA DE MERCADO

Trabalho em grupo de carácter avaliativo


da Cadeira de Economia Politica, curso de
Direito 1o ano turma B, leccionado pelo
Docente: Dr. Sero.
Nampula, Agosto de 2018

Indice
Resumo..............................................................................................................................4
Introdução..........................................................................................................................5
ESTRUTURA DE MERCADO........................................................................................6
1.1. Origem de Mercado................................................................................................6
1.2. Noção de Mercado..................................................................................................6
1.3. Tipos de Mercado...................................................................................................6
1.4. Formas do Mercado................................................................................................7
1.5. Classificação dos Mercados....................................................................................7
1.6. A procura de bens e serviços......................................................................................8
1.6.1. Oferta...................................................................................................................9
1.6.2. A procura.............................................................................................................9
2. Mercado de Concorrência perfeita..............................................................................10
2.1. Maximização do Lucro.........................................................................................10
3. Concorrências imperfeitas...........................................................................................10
3.1. Padrões de Custos a Procura.................................................................................11
3.2. Barreiras à concorrência.......................................................................................11
3.3. As fontes da concorrência imperfeita...................................................................11
3.4. Condições de custo...............................................................................................12
3.5. Barreiras a concorrência.......................................................................................12
3.6. Interação estratégica.............................................................................................12
4. O MONOPÓLIO.........................................................................................................12
4.1. Concorrência Monopolista....................................................................................13
5. OLIGOPÓLIO.............................................................................................................13
5.1. Cartel.....................................................................................................................13
5.2. Jogo.......................................................................................................................14
Conclusão........................................................................................................................15
Referências bibliográficas...............................................................................................16
Resumo
Na maior parte os mercados não são perfeitamente competitivos, as
características tão restritivas que definem estes casos levam a fazer crer que
grande parte das situações cai dentro das suas especificações. Os principais
capítulos passaram em revistas as situações extremas de monopólio e
concorrência perfeita. Mas muitos ramos de actividade na economia actual
situam-se entre esses dois extremos. Muitos mercados apresentam uma
concorrência imperfeita entre um número reduzido de empresas. Encontramos
mercados oligopolistas em indústrias transformadoras. Mas um outro conjunto
importante de mercados é caracterizado pela concorrência entre um grande
número de vendedores de produtos diferenciados. Concorrência perfeita que
existe quando um grande número de empresas produz um bem idêntico – são
tantas empresas que de facto nenhuma delas pode afectar o preço de mercado.
Esta estrutura ocorre principalmente na actividade agrícola. Monopólio no qual
uma única empresa produz toda a produção de um ramo de actividade os são
económica, actualmente esses casos é raro na maioria das economias de
mercado. Entre as duas situações extremas situam-se formas intermédias de
concorrência imperfeita. Examinando-se o oligopólio no qual um ramo de
actividade é dominado por poucas empresas, assim com a concorrência
monopolista, na qual um grande número de empresas produz produtos que se
diferenciam ligeiramente. Em mercados perfeitamente concorrentes as empresas
estão fragmentadas de tal modo que nenhuma delas tem dimensão suficiente
para influenciar o preço de mercado. A empresa é tomadora de preço (price-
taker) e o grau de controlo da empresa sobre o preço é nulo. O cartel, em termos
de incentivo económico, e combinado com os parceiros um certo preço ou
quantidade a vender, cada membro tem vantagem em enganar os parceiros,
quebrar esse acordo e vender mais e mais barato, roubando clientes aos
concorrentes. Razão pela qual os cartéis acabam, normalmente, em guerras de
preços ou de quantidade, isso na situação normal do oligopólio. Profundamente,
a situação de oligopólio reduz-se sempre a um jogo. Cada elemento toma a sua
decisão sabendo que o resultado depende do que o outro fizer. Razão pela qual, é
de total interesse saber o que ele pensa, o que pensa que eu penso, o que ele
pensa que eu penso que ele pensa.

5
Introdução

O presente trabalho que tem como tema Estrutura do Mercado, elaboradas por meio
de varias obras que abordam questões de mercando, buscando a sua origem nos tempos
primordiais e dar-se-á aqui a noção e concepções sobre o termo mercado, e ainda dar-
se-á aqui os tipos de mercado, os seus critérios de definição e compreensão, sendo;
Segundo a natureza física dos produtos transaccionados, segundo a natureza económica
e segundo a extensão do espaço geográfico.

