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Baralho Cartomancia
Baralho Cartomancia
O Naipe de Paus está ligado à ação. Motivar o homem à fé e fazê-lo superar-se é a meta.
Naturalmente, o impulso é a marca registrada, cuja função principal é experienciar
tudo através da livre descoberta, experimentando os dissabores da frustração, mas
também os prazeres inerentes à revelação. O fogo foi o elemento que alavancou a
humanidade, depois de dominado pelo homem, dando a oportunidade de transformar e
evoluir a vida humana. Em Paus, o homem cria possibilidades, determina-se a assumir
sua jornada e encoraja-se a assumir os riscos. Paus é a estrada para a libertação, a
vontade imperativa e a energia renovadora da Vida. Através desse naipe, conhecemos o
espírito, a sexualidade, a alegria de viver, o combate que travamos conosco.
Ás - Por noite.
02 - Carta.
03 - Caminhos.
04 - Nesta casa.
05 - Cinco sentidos.
06 - Zelo.
Ás - Vício.
02 - Traição.
03 - Desordem.
04 - Leviandade.
05 - Fora de casa.
06 - Cativeiro.
07 - Obstáculos.
J - Um homem.
Q - Uma mulher.
K - Um homem.
Petit Lenormand
Alianças, sociedades, casamento. A natureza dessas alianças é dada pelas cartas que lhe
cercam.
36 - A Cruz - 06 de Paus
Desgastes, pequenos roubos, obssessão espiritual. Atente para essa carta pois ela pode
indicar tanto indolência quanto depressão - o que pode ser exatamente a raiz do
problema do consulente.
21 - A Montanha - 08 de Paus
Justiça, o Poder Maior, Direito. Carta kármica: o que você merece lhe será dado,
independentemente do que você acha que merece. Influência de Xangô. Essa carta
também é interpretada como dificuldades e obstáculos que se mostram
intransponíveis, ou que necessitam de um grande esforço para serem transpostos.
14 - A Raposa - 09 de Paus
15 - O Urso - 10 de Paus
Simbologia: Representado pela taça, simboliza também o Graal. Foi comparado com
o vaso que contém o "Soma". (usado por Aldous Huxley no seu livro "Admirável Mundo
Novo"). Substância regeneradora da vida e da energia vital. Recpiente mágico que
contém as forças da vida terrena e espiritual. Comparado ao cálice usado pelos celtas
em rituais mágicos, e objeto da perseguição nas cruzadas pelos cavalheiros da Távola
Redonda do Rei Arthur, dando origem à lenda do "Santo Graal". O Graal é um
elemento feminino, símbolo da receptividade e do útero espiritual. Copas representa o
elemento Água. está intimamente ligado com a alma, com a vida interior, com o
inconsciente, com o amor, com o mundo das sensações, com os sonhos, as fantasias,
com os pressentimentos e com a intuição. As percepções e a sabedoria íntima estão
dignificadas nesse naipe.
Mais de quatro cartas de Copas indicam tendência de viver num mundo de idéias,
sentimentos e sonhos, indicando poucos fins. Encorajaremos o consulente, nesse caso,
a ser prático e estabelecer ordem em sua vida. Num aspecto mais positivo, indica que o
consulente é emocionalmente atento, intuitivo e tem um profundo senso de
espiritualidade.
Ás - Fandango.
02 - Carta.
03 - Boas palavras.
05 - Lágrimas.
06 - Por caminhos.
Ás - Constrangimento.
02 - Reconciliação.
03 - Simpatia.
04 - Banquete, festa.
05 - Ciúmes.
06 - Demora.
07 - Surpresa.
J - Pessoa intermediária, que pode ser tanto um homem quanto uma mulher.
Q - Uma mulher.
K - Um homem.
Petit Lenormand
28 - O Homem - Ás de Copas
16 - A Estrela - 06 de Copas
05 - As Árvores - 07 de Copas
32 - A Lua - 08 de Copas
01 - O Cavaleiro - 09 de Copas
18 - O Cão - 10 de Copas
Todos os sentimentos são representados por essa carta, desde os mais puros aos mais
sombrios, de acordo com as cartas que a acompanham. De qualquer forma, sempre
representa emoções intensas. Emoções suaves são em 12.
A casa, a família, o lar, em alguns casos o corpo físico. Indica homem gentil, psicólogo
(se junto a 20) ou médico (junto a 30)
Espadas
Mais de quatro cartas de Espadas podem indicar um mau agouro. Espadas é o naipe da
guerra e da luta, e um grande número delas em um único jogo pode indicar que uma
disputa ou confronto maior se aproximam ou está sendo tramado.
O Naipe de Espadas está ligado à auto afirmação. Colocar o homem diante das
intempéries da vida, empurrá-lo para a vida social, fazê-lo compreender de seu real
papel como indivíduo. Naturalmente o mundo pode parecer frio e duro, diante do
nosso entusiasmo da busca, favorecendo as decepções e sofrimentos, que na maior
parte do tempo, é opcional. A capacidade do homem pensar, sem a relação cartesiana,
favorece os feelings e interpelações, criando a oportunidade de nos libertarmos de uma
série de condicionamentos impostos pela dura realidade. Estabelecer relacionamentos
pode ser algo doloroso, pois o outro é um "caixa de surpresas" e o nível de expectativas
que nutrimos diante daqueles que nos interessam, é alto e muitas vezes, prejudicial.
Tornar-se um ser individual, com identidade própria é um desafio que confere à vida
conflitos e diferenças, através do convívio com o outro. Em Espadas, a vida é uma luta,
um desafio, uma maneira de entendermos o outro e aprender a viver melhor.
Ás - Afirma.
02 - Corta.
03 - Más palavras.
04 - Na cama.
05 - Doença.
06 - Desvios.
07 - Paixão.
Ás - Paixão.
02 - Correspondência.
03 - Lealdade.
04 - Na casa.
05 - Enredo.
06 - Brevidade.
07 - Desgosto.
J - O rival do consulente.
Q - A rival da consulente.
K - Um homem.
Petit Lenormand
29 - A Mulher - Ás de Espadas
19 - A Torre - 06 de Espadas
27 - A Carta - 07 de Espadas
Convites, cartas, recados, sonhos, avisos. Atente para as cartas ao redor de 27; elas
indicam os primeiros passos que o consulente pode dar em direção à solução do que o
motivou a se consultar.
35 - A Âncora - 09 de Espadas
Fé, firmeza, resoluções, segurança. Indica muito mais uma postura do consulente do
que uma situação externa.
Viagem, saúde (alguns cartomantes vêem saúde na carta 05), mudança inexorável.
Indica velocidade também, mas ao invés de ser uma aceleração, como o Cavaleiro, está
mais próximo do sentido de "tempo certo". Carta sob influência de Yemanjá.
Paz, tranquilidade, ser guiado ao caminho certo e desviado dos obstáculos suavemente.
Recebe influência de Oxum. Pode indicar um homem da lei, militar, médico (junto com
04) ou advogado (junto com 21).
