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Faculdade de Medicina
Subturma 02
Semana 5
No capítulo discute-se o fato de que não é incomum que a relação médico-paciente seja
tensa, incomoda e desagradável. Nesses casos, a substância “médico” não produz os efeitos
esperados. O paciente necessita verdadeiramente de ajuda e o médico, mesmo que tente
honestamente tudo que pode, não consegue solucionar o problema
Apresentou-se 4 casos clínicos e duas analises médicas sobre um deles. Em relação a estas,
observou-se que eram distintas, embora corretas. Sendo uma a versão taquigráfica da doença, dos
achados físicos e da terapia racional, de acordo com o modelo habitual dos prontuários de um
atarefado ambulatório hospitalar, omitindo tudo que não é necessário. Já a outra é mais completa
pois, além dos dados concretos, houve o registro de detalhes do comportamento emocional do
paciente (entretanto, nenhuma contribuição pessoal do médico foi feita) diferentes em
profundidade ou nível.
Diante do que foi apresentado, percebeu-se que, por diversas razões, as pessoas têm
dificuldade de lidar com os problemas pessoais e apelam para o adoecimento numa tentativa de
resolução e atenção. Nessa fase, o médico pode observar que os pacientes oferecem ou propõem
várias doenças, num processo de organização, que o médico pode aceitar ou recusar até que
médico e paciente entrem num acordo que resulte na aceitação, por ambos, de uma doença bem
fundamentada.
Analisando-se os casos:
Caso clínico 1: o médico aceitou todas as doenças que foram oferecidas pelo
paciente, encaminhou aos especialistas, mas as terapias foram ineficazes, uma vez que o paciente
precisava de algo diferente e apenas quando o médico conscientizou-se da real necessidade e
permitiu e ajudou o paciente a expressar seus problemas reais que a situação melhorou.
Caso clínico 2: durante o período de observação, o médico aceitou todas as doenças
oferecidas, prescrevendo uma terapia correta e de curto prazo que obteve sucesso, embora não
contribuísse para a cura real, a qual dependia de eventualidades externas.
Caso clínico 3: embora tenha-se tentado ajudar o paciente e esse se ajudar,
nenhuma melhora real foi obtida, pois o paciente havia se acomodado a uma doença já organizada
e o médico concluiu ser impossível encontrar a raiz do problema
Caso clínico 4: o médico não só aceitou as doenças oferecidas como as tratou
apropriadamente ou as excluiu pelo exame físico, também tentou mostrar ao paciente que deveria
haver uma causa comum a todas elas. A medida que as doenças eram anuladas, o paciente foi
sendo encurralado ao ponto de admitir, relutantemente, a natureza mental de seu problema.
Embora tenha sido reconhecido, devido fase tardia, a paciente recusou ajuda (a relação médico-
paciente já estava desgastada, tensa e desconfortável).
Sobre sintomas reclamados porem não compatíveis com os exames sugeridos, os médicos
passaram a considerar a somatização um diagnóstico de exclusão. Durante a consulta médicos e
pacientes experimentam algum grau de desconforto um com o outro. A maior parte dos
profissionais da saúde acrescentam que não se sentem a vontade ao serem confrontados com as
questões socioculturais e/ou familiares expressas na somatização sem que exista suficiente
consenso sobre diagnosticar, e muito menos, um protocolo de intervenção preconizado pelo
saber médico.
Freud no final do sec 19, a partir de trabalho sobre paralisisas e efasias sem causa orgânica
detectável, formula a hipótese de conversão de uma excitação endógena em inervação somática-
histeria-afastando a hipótese de danos na estrutura neuroanatomica como causa daqueles
padecimentos.
▪ Neurociência e psiquiatria
▪ Antropologia social
▪ Psicanalise
No âmbito medico os pacientes somatizantes tem sido atendidos e estudados tanto pela
medicina interna quanto pela psiquiatria. Entretanto, em ambos os campos, inúmeras
dificuldades foram encontradas para inclui-los nas categorias diagnosticas elaboradas apontando
para questões conceituais. Ressalta-se que a designação paciente somatizante não pressupõe
uma uniformidade na apresentação do quadro clinico, e, muito menos, uma constituição
psicológica dessa clientela.
Os médicos são ainda treinados para encontrar nos relatos de sintomas os sinais de
doenças com suas respectivas alterações anatomopatológicas. Como a tensão emocional e o
estresse geral alterações fisiológicas, as síndromes funcionais se situa, entre o mundo dos
profissionais de saúde mental e dos médicos generalistas e/ou especialistas em síndromes
agravadas pelo estresse.
Apresentam quadros com duração de mais de 6 meses, com múltiplos sintomas somáticos
configurados nas síndromes classificadas classificadas pela medicina interna como síndromes
somáticas funcionais. Essas síndromes se caracterizam mais pelo sofrimento e incapacidade do
que por uma patologia com mecanismo fisiopatológico especifico, e a gravidade dos quadros
impõem abordagens terapêuticos específicos.
Os pacientes mostram desagrado com o interesse demonstrado pelo médico por sua vida
pessoal, pois estão convictos quanto a existência de uma patologia orgânica.
- transtornos factícios: pacientes com sinais e sintomas psiquiátricos que adquirem uma
conduta automutiladora e autodestrutiva.
▪ Tratamento
Passos importantes: