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ÂNGELO ANTÔNIO LEITHOLD

DISTRIBUIÇÃO DE RELÂMPAGOS NA REGIÃO PRÓXIMA AO


EPICENTRO DA ANOMALIA MAGNÉTICA DO ATLÂNTICO SUL DE
MAIO DE 2009 A JULHO DE 2010
DADOS ASQUIRUIDOS DO ELAT – GRUPO DE ELETRICIDADE
ATMOSFÉRICA DO INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS
ESPACIAIS

CURITIBA
SETEMBRO DE 2010
© 2009, © 2010 Ângelo Antônio leithold

A presente coleta de dados, ora depositada no banco de dados, faz parte da elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso de Ângelo Antônio Leithold, acadêmico do curso de Física ênfase
Astronomia (Astrofísica) das Faculdades Integradas Espírita, Campus Universitário Dr. Bezerrra de
Menezes (UNIBEM), Laboratório de Construção de Equipamentos Científicos (LACEC).
O endereço da aquisição de dados foi http://www.inpe.br/webelat/homepage/ que é dispõe
em tempo real as distribuições de descargas atmosféricas no Território Nacional.

Pequeno descritivo acerca da utilização desta coleta de dados

Os processos de eletrização no interior das nuvens ainda é uma incógnita para a ciência.
Existem muitas teorias acerca dos mecanismos que geram cargas elétricas. Dentre estas, em
especial, é a mais aceita a que descreve as colisões de diferentes partículas de gelo no interior das
nuvens. Este modelo procura demonstrar que cargas em torno de cem pico Coulombs nas partículas
de gelo no interior das nuvens, supostamente poderiam ser as causadoras de forte eletrização.
Contudo, muitos pesquisadores acreditam que, muito embora seja um processo que tenha grande
importância na eletrificação das nuvens, não seria o único, nem o principal. Os processos indutivo e o
termoelétrico, também constituem importante teoria do carregamento coulombiano das nuvens.
Porém, experiências de laboratório demonstram que a intensidade do campo elétrico de tempo bom
não seria suficiente para a ocorrência da eletrização. Contudo, estes processos poderiam atuar de
maneira a ser mais alguns dentre os diversos existentes, pois, devida complexidade dos movimentos
internos às nuvens, a geração de eletricidade naquelas poderia ser a partir da interação entre os
diversos processos, ora atuando alguns como principais desencadeadores, ora outros, dependendo
das mais diversas condições, outros.
Um mecanismo desencadeante também levado em conta, seria o da água super-resfriada,
que no local de uma colisão determinaria a polaridade das cargas de cada partícula, e havendo
alteração de temperatura superficial das partículas de granizo, se alterariam os valores de
temperaturas de forma a desencadear os processos de eletrização. Mas, este também poderia ser
apenas mais um processo, justamente pelo fato das muitas variáveis na formação das cargas
elétricas nas nuvens.
Outro processo importante, seria o que geraria cargas a partir de raios cósmicos e por
efeito corona. Muitos pesquisadores não consideram que os tais seriam desencadeantes de forte
eletrização. Contudo, nesta dinâmica, não se deve levar em conta apenas os raios cósmicos, mas
sim, o vento solar composto das mais diversas partículas ionizadas e elétrons livres, que a partir do
Cinturão Interno de Van Allen, seriam despejadas em grandes quantidades na Atmosfera superior, e
havendo uma pressão para baixo ocasionada pela própria dinâmica solar, poderia desencadear a
eletrização na baixa ionosfera.
Por exemplo, na região Sul do Brasil, onde se encontra a Anomalia Magnética do Atlântico Sul, e
poderia facilmente eletrizar o topo das nuvens, o que seria não o principal, mas mais um
desencadeante da geração de cargas coulombianas.
A presente coleta de dados mapeia descargas atmosféricas em datas aleatoriamente
escolhidas, entre maio de 2009 e julho de 2010, sabidamente de baixa atividade solar. Portanto, na
época da coleta o vento solar estava constante, sem apresentar variações abruptas provindas de
explosões e ejeção de massa coronal. Foi demarcado o epicentro da AMAS num círculo vermelho, e
círculos verdes os núcleos de maiores concentrações de raios no momento da coleta. As descargas
também foram acompanhadas a partir espectrômetro que indicava o ruído de fundo em HF, com
alcance até 5000 km de raio, a fim de conferir a direção das estáticas captadas a partir de antenas
direcionais.

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