Você está na página 1de 7

Resumo

A água tem uma grande importância nos serviços de engenharia, é um dos principais
componentes do concreto e das argamassas. Para se ter uma ideia, na confecção de
um metro cúbico de concreto, se gasta em média de 160 a 200 litros de água. Saliente-
se ainda que a água também é utilizada como ferramenta no resfriamento e cura do
concreto e em basicamente todos os processos de engenharia. Muito empregada e de
vasta importância no concreto, a água tem seus parâmetros de qualidade regulados
por normas, neste caso as principais normas brasileiras que regem em nosso país
citadas nesse trabalho, são: ABNT NBR 12655/96, ABNT NBR-15900-1, ABNT NBR-6118
e a ABNT CB-18. Normas estas, que controla os requisitos mínimos de qualidade da
água como componente e ferramenta na confecção do concreto, precavendo a
influência no comportamento e nas propriedades do mesmo, caso aja presença de
substâncias danosas elevadas na água acima do estabelecido em suas exigências. O
trabalho tem como objetivo através de experimentos e estudos bibliográficos
demonstrar os parâmetros de qualidade da água, como: o controle do pH, matéria
orgânica, resíduos sólidos, sulfatos, magnésio, cloretos, alcalinidade, chumbo, zinco e
ferro, fazendo a avaliação preliminar da água fornecida na cidade de Mineiros -GO.
Comprovando se, os requisitos mínimos de qualidade apresentados satisfazem as
exigências descritas nas normas. Uma vez que, no meio da construção civil transita um
dito popular, em que “A água com os parâmetros de qualidade para o uso em concreto
é aquela que se pode beber”.
Palavras-Chave: Água; concreto; parâmetros; qualidade; construção civil.

INTRODUÇÃO
A água utilizada para o amassamento dos aglomerantes deve estar dentro dos
parâmetros recomendados pelas normas técnicas onde descrevem os requisitos mínimos
de qualidade como: o controle do pH, sulfatos, matéria orgânica, magnésio, resíduos
sólidos, cloretos, chumbo, zinco, alcalinidade e ferro, de forma a garantir a
homogeneidade da mistura. Apesar de ser um material substancial para a construção
civil muitos engenheiros e construtoras tratam a água com indiferença, visto que a
mesma pode influenciar diretamente na qualidade e segurança da obra.
A Norma Técnica ABNT NBR 15900 (água para amassamento do concreto), especifica
os requisitos para a água ser considerada adequada ao preparo de concreto e descreve os
procedimentos de amostragem e os métodos utilizados para avaliação. Segundo essa
norma o uso da água de abastecimento público para produzir concreto é
consideravelmente apropriado e os ensaios prescindíveis. Salvo se, obedecer ao padrão
de potabilidade descrito na portaria n° 518 do Ministério de saúde que por analogia está
dentro das exigências da norma ABNT/CB-18 (Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto
e Agregados).
De acordo com a ABNT NBR 6118, a água destinada ao amassamento do concreto
deverá ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas, sendo elas açúcares,
fosfato, nitratos, chumbo e zinco. Além disso, entre os parâmetros avaliados estão os
óleos e gorduras, cor, materiais sólidos, odor, matéria orgânica, cloretos, sulfatos,
alcalinidade e pH.

O PH pode ser considerado como uma das variáveis ambientais mais


importantes, ao mesmo tempo que umas das mais difíceis de se
interpretar em função do grande número de fatores que podem
influenciá-lo. O PH da água é influenciado pela presença de íons H+,
onde gera valores baixos de PH (ESTEVES,1998).

O pH (percentual hidrogeniônico) de uma água é necessário para a identificação do


nível de (quantidade de prótons H+), que classifica o nível de acidez, neutralidade ou
alcalinidade de uma solução aquosa. A água com baixo nível de pH, tem caráter ácido
que consequentemente acelera o processo de corrosão, de acordo com a norma NBR
15900 o ideal é que se utilize pH próximo ao da água potável entre 5,8 à 8,00
(ABNT,2009).

Metodologia
Mediante o exposto, foi realizado revisão bibliográfica por meio de normas, artigos,
livros, teses, periódicos e etc. Com o intuito de obter informações sobre como a
indústria da construção civil utiliza a água para a produção do concreto, assim como a
importância que se tem da qualidade da água, dos parâmetros químicos, e como os
mesmos podem influenciar na segurança de uma obra quando não cumpre com as
especificações descritas em normas. Consequentemente então, foi feito a avaliação
preliminar dos parâmetros de qualidade da água fornecida na cidade de Mineiros-GO.
Realizando a medição de pH da água potável de cinco setores distintos por sete dias e
analisamos também, os resultados semestrais dos parâmetros químicos do laboratório
responsável pelo controle da qualidade da água potável da nossa cidade, onde os
mesmos enviam as amostras para o laboratório KBF Química, localizado em Goiânia-
Go. Diante disso foi levantado o questionamento se os resultados das análises
correspondiam com os requisitos mínimos estipulados pelas normas técnicas e o
surgimento da indagação se a água da nossa região é realmente propícia para a produção
do concreto. Esse trabalho foi feito nos dias 15/03/2018 á 04/04/2018 pelos discentes e
docente mencionados nesse trabalho.

