Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MEMÓRIA FINAL
aprendizagem é activa. (...). De forma que literalmente devemos partir da criança e por ela
nos dirigirmos. É ela e não a matéria de estudo o que determina a quantidade e a qualidade
deram ao longo destes anos de faculdade, pois de outra forma dificilmente teria alcançado a
Agradeço aos professores Carlos Reis e Fernando Rocha, pela amizade, apoio e
conhecimentos dados ao longo dos meus meses de estagio, e por todas as conversas e
bem como a todos os outros professores que fizeram parte da minha formação, aos quais
Agradeço aos meus colegas e amigos Cláudia Pires, Hélio Marques e Rui Clímaco,
pela ajuda e companhia nestes anos, bem como a todos os outros colegas da faculdade;
os seus elementos, os bons momentos que passei, toda a força e vontade de vencer que
Quero agradecer por fim aos meus Grandes amigos e namorada Catarina Pires,
Gonçalo Antunes, Cátia, Filipe, Ana e Nuno Duarte, bem como a todos os outros, a força,
Desta forma existirá neste trabalho uma revisão de literatura, com base em
atenção temas como, a educação rítmica na escola e qual o papel do ritmo nas
I INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6
1.PLANO DE INVESTIGAÇÃO.................................................................................................................. 29
1.1 Objectivos do estudo ........................................................................................................... 29
1.2 Opções metodológicas ........................................................................................................ 31
1.3 Questões e problemas ......................................................................................................... 32
2.AMOSTRA/SUJEITOS DE ESTUDO ....................................................................................................... 33
Caracterização da amostra ........................................................................................................ 33
3. JUSTIFICAÇÃO DOS MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS....................................................................... 34
Procedimentos............................................................................................................................ 34
V CONCLUSÃO ................................................................................................................................... 80
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 84
ANEXOS ............................................................................................................................................... 87
I INTRODUÇÃO
A música está ligada ao ser humano desde muito cedo e sem ela o mundo
seria vazio e sem espírito. É uma arte bastante importante que deve ser retomada
nas escolas, pois propicia ao aluno uma aprendizagem global, e emotiva com o
os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem
aula.
enquanto indivíduo.
A criança precisa assim de ser sensibilizada para o mundo dos sons, pois, é
pelo órgão da audição que ela possui o contacto com os fenómenos sonoros e com
o som, e quanto maior for a sensibilidade da criança para o som, mais ela descobrirá
pois esse treino irá desenvolver a sua memória e atenção. A música quando bem
6
trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso,
deve aproveitar-se esta tão rica actividade educacional dentro das salas de aula.
crianças com outras propriedades da música que não aquelas reconhecidas por elas
na sua relação espontânea com a mesma, e cabe desta forma aos professores criar
Assim, nos dois primeiros capítulos deste estudo, para além da introdução ao
ritmo como elemento base no ensino da educação musical, algo que não se verifica
7
nas nossas escolas, e ainda entender o papel e importância da Música e do Ritmo
na organização curricular.
nos dois primeiros capítulos, de forma a obter respostas ao meu estudo, estudo este
que será concluído no quinto capítulo, ou seja, o da conclusão, no qual tentarei dar
8
II ENQUADRAMENTO TEÓRICO:
O ritmo como elemento base de educação musical no
2ºCiclo
O que é a música?
Segundo Bréscia (2003), a música é uma linguagem universal, tendo
Suméria.
9
Já Gainza (1988:22) ressalta que: “A música e o som, enquanto energia,
10
O papel do RITMO e a sua importância
mas a palavra é normalmente usada para falar do ritmo quando associado à música,
orientado por regras, é também referido como métrica. Apesar de ser considerado
têm também de lidar com o mesmo, uma vez que é algo de intrínseco em toda a
música.
com o ritmo, é algo que esta deve fazer imediatamente nos primeiros anos da sua
actividade deve estar ligada à descoberta e à criatividade, sendo aqui que o ritmo
tem um papel importantíssimo, na medida em que música sem o mesmo, não tem
11
1 A abordagem do ritmo nas correntes pedagógico-
musicais
1.1 Orff
12
ideias pedagógicas que Orff pretende dar a entender, podem assim resumir-se nos
(Maschat, 1998:8);
corpo, por exemplo percutindo dois paus de madeira, em vez de bater palmas, ou
13
batendo num tambor em vez de bater nas pernas ou bater os pés, quero com isto
dizer, que existem diversos instrumentos tradicionais de todo o mundo que se usam
etc... Neste sentido o grande valor de Orff consistiu em ter redescoberto esses
educação estética;
14
1.2 Willems
ser humano. Neste sentido ele relaciona o homem e a música da seguinte forma
(Mena,1992:22):
Homem Musica
Instinto Ritmo
Afectividade Melodia
Intelecto Harmonia
começa por escutar vozes, na música devemos começar por escutar uma
15
forma que ao aprendemos a observar alguém a falar, e começamos a reter certos
e reter sons ou sucessões dos mesmos, por último na música devemos ser capazes
criança a fazer algo que esta não quer, ou que não está preparada para fazer, pode
compreensão das capacidades e interesses das crianças, sendo desta forma capaz
como retardando;
Dar batidas longas ou curtas, para mais tarde se chegar ao valor das
notas;
16
Marcar os ritmos de canções ou lengalengas, para se tentar adivinhar
de qual se trata;
Marcar o ritmo de uma canção com uma mão, e com a outra o tempo,
crianças, e neste sentido também o canto é aliado ao ritmo surgindo assim algumas
movimentos naturais.