O naipe do Arco-Íris toma nesse baralho [Zen, de Osho] o lugar do tradicional naipe de
Ouros, representando o elemento Terra. Este é, tradicionalmente, o elemento que
representa o lado prático, material da vida. Coerentemente porém com a postura do
Zen, que considera que até as atividades mais humildes e terrenas encerram uma
oportunidade para que se celebre o sagrado, o Arco-Íris foi escolhido para esse naipe.
Ao adotar o arco-íris - que faz uma ponte entre o céu e a terra, entre o espírito e a
matéria - lembramo-nos de que na verdade não existe uma separação entre o mais
baixo e o mais alto, de que o que existe verdadeiramente é o continuum de uma energia
única e total. Lembramo-nos também de que o céu não é um lugar muito remoto lá no
alto, mas é antes uma realidade esperando para ser descoberta, aqui mesmo na Terra.
Ás - Presente.
02 - Breve, ou brevemente.
03 - Alegria.
04 - Igreja.
05 - Novidade.
06 - Dinheiro Pequeno.
07 - Dinheiro grande.
Q - A consulente.
Ás - Promessas.
02 - Matrimônio.
04 - Apartamento.
05 - Sedução.
06 - Fortuna.
07 - Riqueza.
J - Um homem.
Petit Lenormand
31 - O Sol - Ás de Ouros
12 - Os Pássaros - 07 de Ouros
Alegrias, affairs, "namoricos", pequenas coisas que muito significam. Emoções leves.
Neutraliza a influência da carta 07.
33 - A Chave - 08 de Ouros
Morte, perda, prejuízo. Atrasos. Pode representar também uma vida passada. essa carta
também representa os espíritos que ainda não conseguiram Luz para recuperar a
consciência (Eguns).
26 - O Livro - 10 de Ouros
Matéria, dinheiro, riqueza. Carta neutra; são as cartas que a ladeiam que lhe dão o
devido significado. Pode representar o chefe ou superior imediato. O provedor de
recursos.
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Depois de embalharar e dispor as cartas em leque, fazemos a pergunta e tres cartas
são escolhidas.
Tres ou Duas vermelhas é sim...
Tres ou duas pretas é não...
As Cartas estão ligadas aos quatro elementos da natureza:
Copas: Agua
Ouro: Terra
Paus : Fogo
Espadas: Ar
Estando ligadas ao elementos da natureza, recebem deles seu dinamismo e influência,
que resulta em direções específicas dentro dos campos de ação na vida das pessoas.
Ouros: Bens materiais, dinheiro, saúde, corpo, recursos, ganhos e perdas materias,
capacidade de concretizar, heranças, .
dificuldade de mudar.
É noite. No alto da montanha agreste, apenas uma caverna aparece iluminada pelo
fulgor cintilante de uma fogueira. Ao seu redor, três ciganas começam a pôr as cartas
para ver o que o futuro lhes reserva. Para a primeira, o destino promete um jovem belo e
forte que a ama
rá para sempre. A segunda se casará com um homem velho e rico e morará num palácio
digno de reis. A terceira, a mais bela e orgulhosa delas, desdenhosa do destino das
amigas, embaralha as cartas, corta e começa a ver o seu destino. Espadas...
Esta dramática cena não é real. Ela faz parte do terceiro ato da ópera Cármen, do
compositor francês Georges Bizet, e nela a protag
onista, uma cigana andaluza, lê sua sorte nas cartas, e antevê seu trágico destino. A
cena, que é muito importante no desenvolvimento do enredo, mostra uma das mais ricas
tradições da arte divinatória: a cartomancia.
Essa antiquíssima forma de prever o futuro está intimamente relacionada com a própria
história das cartas, as quais, segundo os mais importantes pesquisadores do assunto,
teriam sido criadas na China Antiga, durante o reinado do Imperador S'eun-ho (cerca de
1.120 d.C). Estas cartas, feitas de madeira ou de fibras de plantas, eram circulares e
serviam para jogar ou para serem consultadas como oráculo.
Segundo outros, foram os próprios ciganos que popularizaram seu uso quando se
estabeleceram nos Bálcãs. De qualquer modo, no século XVI, as cartas já eram
conhecidas em todas as nações européias e a cartomancia havia se tornado uma
verdadeira paixão, à qual recorriam os reis e príncipes governantes, tentando saber o
que o destino reservava para seus tumultuados reinos. Desde essa época, a arte da
adivinhação por meio das cartas não mudou. Os velhos segredos e mistérios dos ciganos
têm passado de geração em geração e, o que é mais importante, os antiquíssimos valores
atribuídos a cada carta permanecem os mesmos. Na verdade, não poderia ser de outro
modo, pois toda a sabedoria da cartomancia está contida no complexo sistema esotérico
que formam as 52 cartas, divididas em 4 naipes, e suas surpreendentes correspondências
com o nosso calendário. Quando se soma o valor numérico de todas as cartas do baralho
(sendo que o Rei vale 13, a Dama 12 e o Valete 11), obtém-se o número 364, ao qual se
acrescenta 1 (valor do curingão) e chega-se a 365, o número de dias que formam um
ano.
Quando se somam entre si os algarismos da soma total das cartas (364), ou seja, 3 + 6 +
4, obtém-se 13 como resultado, que é o número de cartas contidas em cada naipe. O
baralho tem 52 cartas; o ano tem 52 semanas. A soma do valor numérico das cartas de
cada naipe dá 91, que é o número de dias que tem cada uma das estações do ano.
Quando se divide 91 por 7 (os dias da semana), obtém-se 13, que é o número de cartas
em cada naipe. Embora possam ser citadas muitas outras correspondências entre as
cartas e o calendário, estas já são suficientes para se compreender que há todo um
sistema cabalístico entre ambos, e que este sistema é muito importante para a
cartomancia. De fato, cada carta do baralho corresponde a determinados dias do ano e
esta relação é essencial na técnica da adivinhação, pois o consulente sempre é
representado pela carta que corresponde ao seu dia de nascimento. (Abaixo,
reproduzimos a tabela que indica as correspondências entre as cartas e os dias do ano.)
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O TABULEIRO DA SORTE
A prática da cartomancia é uma arte que requer certo tempo de estudo, uma boa intuição
e muita paciência para se compenetrar das misteriosas significações de cada carta.
Considerando a dificuldade inicial que a cartomancia pode oferecer principalmente pela
diversidade de técnicas de adivinhação, vamos começar por um método bastante
simplificado, que permite fazer uma verdadeira leitura de cartas e, ao mesmo tempo,
começar a ter um contato mais íntimo com os valores e símbolos da adivinhação. Este
método, chamado TABULEIRO DA SORTE, está baseado numa antiga técnica usada
pelos ciganos da Iugoslávia (conhecida como Trideset i dve Karte), e consiste numa
tirada na qual apenas são usadas 32 cartas do maço.
Para começar, retiram-se do baralho todos os seis, cinco, quatro, três, dois e o curingão.