Resultados e Discussão de Referencial Teórico

Após analisar a água durante 10 dias, coletando 10 amostras já tratadas na ETA, foi
constatado valores baixo de pH, no qual indicava a presença de acidez, que foge dos
padrões mínimos de qualidade da água para produção do concreto. Conforme a tabela
01 abaixo.
(COLOCA AS FOTOS DAS AMOSTRAS AQUI)

TABELA 01
Valor do pH adequado para
Dias Valor do pH produção do concreto (NBR
6118)
1º Dia
2º Dia
3º Dia
4º Dia
5º Dia
6º Dia
5,80 e 8,0.
7º Dia
8º Dia
9º Dia
10 º Dia

Tabela 2 — Requisitos e procedimentos de ensaio para inspeção preliminar de água


destinada ao amassamento de concreto
Tabela 3 — Teor máximo de cloreto em água para amassamento

CITAÇÕES (Não mudei nada so to dando exemplos de como ta na norma e que poderia ser
útil)

Propriedades químicas

4.3.1 Cloretos

O teor de cloreto na água, ensaiada de acordo com 6.2 e expresso como Cl,

não deve exceder os limites

estabelecidos na Tabela 3, a menos que se mostre que o teor de cloreto do concreto não
excede o valor máximo permitido na ABNT NBR 12655.

Tabela 3 — Teor máximo de cloreto em água para amassamento


4.3.2 Sulfatos

O teor de sulfato na água, ensaiada de acordo com ABNT NBR 15900-7, expresso como SO4

2-, não deve exceder

2 000 mg/L.

4.3.3 Álcalis

Se agregados potencialmente reativos com álcalis forem usados no concreto, a água deve ser
ensaiada quanto

aos teores de álcalis de acordo com ABNT NBR 15900-9. O equivalente alcalino de óxido de
sódio não deve

exceder 1 500 mg/L. Se esse limite for excedido, a água pode ser usada apenas se for
comprovado que foram

tomadas ações preventivas quanto à reação álcali-agregado, conforme ABNT NBR 15577-1.

4.3.4 Contaminação prejudicial

Contaminações na água de amassamento do concreto por substâncias como açúcares,


fosfatos, nitratos,

chumbo e zinco podem alterar os tempos de pega e resistências do concreto. Para aprovação
da água quanto

a esses contaminantes, podem ser executados ensaios quantitativos de detecção de açúcares,


fosfatos, nitratos,

chumbo e zinco, de acordo com 6.2, respeitando os limites máximos estabelecidos na Tabela 5.
Na ausência

desses ensaios ou quando os limites estabelecidos na Tabela 5 não forem atendidos, devem
ser realizados

os ensaios de tempo de pega, inicial e final, e resistência à compressão em amostras de


referência e

paralelamente com a água em ensaio, conforme previsto em 4.4.


Tabela 5 — Requisitos para substâncias prejudiciais

Tabela 6 — Ensaios químicos

As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições
ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em
projeto conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período
correspondente à sua vida útil. (ABNT 6118:2003)

6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioração (ABNT 6118:2003)

6.3.1 Generalidades

Dentro desse enfoque devem ser considerados, ao menos, os mecanismos de envelhecimento


e

deterioração da estrutura de concreto, relacionados em 6.3.2 a 6.3.4.

6.3.2 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos ao concreto

a) lixiviação: por ação de águas puras, carbônicas agressivas ou ácidas que dissolvem e
carreiam os

compostos hidratados da pasta de cimento;

b) expansão por ação de águas e solos que contenham ou estejam contaminados com sulfatos,
dando

origem a reações expansivas e deletérias com a pasta de cimento hidratado;


c) expansão por ação das reações entre os álcalis do cimento e certos agregados reativos;

d) reações deletérias superficiais de certos agregados decorrentes de transformações de


produtos

ferruginosos presentes na sua constituição mineralógica.

6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioração relativos

a) despassivação por carbonatação, ou seja, por ação do gás carbônico da atmosfera;

b) despassivação por elevado teor de íon cloro (cloreto).

Você também pode gostar