Os mercados possuem formas e classificação podendo ser, Concorrência perfeita e


Concorrência imperfeita.

No presente trabalho também, abordasse-a sobre as grandes perfeições e imperfeições


dos mercados, relacionando-se os tipos de concorrência dando os seus conceitos,
características, formas, exemplos e possíveis resoluções de problemas pertinentes.

Contudo, o que vamos ver neste trabalho é como se verifica a decisão económica em
alguns casos particulares de imperfeições de concorrência. Veremos os dois casos
extremos da concorrência na produção, a perfeita e a inexistente, e uma engenhosa
combinação dos dois. Os outros casos intermédios, os casos de concorrência imperfeita,
são mais complicados do que as situações puras que estudaremos ainda no presente
trabalho. Iremos apenas referir alguns pontos simples e gerais sobre alguns casos
restritos e especiais.

O presente trabalho está organizado de forma sistemática e lógico estrutural por meio
de elementos de elaboração dos trabalhos científicos, pra uma boa compreensão e
recolha de dados para efeitos de aproveitamento académico.

6
ESTRUTURA DE MERCADO

1.1. Origem de Mercado

A sua origem remonta a organização das feiras de comércio dos séculos XII-XIII. O
mercado obrigou a Europa que se regulamentassem o seu funcionamento através da
regularidade da sua realização e sua importância. Estas feras da organização do
comércio da idade media, possuíam maior parte dos espaços nas cidades burguesas
independentemente do poder real. A palavra mercada dizia respeito a um determinado lugar
onde os agentes económicos realizavam suas transacções. Os textos económicos citam os
grandes mercados da antiguidade, como o de Marselha, no Mediterrâneo; de Bizâncio e de
Calcedónia, na Ásia; de Naucratis, no Egipto; de Veneza e de Génova, na Itália medieval.
(ROSSETTI, 2009, p. 395).1

1.2. Noção de Mercado

O mercado e considerado o lugar de encontro, onde faz-se a procura e oferta de uns


ou vários produtos (bens ou serviço). Os espaços onde, vendedores e compradores,
realizam as suas transacções. Entender o mercado como o lugar económico ou real do
encontro da oferta e da procura, pode limitar o conceito do actualmente utilizado do
mercado. A noção do mercado como encontro das vontades dos que procuram e
oferecem bens e serviços possivelmente é a definição aceitável.

Segundo prof. Martinez suscita que “é entendido como um ponto ideal abstracto de
encontro entre vendedores e compradores respeitante a ficção do preço de determinados
bens”2

A palavra mercado ao longo de séculos, foi usado para analisar preços e quantidade
dos produtos transaccionados. Passou assim, a se designar o local ideal do confronto da
oferta e da procura de um bem ou serviço. É no mercado onde se fixam o preço e a
especificação ou a característica de um produto.

1.3. Tipos de Mercado

1
ROSSETTI, José Paschoal, introdução à economia, 20ª edição, Atlas editora, São Paulo, 2009, pág. 395.
2
O conceito de Mercado abstracto pode ser entendido em termos diversos. No sentido naquele mercado
ano se acharam pressentes as mercadorias transacionadas apud henri truchy, vol.5, pag.77.
3
ROSSETTI, José Paschoal, introdução à economia, 20ª edição, Atlas editora, São Paulo, 2009, pág. 395.

7
 Segundo a natureza física dos produtos transaccionados, o mercado pode ser de
açúcar, chá, cobre, ouro e outros. é o mercado de bens.
 Segundo a natureza económica dos produtos transaccionados, o mercado
designa de bens financeiros, bens reais. É o mercado de bens financeiros.
 Segundo a extensão do espaço geográfico, que tem por finalidade de delimitar
a oferta e a procura, ai temos, mercado internacional, mercado nacional e
mercado comum.

1.4. Formas do Mercado

Designa-se por forma do mercado a sua característica específica, tendo como base
o número de compradores e o número de vendedores. Esta forma encera, em se, a
particularidade de permitir que os agentes económicos demostrem a sua capacidade
ou dificuldade bem como os problemas que cada um enfrenta ou poderá enfrentar no
mercado.3

1.5. Classificação dos Mercados

O primeiro critério utilizado para definir o mercado é o número de participantes ao


qual se vincula com a importância destes. Assim temos:

 Concorrência perfeita- quando existe um grande número de vendedores e


compradores e, ainda, se a entrada de novos produtores e consumidores for
completamente livre.
 Concorrência imperfeita- verifica-se num sector de actividade sempre que
exista vendedores e consumidores individuais que detém algum controle
sobre o preço do mercado, oque ocorre com bens heterogéneos 4. Ou seja,
quando se verifica a existência de um único vendedor para numerosos
compradores, ai temos o monopólio. Quando num mercado ou o (ramo de
actividade) se encontra um numero reduzido de grandes empresas que
detém o monopólio e decidem sobre o preço no mercado estamos perante
um oligopólio.

