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ESTADO ATUAL DA TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

Ao analisamos brevemente a história a respeito da evolução da Teoria Geral da


Administração (TGA), nos deparamos com abrangência que a mesma veio construindo
ao logo de cada período, tendo contribuições e enfoques importantes para a construção e
desenvolvimento organizações. É fato, que cada teoria administrativa, surgiu como uma
resposta aos problemas empresarias mais relevantes de sua época. Isso se dá porque a
medida que a administração se defronta com novas situações no decorrer do tempo e do
espaço, as doutrinas e as teorias administrativas precisam ser adaptar para acompanhar
esse contexto.
Apesar desta abrangência, todas as teorias administrativas são validas, embora
cada qual valorize uma ou algumas das seis variáveis básicas (tarefas, estrutura, pessoas,
tecnologia, ambiente e competitividade).
O comportamento dessas variáveis é sistêmico e complexo, pois cada um
influencia e é influenciado pelos outros. Por esse fato, alterações em um destes
componentes provocam automaticamente outras alterações nos demais tendo em vista
que a adequação e a integração entre essas seis variáveis, constituem o desafio
fundamental da administração.
Em virtude do que foi mencionado, a administração é um fenômeno universal no
mundo moderno, pois cada sistema de organização requer alcance de objetivos, tendo
como pressuposto a concorrência acirrada, decisões, conduções de pessoas e organização
de múltiplas tarefas, assim como entre outras atividades administrativas que são
desempenhadas.
Além disso, há a necessidade de ter uma orientação por administradores para áreas
e problemas específicos. Dessa forma, o administrador não é um mero executo de tarefas,
mas sim um responsável pelo trabalho das pessoas a ele subordinados. Portanto ele não
pode cometer erros ou arriscar se utilizando de artifícios de ensaio e erro, já que isso
implicaria em conduzir seus subordinados pelo direcionamento menos indicado.
O administrador é mais que agente de condução, é também de mudanças e
transformação. Visando a educar e orientar na medida com seu estilo de administração,
modificando comportamentos e culturas, com o objetivo de levar empresas a novos rumos
tanto estratégicos como tecnológicos.
Todavia, com a evolução dos campos tecnológicos e estratégicos que
mutualmente vão se modificando aos passos em que a demanda de inovação tecnológica

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e planos de reorganização, vem sendo cada vez mais necessário. O mundo verá o fim da
forma organizacional de hoje, considerado burocrática e estando presente portanto em
muitas organizações em razão de três aspectos presentes.
O primeiro aspecto se dá em relação as mudanças rápidas e inesperadas do mundo
dos negócios nos campos do conhecimento e da explosão populacional, partindo do
pressuposto de que as atuais organizações não têm condições de atender. O segundo se
dá pelo crescimento e expansão das organizações que se tornam complexas e
globalizadas, surgindo portanto o terceiro aspecto que são as atividades que exigem
pessoas de competências diversas e especializadas, envolvendo problemas de
coordenação e, principalmente, de atualização, em função das rápidas mudanças.
Portanto essa previsão baseia-se ao princípio evolucionário de que cada época
desenvolve uma forma organizacional apropriada às suas características e exigências
presentes. Sendo necessário a adequação de modelos de arquiteturas organizacionais que
se enquadram as novas demandas consideradas pós-modernas.
Nesse contexto, o administrador se defrontará com problemas de diversas faces e
complexos. Disputando sua atenção por eventos e por grupos internos e externos da
organização, que lhe proporcionaram informações contraditórias e complicarão seu
diagnostico perceptivo e sua visão dos problemas a resolver. No entanto, essas exigências,
desafios e expectativas sofrem mudanças que ultrapassam a capacidade de compreensão
do administrador.
Em uma visão ampla, pode-se definir alguns aspectos que de fato irão provocar
transformações nos cenário empresarial; como o crescimentos das organizações, umas
vez que as organizações bem-sucedidas, tendem ao crescimento de suas atividades, seja
em termos de tamanho e de recursos, na expansão de mercados ou no volume de
operações. Sendo assim, medida que aumentam os mercados e os negócios, naturalmente
a concorrência se torna presente. Já que há o risco da atividade empresarial, Portanto o
desenvolvimento de produtos ou serviços exigirá maiores investimentos e
aperfeiçoamento de tecnologias, já que a tecnologia proporciona maior eficiência e
precisão dando portanto abertura para a liberação das atividades humanas para tarefas
mais complicadas que exijam planejamento e criatividade.
Outro aspecto dessa transformação, são as taxas elevadas de inflação partindo da
resolução de que os custos de energia, matérias-primas, trabalho humano e capital se
elevam continuamente, a inflação impõe portanto novas pressões e ameaças sobre as

