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Em tese, isso significa que o mérito do caso não deveria nem ser analisado pelos
ministros, mas Fachin declarou que, mesmo que o habeas corpus não tenha sido
conhecido, "não poderia deixar de examinar a questão do excesso de prazo".
Os seis ministros entenderam que não é possível julgar o pedido de habeas corpus
contra a prisão preventiva de Palocci, decretada em setembro de 2016, depois que
de a condenação no processo a que responde na Operação Lava Jato ter mantido a
prisão do ex-ministro.
O ministro Marco Aurélio Mello se mostrou surpreso com a decisão anunciada pela
presidente da Corte, Cármen Lúcia, de analisar a questão mesmo tendo negado
"conhecimento". "Nós vamos assentar a inadmissibilidade do habeas corpus e
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11/04/2018 STF adia decisão sobre pedido de liberdade de Palocci - Notícias - Política
vamos apreciaar uma causa de pedir desse mesmo habeas corpus?", questionou.
A decisão causou surpresa no plenário. "Eu nunca vi, nesses 28 anos de Supremo,
votar-se uma proposta de indeferimento de ofício da ordem", interveio Marco
Aurélio.
Palocci está preso preventivamente desde setembro de 2016 por ordem do juiz
Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. Em junho
do ano passado, Palocci foi condenado por Moro a 12 anos de prisão por corrupção
e lavagem de dinheiro.
Hoje o STF está julgando recurso da defesa contra a primeira prisão ordenada por
Moro. O argumento de Fachin é de que a defesa deveria ter apresentado um novo
pedido de liberdade após Palocci ser condenado.
Palocci ocupou as pastas da Fazenda, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
e da Casa Civil, na gestão de Dilma Rousseff (PT).
O ex-ministro foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) sob a acusação
de ter participado de um esquema de corrupção evolvendo a Odebrecht e contratos
com a Petrobras.
Em sua fala, Silvério reconheceu que havia "indícios fortes" de materialidade para a
decretação da prisão por Moro, mas criticou o magistrado por determinar o
"encarceramento prematuro" e a "antecipação de pena".
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