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Português - 12.ºano
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Índice
Simbologia……………………………………………………………………………..5
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A obra
“Com uma ação que se passa entre pai, mãe e filha, um frade, um escudeiro velho e um
peregrino que apenas entra em duas ou três cenas - tudo gente honesta e temente a Deus -
sem um mau para contraste, eu quis ver se era possível excitar fortemente o terror e a
piedade.”
Garrett, Memória ao Conservatório Real
Resumo da obra
Madalena de Vilhena
É uma heroína romântica que vive marcada por conflitos interiores e pelo passado. Os
sentimentos e a sensibilidade sobrepõe-se à razão e é uma mulher em constante sofrimento. Crê
em agoiros, superstições e dias fatais (a sexta-feira). É sofredora, tem um amor intenso e uma
preocupação constante com a filha Maria, contudo coloca a cima de tudo a sua felicidade e amor
por Manuel de Sousa, mesmo o amor à pátria.
Herói clássico, nobre fidalgo dominado pela razão, que se orienta por valores universais,
como a honra, a lealdade, a liberdade, é um patriota, forte, corajoso e decidido, bom marido, pai
terno, não sente ciúmes do passado e não crê em agoiros. O incêndio e a decisão violenta de o
concretizar é um traço romântico.
Contudo, esta personagem evolui de uma atitude interior de força e de coragem e
segurança para um comportamento de medo, de dor, sofrimento, insegurança e piedosa mentira
no ato III quando teme pela saúde da filha e pela sua condição social.
No final da obra, mostra-se igualmente decidido como noutros momentos: abandona
tudo refugiando-se no convento.
Maria de Noronha
É a mulher-anjo dos românticos, uma bela menina de 13 anos, embora fraca e frágil, é,
psicologicamente, muito forte.
Nobre, de inteligência precoce, é muito culta, intuitiva e perspicaz. É uma romântica: é
nacionalista, idealista, sonhadora, fantasiosa, patriota, crente em agoiros e no mito sebástico.
É a vitima inocente de toda a situação e acaba por morrer fisicamente, tocada pela
vergonha de se sentir filha ilegítima.
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D. João de Portugal
Nobre cavaleiro, está ausente fisicamente durante o I e o II atos da peça. Contudo, está
sempre presente na memória e palavras de Telmo, na consciência de Madalena, nas palavras de
Manuel e na intuição de Maria.
É relembrado como patriota, digno, honrado, forte, fiel ao seu rei. O seu fantasma paira
sobre a felicidade daquele lar como uma ameaça trágica, isto é, considera-se a ausência mais
presente da obra.
D. João é uma figura simbólica: representa o Portugal do passado, a época gloriosa dos
descobrimentos; representa também o presente, a pátria morta e sem identidade na mão dos
espanhóis e é a imagem da pátria cativa.
Telmo Pais
Frei Jorge
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Simbologia em Frei Luís de Sousa