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Conferência No 7

Tema II: Desenho


Titulo: Tensões em pavimentos rígidos.
Introdução
1. Diga porque pode falhar o pavimento rígido.
2. Que qualidade influi na solidez do pavimento.
3. Quando se produz o enguiço estrutural do pavimento rígido.
4. Porque a maior parte da capacidade de carga do pavimento a
proporciona a própria laje.

Um pavimento rígido consta de uma laje de concreto relativamente magra


apoiada sobre uma capa de subbase ou diretamente sobre a subrasante. Como
a laje tem um modulo elástico muito maior que o da capa em que se apóia, a
maior parte da capacidade de carga do pavimento a proporciona a própria laje,
efeito conhecido como ação de viga. Os esforços a que se vêem submetidas as
lajes de concreto som produzidos não somente pela ação do transito, mas
também por mudanças climáticas de temperatura e umidade assim como por
mudanças volumétricas nos materiais das capas de apoio, todo o qual tende a
deformar as lajes, produzindo esforços de intensidade variável cuja magnitude
se vê afetada a sua vez pelas condições de continuidade do suporte que
ofereçam as capas de apoio.
Na análise estrutural dos pavimentos de concreto se consideram os efeitos
produzidos pela temperatura, umidade, fricção desenvolvida entre as lajes e a
superfície de apoio, as cargas aplicadas em magnitude e posição, assim como
sua magnitude, uniformidade e permanência. Westergaard considerou, em 1927,
três posições das cargas sobre o pavimento: em uma esquina, no bordo e no
interior da laje, nas quais os esforços produzidos alcançavam níveis
decrescentes nessa ordem, razão pela qual deve recorrer-se a elementos de
transferência de cargas nas juntas, a sobreanchos ou demarcações de concreto
para que se pressentem sempre condicione equivalentes a cargas aplicadas no

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interior das lajes.
As condições de cargas em bordo ou esquina podem ocorrer pela presença de
uma greta, quando deixa de haver travação mecânica em suas caras. Outra
condição de esforços muito importante é a gerada pelos esforços de fricção
desenvolvidos na superfície de contato entre a laje e a capa de apoio, ao se
expandir e contrai-las lajes por variações da temperatura. Os esforços assim
gerados podem alcançar magnitudes tão importantes que fraturam as lajes por
tensão. Por esta razão, devem construir-se juntas de contração ou
espaçamentos curtos e ficar em prática medidas para reduzir a fricção entre
lajes e superfícies lisas e inclusive a colocação de capas separadoras.
Um aspecto importante que também se considera no desenho é o relativo à
magnitude das deflexiones produzidas nas juntas transversais e nos borde das
lajes. No primeiro caso, lhes associa com o fenômeno de erosão, ocasionado
pela presença de água, solos finos e o passo de cargas pesadas que produzem
o efeito de bombeo ou ejeção do solo, com a conseguinte redução do apoia às
lajes. No segundo caso, lhes associa com o fenômeno de fadiga, relacionado
com o passo freqüente de cargas pesadas que produzem o fracturamiento das
lajes. Para salvar estas situações devem considerar-se medidas tais como
elementos eficazes para transferência de cargas nas juntas, sobreanchos ou
demarcações de concreto, subbases rígidas e elementos permeáveis.
Com relação ao valor de suporte das capas de apoio deve destacar-se que um
valor elevado deste conceito não é tão importante como sua uniformidade e
permanência, independentemente dos efeitos do transito e o meio ambiente. Por
esta razão, recorre-se nas estradas de alta ocupação à utilização de subbases
tratadas ou de concreto pobre, para garantir o apoio contínuo, uniforme e
permanente das lajes. Além disso, sortes capas proporcionam uma excelente
superfície de trabalho e para a operação das pesadas maquinam
pavimentadoras e outras equipes de construção.
Finalmente, deve mencioná-la importância de estabelecer sistemas de
drenagem e subdrenaje adequadas. Estudos realizados ao respeito mostraram
que os enguiços ocorridos em pavimentos de concreto, mesmo que se apóiem
em subbases tratadas, foram relacionadas em grande parte com a presença de
água nas capas de apoio do pavimento. Deverão então considerar-se todas as
medidas condizentes à captação, condução e desalojamento da água, assim
como a utilização de materiais cujo comportamento não se veja afetado pela
presença de água.

