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A Belle Époque foi o período que decorreu na Europa entre 1890 e

1914, ano em que começou a Primeira Guerra Mundial. A expressão


Belle Époque, contudo, só surgiu depois do conflito armado para
designar um período considerado de expansão e progresso,
nomeadamente a nível intelectual e artístico. Nesta época surgiram
inovações tecnológicas como o telefone, o telégrafo sem fio, o
cinema, o automóvel e o avião, que originaram novos modos de vida
e de pensamento, com repercussões práticas no quotidiano.

Foi uma fase de grande desenvolvimento na Europa, favorecida pela


existência de um longo período de paz. Países como a Alemanha, o
Império Austro-Húngaro, a França, a Itália e o Reino Unido
aproveitaram para se desenvolver a nível económico e tecnológico.
Tratou-se de uma época de optimismo entre a população que passou
a ter uma grande crença no futuro. Simultaneamente, os
trabalhadores começaram a organizar sindicatos e partidos políticos,
nomeadamente os socialistas.

Nas grandes cidades o ambiente mudou radicalmente, o que era


visível nas principais avenidas, onde se multiplicavam os cafés, os
cabarets, os ateliers, a galerias de arte e as salas de concertos,
espaços frequentados pela média burguesia, que tinha cada vez mais
posses. O núcleo da Belle Époque era Paris, na altura o centro cultural
do mundo.
Durante a Belle Époque surgiram três correntes artísticas a nível da
pintura, o fauvismo (Matisse foi o seu maior representante), o
cubismo (onde se destacou Picasso) e o impressionismo (com Claude
Monet como iniciador). A nível literário a época ficou marcada pelo
surgimento de novos géneros, como os romances policiais e de ficção
científica, onde se destacaram os heróis solitários, como Arsène Lupin
ou Fantômas, que se mascaravam e usavam armas modernas e
inovadoras.
Houve também grandes progressos a nível da química, da electrónica
e da siderurgia, assim como da medicina e da higiene, o que permitiu
fazer baixar as taxas de mortalidade.
Uma das formas encontradas para celebrar todos estes progressos,
foi a organização da Exposição Universal de Paris, que teve lugar em
1900, nos Campos Elísios e nas margens do rio Sena.
A Belle Époque terminou com o eclodir da Primeira Guerra Mundial,
nomeadamente porque as notáveis invenções daquele período
passaram a ser utilizadas como tecnologia de armamento.
A BELLE ÉPOQUE E A ARTE NOVA

A Belle Époque (bela época em francês) foi um período na história


da Europa que começou no final do século XIX (1871) e durou até a
eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.

A expressão também designa o clima intelectual e artístico do


período em questão. Foi uma época marcada por profundas
transformações culturais que se traduziram em novos modos de
pensar e viver o quotidiano.

A Belle Époque foi considerada uma era de ouro da beleza, inovação


e paz entre os países europeus. Novas invenções tornavam a vida
mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em
efervescência: cabarés, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a
arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau –
Arte Nova.

A arte e a arquitectura inspiradas no estilo dessa era, em outras


nações, são chamadas algumas vezes de estilo "Belle Époque".

Sociedade e progresso material


Inovações tecnológicas como o telefone, o telégrafo sem fio, o
cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, inspiravam novas
percepções da realidade. Com seus cafés-concertos, balés, operetas,
livrarias, teatros, boulevards e alta costura, Paris, a Cidade Luz, era
considerada o centro produtor e exportador da cultura mundial.

A cultura boémia imortalizada nas páginas do romance de Henri


Murger, Scènes de la vie de bohème (1848), era um referencial de
vida para os intelectuais de todo o mundo, leitores ávidos de
Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac. Ir a
Paris ao menos uma vez por ano era quase uma obrigação entre as
elites, pois garantia o vínculo com a actualidade do mundo.

Arte e literatura

O estilo chamado art nouveau ("arte nova" em português) foi típico


da Belle Époque. Esta corrente artística surgiu nos finais do séc. XIX,
em reacção ao emprego abusivo na arte de motivos clássicos ou
tradicionais. Em vez de se basear nos sólidos modernos da arte
clássica, a art nouveau valorizava os ornamentos, as cores vivas e as
curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes das plantas dos
animais e das mulheres.

É uma arte essencialmente


decorativa sendo as
principais obras desse estilo
fachadas de edifícios,
objectos de decoração
(móveis, portões, vasos),
jóias, vitrais e azulejos.
O pintor mais conhecido da
Arte Nova é Alfonse Mucha, o arquitecto mais surpreendente desta
época foi Gaudi.
A moda nos anos 1920

Nessa época, a moda já estava livre dos espartilhos do século XIX. As


saias já mostram mais as pernas e o colo. Na maquiagem, a
tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A
maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o
risco pintado a lápis. A tendência era ter a pele bem branca.

Moda de 1925.

Foi a época de Hollywood em alta, e a maioria dos grandes estilistas


da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para
grandes estrelas.

Foi uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das


jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da
época, que frequentavam os salões e traduziam em seu
comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era
do Jazz.

A silhueta dos anos 20 era tubular, os vestidos eram mais curtos,


leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido
predominante era a seda. Os novos modelos facilitavam os
movimentos frenéticos exigidos pelo charleston - dança vigorosa, com
movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em
tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório
obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o
"cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os
cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. A mulher
sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos. A
atenção estava toda voltada aos tornozelos.

A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também


frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e
seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As
mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas,
como Gloria Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina
Josephine Baker também provocavam alvoroço em suas
apresentações, sempre em trajes ousados.

Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as


saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um
verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi a época da estilista
Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares
compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel
lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

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