Ficam exatamente 32 cartas, que correspondem às 32 casas do tabuleiro usado como
base da leitura. Estas casas englobam todos os assuntos de interesse do consulente,
abrangendo as mais diversas áreas de sua vida privada e social. Depois de ter
embaralhado e cortado o maço, colocam-se as cartas, uma a uma e viradas para baixo,
nas casas do tabuleiro, seguindo a ordem da esquerda para a direita e de cima para
baixo.
Após a colocação das cartas, começa a leitura propriamente dita. Seguindo a mesma
ordem em que foram postas no tabuleiro, cada carta vai sendo virada e interpretada
segundo a casa em que se encontra. Se, por exemplo, na casa da Inspiração aparecer o
10 de copas, uma correta interpretação seria que a inspiração do momento, ou seja, o
clima que envolve essa consulta às cartas, está favorecida pela boa sorte (valor
simbólico do 10 de copas). Para que você possa se iniciar na arte da cartomancia, veja a
seguir o significado das cartas usadas neste método. Como a interpretação se baseia no
cruzamento das cartas com as casas, os significados estão resumidos. (Daremos a seguir
a interpretação completa de todas as cartas do baralho.)
MÉTODOS DE TIRAGEM
COPAS PAUS
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COPAS
Esta carta profetiza prazer, alegria, amor e fertilidade. Anuncia uma união romântica e
indestrutível ou o nascimento de uma grande esperança. Se aparecer ao lado de uma
carta de paus, seu significado de alegria se transforma no de harmonia. Se os ouros são
maioria entre as cartas tiradas, a alegria provirá de muita sorte nos negócios ou na
atividade profissional. Quando surge junto ao dois de espadas, indica dificuldades nos
relacionamentos sociais e, quando está ao lado do nove de espadas, adverte que o
consulente não deve ser tão presunçoso. Em qualquer posição, ela é um estímulo à
felicidade.
Esta carta anuncia uma mensagem de amor ou uma boa notícia. Também indica que a
vida está cheia de pequenos prazeres, aos quais o consulente não está dando a devida
atenção. Se a carta aparecer ao lado de uma figura do sexo oposto ao do consulente,
mostra uma pessoa próxima disposta a dar o seu amor; se aparecer ao lado de uma do
mesmo sexo, prevê o nascimento de uma grande amizade. Quando está entre cartas de
ouros, adverte que o consulente precisa procurar novas oportunidades para obter
maiores ganhos ou uma promoção. Em qualquer posição, a carta indica novas
perspectivas no amor, na amizade e na vida profissional.
A carta adverte que o caminho não está fácil para o consulente. Ele deve preparar-se
para um aborrecimento amoroso, um retrocesso no trabalho ou uma avaliação malfeita.
Também indica que ele não se leva a sério e, no fundo, seu maior inimigo é ele mesmo.
É quase certo que por trás de tudo isso há muito medo às mudanças que possam vir a
acontecer. Ele deve superar a inércia e as suas constantes dúvidas. Se a carta estiver
precedida do nove de copas, significa que o consulente deve tomar uma atitude
imediatamente, pois sua estabilidade futura está em risco. Porém, é preciso que sua
escolha seja o mais conscienciosa possível.
Tradicionalmente, esta carta significa uma discussão entre duas pessoas que se amam.
Porém, o desentendimento é apenas passageiro, porque, na verdade, após a discussão, os
sentimentos ficam mais claros e cresce o entendimento entre os amantes. Se a carta
estiver perto do nove ou dez de espadas ou do dez de paus, indica que o consulente
deve tomar muito cuidado com o que fala, porque pode ferir alguém muito querido.
Quando aparece no meio das cartas tiradas, adverte que a pessoa deve estar mais atenta
em relação aos seus afetos, pois está negligenciando ou se esquecendo daqueles que a
amam.
Esta carta representa um presente que o consulente receberá ou dará a alguém. Porém,
este presente não é tangível, ou seja, não é material. Pode ser amor, saúde,
conhecimento, sabedoria ou paz. Em qualquer um dos casos, ele deve ser aceito ou dado
espontaneamente. Quando a carta aparece à esquerda das cartas tiradas, significa que a
pessoa receberá um presente muito importante, que não deve ser recusado nem aceito
com suspeitas. Quando aparece na fileira de baixo das cartas tiradas, indica que o
consulente poderá ajudar uma pessoa estranha e que, por essa ajuda, receberá um
surpreendente benefício.
Esta carta simboliza uma felicidade que supera todas as expectativas. Se o consulente
deseja alguma coisa, certamente a obterá, embora de maneira inesperada. Em muitos
sentidos, o nove de copas é a carta mais auspiciosa de todo o baralho. Ela também
significa prosperidade e desenvolvimento espiritual, autoconhecimento e bem-estar
material. Se o nove de ouros aparece na mesma fileira que esta carta, o consulente
conquistará a fama. Se aparecer ao lado de uma figura, indica que uma pessoa lhe dará
muita alegria. Mas se o três de ouros estiver no meio destas duas cartas, anuncia que a
felicidade será perturbada pelo ciúme.
Esta carta representa um mensageiro que traz boas notícias, mas as boas novas são tão
inesperadas que obrigam a modificar todos os projetos estabelecidos. Como é uma carta
de sorte, o dez de copas também traz otimismo e estimula a vida do consulente. Para
saber quais são as boas notícias, basta ver as cartas vizinhas a esta: um rei ou uma
dama ao lado anuncia a visita de velhos amigos; um oito, o encontro com uma pessoa
jovem; ouros revelam uma boa entrada de dinheiro; e copas indicam a proximidade de
um casamento ou do nascimento de uma criança. Esta carta anula o valor negativo de
cartas próximas.
Quando o valete de copas aparece, o consulente pode ficar tranquilo, pois ele anuncia
que um período sem preocupações está se aproximando. Pode significar uma aventura
amorosa, umas férias fantásticas, uma amizade muito especial, uma festa ou qualquer
outro acontecimento muito agradável que interrompe a rotina da vida cotidiana.
Também anuncia uma relação muito romântica e estimula o prazer físico. Se a carta
aparece junto a uma carta de espadas, adverte ao consulente para tomar cuidado e não
se exceder nos seus prazeres. Se estiver ao lado de uma carta de paus, avisa que esse
“grande amor” é passageiro.
Esta carta representa alegria, felicidade e amor. As ações simbolizadas por esta dama
são determinadas pelo instinto, pela emoção, e nunca pela razão. Significa também uma
fonte de ideias, que inspira todas as pessoas à sua volta. Quando ao lado da dama
aparece uma carta de ouros, isto indica que o consulente deve tomar cuidado com os
assuntos financeiros. Se aparecer no centro das cartas tiradas, e o consulente for
mulher, ela representa a própria pessoa; se o consulente for homem, ela anuncia que
uma violenta paixão está a caminho e que em futuro próximo conhecerá a felicidade.
Este rei representa um homem de grande integridade, respeitado e generoso. Ele é uma
pessoa séria, que prefere se manifestar por meio de suas ações e não de suas palavras.