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Exemplo de cálculo:
Calcule as tensões que se produzem em uma laje de concreto de 25 cm., se se
conhecerem os seguintes dados:
L = 12 m (longitude de losa)
B = 3,60 m (ancho de losa)
k = 2,77 kg/cm3 (módulo de reacção da subrasante)
Δt = 16,6 ºC (diferença de temperatura entre as capas ºC)
SD = 34,3 cm (Separação entre eixos das rodas duales cm.)
pcontacto = 5,25 kg/cm2 (pressão de contacto do pneu (kg/cm2)).
εt = 9x10-6 unidaes de long/ºC (coeficiente de dilatación térmica do hormigón)
μ = 0,15 (coeficiente de Poisson do hormigón)
EHORMIGÓN = 280 000 kg/cm2 (módulo de elasticidad do hormigón kg/cm2.)
f = 1,5 (coeficiente de fricción lousa – costume)
W: 24 kg/cm2/cm. de losa (peso de 1 m2 de lousa/cm. de espesor. (kg.)).
R’bk = 300 kg/cm2 (resistência característica a compressão do hormigón)

A carga te atuem será de 6.5 ton por eixos simples com rodas duais espaçadas
a 34.3 cm.

Solução:

1. Tensões por temperatura:

C1 .E. t t
No bordo:  B 
2

E. t .t  C1   .C 2 
No interior:  i   
2  1   2 

O rádio de rigidez relativa

E.h 3
 4
121   2 .k

(280000)( 25) 3
 4
12(1  0,15 2 ).2,77

3
l = 107,72 cm

Para calcular os valores de C1 e C2 é necessário saber os valores da relação


LX/l y LY/l, así:

LX/l = 1200/107,72 = 11,14


LY/l = 360/107,72 = 3,34

Utilizando a figura

C1 = 1,02
C2 = 0,20

Agora:
(1,02)(280000)(9  10 6 )(16,6)
Bordo:  b  = 21,33 kg /cm2
2
(280000)(9  10 6 )(16,6) 1,02  0,15(0,20) 

Interior: i    = 22,47 kg/cm
2
2  1  0,15 2 

2. Tensões devidas à carga:

No bordo e interior:
P
 b ,i  2 .C
h

Antes de usar as expressões conhecidas, é necessário realizar alguns cálculos.


.

6500
P  3250kg
2

Área de contato de uma roda (asumir kr = 1.0)


P 3250
AC    619cm 2
pC * k r 5,25 * 1.0

Longitude do rastro:

AC 619
L   34,4cm
0,523 0,523

AT = SD* L + AC

4
AT = (34,3) (34,4) + 619 = 1799 cm2

Logo:

AT 1799
a   23,93cm
 3,1416

Ver agora se a é maior ou menos que 1,724h

1,724(25)= 43,1 cm logo a < 0,172h. Então:

b 1,6.a 2  h 2  0,675h

b 1,6(23,93) 2  ( 25) 2  0,675(25)

b = 22,38 cm.

Logo l/b = 107,72/22,38 = 4,81

Com este valor vai ao ábaco e se obtiene os valores de


Cinterior y Cborde
Cinterior = 1,25
Cborde = 1,75

Luego:

6500
i  (1,25)
( 25) 2

σi = 13 kg/cm2

6500
b  (1,75)
( 25) 2
σb = 18,2 kg/cm2

Na esquina:

3P   a1  
1, 2

e  
   
1
h 2   l  
a1  2 a  33,84

5
3(6500)   33,84  
1, 2

e  1    
( 25) 2   107,72  

σe = 23,4 kg/cm2

3. Tensão devida à fricção

W .L. f
f 
200h

( 24  25cm)(1,5)(12)
f 
( 200)(25)

σf = 2,16 kg/cm2

Resumindo se tiene que


:

Tensão Esquina Bordo Interior


Por temperatura - 21,33 22,47
Por carga 23,4- 18,2 13
Por fricção - 2,16 2,16
Total 23,4 41,69 37,63

Observa-se que os valores de tensões devido à fricção da laje é pequeno


comparado com os esforços que gera a temperatura e as cargas. Além disso as
maiores tensões se produzem no bordo da laje com valores de 41,69 kg/cm 2.

Calcular agora o valor do MR (Módulo de ruptura)

MR = 0,12(300) = 36 kg/cm2

102,72 kg/cm2> 36 kg/cm2 Logo σCOMBINADA > MR

Como neste caso as tensões combinadas são superiores ao MR, significa que a
laje falhará e por conseguinte terei que aumentar a espessura da mesma e
recalcular novamente sortes tensões.

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