organizar e ordenar os sons, através de diversos exercícios com o nome das notas e
dos sons.
17
1.3 Dalcroze
música, canto e movimento, sendo estes três elementos a marca profunda da sua
alunos se pode exprimir a música com o corpo, pelo seu ritmo e movimento
(Abreu,1998:10).
Durante o seu vasto percurso como professor, não pôde deixar de notar na
método e sistema de Dalcroze, acabou assim por ter como base o ritmo e a
18
Surge desta forma o Método de Rítmica Dalcroze (Mena,1992:14), tendo com
princípios elementares:
rítmica.
mesmo modo, defende que grande parte das crianças que não gostam de música,
muitas vezes devido ao facto de terem “mau ouvido”, poderiam facilmente apreciá-la
19
Para finalizar resta ainda referir que a Rítmica de Dalcroze não se limita
avançados (Mena,1992:15).
20
1.4 Martenot
interno sustentado por impulsos espontâneos, mas não será capaz de manter esse
imitação;
audição;
ser o princípio para a realização do ritmo, isto é, imitar ou repetir uma fórmula
21
desenvolve o órgão sensorial, condição necessária e indispensável para se realizar
Uma vez que o ritmo surge como elemento central, neste método os
exercícios de ecos rítmicos, ou seja, células rítmicas propostas, devem ser repetidas
pelos alunos, tendo sempre em conta a pulsação. A leitura rítmica apenas começará
quando o aluno for capaz de fazer várias fórmulas rítmicas em forma verbal
22
2. A educação rítmica na escola
jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades. Mas ela pode
parecer aos alunos como um remédio amargo que eles precisam de engolir para
música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e favorável à
estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser
usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos,
músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado na sua área, tornando a aula
deve ser estudada como matéria em si, como linguagem artística, forma de
que o aluno se torne mais crítico. Conforme Mársico (1982:148) “..uma das tarefas
23
primordiais da escola é assegurar a igualdade de hipóteses, para que toda criança
possa ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o
respeito Katsch e Merle-Fishman, (Bréscia, 2003:60) afirmam que “... a música pode
24
Mental: proporcionando situações que possam contribuir para estimular e
função atingir o ser humano na sua totalidade. A educação tem como meta
utilização da música não é possível atingir esta meta, pois nenhuma outra actividade
25
3. O ritmo como conteúdo na organização curricular
(Manhattanville & Orff)
Uma das questões que sinto necessidade de explicitar neste estudo, refere-se
a alguns dos currículos de educação musical mais comuns nos dias de hoje, a partir
dos quais foi criada a organização curricular ao nível da educação musical no nosso
Ritmo.
música, pois acreditava que a música, o movimento e a fala eram partes integrantes
basicamente, a música, o movimento e a fala feita por crianças sem qualquer treino
Mais uma vez método Orff, acredita que uma criança é similar, musicalmente,
ao homem primitivo, isto é, ambos não possuem qualquer base musical, baseiam-se
mesma forma que ela aprende uma língua, ou seja através da observação e
aquilo que aprendeu. Posto isto, a música que uma criança aprende inicialmente
26
deve ser simples e envolver muito ritmo e movimento, Orff acreditava que o ritmo é a
parte mais importante da música, pois é um factor que música, fala e movimento têm
Textura, Harmonia, e Forma, sendo que em cada nível coloca sempre como primeiro
dos Estados Unidos entre 1965 e 1970, no seu programa de Artes e Humanidades,
desinteresse por parte dos alunos ao nível da música. Este projecto surgiu para
contrariar a rejeição da educação musical no ambiente escolar, uma vez que fora da
(Thomas,1970).