Se a carta aparece junto a um valete, e o consulente é mulher, indica que ela está
tentando encorajar e estimular um homem jovem. Quando aparece junto à dama de
copas, anuncia uma união amorosa feliz e indestrutível. Um consulente homem que
tenha esta carta no meio das outras cartas tiradas alcançará as altas qualidades
simbolizadas pelo rei de copas. Porém deverá se esforçar para atingir essa meta,
abandonando as coisas supérfluas.
PAUS
Tradicionalmente, esta carta anuncia um período negativo para o consulente, em que sua
vida social será perturbada por uma situação que envolve menosprezo, exclusão ou
malícia. Sempre que aparece, a carta é um aviso para o consulente, que deve reagir com
calma e superioridade e observar as demais cartas, pois elas o ajudarão a inverter a
situação em seu benefício. Principalmente se o três de paus ficar entre uma carta de
copas e uma de espadas, quando serão necessários autocontrole e magnanimidade.
Neste caso, acessos de raiva ou paixão poderão comprometê-lo seriamente.
Esta carta simboliza a busca da harmonia entre dois velhos amigos, que pode estar
ameaçada por uma séria diferença de opinião, por rivalidade ou por ciúme. São pessoas
do mesmo sexo e ambas serão prejudicadas pela situação. Num dos cantos superiores,
o cinco de paus se refere a um desentendimento que o consulente pode evitar. Num dos
cantos inferiores, a carta indica que o consulente não é responsável pela desavença, e
que ele deve se preparar para enfrentá-la. Nos dois casos, as outras cartas da consulta
ajudarão a determinar a natureza do problema e a escolher o melhor caminho a seguir.
SEIS DE PAUS — Vitória, alegria, boa sorte
Tradicionalmente, esta é a carta da boa sorte, que traz sucesso e popularidade, junto
com dinheiro e até mesmo um novo amor. Pode estar associada a uma mudança de
residência ou de emprego, ou a uma viagem. Mas o consulente deve precaver-se, pois a
prosperidade pode atrair inveja ou ciúme, principalmente se ele se deixar dominar pela
presunção e pelo orgulho. Se a carta estiver próxima do dois ou dez de espadas, ou do
cinco de ouros, ela aconselha o consulente a refletir sobre sua vida e seus sentimentos,
e a tentar diferenciar o que é sério do que é diversão, pois essa harmonia está
perturbada.
Ousadia e grandes ideias não faltam quando esta carta aparece. Mas, para que se
concretizem, são necessários cuidado, constância e dedicação. Se copas for o naipe
mais próximo, é um lembrete de que prazer não é tudo na vida. Próxima de paus, a
carta previne o consulente sobre um envolvimento duvidoso, que pode prejudicar suas
finanças ou sua reputação. Numa posição central, ela indica que o consulente não está
se valendo de suas reais possibilidades numa determinada situação. Em qualquer
posição, o sete de paus é somente uma advertência, jamais um presságio de algo que vai
acontecer.
Para a tradição cigana, esta carta significa adoção. Seu sentido genérico é esse mesmo,
uma adoção de ideias, uma inspiração, em que o consulente recebe um alento positivo
de renovação. A carta não é o consulente, mas alguém muito próximo e com quem ele
tem muita diferença de idade. Para uma pessoa mais madura, o dez de paus costuma ser
um filho ou mesmo um neto. Para alguém mais jovem, a carta representa um amigo
íntimo. Sua influência é sempre bem-vinda, e conseguirá despertar o consulente para um
modo de vida mais gratificante e construtivo se ele estiver apto a assimilar toda a força
da carta.
O valete de paus representa um amigo sincero e solícito, que não perde uma
oportunidade para favorecer o consulente, mesmo quando isso o prejudica e mesmo que
não receba reconhecimento. Para determinar o seu sexo, a pessoa que lê as cartas deve
olhar nos olhos do valete: se estiverem voltados para o centro das cartas, o amigo é do
sexo oposto ao do consulente; se o valete estiver olhando para fora, o amigo é do
mesmo sexo. Numa consulta, o valete sempre chama a atenção para a desigualdade
dessa relação e pode anunciar uma situação decisiva entre eles, em que a própria
amizade estará em jogo.
O rei de paus simboliza um amigo talentoso e competente, que cuida de seus interesses
com honestidade e dedicação. Ele é sempre uma influência positiva numa consulta,
principalmente se aparecer junto com a dama de ouros, cuja determinação funciona
como um poderoso incentivo para ele. Já com a dama de espadas, ele anuncia um
problema sério em família, que pode chegar a um rompimento definitivo entre duas
pessoas. No centro, para os homens, ele representa o próprio consulente. Para as
mulheres, refere-se a um homem dotado dessas características, que é ou será importante
em sua vida.
OUROS
Esta carta anuncia uma mensagem sempre agradável e positiva em relação a negócios
ou dinheiro. Se aparecer ao lado de cartas de espadas, pode indicar alívio ou conforto
numa situação negativa. Se estiver no centro, a carta avisa que os efeitos dessa
novidade são mais amplos do que parecem ser à primeira vista, podendo inverter uma
situação ou transformar uma circunstância aparentemente adversa. Quando está num
dos cantos, o dois de ouros refere-se a um evento que não tem relação direta com o
consulente. À direita, a carta significa que um investimento, mesmo pequeno, será
largamente recompensado.
Em qualquer contexto, esta carta sempre indica sucesso no campo financeiro, comercial
ou profissional, principalmente para as mulheres. Não se trata de um passe de mágica,
de algo que pareça cair do céu, mas do progresso alcançado com esforço e muito
trabalho. Quando ocupa um lugar de destaque na disposição das cartas, o quatro de
ouros simboliza ascensão profissional ou união com uma pessoa abastada. Neste caso,
se o casamento for motivado pelo interesse, a carta prepara o consulente para enfrentar
aborrecimentos, pois a busca da segurança financeira certamente comprometerá sua
liberdade e felicidade.
Esta carta sempre se refere a um conflito entre duas pessoas próximas entre si. São
marido e mulher, pai e filho ou grandes amigos que divergem seriamente. Não há
paixão ou rancor nessa situação e, provavelmente, essas pessoas têm muita afinidade,
embora estejam separadas por diferenças de valores, sonhos ou desejos e façam planos
divergentes para o futuro. Dinheiro pode fazer parte dessa pendência, mas não é
essencial e não encobre o motivo real do conflito. Numa posição central, a carta
localiza o conflito dentro do próprio consulente, que aparece instável e hesitante,
incapaz de tomar uma decisão firme.
Esta é a carta da saúde, do bem-estar, da segurança econômica. Pode indicar uma vida
em condições muito confortáveis, ou mostrar um caminho para obtê-la. Quando aparece
num dos cantos, o seis de ouros anuncia uma escolha entre a tranquilidade (onde se
incluem segurança financeira e paz de espírito) e a emoção de uma aventura, com seus
riscos e incertezas. Se estiver num dos cantos superiores, a carta mostra o consulente
inclinado na direção da aventura. Num dos cantos inferiores, ele está mais propenso a
decidir-se por sua tranquilidade, segurança e conforto.