3
ALFREDO, Benjamim, Noções Gerais do Direito Economico, Impressão Exacta, Lda, 2008. Pp. 236.
4
FERNANDO, António, introdução a economia, edições sílabos, 2017. Pag.150.

8
Tabela 1 ESTRUTURA DE MERCADO

Estrutura de Numero e Tipos de Formação do Receita e Entrada e


Mercado dimensão de produtos preço custos de saída no
produtores e produção mercado
consumidores
Concorrência -Muitos -Produtos - Empresas não -Receita Livre entrada e
perfeita consumidores e homogéneosv têm poder sobre proporcional ao saída de
produtores de com substitutos o preço e são montante do empresas
pequena perfeitos tomadoras do output
dimensão preço de produzido
mercado (price- -Custos
takerI) semelhantes e
baixos
Monopólio Muitos Produtos únicos Produtores -Aumento ou Difícil entrada e
consumidores sem substitutos fixam o preço diminuição das saída de
de pequena próximos de mercado quantidades empresas
dimensão e um (price-taker) oferecidas
único produtor provoca uma
de grande variação no
dimensão preço e na
receita media
- Elevados
custos de
instalação ou de
produção
Oligopólio -Muitos Produtos Empresas têm -O preço é Entrada de
consumidores idênticos ou poder sobre o menor do que empresas é
de pequena diferenciados preço de em monopólio difícil
dimensão e (substitutos mercado, mas maior do
alguns imperfeitos) embora exista que em
produtores de uma forte concorrência
grande concorrência perfeita
dimensão -Custos de
- Cada produtor produção
toma em relativamente
consideração o elevados
comportamento
dos outros
Concorrência Muitos Produtos Empresas têm A entrada e
monopolista consumidores e substitutos algum poder saída de
produtores de imperfeitos e sobre o preço empresas no
pequena diferenciados mercado é fácil.
produção

1.6. A procura de bens e serviços

Sendo o mercado onde se manifestam as vontades dos que procuram e dos que
oferecem bens e serviços. A oferta e a procura de bens e servidões constituem a
expressão mais importante da vontade dos agentes económicos no mercado. Nessas
vontades residem os elementos cruciais: o preço do bem ou serviços em causa. Em
economias monetárias, o valor dos bens é geralmente expresso em moeda, e o preço,
valor dos bens ou serviços expresso em unidades monetárias.

9
1.6.1. Oferta

A oferta consiste na quantidade de um bem ou um serviço posto à venda ou à


disposição num mercado. Consiste também, no acto praticado pelos produtores ou
vendedores, de colocar à disposição dos compradores ou consumidores, bens ou
serviços num determinado mercado. Consoante a necessidade que o mercado tem de um
determinado bem ou serviço, a oferta pode crescer ou decrescer ou manter-se estática.
Assim o volume de produção de bens vária também de acordo com a necessidade
(procura) do mercado.

A oferta pode ser a curto ou a longo prazo, podendo ser:

- A curto prazo quando é feita dependente da capacidade de produção do agente


produtor do bem ou do serviço, da sua capacidade para a armazenagem do bem e o
preço de venda. Neste caso quando a o preço aumenta a oferta aumenta e inversamente,
esta denomina-se relação positiva entre a oferta e o preço.

- A longo prazo depende da alteração da capacidade de produção. Quanto maior for a


capacidade de produção (em série) o preço do produto diminui.

1.6.2. A procura

É a relação entre as quantidades procuradas e os diferentes preços possíveis


oferecidos pelos que procuram certos bens ou serviços.

Consiste no acto praticado pelos compradores ou consumidores em comprar ou


adquirir bens ou serviços no mercado, e afigura-se com a quantidade de bens e serviços
que um agente económico pretende adquirir, tendo em conta o seu poder e a capacidade
para pagar o preço.

A procura depende da capacidade dos vendedores de colocar o produto no mercado a


um preço razoável para os compradores.