27
Competência – desenvolver no aluno comportamentos de audição execução e
leitura de música;
música.
introduzidos numa espiral, como podemos verificar em (Anexo II), à medida que o
Ritmo neste modelo não surge como ponto de partida para as aprendizagens
(Thomas,1970).
nomeadamente uma adaptação do mesmo foi feita para o nosso país, encontrando-
28
III METODOLOGIA
1.Plano de investigação
Assim, a pesquisa a ser realizada tem por objectivo geral, responder à minha
pergunta de partida:
torno de hipóteses constitui a melhor forma de a conduzir com ordem e rigor (...) as
29
Assim terei como hipóteses:
Ciclo.”
actividades musicais.”
Para finalizar segundo Quivy, uma hipótese é uma proposição provisória, que
deve ser verificada, podendo apresentar-se “como uma antecipação de uma relação
30
1.2 Opções metodológicas
população, uma série de perguntas relativas (...) às suas opiniões (...) às suas
neste método, uma vez que o investigador se dirige ao sujeito para obter a
(Gillham,2000), algo que demonstrou ser bastante útil para a realização deste
estudo, uma vez que apenas a resposta “Sim” ou “Não” muitas vezes não resulta em
grandes conclusões.
31
1.3 Questões e problemas
feito de forma incompleta ou incorrecta. Outras falhas podem surgir neste tipo de
inquérito, como a dispersão e falta de objectividade que pode por vezes existir no
corrigidos, uma vez que os inquiridos ficam impedidos de esclarecer dúvidas durante
pergunta de partida, pois este tipo de inquérito, pode levar a recusas em responder
estudo não houve hipótese de optar por esta variante. Ainda assim penso conseguir
Por último, o facto de alguns dos alunos poderem não ter ainda vivenciado
32
2.Amostra/Sujeitos de estudo
Caracterização da amostra
Uma vez que a quantidade de sujeitos que pretendo estudar é algo elevada,
sua totalidade, procurei apenas trabalhar com uma amostra representativa desses
mesmos alunos. Desta forma a minha amostra representativa para este trabalho,
consiste num grupo de 400 alunos, das escolas EB 2/3 da Costa da Caparica, e
conhecendo deste modo a sua mecânica e facilitando o meu estudo. Assim foram
existindo diferenciação entre escolas, uma vez que ambas têm características e
33
3. Justificação dos métodos e técnicas utilizados
Procedimentos
(Anexo III), realizado a 400 alunos do 2º Ciclo, inquiridos com perguntas fechadas,
tipo de inquérito segundo Gillham (2000) tem diversas vantagens, uma vez que nos
como é o caso da nossa amostra. Relativamente à análise das respostas, uma vez
que na sua maioria são perguntas fechadas, é bastante directa existindo também a
garantia do anonimato das mesmas, e não existindo grande pressão para uma
resposta imediata, uma vez que o entrevistador não interfere nas mesmas, para
34
IV APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Costa da Caparica e Escola Secundária Paulo da Gama, sendo 166 dos alunos do
1.1 - Sexo
Feminino 64 97 161
5ºAno 6ºAno
39% 41%
Masculino Masculino
Feminino Feminino
61% 59%
35
Total
40%
Masculino
Feminino
60%
Podemos verificar através da tabela e dos gráficos, que estamos perante uma
amostra representativa de 400 alunos do 2º Ciclo, onde no total 40% dos inquiridos
36
1.2 - Idade
10 11 12 13 14 15 Total
5º Ano 68 62 25 9 2 0 166
6º Ano 0 95 73 33 23 10 234
Total 68 157 98 42 25 10 400
5ºAno 6º Ano
5% 1% 0%
15% 4% 0%
10 10% 10
42% 11 11
14% 41%
12 12
13 13
14 14
37% 15 15
31%
Total
6% 3%
17%
11%
10
11
12
13
14
25%
15
38%
Neste gráfico, podemos verificar que as idades dos alunos variam entre os 10
relativo a 157 alunos, e a menor 3% para inquiridos com 15 anos, apenas 10 alunos.
37
1.3 - Ano de escolaridade:
Número de Alunos
42%
5ºAno
6ºAno
58%
Este gráfico representa o total de 400 alunos, sendo que 166 são do 5º ano e
58% respectivamente.
38
2 - Estudas música ou algum instrumento numa colectividade ou noutra
escola?
5ºAno 6ºAno
8% 9%
Sim Sim
Não Não
92%
91%
Total
9%
Sim
Não
91%
instrumento numa colectividade ou noutra escola, é bastante inferior à dos que não
estudam, tendo assim no total, 91% de alunos que não estudam música fora da sua
39
Se sim, que instrumento?