Um problema de difícil solução é a mensagem desta carta. Pode estar no trabalho, nos
estudos ou na vida doméstica, mas terá sempre um fundo financeiro. Para determinar a
natureza real do problema, as demais cartas precisam ser consideradas. Se estiver
próximo de cartas que trazem força e bons conselhos (como o rei de copas, por
exemplo), indica que o problema será superado. Num dos cantos superiores, o sete de
ouros simboliza um avanço do consulente, caso ele não se desespere. Num dos cantos
inferiores, a carta anuncia uma desventura na vida profissional ou social do consulente,
que só ele poderá evitar.
Equilíbrio e competência nas finanças estão presentes quando o oito de ouros aparece. A
carta mostra o consulente agindo de maneira prática e objetiva, assimilando todas as
nuanças da situação. É a presença de um poder tolerante, moderado, harmonioso. Mas,
se aparecerem várias cartas de ouros, elas advertem que o julgamento não deve prender-
se unicamente ao lado financeiro da situação. Quando o nove ou dez de espadas seguir
o oito de ouros, o conselho é contrário a um investimento pouco promissor. Se paus for
o naipe predominante na consulta, a carta se refere a um investimento seguro.
Para os ciganos, esta carta confere sempre um significado pouco confiável às situações,
simbolizando falsidade, fraude, traição. Basicamente, ela representa desejos atendidos,
sem ser uma garantia de felicidade ou mesmo de satisfação para o consulente. A menos
que a carta apareça junto do nove de copas, quando significa que a fortuna e a
felicidade virão juntas. Se a consulta envolver um problema de relacionamento
amoroso, sua solução será determinada pelas figuras que aparecerem ao lado do nove de
ouros. Acima, à esquerda, a carta simboliza um momento de satisfação, graças a um
objetivo atingido.
Esta carta mostra o consulente muito absorvido com o lado financeiro de sua vida, e
obtendo muito sucesso. Mas ele não está feliz nem realizado; está aborrecido e preso a
uma rotina, indiferente ao seu lado espiritual, negligenciando seus gostos e prazeres
mais caros. Numa posição central, o dez de ouros pode indicar uma união com um
parceiro muito bem-sucedido que favorece o seu futuro. Num dos cantos inferiores, a
carta prevê uma súbita e grata quebra da rotina: um presente inesperado, que pode ser
dinheiro, uma viagem ou uma oportunidade que o consulente não deve desprezar.
Geralmente esta carta se refere a um jovem, mas também pode representar uma pessoa
mais madura. Significa sempre uma pessoa em conflito, que está numa encruzilhada da
vida, e não sabe para que lado se voltar. É alguém mergulhado em si mesmo, com
dificuldade para se comunicar. A posição torna-se ainda mais ingrata porque o caminho
mais lógico não o satisfaz, e ele compreende que terá de enfrentar circunstâncias
negativas. Para vencê-las, ele deve agir construtivamente e se apoiar na força positiva
da carta. Isso o ajudará a fazer a escolha certa. Num dos cantos, a carta indica que
alguém desaparecerá da vida do consulente.
A dama de ouros indica uma personalidade feminina muito forte e autoritária, capaz de
reger seu destino por si mesma, dirigindo sua vida numa direção positiva, para torná-la
rica, promissora, jubilosa. Para os homens, a carta anuncia um encontro com uma
mulher que apresenta essas características e que será muito importante em sua vida. Se
ao lado aparece uma dama de espadas, (símbolo de refinamento e intuição), a dama de
ouros perde muito da sua força. Sua melhor combinação se dá com o rei de paus: se
estiver próximo, será vivamente incentivado pela influência da dama de ouros.
ESPADAS
O três de espadas se refere a um problema que o consulente irá enfrentar, e que lhe
parecerá insignificante. Mas o fato de a carta aparecer indica que as coisas não são tão
simples como parecem e que o seu comportamento diante desse obstáculo poderá ser de
vital importância para o seu futuro. Se estiver numa posição central, a carta aconselha o
consulente a agir com calma e paciência. Se houver uma figura de espadas por perto, o
três aconselha o consulente a usar de amabilidade e consideração para com pessoas que
não lhe inspiram muita confiança, pois tê-las a seu lado é a melhor estratégia.
Ansiedade é o significado desta carta. Ela sempre anuncia um período de tensão que o
consulente terá de enfrentar. Ele pode sentir-se ameaçado ou desencorajado a tomar
uma atitude em seu próprio benefício. Para determinar se essa dificuldade terá uma
solução favorável, ele deve primeiro ver as demais cartas da consulta, e depois refletir
calmamente sobre a situação, pois somente ele conhece todas as suas implicações. Cabe
ao próprio consulente descobrir como utilizar melhor sua energia e dominar sua
ansiedade. Excepcionalmente, a carta pode referir-se a uma doença do consulente ou à
de um amigo.
Quando o sete de espadas aparece, ele traz ao consulente uma mensagem de mudança,
de quebra, pois é a carta da divisão. Mas traz também coragem para encarar a vida de
um ponto de vista positivo e, por isso, não deve ser recebida com pessimismo. Ela
indica que, no fundo, as possibilidades não são tão promissoras como podem parecer e
aconselha o consulente a reavaliar os seus planos, pois apenas parte de suas aspirações
será concretizada. Ele deve usar de diplomacia para enfrentar situações inesperadas, que
incluem novos obstáculos e desencontros. Mas nada disso será insuperável nem
definitivo.
O oito de espadas aparece para advertir o consulente de que ele está desperdiçando
tempo e energia, vivendo uma situação de enganosa paz e tranquilidade. Por tédio,
displicência ou desânimo, ele tende a se deixar levar pela inércia em que sua vida está
se desenvolvendo, sem ver nenhum de seus objetivos realmente atingido. Essa é uma
situação de realização apenas aparente, e a carta o chama à realidade, aconselhando-o a
reagir, acordar e ver que a vida continua e está cheia de surpresas. Ele precisa de mais
disposição e determinação, e de se convencer de que protelar não é resolver.
Esta carta é conhecida como uma representação do medo. O consulente está inseguro e
temeroso diante da forte possibilidade de uma mudança radical em sua vida. Para os
mais jovens, o nove de espadas pode ser o início da vida adulta, independente. Para o
consulente mais maduro, a carta pode referir-se a uma ameaça à sua segurança, ao seu
modo de vida. Se aparecer no centro, a carta aconselha o consulente a ampliar seus
horizontes e não permitir que antigos laços o impeçam de realizar-se no futuro. Acima,
à esquerda, o nove de espadas indica que a decisão de mudar, ou não, depende do
próprio consulente.
O dez de espadas é sempre uma barreira, um obstáculo na vida do consulente, que pode
lançá-lo no desânimo e na amargura e obrigá-lo a renunciar. Se estiver numa das
pontas, a carta indica que as coisas podem caminhar para uma solução satisfatória se o
consulente se adaptar às circunstâncias adversas. No centro, a carta ainda é um
impedimento sério, mas estará suscetível à influência das outras cartas, e o consulente
poderá contar com a ajuda de um fato novo, desconhecido. As melhores combinações
são com as cartas de copas, principalmente o dois e o dez, e as mais negativas são com
o três e o cinco de espadas.
