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UNIVERSIDADE ROVUMA

INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES, TURISMO E COMUNICAÇÕES


CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS
UNIVERSIDADE ROVUMA
INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES, TURISMO E COMUNICAÇÕES
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO DE EMPRESAS

O presente trabalho é de carácter


avaliativo a ser apresentado na Cadeira
de Microeconomia I, no curso de Gestão
de Empresas 1º ano.

Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4
1.1. Objectivo...............................................................................................................................4
1.1.1. Geral...............................................................................................................................4
1.1.2. Específicos......................................................................................................................4
2. Monopólio....................................................................................................................................5
2.1. Definição e Causas do monopólio........................................................................................5
2.3. Hipóteses básicas:.................................................................................................................7
2.4. Os principais obstáculos ao ingresso de firmas concorrentes no mercado são:....................7
2.5. O equilíbrio (lucro)...............................................................................................................8
2.5.1. Características do equilíbrio...........................................................................................9
2.6. Discriminação de preços.....................................................................................................11
1º Grau (ou perfeita)...............................................................................................................11
2º grau (desconto de qualidade).............................................................................................12
3º grau (segmentação)............................................................................................................13
3. Conclusão..................................................................................................................................16
4. Referência bibliográfica.............................................................................................................17
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1. Introdução

O grau de concorrência de um mercado depende de vários factores, entre os quais se destacam:

•o número de vendedores de um produto,


•a facilidade de entrada e saída do mercado,
•o nível de informação partilhada pelos vendedores,
•os custos de transacção, do controlo do preço.

Assim, o espectro da concorrência varia entre a concorrência perfeita num extremo e o


monopólio no outro, encontrando-se a meio deste espectro a concorrência monopolística e o
oligopólio, cujo grau de concorrência é variável dentro destas últimas estruturas do mercado. No
monopólio existe um elevado poder de determinação do preço desde que não seja regulado pelo
Estado.

O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Microeconomia no curso de Gestão de


Empresas na Universidade Rovuma com tema Monopólio. O trabalho tem a finalidade de
entender assuntos referentes ao tema, exclusivamente, a definição segundo autores, lucro no
monopólio e a discriminação dos preços.

1.1. Objectivo

1.1.1. Geral

“O objectivo geral é uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo
intrínseco, quer dos fenómenos e eventos, quer das ideias estudadas. Vincula-se directamente à
própria significação da tese proposta pelo projecto” (Lakatos, 1985: 102).

Assim sendo, o objectivo geral do presente trabalho é estudar o monopólio.

1.1.2. Específicos

A pesquisa tem como objectivos específicos:

 Conceituar o monopólio.
 Mostrar a maximização do lucro.
 Apresentar as formas de discriminação de preço.
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2. Monopólio

2.1. Definição e Causas do monopólio

Em economia, monopólio (do grego monos, um + polien, vender) é como se denomina a situação
em que uma empresa detêm o mercado de um determinado produto ou serviço, impondo preços
aos que comercializam. Uma forma evoluída de monopólio são os chamados oligopólios.

Os monopólios podem surgir, devido a características particulares de mercado ou devido a


regulamentação governamental, também conhecido como monopólio coercivo.

O monopólio existe quando há um vendedor no mercado para um bem ou serviço que não tem
nenhum substituto e quando há barreiras na entrada de empresas que tencionem vender o mesmo
bem ou um bem substituto. Estas barreiras protegem o vendedor da concorrência. Tal como no
caso de concorrência perfeita os exemplos de monopólio na sua forma pura são raros, mas a
teoria do monopólio elucida o comportamento de empresas que se aproximam de condições de
monopólio puro. Ter o poder de monopólio significa simplesmente o vendedor ter algum
controle sobre o preço do produto.

A fonte básica de monopólio puro é a presença de barreiras de entrada, de onde se destacam:

a) economias de escala;
b) patentes; e
c) propriedade exclusiva de matéria-prima.

Existe a economia de escala quando empresas novas tendem a entrar em mercados a níveis de
produção menores do que empresas estabelecidas. Se a indústria é caracterizada por economias
de escala (custos médios decrescem com o aumento no volume de produção), os custos médios
da empresa nova serão mais altos do que os custos médios de uma empresa estabelecida.

Para De Plácido e Silva o vocábulo monopólio é “derivado do latim monopolium, de origem


grega (monos – só e poliem – vender), quer exprimir o regime em que se dá o direito ou a
faculdade a uma pessoa ou a um estabelecimento para que, com exclusividade, produza e venda
certas espécies de produtos.