5ºAno
8% 0% Guitarra
15% Piano
39%
Bateria
Trompete
Violino
Clarinete
38% NS/NR
6ºAno
18%
Guitarra
5% 40% Piano
Bateria
5% Trompete
5% Violino
Clarinete
18% NS/NR
9%
40
Total
11%
3%
3%
Guitarra
6% 40% Piano
Bateria
Trompete
Violino
17% Clarinete
NS/NR
20%
Violino e Clarinete, 11% dos inquiridos não respondeu à questão. A Guitarra surge
41
Relativamente aos alunos que estudam um instrumento:
Alunos
6 Meses 8
1 Ano 11
2 Anos 3
3 Anos 4
4 Anos 1
5 ou mais Anos 3
NS/NR 5
Total 35
(NS/NR: não sabe ou não responde)
Alunos
14%
23%
6 Meses
9%
1 Ano
3% 2 Anos
3 Anos
4 Anos
11% 5 ou mais Anos
NS/NR
31%
9%
tempo estudam os inquiridos música fora da sua escola. Deste modo, temos com
42
3 - Regra geral, gostas das aulas de Educação Musical?
Porquê?
5º Ano 6ºAno
10%
32%
Sim Sim
Não Não
68%
90%
Total
23%
Sim
Não
77%
educação musical, uma vez que no total de inquiridos 77% respondeu “Sim”
43
Razões dadas pelos alunos que responderam gostarem das aulas de
Educação Musical:
5ºAno
As aulas de Música
são divertidas
23% 25%
Aprendemos músicas e
coisas novas
Gosto de tocar
instrumentos diversos
5% Gosto de tocar flauta
44
6ºAno
O professor é porreiro
25%
NS/NR
18%
Total
17%
As aulas de Música são
29% divertidas
Aprendemos músicas e
4% coisas novas
Gosto de tocar
instrumentos diversos
10%
Gosto de tocar flauta
O professor é porreiro
19% NS/NR
21%
Através destes gráficos, podemos verificar que, no total dos 77% de alunos
alunos, que respondeu gostar de tocar diversos instrumentos. No entanto, 17% dos
45
Razões dadas pelos alunos que responderam, Não gostarem das aulas
de Educação Musical:
5ºAno
6%
0%
Não gosto do que
13%
fazemos nas aulas
31%
Não tenho jeito para a
música
Não gosto de tocar
flauta
Não gosto de
instrumentos
31%
Não gosto do
professor
19% NS/NR
46
6ºAno
Total
18% 18%
Não gosto do que
fazemos nas aulas
Não tenho jeito para a
música
Não gosto de tocar
13% flauta
22% Não gosto de
instrumentos
Não gosto do
professor
2% 27% NS/NR
apresentados, pelos 23% de alunos que responderam “Não” à questão 3, que a sua
maioria 27%, respondeu não gostar de tocar flauta, seguidamente, algo também
importante de destacar, os 22% que apontam como razão o facto de não gostarem
47
4 - Enumera as seguintes actividades das aulas de Educação Musical,
5ºAno
Cantar
7% Dançar
15%
9% Tocar Instrumentos
0% Apresentar peças Musicais
5%
1% Ouvir música
13%
4% Inventar Ritmos
Aprender Teoria Musical
Jogos Musicais
13%
Marcar ritmos de canções
1% Tocar músicas com flauta
32%
NS/NR
48
6ºAno
6% 10%
6%
2% Cantar
6% 12% Dançar
Tocar Instrumentos
1%
2% Apresentar peças Musicais
Ouvir música
Inventar Ritmos
Aprender Teoria Musical
Jogos Musicais
21% Marcar ritmos de canções
Tocar músicas com flauta
31%
NS/NR
3%
Total
6% 12% Cantar
7%
1% Dançar
6% Tocar Instrumentos
12%
1% Apresentar peças Musicais
3% Ouvir música
Inventar Ritmos
Aprender Teoria Musical
Jogos Musicais
18%
Marcar ritmos de canções
Tocar músicas com flauta
32%
2% NS/NR
considerei a actividade que estes colocaram como sendo a sua preferida, verificando
assim que na sua maioria 32% dos alunos, ou seja, 127 inquiridos responderam
49
Actividade escolhida como 10, ou seja, a menos interessante para o
aluno:
5ºAno
1% Cantar
13%
21% Dançar
1% Tocar Instrumentos
9% Apresentar peças Musicais
Ouvir música
1%
Inventar Ritmos
5% Aprender Teoria Musical
50
6ºAno
3%
18% 13% Cantar
0% Dançar
Tocar Instrumentos
7%
Apresentar peças Musicais
0%
2% Ouvir música
Inventar Ritmos
Total
2%
19% 13%
Cantar
1% Dançar
Tocar Instrumentos
8%
Apresentar peças Musicais
1% Ouvir música
Inventar Ritmos
3% Aprender Teoria Musical
Jogos Musicais
22% Marcar ritmos de canções
Tocar músicas com flauta
17% NS/NR
11% 3%
deste modo a maioria 22%, respondido não gostar de “Tocar músicas com flauta”,
seguido dos 17% que responderam que o que menos gostam é de “Aprender Teoria
Musical”. A actividade que menos alunos assinalaram, como sendo a que menos
51
5 - Dos instrumentos que conheces, quais gostas mais? Coloca-os por ordem
5ºAno
4%
19%
21%
Clavas
Piano
Xilofone
Jogo de sinos
2%
19% Tambor
4%
Flauta
NS/NR
31%
52
6ºAno
0%
18%
24%
Clavas
Piano
13% Xilofone
Jogo de sinos
7% Tambor
Flauta
2%
NS/NR
36%
Total
2%
18%
23%
Clavas
Piano
Xilofone
Jogo de sinos
16%
5% Tambor
Flauta
3%
NS/NR
33%
53
Instrumento escolhido como 6º, ou o menos preferido do aluno:
5ºAno
27% Clavas
30%
Piano
Xilofone
Jogo de sinos
Tambor
5%
Flauta
3%
NS/NR
22% 11%
2%
6ºAno
54
Total
27%
28%
Clavas
Piano
Xilofone
Jogo de sinos
Tambor
5% Flauta
NS/NR
4%
20%
12%
4%
através do total dos gráficos que são as “Clavas” 27%, seguido da “Flauta” com
55
Outros, quais?