10
2. Mercado de Concorrência perfeita

Neste mercado as quantidades que os produtores ou empresas decidem produzir,


levando em consideração o preço de venda como dado,5 É a quantidade que maximiza o
lucro. O objectivo principal da empresa é a maximização do produto e representa o
montante que uma empresa pode distribuir pelos seus proprietários, reinvestir em novas
fábricas ou equipamentos e aplicar em investimentos financeiros.

2.1. Maximização do Lucro

Para maximizar o lucro a empresa tende ter em conta a diferença entre a re4ceita das
vendas e o custo da produção. Em mercados perfeitamente concorrenciais as empresas
estão fragmentadas de uma forma em que nenhuma tem dimensão ou faculdade de
influenciar o preço do mercado, ou seja, a empresa é tomadora de preço e o grão de
controlo da empresa sobre o preço é nulo.

O equilíbrio de uma empresa em concorrência perfeita tem lucro máximo quando P =


Cmg, oque acontece quando a curva de custos marginais intercepta o mínimo dos custos
totais. Em outros casos como, curto prazo o lucro pode ser nulo mas, no longo prazo o
lucro tende ser positivo.

Uma empresa em concorrência perfeita maximiza o lucro quando a sua produção


estiver no nível em que o custo marginal é igual ao preço.

3. Concorrências imperfeitas

Geralmente os mercados não são perfeitamente competitivos. As características


restritivas que definiram esse caso ilustram que boa parte das situações caem dentro das
suas especificações. Em situações onde não se destaca a concorrência perfeita ou em
que existem imperfeições na concorrência, significa quer algumas empresas têm poder
de mercado, ou seja, têm influências sobre os preços. As razoes desse poder são
essencialmente duas, tais como:

5
Preço de venda como dado‐isso quer dizer que se a empresa tentar vender acima do preço vigente no
mercado ninguém lhe compra pois a outro concorrentes que vendem mas barrato, e isso poderá não lhe
trazer benefícios, perde dinheiro por cada unidade perdida. SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS,
William D. , economia,14a edição.

11
3.1. Padrões de Custos a Procura

A curva de custos relativos a uma certa tecnologia define a zona de produção da


empresa que é economicamente razoável. Se essa dimensão de produção for muito
próxima da quantidade procurada, então o número de empresas que são possíveis
nesse mercado é relativamente baixo. Se a cura de custo médio só se torna crescente
a quantidade muito grande face à procura, há poder de mercado.

P Cm P P

CM Cm

D CM D D

Q Q Q

Monopólio Oligopólio Concorrência perfeita

3.2. Barreiras à concorrência

Este segundo tipo de razão, vincula-se a motivos não iónicos. A existência de leis,
que podem ter motivações económicas (as leis que Ege as patentes, para fomentar a
criatividade), ou não (as leis que impõem serviços públicos ou barreiras
alfandegarias), mas que forcam a existência de um limite à concorrência, é uma das
principais causas da falta de concorrência, quer naturais (geográficas), quer
artificiais (publicidade, gangsters, contratados contra os concorrentes), que impedem
a livre competitividade entre todos os potenciais participantes num mercado.

3.3. As fontes da concorrência imperfeita

Na procura das explicações das origens e do comportamento dos mercados de


concorrência imperfeita, os economistas salientam três factores fundamentais: as
condições de custo, as barreiras a concorrência e a interacção estratégica entre as
empresas.

12
3.4. Condições de custo

As condições tecnológicas determinam a estrutura de mercado, e de custo de um


ramo de actividade. Uma empresa eficiente pode produzir uma fracção importante
do mercado desse produto produzido. Essa empresa tende a ser 5 oligopolista,
apenas com alguns grandes produtores.

3.5. Barreiras a concorrência

As barreiras a concorrência reduzem a rivalidade entre as empresas de um mesmo


ramo de actividade. Quando as barreiras são importantes podem haver poucas
empresas e uma concorrência limitada.

3.6. Interacção estratégica

Quando num mercado operam poucas empresas, estas devem reconhecer a sua
independência. Como por exemplo: se há duas empresas fabricantes de motorizadas
presentes num determinado mercado, cada empresa deve ter em conta as decisões
quanto a fixação de preços e ao marketing da outra empresa. Quando os
oligopólistas reconhecem a sua mútua dependência, haverá ai uma interacção
estratégica entre eles.

A interacção estratégica descreve as condições nas quais a estratégia de c ada


empresa de cada empresa depende dos planos empresariais das suas rivais.