VALETE DE ESPADAS — Uma busca desequilibrada, presunção
O valete de espadas é uma influência positiva que surge na vida do consulente. Ele
representa uma energia jovem, mas imatura que poderá evoluir para as características do
rei ou da rainha de espadas, dependendo do seu sexo. Se o consulente for mulher, o
valete de espadas representa um homem ardente e sensível, que lhe proporcionará
momentos de intensa emoção. Para o homem, a carta pode ser uma jovem voluntariosa
que despertará o seu interesse e exigirá muita atenção. Nos dois casos, o consulente
deve estar preparado para as surpresas de um relacionamento marcado pela instabilidade
de um temperamento difícil.
A tradição cigana vê uma viúva ou uma morena nessa carta. Trata-se de uma
interpretação superficial, mas coerente: numa consulta, a dama de espadas revela a
presença de uma mulher extremamente hábil em esconder seus sentimentos atrás de um
manto de dignidade e mistério. É uma personalidade brilhante e capaz de exercer
influência sobre todos que a cercam, principalmente se isso a interessar. Para o
consulente, ela é sempre um contato enriquecedor, mas é preciso ter muito cuidado: ela
sabe ser uma inimiga implacável, e não é difícil desagradar a essa mulher exuberante,
instável e caprichosa.
Essa carta revela uma presença masculina forte e ambiciosa na vida do consulente. O rei
de espadas é decidido e maduro em suas atitudes, e extremamente hábil em controlar
situações e pessoas. Nada disso o impede de ser justo e afável em seus julgamentos.
Num relacionamento amoroso, o rei de espadas precisa apenas receber sinceridade e
calor para tornar-se um companheiro inesquecível. Para os homens, se a carta ficar no
centro da consulta, ela representa o próprio consulente. Para as mulheres, a mesma
posição se refere a um homem importante em sua vida: pai, irmão, marido ou amante.
REI — Um senhor idoso se opõe ao seu casamento, mas para o seu próprio bem. Pode
ser seu pai ou mesmo um parente meio afastado, mas honesto. Tome cuidado. Não
facilite com o seu atual namorado que pretende pedir sua mão e sabe que você está de
acordo com isso. Chegou o momento de você agir com o cérebro e não com o coração.
Dentro de pouco tempo você verá que esse parente tinha razão.
VALETE — Um moço pobre almeja sua mão. Você o despreza porque ele é pobre, mas
no fundo o ama. Não sabe distinguir se é o amor ou compaixão. Mas é simplesmente
amor, porque esse moço é digno de amor. Muito breve, ele estimulado por você,
começará a ganhar dinheiro e será rico. É esse o futuro previsto para esse modesto
rapaz.
DAMA — Jovem loira e inimiga deseja conquistar esse senhor idoso que anda de olho
em você. Deixe que ela o leve, mesmo porque a fortuna desse homem é temporária. Não
faça tanto caso do dinheiro. Deixe que a felicidade venha em primeiro lugar. É mais
importante.
SETE — Sem que você espere vai receber dinheiro em quantidade. Talvez uma herança
de algum parente que você mal se lembra que exista. No entanto não fique preocupada
quanto aos seus. Não será herança provinda da morte de seu pai ou de sua mãe.
QUATRO — Grave acidente em viagem, com você. Procure evitar viagens durante dez
dias. Permaneça em sua casa, sossegadamente, que nada lhe acontecerá.
TRÊS — Casamento próximo, mas infeliz. Você escolheu mal. Não seguiu a voz do seu
coração.
DOIS — Uma inimiga lhe roubará o seu amor e você ficará despeitada. Evite permitir
que esse despeito a leve à calúnia e maledicência.
REI — Homem de muito dinheiro vai passar pela sua vida. Não se iluda. Você não
VALETE — Um moço pobre, moreno e inteligente também passará. Ele também a ama.
SEIS — Seus esforços serão inúteis no próximo negócio, que está destinado ao fracasso.
TRÊS — Uma deliciosa surpresa o espera. No entanto, não fique muito contente. Após
essa surpresa, um terrível aborrecimento cairá sobre sua vida.
DOIS — Um homem rico está pensando em você. Não o troque pelo seu verdadeiro
amor, mesmo porque a fortuna desse homem não vai durar muito.
ÁS — Moço de fortuna a deseja para esposa.
REI — Seu pai, ou o parente mais próximo, está prestes a ganhar muito dinheiro. -No
entanto, isso não é razão para abandonar o trabalho ou deixá-lo de lado. Tal
VALETE — Um moço rico, mas feio, pretende casar-se com você. Tudo que esse moço
tem é dinheiro. Quanto ao resto, nada mais. Nem beleza, nem inteligência. Desista
porque você jamais será feliz com ele.
DAMA — A pessoa que você ama corre perigo. Está prestes a ser atraída por outra, que
é muito rica. Essa rival é perigosa, porque a fascinação do ouro é grande, e é bem capaz
de atrair qualquer pessoa.
SEIS — Procure trabalhar com cuidado. Você pode perder seu emprego logo. E não
será fácil encontrar nova colocação, tão boa quanto essa que tem atualmente. Esta carta
prenuncia transtornos no seu trabalho. Cautela.
CINCO — Dentro de alguns dias virá uma carta com boas notícias. Pense em quem
poderá escrever a você e espere contente. Não serão más notícias.
QUATRO — Ele ia voltar para você, mas resolveu o contrário. Encontrou uma outra
que o deseja muito mais. E essa outra, além de dinheiro, tem beleza. Não tente fazer
nada. Você já o perdeu para sempre.
DOIS — Grande carta, trazendo boas notícias. Não sobre assuntos de amor, mas em
negócios. Um sucesso em negócios. Dinheiro. Mas isso não quer dizer que haja
felicidade.
REI — Um homem já idoso e rico, deseja se casar com você. Ele a admira há muito
tempo e você nunca suspeitou desse amor. No entanto, ele deve ser correspondido,
porque é sincero em seu amor e honesto em suas aspirações.
VALETE — Um homem moreno pode arruinar sua vida. Ele a está iludindo com falsas
promessas de amor, e depois de conseguir o que deseja, vai abandoná-la. Tome cuidado.
DAMA — Há uma jovem morena perturbando o seu amor. É pessoa muito sua amiga e
que sempre está ao seu lado, sorrindo e dizendo coisas boas. No fundo é uma traidora
que se prepara para dar um grande golpe em você.
CINCO — Desgosto profundo, mas de curta duração. No entanto, não deixa de ser uma
grande dor.
QUATRO — Alguém escreveu a você, e você zangada não quer responder. Deve fazê-
lo com maior brevidade, mesmo sendo para desiludir essa pessoa que levada pelo
desespero poderá se suicidar. Depois você terá um grande desgosto pesando sobre sua
consciência.
TRÊS — Cuidado com os negócios. Um grande contratempo está para vir. Uma queda
financeira que o perturbará seriamente.