Alunos 5º e 6º Ano
Guitarra
81
(Clássica, Eléctrica, Portuguesa)
Viola Baixo 2
Violino 12
Harpa 6
Bandolim 1
Banjo 1
Trompete 1
Fagote 2
Clarinete 1
Saxofone 2
Flauta transversal 2
Flauta de pã 2
Flauta 3
Sintetizador 1
Bateria 53
Jambé 5
Cajon 2
Berimbau 4
Pequena percussão
(Maracas, Pratos, Triângulo, Metalofone, Bombo,
22
Tamborim, Congas Sinos, Guizeira, Pandeireta,
Pandeiro, Timbalos, Caixa chinesa)
Total 203
56
Alunos 5º e 6º Ano
2; 1% 3; 1%
2; 1% 1; 0%
2; 1%
1; 0% 53; 26% Guitarra
2; 1% Viola Baixo
1; 0% Violino
1; 0% Harpa
1; 0% Bandolim
6; 3% Banjo
12; 6% Trompete
5; 2%
Fagote
2; 1%
Clarinete
2; 1%
4; 2% Saxofone
Flauta transversal
Flauta de pã
Flauta
22; 11% Sintetizador
Bateria
Jambé
Cajon
Berimbau
Pequena percussão
81; 40%
a Guitarra 40%, seguido da Bateria 26%, e ainda a pequena percussão, com uma
57
6 - Habitualmente, acompanhas músicas e fazes Ritmos com instrumentos e
com o corpo?
5ºAno 6ºAno
23% 2%
1%
48%
Sim Sim
Não Não
NS/NR NS/NR
51%
75%
Total
2%
38%
Sim
Não
NS/NR
60%
De acordo com estes gráficos, podemos verificar que 60% dos alunos tem por
hábito fazer ritmos, com instrumentos ou com o corpo a acompanhar músicas, contra
38% que respondeu não ter esse hábito. É no entanto curioso, o facto de no 6º ano
58
7 - Este tipo de Actividades Rítmicas são para ti:
5ºAno
6% 2% 3%
22%
Muito interessantes
15%
Interessantes
Razoavelmente interessantes
Pouco interessantes
Nada interessantes
NS/NR
52%
59
6ºAno
5% 17%
9%
Muito interessantes
9%
Interessantes
Razoavelmente interessantes
Pouco interessantes
Nada interessantes
20%
40% NS/NR
Total
6% 4%
19%
8%
Muito interessantes
Interessantes
Razoavelmente interessantes
18%
Pouco interessantes
Nada interessantes
NS/NR
45%
interessantes”. Deixando claro, o grande interesse dos alunos por estas actividades.
60
8 - Nas tuas aulas de Educação Musical tens por hábito criar Ritmos e
5ºAno 6º Ano
3% 3% 34%
46%
Sim Sim
Não Não
NS/NR NS/NR
51%
63%
Total
3% 39%
Sim
Não
NS/NR
58%
Verifica-se no total dos gráficos, que 58% dos alunos não têm por hábito
61
9 - Quando realizas ou aprendes Ritmos, sentes que é:
5ºAno
62
6ºAno
3% 5% 1% 12%
Muito fácil
Fácil
Mais ou Menos
Difícil
33%
46% Muito difícil
NS/NR
Total
4% 3% 2% 12%
Muito fácil
Fácil
Mais ou Menos
Difícil
34%
45% Muito difícil
NS/NR
tabela e no gráfico “Total” que a maioria 45% dos alunos, sente que é “Mais ou
menos fácil”, 34% considera “Fácil”, 12% “Muito fácil”, 4% “Difícil” e apenas 3% as
63
10 - Os professores de educação musical que tiveste, dinamizaram aulas com
o Ritmo Musical?