4. O MONOPÓLIO

Este mercado caracteriza-se pela existência apenas de um único produtor, que


controla todos os aspectos relativos à produção. Assim, o monopólio sendo o único
produtor, pode fazer o que quiser no mercado, pois o monopolista domina um dos
lados do mercado: em relação a oferta, se ele pretender adicionar um preço alto, a
procura reduz-se e ele pode mesmo perder dinheiro, ou seja, o monopolista está
restringido a escolher um dos pontos da curva da procura dos consumidores e
escolher o que quiser, mas não pode escolher um ponto fora dessa curva6.
6
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D., Economia, 14a …p. 220.

13
4.1. Características da estrutura do mercado imperfeito ou monopolista
Unidade – há sempre um vendedor, dominando inteiramente a oferta. Sob o monopólio,
o conceito de empresa e de ramo de actividade sobrepõem-se. Ramo industrial e firma
são expressões que, neste caso, se equivalem. A indústria monopolista é constituída por
uma única firma ou empresa. Isto significa que, do extremo da atomização, se vai para o
da unicidade. E o monopólio detém total poder para influenciar o mercado. Este, como
um todo, esta em suas mãos.
Insubstituibilidade - o produto da empresa monopolista, não tem substitutos próximos.
A necessidade a que atende não tem como ser igualmente satisfeita por qualquer similar
ou sucedâneo. Não há neste caso, alternativas possíveis para os compradores. Estes, ou
comprarão do único produtor existente ou então não terão acesso à satisfação da
necessidade atendida da empresa monopolista.
Barreira – a entrada de um novo concorrente no mercado monopolista é, no limite,
impossível. As barreiras de entrada são rigorosamente impeditivas. Podem decorrer de
disposições legais (leis que protegem patentes de produtos não substituíveis), de direitos
de exploração outorgados pelo poder publico a uma única empresa, do domínio de
tecnologias de produção, e em outros casos, de condições operacionais exigidas pela
própria actividade. Independentemente da razão da barreira, sua manutenção é condição
sine qua non para a permanência da dominação monopolista vigente, pois o surgimento
de um concorrente directo ou indirecto implica o desaparecimento da situação
monopolista.
Poder – a expressão “poder de monopólio” é empregado para caracterizar a situação
privilegiada em que se encontra o monopolista, quanto a duas importantes variáveis do
mercado: preço e quantidades. O poder é exercido sobre ambas, com objectivos
diversos: manter a situação de monopólio, praticando preços ou escalas de produção que
desestimulem o ingresso de concorrentes; maximizar os lucros; ou até controlar
reacções públicas à situação monopolista.
Extrapreço – devido a seu pleno domínio sobre o mercado, os monopólios dificilmente
recorrem a formas convencionais de mecanismos extrapreço, para estimular ou
desestimular comportamentos de compradores. Sob rigor conceitual, pode-se dizer que a
capacidade de dominação é de tal ordem que mecanismos deste tipo não seriam
necessários, notadamente quando destinados à obtenção de mais vantagens económicas:
neste caso, instrumentos mais directos de contingenciamento da oferta ou aumento real
dos preços praticados são mais eficazes, obviamente dentro de determinados limites.
Quando os monopólios recorrem a expedientes extrapreço, os objectivos são mais de
natureza institucional, ligados, por exemplo, à melhoria da imagem publica, do que
económicos, vinculados à maximização de resultados operacionais.

7 ROSSETTI, José Paschoal, introdução à economia, 20ª edição, Atlas editora, São Paulo, 2009, pág.402-
403

14
Opacidade – os monopólios são por definição opacas. Os mais diferentes aspectos que
envolvem suas operações e transacções são mantidos dentro de “caixas pretas”. O acesso a
informações sobre fontes supridoras, processo de produção, níveis de oferta e resultados
alcançados dificilmente são abertos e transparentes. A empresa monopolista caracteriza-se
por ser impenetrável. A opacidade é também usada como barreira de entrada, fechando o
círculo das características pétreas de autoprotecção.

4.2. Concorrência Monopolista

Este é o segundo tipo de concorrência imperfeita, que ocorre quando muitas


empresas vendem produtos que são similares mas não iguais7. ou seja, a
concorrência monopolista é quando existem muitos produtores e muitas diferenças
reais ou identificadas no produto (por exemplo: nos comércios a retalho e os
computadores pessoais).

A concorrência monopolista assemelha-se a concorrência perfeita em três


aspectos:

- Há muitos compradores e vendedores;

- É fácil a saída e a entrada e;

- As empresas consideram como dados os preços das outras empresas.