O monopólio, assim, que tanto pode ser de direito, como de fato, visa a subtrair uma soma de
negócios ou de operações ao regime da livre concorrência ou à lei da procura e da oferta,
facultando ao monopolizador em se tornar o exclusivo senhor da praça.

O monopólio diz-se de direito, quando é fundado numa autorização legal. É de fato, quando
resulta de circunstâncias de ordem econômica ou administrativa”. (Silva, 2004. p. 927)

A palavra monopólio quer dizer posse, direito ou privilégio de somente uma pessoa ou empresa.
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O monopólio é então uma forma de mercado nas economias capitalistas, no qual uma empresa
domina a produção e a oferta, de certo produto ou serviço que só ela tem.

A empresa fica com um poder muito grande no mercado. Como somente ela possui ou vende
determinado produto, estabelece o preço de acordo com seus interesses de lucro, que geralmente
são muito elevados. Isso prejudica os compradores. Às vezes a empresa exige, dos compradores
que desejam adquirir o produto, o pagamento antecipado e não determina com precisão o prazo
de entrega.

Percebe-se que o monopólio é um abuso. É prejudicial ao mercado consumidor.

O monopólio é visto normalmente como a estrutura de mercado em que a firma ofertante é


também a própria indústria. Nas demais estruturas de mercado: concorrência perfeita,
concorrência monopolística e oligopólio, firmas que produzem bens substitutos próximos são
agregados num conjunto denominado indústria. Ou seja, o monopólio é observado quando a
firma monopolista não tem bens ou serviços substitutos próximos ao que ela mesma oferta.

Estrutura de mercado composta por apenas um vendedor e muitos compradores. Quando a


indústria se monopoliza, o preço de venda será maior que o preço de mercado em concorrência
perfeita, e o nível de produção inferior. Os consumidores sairão perdendo, pois terão que pagar
um preço superior para obter o produto, que será oferecido em quantidade inferior.

“Monopólio é uma condição de mercado caracterizada pelo controle, por um só produtor,


dos preços e das quantidades de bens ou serviços oferecidos aos usuários e consumidores.
Estes usuários e consumidores não possuem alternativas senão comprar do monopolista.
Isso faz com que o monopolista opere sempre com lucros extraordinários. O preço
cobrado pelo monopolista será sempre maior do que em competição perfeita e a
quantidade vendida sempre menor. (Kupfer, 2002).”

As causas da existência do monopólio são várias, algumas políticas, outras económicas e outras
técnicas, como:

 Propriedade exclusiva de matérias-primas ou de técnicas de produção;


 Patentes sobre produtos ou processos de produção;
 Licença governamental ou imposição de barreiras comerciais para excluir competidores,
especialmente estrangeiros;
 O caso do monopólio natural quando o mercado não suporta mais do que uma
única empresa, pois a tecnologia de produção impõe que a operação eficiente tenha
economias e escala substanciais.
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2.2. Vantagens e desvantagens do monopólio

Os argumentos favoráveis aos monopólios concentram-se principalmente nas vantagens da


produção em grande escala, como a elevação de rendimento propiciado pelas inovações
tecnológicas e a redução dos custos. Também se afirma que os monopólios podem racionalizar
as actividades económicas, eliminar os excessos de capacidade e evitar a concorrência desleal.
Outra das vantagens que lhes são atribuídas é a garantia de um determinado grau de segurança no
futuro, o que torna possível o planeamento a longo prazo e introduz maior racionalidade nas
decisões sobre investimentos. (Vasconcellos, 2004)

Os argumentos contrários estão centrados no facto de que o monopólio, graças a seu poder sobre
o mercado, prejudica o consumidor ao restringir a produção e a variedade, e ao obrigá-lo a pagar
preços arbitrariamente fixados pelo monopolista.

Também se assinala que a ausência de concorrência pode incidir negativamente sobre a redução
dos custos e levar à subutilização dos recursos produtivos. (Vasconcellos, 2004).