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organizações. Em consequência disso elas devem lutar pelo lucro e pela sobrevivência
por meio de maior produtividade.
Outro fator existente é que enquanto crescem, as organizações tornam-se
competitivas, sofisticadas, internacionalizam-se e, com isso, aumentam sua influência
ambiental, demostrando maior visibilidade das organizações, assim como também a
criação de subsidiárias em outros territórios estrangeiros são fenômenos que influenciam
as organizações do futuro e sua administração.
Em virtude dos fatos mencionados, todos esses desafios trazem consequências
para a administração das organizações, demostrando a necessidade de novas formas e
modelos de organização, bem como uma nova mentalidade dos administrados é
imprescindível para os novos tempos.
Levando-se em consideração esses aspectos, o futuro parece complicar ainda mais
a essa realidade originando megatendências que produzem fortes impactos na vida das
organizações, já que elas são partes integrante e inseparável da sociedade. Em
consequência disso, nota-se que a era industrial está vivendo o seu estágio final, e a
mudança e definitiva. A sociedade de pós-industrial que está surgindo não é uma
sociedade de serviços, mas de informação, na qual esta passa a ser o recurso estratégico,
assumindo portanto o lugar do capital financeiro. Em consequência disso as inovações
nas comunicações e nas telecomunicações, a informatização, computadores,
microcomputadores, smartphones e tablets e a descentralização estão fazendo com essa
mudança seja irreversível.
Outro fator existente é que o mundo tornou-se um ambiente enorme, um mercado
único e um centro de compras global. Logo passando de economia nacional para
economia global. Tendo em vista que a globalização tem feito com que os países deixem
de atuar nacionalmente, passando a atuar em negócios internacionais. Em face a essa
realidade, o resultado é um novo sentido de urgência para criar e desenvolver tais produtos
e serviços. Consequentemente havendo a necessidade de maiores investimentos em
pesquisa e desenvolvimento.
Pela observação dos aspectos analisados, o administrador típico do passado era
orientado para o curto prazo. Esse estilo de atuação contrasta com o estilo japonês, no
qual a visão de longo alcance é que orienta as ações cotidianas, ou seja, a orientação
estratégica é que norteia o dia a dia das operações e não o contrário.

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Levando-se em conta o que foi observado, vale ressalta que a revolução política
em curso está implícita na seguinte afirmação: as pessoas cujas vidas são afetadas por
uma decisão devem fazer parte do processo de se chegar a essa decisão.
Outro fato que vale ser ressaltado, é a da ajuda institucional para a autoajuda,
partindo do pressuposto de que os cidadão estão aprendendo a se desligar de instituições
que os desiludiram e a reaprendendo como agir por si mesmos. Portanto em virtude dos
fatos mencionados, os serviços públicos não acompanharam as novas e crescentes
necessidades dos cidadão, que passaram a lançar mão de esquemas próprios ou
cooperativos para solucionar seus problemas. Dessa forma gradativamente, os sistemas
de autoajuda estão sendo planejados, organizados e dirigidos pelas próprias empresas para
resolverem os problemas de seus empregados como suplemento ou substituição.
Em face aos dados apresentados, a administração das organizações, a fim de
alcançar eficiência e eficácia, torna-se uma das tarefas mais difíceis e complexas. Logo
vale ressaltar que é mais importante do que saber fazer é saber o que fazer. Nisso reside
a essência fundamental da administração, a visão estratégica de cada operação ou
atividade.

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