5º Ano
5% 4%
11% 12%
Nunca
Poucas vezes
Algumas vezes
Muitas vezes
Sempre
30%
38% NS/NR
64
6ºAno
6% 5% 3%
16%
Nunca
19% Poucas vezes
Algumas vezes
Muitas vezes
Sempre
NS/NR
51%
Total
8% 5% 4%
14% Nunca
Poucas vezes
24% Algumas vezes
Muitas vezes
Sempre
NS/NR
45%
Podemos verificar através deste gráfico que maior parte dos casos, o ritmo
musical é dinamizado nas aulas, uma vez que: 45% ou seja a maioria dos alunos,
considerou que o ritmo era dinamizado “Algumas vezes”, 24% respondeu “Muitas
“Nunca”, tivemos ainda 5% de alunos que optou por não responder ou não sabia.
65
11 - Que avaliação fazes sobre as aulas com actividades sobre o Ritmo
Musical?
5ºAno
1%
1% 1%
21%
Muito boa
37% Boa
Razoável
Má
Muito má
NS/NR
39%
66
6ºAno
5% 3% 12%
7%
Muito boa
Boa
Razoável
Má
Muito má
33% 40%
NS/NR
Total
5% 3% 2% 16%
Muito boa
Boa
Razoável
Má
35% Muito má
39% NS/NR
verifica-se através do gráfico que esta é positiva, uma vez que a grande maioria 39%
67
12 - Sentes que seria melhor para ti se desenvolvesses mais actividades, em
Porquê?
5ºAno 6ºAno
1% 2%
24%
Sim 31% Sim
Não Não
NS/NR 67% NS/NR
75%
Total
2%
28%
Sim
Não
NS/NR
70%
Podemos verificar através do total dos gráficos, que seria melhor desenvolver
mais actividades ligadas ao ritmo nas aulas de educação musical, uma vez que na
sua maioria, 70% dos alunos respondeu “Sim”, contra apenas 28% que respondeu
“Não”.
68
Relativamente aos alunos que responderam Sim na questão número 12,
5ºAno
69
6ºAno
Total
NS/NR
razões apontadas pelos alunos que responderam “Sim”: na sua maioria “Para
aprender mais sobre música” 31% dos alunos inquiridos, seguidamente 11% que
percentagem dos alunos que respondeu “Sim”, não justificou a sua escolha.
70
Relativamente aos alunos que responderam Não na questão número 12,
5ºAno
71
6ºAno
Total
inquiridos que responderam “Não” à questão 12, que a sua grande maioria 53% não
apontou nenhuma razão, seguidamente 26% dos alunos respondeu “Não gosto ou
72
Análise e discussão de resultados
gráfico, para posterior definição dos interesses e gostos dos inquiridos relativamente
à música e à educação musical, dando abertura mais à frente a uma verificação das
através da tabela e dos gráficos, temos uma amostra representativa de 400 alunos
do 2º Ciclo, e onde podemos facilmente constatar no gráfico de Total dos dois anos
de escolaridade, que 40% dos alunos inquiridos são do sexo feminino e 60% do
total.
que as idades variam entre os 10 e os 15 anos: 3% dos alunos tem 15 anos, 6% tem
14 anos, 11% tem 13 anos, 25% tem 12 anos, 38% tem 11 anos e por fim 17% dos
alunos tem 10 anos. A maior percentagem verifica-se nos alunos com 11 anos –
Questão 1.3 - Verificamos no total de 400 alunos, que 166 são do 5º ano e
234 alunos são do 6º ano, que traduzindo em percentagens obtemos 42% contra
58% respectivamente.