2.3. Hipóteses básicas:

Um Determinado Produto é Suprido por uma Única Firma: Uma única firma oferece o produto
em um determinado mercado;

Não há substitutos Próximos para esse Produto: Isso significa dizer que o monopolista enfrenta
pouca ou nenhuma concorrência;

Existem Obstáculos (barreiras) à Entrada de Novas Firmas na Indústria (nesse caso a indústria
é composta de uma única firma): Para que o monopólio exista é preciso manter concorrentes em
potencial afastados da indústria. Isto significa que devem existir barreiras que impeçam o
surgimento de competidores, protegendo, dessa forma, a posição de monopolista. Estas barreiras
fazem com que seja muito difícil (ou praticamente impossível) a entrada de novas firmas na
indústria.

2.4. Os principais obstáculos ao ingresso de firmas concorrentes no mercado são:

Existência de Economia de Escala, ou seja, a empresa monopolista implicando no segmento do


“Monopólio Natural”: Uma firma já existente e de grandes dimensões pode suprir o mercado a
custos mais baixos do que qualquer outra firma que deseje entrar na indústria. Este parece ser o
caso das indústrias que têm uma parcela de custo fixo e custos variáveis relativamente baixos.
Nestas condições, os custos fixos passam a ser distribuídos entre um número cada vez maior de
unidades à medida que a produção aumenta, cabendo a cada unidade produtiva uma carga cada
vez menor dos custos fixos. A tendência, então, é ter uma curva de custo médio de longo prazo
decrescente em uma larga faixa de produção. Como resultado, uma única firma pode suprir a
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totalidade do mercado a um custo mais baixo do que qualquer outra. Esse fenómeno dá origem
àquilo que os economistas denominam Monopólio Natural;

Controle sobre o fornecimento de Matérias-Primas: Se uma firma monopolista detém o controle


sobre o fornecimento das matérias primas essenciais à produção de um determinado bem ou
serviço, ela pode bloquear o ingresso de novas firmas no mercado;

Barreiras Legais: As barreiras legais incluem patentes, licenças e concessões governamentais.


A posse de patentes dá ao monopolista o direito único de produzir uma particular mercadoria
durante um determinado período de tempo. Dessa forma, outras firmas ficam legalmente
proibidas de produzirem e venderem o produto patenteado. Nesse sentido, ocorre um efeito
semelhante ao controle sobre os fornecimentos de matérias-primas essenciais, uma vez que
impede a entrada de novas firmas na indústria.

O Monopólio Legal ocorre quando o governo concede a uma empresa um direito exclusivo para
ela operar, por meio de licença e concessões que permitem que uma única firma produza um
determinado produto, excluindo legalmente a competição de outras firmas. Em contrapartida, o
governo pode fazer exigências em relação à quantidade e qualidade do produto e impor preços e
taxas a serem cobradas.

Monopólios Estatais: Existem ainda os monopólios estatais, que pertencem e são


regulamentados pelos governos: federal, estadual e municipal.

2.5. O equilíbrio (lucro)

Em monopólio, existe apenas um produtor que tem poder de mercado pois domina totalmente o
lado da oferta, não tendo qualquer concorrente. Logo, o monopolista fixa o preço de mercado
(price-maker) ou a quantidade.

No entanto, esse poder de mercado é limitado, dado que o monopolista está sujeito à curva da
procura. Significa então que a função procura que o monopolista enfrenta corresponde à função
procura de mercado. Dado que a função procura é negativamente inclinada, então o monopolista
enfrenta uma relação inversa entre o preço e a quantidade: quanto mais elevado for o preço,
menor a quantidade que os consumidores estão dispostos a adquirir (e vice-versa)

RT = P(Q).Q

Rmd = P(Q)

dRT
Rmg= d¿¿
dQ

Significa então que a receita marginal tem duas componentes:


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→ o preço P a que é vendida a última unidade, que é positiva;

→ dP/dQ, que é negativa: a diminuição do preço que se verifica em todas as unidades anteriores
(em concorrência perfeita, dP/dQ = 0).

O equilíbrio corresponde à situação em que o monopolista maximiza o lucro:

Max Q LT = RT – CT

Condição de primeira ordem (CPO):

dLT dRT dCT


=0 ⇔ − =0 ⟺ Rmg=Cmg
dQ dQ dQ

Condição de segunda ordem (CSO):

dRmg dCmg
d 2 < ¿ 2 <0 ⇔ < ¿
dQ dQ dQ

Significa então que o lucro do monopolista é maximizado quando o benefício obtido com a
venda da última unidade produzida iguala o custo de produzir essa unidade adicional. Para
volumes de produção superiores ao volume de produção de equilíbrio, Cmg>Rmg, donde a
produção de uma unidade adicional faz reduzir o lucro, pelo que se deve reduzir a produção; para
volumes de produção inferiores ao volume de produção de equilíbrio, Cmg<Rmg deve produzir-
se mais pois o lucro aumenta.