DOIS — Briga em família. Você deverá agir como conciliador para que o lar não se
desmanche. AS — Grande viagem que não será feliz. Se puder, evite viajar dentro
destes dez dias. A influência maléfica deixará de existir dentro desse espaço de tempo.
Agora que o leitor já tomou conhecimento do significado das cartas deverá ler
atentamente o que se segue, que constitui o modo de deitar as cartas, segundo os sábios
ensinamentos de São Cipriano, deixados em seus manuscritos. Procuraremos, numa
linguagem simples e sintética explicar de modo a não deixar nenhuma dúvida, sabendo,
sem nenhum erro, ler a sorte de quem quiser conhecê-la. Mas, deixamos aqui uma
advertência importante: a sorte deve ser brada apenas uma vez por mês, a cada pessoa.
A pessoa que quer saber qualquer notícia, toma o baralho todo, e depois, parte-o em
cinco porções e deita-o em forma de cruz, de modo que não veja nenhuma carta, como
está indicado na figura.
Em seguida deve-se fazer a seguinte reza:
"São Cipriano, eu creio imensamente em vossa ciência, que tantas vezes disse a
verdade, por isso vos peço de todo o coração que me reveleis pelas cartas, o que eu
quero saber dos meus, assim como vós soubestes os males e as felicidades de vossa
esposa e filhos".
E depois, tomando a primeira porção das cartas que formam a cruz, estende uma
carreira de oito cartas de cima para baixo e depois estende outra carreira de mesma
quantidade, até destruir completamente a cruz, como está indicado na figura.
Depois de distribuir as 40 cartas em 5 carreiras de oito cartas, como demonstra a figura
número 2, e quando está estiver bem alinhada, a pessoa que vê a sorte deve dizer em
voz baixa ou pensar estas palavras, de modo que ninguém ouça:
"Velai, São Cipriano, pelas cartas, de modo que elas não falhem. Velai!”
Terminada a oração, deve fazer três cruzes com a mão direita sobre as cartas, e dando
um passo para traz, continua a repetir a mesma reza com a cabeça inclinada para o lado
das cartas, mas não deixando ninguém ouvir.
Nesta ocasião, deve estar possuído de muita fé, porque, se São Cipriano verificar que
não crê, ele não se perturbará, e nada poderá ser feito.
A pessoa voltando novamente à mesa, sem proferir mais a oração, toma as duas
carreiras de oito cartas, dos dois extremos, deixando somente a carreira do centro, de
forma que fica com 32 cartas na mão. Depois de embaralhá-las bem, tira oito, que
colocará ao lado, de duas em duas, formando uma cruz.
Depois que tudo estiver em seu lugar, deve rezar em nome do Senhor e da Virgem
Santíssima, para que não seja a operação feita somente em nome de São Cipriano.
"Ó Senhor meu Deus, eu vos peço e também à Virgem Santíssima que me façais com
que estas cartas não falhem, e me digas o que se passa com o ente querido que se acha
de mim ausente. Maria Santíssima, eu vos peço em nome de vosso amado filho, que
sobre a cruz morreu por nós. Amém".
E depois, deitando o resto das cartas sobre a carreira de oito, que está estendida sobre a
mesa, como nos mostra a figura, repete-se esta oração, fazendo cruzes”.
Se como expliquei não ficou bem claro, devo mostrar-vos por meio de uma figura como
ficarão sobre a mesa os dois grupos de cartas (as 8 em forma de cruz) e as 32 cartas em
uma carreira de 5.
Se por acaso a pessoa que está fazendo o trabalho ver alguma carta no momento de
deitá-la, a operação fica sem efeito, e é preciso que as deite novamente, e tenha mais
cuidado para não deitá-la de novo ou pela terceira vez.
Depois de tudo isso, tomam-se as outras oito cartas que ainda se acham ao lado, em
forma de cruz, e deitam-se sobre as 32 que já vimos. Deste modo, sabe-se que as 40
cartas estão juntas, ou por outra, as cinco carreiras de oito, umas sobre as outras.
Quando esta última operação é feita, deve ser acompanhada da última oração.
Depois desta cerimônia, não tem mais outra, e a pessoa que quer saber... corre os olhos
sobre as cartas e tira a de cima que melhor lhe convier, a esmo.
Suponhamos que saiu o três de espadas, é preciso então que se recorra aos significados
das cartas e iremos encontrar:
"Uma deliciosa surpresa o espera. No entanto, não fique muito contente Após essa
surpresa, um terrível aborrecimento cairá sobre sua vida”.
Mas, suponhamos que, em vez de sair três de espadas, saiu o quatro de paus;
consultando novamente os significados das cartas vamos achar:
"Alguém escreveu a você, e você zangada não quer responder. Deve fazê-lo com maior
brevidade, mesmo sendo para desiludir essa pessoa que levada pelo desespero poderá se
suicidar. Depois você terá um grande desgosto pesando sobre sua consciência".
E assim se deve prosseguir sempre rezando Não se deve abusar da ciência porque o
trabalho não terá absolutamente nenhum, resultado, se isso acontecer.
COPAS
ÁS- amor
2- falas de amor
3- boas falas
4- brigas
5- lágrimas, a carta que complementa que dirá se de tristeza ou
alegria.
6- por caminhos
7- felicidade
8- harmonia
9- discussões
10- realizações
J- o enamorado
Q- designa a pessoa para quem estou lendo, se for homem a mulher
amada.
K- designa a pessoa para quem estou lendo, se for mulher o homem
amado
OUROS
ESPADAS
COMBINAÇÕES
O Naipe de Paus
Ás Afirmativo (está no destino do consulente e não pode ser mudado)
Dois Viagem longa, estrangeiro vindo ou indo para longe.
Três Viagem curta ou bloqueio.
Quatro Em casa.
Cinco Com os cinco sentidos (fisicamente).
Seis Compromisso.
Sete Fofocas ou dificuldades.
Oito Cautela, dúvidas.
Nove Projetos.
Dez Do passado; apego.
Valete Ser espiritual.
Dama Senhora de Idade.
Rei Senhor de Idade.
O Naipe de Copas
Ás Enamorados, galanteios, karma.
Dois Amizade.
Três Boas palavras.
Quatro Por portas da rua; encontro.
Cinco Lágrimas.
Seis Demora para o futuro; atrasos.
Sete Durante o horário das refeições, pessoa da casa, magia.
Oito Desejo, vontade, sedução.
Nove Reunião.
Dez Sociedade ou matrimônio.
Valete Criança.
Dama Mulher Jovem, gravidez.
Rei Homem jovem.
O Naipe de Espadas
Ás Por noite, oculto.
Dois Corte ou separação.
Três Más palavras, brigas.
Quatro Situação negativa.
Cinco Doenças.
Seis Invejas ou complicações.
Sete Paixão de alma, angústia.
Oito Ódio, desprezo.
Nove Traição.
Dez Vícios e roubos.
Valete Notícias.
Dama Mulher de farda, médica, advogada; rival.
Rei Homem de farda, médico, advogado; rival.
O Naipe de Ouros
Ás Vitória.
Dois Brevemente.