colectividade ou noutra escola, é bastante inferior à dos que não estudam. Assim
73
temos no Total 91% de alunos que não estudam música fora da sua escola, e 9% de
afirmativamente, temos como instrumentos que estudam: 40% Guitarra, 20% Piano,
17% Bateria, 6% Trompete, 3% estudam Violino e Clarinete, 11% dos inquiridos não
Deste modo, temos com maiores percentagens alunos que estudam à 1 ano ou 6
meses, respectivamente 31% e 23%, temos 11% para os que estudam à 3 anos,
5 ou mais anos, por último apenas 3% para os que estudam à 4 anos. No entanto,
Uma vez que são alunos com idades relativamente novas, é compreensível
que sejam em maior número os que estudam à sensivelmente um ano, uma vez que
pelas aulas de educação musical, sendo que 77% respondeu “Sim” contrariamente a
23% que respondeu “Não”. Podemos ainda verificar que a percentagem de alunos
do 6º ano que respondeu que não gosta 32%, é significativamente superior aos
alunos do 5º ano que responderam da mesma forma, apenas 10%, pressupondo que
77% de alunos que responderam “Sim” na questão anterior, surgiram as razões que
como divertidas, 21% gosta de tocar diversos instrumentos, 19% gosta porque
74
aprende musicas e coisas novas, 10% gosta de tocar flauta e 4% respondeu que
gosta porque “o professor é porreiro”, 17% dos alunos não respondeu. Mais curiosos
questão 3. Assim temos: com a maior percentagem, 27% dos alunos que
responderam não gostar de tocar flauta, seguidamente alunos que não gostam das
aulas de música porque não gostam do que fazem nas aulas 18%, temos ainda,
alunos que dizem não ter jeito para a música 13%, os 2% que não gostam de
instrumentos, e 18% não respondeu. Por fim gostaria de destacar os 22% que
apontam como razão o facto de não gostarem do professor, razão apontada apenas
estes colocaram como sendo a número 1, ou seja a sua preferida. Assim por ordem
decrescente e no total dos dois anos temos: 32% “gosta de tocar instrumentos”, 18%
“ouvir musica”, com igual valor 12% temos alunos que preferem “dançar”, e alunos
que preferem “cantar”, com 7% “tocar musicas com a flauta”, 6% “jogos musicais”,
actividade que os alunos colocaram como sendo a número 10, ou seja, a que menos
ritmos de canções”, 13% não gosta de “dançar”, 17% “aprender teoria musical”, e
75
com a maior percentagem 22% “tocar flauta”. Alunos que não responderam ou
responderam de forma errada ou incompleta 19%. Podemos aqui verificar que uma
das formas mais utilizadas para o ensino da música nas nossas escolas, a Flauta, é
instrumento que estes colocaram como número 1, ou seja, o que mais gostam,
temos desta forma: Tambor 33%, Piano com 23%, 16% Flauta, 5% Xilofone, 3%
menos gostam, temos com a mais alta percentagem 27% as Clavas, seguido da
Flauta com 20%, temos depois com 12% o Jogo de sinos, 5% respondeu o Piano, e
Ainda com exactamente o mesmo valor 1% temos o Cajon, Viola Baixo, Saxofone,
Fagote, as Flautas (Transversal, Bisel e de Pã). Por fim com valores abaixo dos 1%
76
Verificamos também seguramente que a Flauta não é um dos preferidos, aspecto
este que devemos ter em consideração ao olharmos para a forma como o ensino da
Questão 6 - Quando inquiridos sobre se tinham por hábito fazer ritmos, com
revelaram que 60% tem esse hábito, contra 38% que respondeu não ter esse hábito
75% contra apenas 23% de alunos que não tem esse hábito.
Questão 8 - Verificamos que 58% dos alunos não tem por hábito trabalhar o
3% que não sabiam ou não responderam. Não podemos deixar de nos questionar,
porque razões não têm os alunos por hábito trabalhar o ritmo, uma vez que a maior
muito interessantes.
alunos sente que é “Mais ou menos fácil”, 34% considera “Fácil”, 12% “Muito fácil”,
vez que: 45% ou seja a maioria dos alunos, considerou que o ritmo era dinamizado
“Algumas vezes”, 24% respondeu “Muitas vezes”, 14% considerou “Poucas vezes”,
77
8% “Sempre”, e apenas 4% respondeu “Nunca”, tivemos ainda 5% de alunos que
optou por não responder ou não sabia. Não podemos deixar no entanto de lembrar,
que esta é apenas a óptica dos alunos, não tendo em conta a opinião dos
professores.
rítmicas, verifica-se que a grande maioria 39% respondeu “Boa”, 35% “Razoável”,
16% “Muito boa”, 5% respondeu “Má”, 3% “Muito má”, e apenas 2% não respondeu
ou não sabe. As respostas levam a crer mais uma vez, que este tipo de actividades
actividades viradas para o ritmo nas aulas de educação musical, as respostas dos
alunos foram bastante evidentes, para além de serem muito próximas relativamente
ao 5º e 6º ano em separado. Assim no total temos, 70% dos alunos com a resposta
“Sim”, contra apenas 28% que responderam “Não”, e os 2% que não sabem ou não
responderam.