2.5.1. Características do equilíbrio

(i) Receita marginal e Receita média

No modelo de concorrência perfeita, P = Rmg. No entanto, em monopólio, P≠Rmg. Numa


análise mais cuidada da função procura de mercado, temos que se o monopolista praticar o preço
P0 , então vende Q0 e tem uma receita total = A+B. Se o monopolista quiser aumentar a
quantidade vendida no mercado para Q1 , então terá que diminuir o preço para P 1 . A receita total
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do monopolista é agora B+C. A variação na receita total é C-A, em que A representa a


diminuição da receita provocada pela diminuição do preço (A = ΔP.Q) e C representa o
acréscimo de receita que resulta do aumento da quantidade vendida (C = ΔQ.P).

(ii) Relação entre preço, custo marginal e elasticidade preço da procura

Quanto menos elástica for a curva da procura, mais o preço do monopolista excederá o Cmg
(P>Cmg).

No equilíbrio competitivo, P = Rmg = Rmd = Cmg, o que resulta de Epd = ∞.

Exemplo: no mercado A, a função procura é mais elástica, pelo que a diferença entre o preço de
mercado e o Cmg é menor.

(iii) Perda de bem-estar em monopólio

No equilíbrio de concorrência perfeita, P = Rmd = Rmg = Cmg, ou seja, o benefício da última


unidade transaccionada no mercado para os consumidores é igual ao custo dessa unidade para os
produtores (situação em que o bem-estar social é máximo).

No equilíbrio do monopolista, (P = Rmd) > (Rmg = Cmg), ou seja, o preço de mercado é


superior ao custo marginal (ineficiência social). Significa então o valor que os consumidores
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atribuem à última unidade transaccionada é superior ao custo dessa unidade para o produtor, pelo
que se regista uma perda de bem-estar social.

2.6. Discriminação de preços

A prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto designa-se por discriminação de
preços.

Para que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que: a empresa seja capaz de
identificar os diferentes consumidores, e de lhes cobrar preços diferentes; os consumidores não
tenham a possibilidade de fazer arbitragem (os consumidores aos quais o produto é vendido a um
preço mais baixo não o podem vender aos outros).

A discriminação de preços pode ser dividida em três graus de acordo com a capacidade de cada
uma das partes (consumidores e produtores) de estabelecer preços diferenciados.

1º Grau (ou perfeita)

A discriminação de preços de 1º grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade de produto
ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço de
reserva).

Com este tipo de discriminação é transaccionada a mesma quantidade que em concorrência


perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo marginal), mas o excedente do igualdade
entre preço e custo marginal), mas o excedente do consumidor passa a ser zero.
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Num monopólio com discriminação de preços de 1º grau:

– a curva da procura coincide com a curva da receita marginal;

– o monopolista apropria todo o excedente do consumidor;

– o lucro do monopolista é igual ao excedente económico total;

– o volume de produção maximiza o excedente económico total;

– a eficiência é máxima, mas a equidade é questionável.

2º grau (desconto de qualidade)

A discriminação de preços de 2º grau consiste na venda de cada conjunto (ou lote) de unidades a
um preço específico. Assim, o preço depende do número de unidades adquiridas.

No caso da figura, o monopolista vende Q1 unidades ao preço p1 e Q2 unidades ao preço p2. O


excedente do consumidor é reduzido em A (despesa adicional), que reverte a favor do
monopolista.
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3º grau (segmentação)

A discriminação de preços de 3º grau consiste em cobrar preços diferentes a grupos diferentes de


consumidores.

Identificando grupos de consumidores com elasticidades preço da procura diferentes, a empresa


procurará cobrar-lhes preços diferentes (preços mais elevados aos consumidores com procura
elástica) menos elástica).

O caso mais frequente é o de um monopolista que vende em dois mercados separados. O seu
objectivo, como sempre, é o de maximizar o seu lucro.

As condições de primeira ordem implicam que as quantidades óptimas a vender em cada


mercado sejam tais que igualam os rendimentos marginais da venda em cada mercado e o custo
marginal de produção.

