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RELAÇÕES E CORRELAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
This paper aims to discuss the conceptual and methodological elements of landscape ecology
and its relation to geography; and analyze the Landscape Ecology as a geographical approach
to the conservation of the environment. The methodology was the literature review. The
survey results show the importance of Landscape Ecology within the Geography for the
conservation of the environment, since in his studies covers all variables that arise and
together will interfere positively or negatively in the modification of the geographical space,
and the methodological approach of Landscape Ecology presupposes the use of inter- and
multidisciplinary teams in carrying out their studies. Being able to see that this integrated
analysis contributes positively as an object of public policies for the conservation of the
environment and spatial and territorial planning.
INTRODUÇÃO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os estudos de paisagem
cientificamente esse conceito tem uma longa história e tem contribuído bastante para o
desenvolvimento dos estudos da ciência geográfica. Desde o surgimento da Geografia na
antiguidade, o conceito de paisagem é analisado com maior ou menor intensidade. Os antigos
geógrafos e naturalistas sempre perceberam essa estreita relação existente entre o homem e o
meio que o circunda.
Na Geografia esse conceito sofreu grandes variações de significados dependendo da
tendência do pesquisador ou da escola que este fazia parte. Esse foi um dos grandes dilemas
que a paisagem como conceito enfrentou para sua consolidação nos estudos da ciência
geográfica. Contudo ressalta-se que a ideia da relação da sociedade com a natureza sempre
esteve presente desde estudos antigos até os atuais. Após reconhecer o papel do homem e sua
influência na alteração do meio natural, esta premissa passou a ser o ponto inicial na
formulação dos conceitos modernos de paisagem, ou seja, o homem passa a fazer parte desse
conjunto de elementos que define e interagem com a paisagem. O quadro 1 mostra a evolução
dos estudos de paisagem.
Análise estrutural-morfológica Atenção principal volta-se para análise dos problemas de nível,
(1955-1970) regional e local (taxonomia, classificação e cartografia).
Análise funcional (1970- até São introduzidos os métodos sistêmicos e quantitativos e
hoje) desenvolvida a Ecologia da Paisagem.
Atenção principal volta-se para inter-relação dos aspectos
Integração geoecológica estrutural-espacial e dinâmico-funcional das paisagens e a
(1985- até hoje) integração em uma mesma direção científica (Geoecologia ou
Ecogeografia) das concepções biológicas e geográficas sobre as
paisagens.
Fonte: Rodriguez; Silva e Cavalcanti, 2013. Organizado por: Andrade, 2015.
A evolução dos estudos de paisagem, como foi visto no quadro 1, remonta do século
XIX, tendo na escola alemã, através de Humboldt com trabalhos sobre integração de
componentes e zonalidade, e na escola russo-soviética, através de Lomonosov e Dokuchaev,
com estudos sobre paisagem como objeto material e zoneamento natural, seus principais
precusores (CAVALCANTI, 2006).
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A escola americana durante os anos 1940 nos Estados Unidos substituiu o conceito
landscape, que estava, até então, em uso nesse país sob influência da Geografia alemã (Carl
Sauer), pela ideia da “área” e “integração” (Richard Hartshorne), sendo esta um conjunto de
variáveis abstratas deduzidas da realidade da paisagem e da ação humana (MORAES, 1988).
Para Hartshorne uma área possuía vários processos integrados, e o máximo de inter-relações
possíveis daria a realidade total da área. Como se torna impossível investigar todas as
variáveis Hartshorne propôs que fosse selecionada as variáveis mais significativas para serem
analisadas, sendo que a integração dessas variáveis diferiam de um lugar para outro, e o
caráter de cada área seria fornecido por meio desses fenômenos inter-relacionados.
Um ponto a ser destacado é que no século XIX prevaleceram estudos da paisagem de
caráter naturalista estudando apenas seu caráter descritivo e morfológico abordando a
natureza do ponto de vista fisionômico não buscando atender a integração dos aspectos sociais
e econômicos. E somente no século XX como destaca Nucci (2009), em decorrência dos
avanços da Ecologia e da Teoria Geral dos Sistemas (TGS), o conceito de sistema se
incorpora aos estudos da paisagem alterando consequentemente a forma como os estudos
estavam sendo realizados, pois agora se busca uma integração entre os elementos que se
encontram presentes na paisagem.
No momento que começam a surgir às primeiras escolas que se dedicam ao estudo da
paisagem percebe-se o caráter predominantemente descritivo e que se ocupava de estudar
apenas os aspectos fisionômicos, formas de relevo e suas subdivisões. Contudo em 1940
emerge um método revolucionário no estudo da paisagem, com o advento da TGS, publicada
em 1948, por Ludwig Von Bertalanffy. Essa teoria traz uma proposta revolucionaria
considerando os estudos desenvolvidos até o momento, pois esta busca em seus estudos a
integração e inter-relação dos elementos presentes na paisagem, focando na relação
homem/natureza ao contrário da visão estético/descritiva.
Deste modo, para uma análise eficiente da paisagem, devemos conceber a ação social
como uma das formas de modificação da mesma, uma vez que o elemento antrópico faz parte
desse complexo sistema dinâmico que caracteriza a paisagem, através da modificação
constante da mesma para desenvolvimento de suas atividades.
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planejamento na implantação das atividades antrópicas. Sendo que para cumprir esse objetivo
é usada uma abordagem holística, e integradora de ciências sociais, humanas, econômicas,
geofísicas e biológicas, visando dessa forma compreender a paisagem como um todo
auxiliando deste modo no ordenamento territorial.
Para cumprir tal objetivo de analisar a paisagem de modo global, ou seja, englobando
todos os seus elementos as paisagens são divididas em “ecótopos” (ou em “landschaftzellen”)
que são unidades inteiramente comparáveis ao ecossistema. Esse método representa um
progresso decisivo sobre os estudos fragmentados dos geógrafos e dos biogeógrafos, porque
ele reagrupa todos os elementos da paisagem, e o lugar reservado ao fenômeno antrópico é
bem importante nele (BERTRAND, 1972).
O estudo dos geossistemas e da Ecologia da Paisagem na Geografia vem contribuindo
muito na análise do meio ambiente, pois possibilita um estudo prático e aplicado do espaço
geográfico, considerando a ação do homem ao meio natural na exploração dos recursos
naturais. E ao mesmo tempo possibilita a divisão da paisagem em unidades de estudo
menores, permitindo que se considere a heterogeneidade de cada segmento da paisagem mas
sem perder a conexão que este mantém com o todo.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAES, A.C.R. GEOGRAFIA: Pequena História Crítica. Editora HUCITEC, São Paulo,
1988.