A distinção é que em concorrência perfeita os produtos são iguais, enquanto na


concorrência monopolista os produtos são diferenciados.

5. OLIGOPÓLIO

Aqui é quando há existência de algumas empresas poucas, que concorrem no


mercado de um produto. Por serem poucas, dá a cada uma o poder de influência
sobre o mercado (poder de mercado), mas isso não significa que não há
concorrência entre elas. Essa concorrência pode ser tao grande como na
concorrência perfeita.

5.1. Cartel

Há um caso especial que é o oligopólio coligado, onde, de algumas empresas


poucas dominam um mercado, e combinam entre si nas estratégias, preços e
7
NEVES, Joao Cesar das, Introdução a Economia, Editora Babel. P. 213.

15
quantidades. Este caso também é denominado de Cartel ou Trust, onde tem um
resultado muito semelhante com um monopólio8.

Em vários países os cartéis são ilegais, devido a inconveniências para os


consumidores. Por exemplo: em Portugal, a “lei da concorrência”, proíbe
coligações entre as empresas para combinarem preços ou outros elementos que
perturbem o normal funcionamento do mercado9.

Existem cartéis internacionais que dificilmente podem ser regulados pelas leis
nacionais. Os mais conhecidos estão ligados ao mercado do petróleo10.

O cartel, em termos de incentivo económico, e combinado com os parceiros


um certo preço ou quantidade a vender, cada membro tem vantagem em enganar
os parceiros, quebrar esse acordo e vender mais e mais barato, roubando clientes
aos concorrentes. Razão pela qual os cartéis acabam, normalmente, em guerras
de preços ou de quantidade, isso na situação normal do oligopólio.

5.2. Jogo

Profundamente, a situação de oligopólio reduz-se sempre a um jogo. Cada


elemento toma a sua decisão sabendo que o resultado depende do que o outro
fizer. Razão pela qual, é de total interesse saber o que ele pensa, o que pensa que
eu penso, o que ele pensa que eu penso que ele pensa.

Para investigar estes fenómenos, existe a designada teoria dos jogos que teve
a sua formalização moderna no livro Theory of Games and Economic Behaviour
de 1944 (de Morgenstern e Neumann).

Conclusão

Ao término do presente trabalho entendeu-se que na economia é possível


distinguir varias formas ou estruturas de mercado, nomeadamente concorrência
perfeita, monopólio, concorrência monopolista e oligopolista, sendo as três últimas
consideradas formas de concorrência imperfeita.

8
Tem sido alvo de muitas críticas ao longo do tempo, desde Adam Smith, que notava que “ é
raro que
as pessoas que exercem a mesma actividade se encontrem, mesmo numa festa ou
diversão, sem que a conversa acabe numa conspiração para elevar os preços” Smith
1776, vol. I, p. 280.
9
SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D., Economia, 14a, pp. 229 - 230.
10
SAMUELSON…NORDHAUS…Economia…p. 230.

16
As formas de mercado de bens e serviços são determinados pelo número de
empresas produtoras no mercado, pela diferenciação do produto ou de serviço
oferecido pela empresa e pela existência de barreiras à entrada de novas empresas
concorrentes no mercado.

A concorrência imperfeita verifica-se num sector de actividade sempre que


existam vendedores ou consumidores individuais que detêm algum controlo sobre o
preço de mercado. O grau de influência sobre o preço depende de sector para sector,
estando relacionado com a elasticidade da curva da procura.

Quando uma empresa tem poder de mercado num sector específico, esta pode
aumentar o preço do seu produto acima do custo marginal.

17
Referências bibliográficas

ALFREDO, Benjamim, Noções Gerais do Direito Economico, Impressão Exacta,


Lda.

FERNANDO, António, Introdução À Economia, 1ª Edição, Edições Silabo, 2017.

MANKIW, N. Gregory, Introdução À Economia – princípios de Micro e


Macroeconomia, 2ª Edição, editora Elsevier, traduzido por: Maria Jose Cynlar,
Editora campus, 2001.

NEVES, João Cesar das, Introdução À Economia, 7ª edição, Editorial Verbo,


Lisboa – São Paulo, 2004.

NEVES, João Cesar das, Introdução À Economia, Editora Babel.

SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D., Economia, 14a Edição.

SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William D., Economia, 18a Edição, editora
McGraw-Hill, Espanha, 2003, trad. Por: Elsa Fontainha e Jorge Pires Gomes,
Portugal.

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