A igualdade entre o rendimento marginal em cada mercado e o custo marginal é uma condição
de maximização do lucro, porque:

- Se RMg1 (q1) > CMg(Q), a receita adicional da última unidade vendida no mercado 1 é superior
ao custo de produção, logo, o monopolista aumenta o seu lucro se vender uma unidade adicional
no mercado 1; adicional no mercado;

- Se RMg1 (q1) < CMg(Q), a receita adicional da última unidade vendida no mercado 1 é inferior
ao seu custo de produção, logo, o monopolista aumenta o seu lucro se vender menos uma
unidade no mercado 1.

• Isto implica que, no ponto óptimo: RMg1 (q1) = CMg(Q).

• De forma similar, obtém-se: RMg2 (q2) = CMg(Q).


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A igualdade entre os rendimentos marginais associados à venda nos diferentes mercados é uma
condição de maximização do lucro, porque:

- Se RMg1 (q1) > RMg2 (q2), a receita adicional da última unidade vendida no mercado 1 é
superior à receita adicional da última unidade vendida mercado 2 logo, monopolista última
unidade vendida no mercado 2, logo, o monopolista aumenta o seu lucro se transferir a venda de
uma unidade no mercado 2 para o mercado 1;

- Se RMg1 (q1) < RMg2 (q2), a receita adicional da última unidade vendida no mercado 1 é
inferior à receita adicional da última unidade vendida no mercado 2, logo, o monopolista
aumenta o seu lucro se transferir a venda de uma unidade no mercado 1 para o mercado 2.

A igualdade entre os rendimentos marginais pode ser escrita em termos das elasticidades-preço
da procura.

Logo, conclui-se que, em mercados nos quais a procura é mais rígida (o bem é de primeira
necessidade, ou não tem substitutos), a empresa fixa preços mais elevados do que em mercados
nos quais a procura é mais elástica (o bem tem substitutos próximos, ou é um bem de luxo).

Na ausência de discriminação, uma empresa monopolista em vários mercados escolhe um ponto


da função procura agregada, que se define como a soma das funções procura. É a partir da
procura agregada que se determina a função rendimento marginal agregado.

O volume de produção óptimo é aquele que iguala o rendimento marginal agregado e o custo
marginal são iguais O preço obtém marginal agregado e o custo marginal são iguais. O preço
obtém-se na procura agregada, e as quantidades a vender em cada mercado obtêm-se nas
respectivas funções procura.
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Com discriminação de 3º grau, a empresa iguala o rendimento marginal nos vários mercados.

A função rendimento marginal agregado corresponde à “soma horizontal” dos rendimentos


marginais de cada mercado. O volume de produção óptimo é aquele para o qual o rendimento
marginal agregado e o custo marginal são iguais.

As quantidades e preços nos vários mercados determinam-se nas respectivas funções rendimento
marginal.
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3. Conclusão

Conclui-se que no monopólio, na qualidade de único produtor de determinado bem, o


monopolista encontra-se em uma posição singular. Se decidir elevar o preço do produto, não terá
de se preocupar com concorrentes que, cobrando um preço menor, poderiam capturar uma fatia
maior do mercado à sua custa. O monopolista é o mercado e controla totalmente a quantidade de
produto que será colocada à venda.

Mas isso não significa que o monopolista possa cobrar qualquer preço que desejar, não deve
fazê-lo caso o objectivo seja a maximização de lucros.

E que também, para poder maximizar os lucros, o monopolista deve, primeiro, determinar os
custos e as características da demanda de mercado. O conhecimento da demanda e do custo é
crucial para a tomada de decisão económica por parte da empresa. Dispondo de tal
conhecimento, o monopolista precisa decidir quanto produzir e vender. O preço unitário recebido
pelo monopolista é obtido diretamente da curva de demanda de mercado. De modo equivalente à
determinação do preço, a quantidade que ele venderá a esse preço também pode ser deduzida
directamente da curva de demanda de mercado.
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4. Referência bibliográfica

Kupfer, D. (2002). Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de


Janeiro: Campus.

Vasconcellos, M. A. S.; Garcia, M. E. (2004). Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva.

Pindyck, R.; Rubinfeld, D. (2006). Microeconomia: Determinação de Preços. Editora Prentice


Hall.
Silva, J. C. da. (2009). Microeconomia II: Monopólio. Porto, Portugal. Faculdade de Economia
da Universidade do Porto.

Krugman, P. R.; Maurice, O. (2003). Economies of Scale, Imperfect Competition and


International: International Economics - Theory and Policy. p. 142.

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