apontada 31% “Para aprender mais sobre música”, seguidamente 11% que
respondeu “Gosto de música e de Ritmo”, como terceira razão mais apontada com
responderam que “seria mais fácil para mim/ gosto de fazer ritmos” e 4% respondeu
Por último, para os alunos inquiridos que responderam “Não” a esta questão,
78
nenhuma razão, seguidamente 26% dos alunos respondeu “não gosto ou não tenho
justificou que “ existem coisas mais importantes”, apenas 4% disse “não gosto de
79
V CONCLUSÃO
Resposta à pergunta de partida e Confirmação das
hipóteses de trabalho
ver resultados imediatos, não tendo muitas vezes em linha de conta o bem-estar das
crianças com elas próprias, com o ambiente que as rodeia e com o próprio ensino /
aprendizagem.
encarado de forma bastante positiva. Uma vez que o ritmo é algo de intrínseco nas
A criança, aqui o aluno, sabe definir o tipo de actividades que gosta e que não
gosta, e assim a título de conclusão dos resultados deste estudo, uma vez que
acredito ter chegado à ideia de que o ritmo deve ter um papel de destaque na
80
independente, poderemos confirmar, relativamente à minha primeira hipótese de
trabalho, que esta se confirma defendendo deste modo a minha opinião, pois as
desenvolver mais actividades a este nível, podemos verificar que 70% dos alunos,
A segunda hipótese também confirma mais uma vez as minhas ideias, pois
muitos dos alunos para além de não gostarem de tocar flauta, demonstram
resposta foi “tocar músicas com flauta”, deixando desta forma depreender que a
actual utilização da flauta, muitas vezes excessiva, no ensino da música deveria ser
através das respostas à questão nove, que a mesma não se confirma, valorizando
assim o meu estudo, uma vez que para os alunos a aprendizagem de ritmos apenas
é “difícil” para 3% e “muito difícil” para 5%, sendo que a maioria considera esta
actividade como “mais ou menos fácil” ou “fácil”. Fica por confirmar a preferência do
currículo por outras actividades, podendo apenas dar a minha opinião, enquanto
81
professor de educação musical, relativamente ao contacto com os alunos ao longo
dada, a maior parte das vezes, ao ensino da música através da flauta, com peças
deixar levar pelo comodismo, utilizando apenas o material existente nos manuais,
fraco e sem interesse musical, lembrando muitas vezes que simples ideias como por
Após este estudo, acredito poder dizer que O Ritmo pode e deve ter um lugar
82
Síntese do trabalho e abertura de novas pistas e
perspectivas de investigação posteriores
Tentei ao longo deste trabalho fundamentar algumas das minhas convicções
geral, o estudo foi capaz de responder às minhas questões, sentindo no entanto que
currículo de educação musical no nosso pais, uma vez que esta disciplina provou
Arte/Tecnologia e Linguagem.
bem como suporte de diversas artes. Deste modo, através de tudo aquilo que o
83
BIBLIOGRAFIA
Abreu, M. (1998) Jaques Dalcroze o pai da rítmica, Boletim da APEM, 98:10-
15.
Aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed.
Summus.
Wellington House.
84
Hébert, M. (1996) Pesquisa em educação. Lisboa: Instituto Piaget.
Magnard.
16-24.
Kapelusz.
85
Weigel, A. (1988) Brincando de Música: Experiências com Sons, Ritmos,
Música.
86
ANEXOS
87
Anexo I
Anexo II
Anexo III
Questionário
Agradeço a colaboração prestada para a realização deste questionário, que se destina a elaboração de um
estudo académico, no âmbito do curso de Professores de Educação Musical, na Escola Superior de
Educação Jean Piaget (Almada), garantindo desde já a confidencialidade das respostas e o anonimato dos
intervenientes.
4. Enumera as seguintes actividades das aulas de Educação Musical, colocando-as por ordem
crescente, sendo a número 1 a que mais te interessa:
Cantar Dançar Tocar instrumentos Apresentar peças musicais
5. Dos instrumentos que conheces, quais gostas mais? Coloca-os por ordem de preferência, sendo o
número 1 para o teu instrumento preferido:
Clavas Piano Xilofone Jogo de sinos
Tambor Flauta
Outros, quais?_________________________
8. Nas tuas aulas de Educação Musical tens por hábito criar Ritmos e trabalhar com estes?
Sim Não
10. Os professores de educação musical que tiveste, dinamizaram aulas com o Ritmo Musical?
Nunca Poucas vezes Algumas vezes Muitas vezes Sempre
11. Que avaliação fazes sobre as aulas com actividades sobre o Ritmo Musical?
Muito boa Boa Razoável Má Muito má
12. Sentes que seria melhor para ti se desenvolvesses mais actividades, em que trabalhes
principalmente o Ritmo, nas aulas de Educação Musical?
Sim Não
Porquê?_____________________________________________________________