Três Festas e caminhos abertos.
Quatro Final de semana.
Cinco Mudanças.
Seis Pequenos dinheiros.
Sete Grandes dinheiros.
Oito Trabalho.
Nove Estudos.
Dez Realização.
Valete Negócios.
Dama A Consulente.
Rei O Consulente.
Cartas de ouros
Cartas de copas
Cartas de paus
COPAS
ÁS: Amor, cordialidade e felicidade romântica. Boas noticias.
REIS: Um homem generoso, elegante, de pele clara.
RAINHA: Equivalente feminino do rei, ruiva e carinhosa.
VALETE: Amigo ou amante, nem sempre confiável.
DEZ: Êxito. Boa sorte inesperada. Felicidade.
NOVE: Grandes esperança. Um resultado feliz.
OITO: Convite, uma viagem ou uma visita. Satisfação interior.
SETE: Satisfação especialmente no matrimônio.
PAUS
ÁS: Assuntos legais. Uma proposta amorosa ou de negócios.
REI: Advogado não muito confiável.
RAINHA: Viúva, separada ou divorciada, sutil e astuta.
VALETE: Um homem jovem, obscuro, descarado e traiçoeiro.
DEZ: Preocupação vinda de longe, talvez uma viagem ou prisão.
NOVE: Fracasso e desgraça.
OITO: Tristeza causada por más noticias.
SETE: Disputa, distúrbios e problemas.
OURO
ÁS: Carta importante, convite sério.
REI: Um homem de autoridade e força.
RAINHA: Uma mulher bonita, mas rancorosa.
VALETE: Um mensageiro ou um homem de uniforme.
DEZ: Uma mudança, provavelmente uma viagem.
NOVE: Noticias dinheiro ou um novo negócio.
OITO: Uma viagem curta e feliz.
SETE: Um obséquio inesperado ou uma crítica ferina.[/color]
ESPADA
ÁS: Êxito financeiro.
REI: Um homem moreno, amistoso e serviçal.
RAINHA: Mulher morena, ardente, carinhosa e serviçal, talvez viuva.
VALETE: Um homem jovem, moreno, sincero no amor.
DEZ: Dinheiro repentino.
NOVE: Matrimônio ou um bom acordo financeiro,
OITO: Uma mulher morena, que traz felicidade e boa sorte.
SETE: Um menino pequeno, dinheiro.
Números:
Ás ou 1: Inícios, onde tudo começa, ponto de partida, semente de algo que pode
prosperar ou terminar.
2 : Duas forças que trocam ou entram em conflito, pares ou pares que se separam.
4: Estabilidade ou instabilidade.
8: Saúde ou doença
Naipes:
Ouros Dinheiro, sucesso,energia psíquica, ganhos, lucros, poder, visar o próprio bem.
Número 4:
Podemos pensar, usando os mesmos conceitos, que nesse caso temos um “quadrado
poderoso financeira ou energeticamente”, por exemplo estabilidade financeira, dinheiro
em caixa, gaveta de joias, talão de cheque, empreendimentos com rentabilidade
garantida (principalmente se vier seguido de um 4 de Paus).
Quando jogo para ver questões de trabalho do meu filho uso o 4 de ouros como “Caixa
Econômica” rsss…batizei a carta assim!
E só para ilustrar ontem ao jogar para uma pessoa ela usou a expressão, “saber separar
as jóias das bijuterias, e colocar na caixa apenas o que é ouro”, a tiragem saiu como
carta referencia o 4 de Ouros, claro que ‘As cartas tem ouvidos, escutam e respondem
imediatamente”!
O Naipe de Ouro representa a energia psíquica com sua eletricidade típica, que com seu
magnetismo traz de volta aquilo que atraímos. O 5 de Ouros representa entre outras
coisas a Lei de causa e efeito, o Karma positivo ou negativo! A justiça Divina ou
terrena…
Por ultimo no Naipe de Espadas com suas complexidades emocionais que nos sugere
situações de conflito, decisões difíceis e momentos críticos. O 5 de Espadas vem
anunciar o momento em que o homem decide cortar ou tem cortado alguma coisa de sua
vida (inclusive uma cirurgia), ou que o momento de fechar um ciclo chegou.
Valete de Paus: Jovem ou criança honesta, sincera, boa amiga, boa índole, gosta de
ajudar e participar. Gosta de vida social, de participar de grupos e esportes. É dinâmica,
jovem estudante, sempre pronta a ajudar o próximo.
Valete de Copas: Jovem apaixonado, querido pelos outros, amável, agradável,
afortunado, namorado, amigo querido, irmão mais jovem, é o queridinho de todos. Pode
ser o filho mais jovem de um homem.Pessoa jovial...
Valete de ouro: Pessoa Jovem, segura financeiramente, vive e gosta de conforto, tem
boa saúde, jovem ou criança que se torna parente por afinidade.
As Damas são a expressão do feminino e suas características mais comuns.
Representam as mulheres que encontramos em geral, algumas mais sensíveis, outras
mandonas, etc
Dama de Paus: Mulheres que sabem ouvir, dar bons conselhos, são inteligentes e tem
uma boa conversa. Mulher que gosta de trabalhar e de ser independente.Melhor amiga
da consulente. Geralmente esta associada a situações sociais, trabalho, vida social, pode
ser a mulher interessada no consulente, ou ser a propria consulente se ela é muito ativa.
Reis, que representam homens, geralmente acima de 35 anos, pode inclusive representar
a própria pessoa.
Rei de copas: Pessoa amorosa, protetora, que ocupa ou pode ocupar lugar afetivo
importante na vida do consulente, ou representa essa energia que surge na vida da
pessoa. Pode ser o pai, avô, irmãos ou amigos fraternos, ou a paternidade.
Pode ainda referir-se a pessoa com personalidade amável, carinhosa, protetora, sensível.
Rei de Espadas: Pessoa racional, fria, homem da lei, pessoa controladora, gosta de
pressionar os outros, homem divorciado, pessoa mais velha.
Geralmente Copas e Ouros representam fisicamente pessoas com pele mais clara, e paus
e espadas pessoas mais morenas.
Exemplo no qual todos os passos e regras serão seguidos de acordo com a tradição.
Vamos usar como exemplo 1: tres cartas tiradas para avaliar ou orientar o momento de
uma pessoa.
Este método antigo é interessante, útil e bom nas respostas, além de simples, e facil de
entender.
Mas como tudo na vida exige empenho, esforço, estudo e prática!
♠ ♥ ♠: Um coração perturbado
♠ ♦ ♠: problemas financeiros
♠ ♣ ♠:sentir-se incomodado, preso, sem poder agir, trabalho sem ganhos financeiro.
♠ ♠ ♠: dificuldades, problemas e mais problemas...
Nesses exemplos, há a predominância do naipe de espadas, levando-nos a perceber que
o momento da pessoa é difícil, com desgastes. Mesmo quando há um outro naipe
intercalando, o repouso é breve, e geralmente o estresse é grande!
Agora, vamos combinar cartas e naipes para aprender a fazer esse encontro de
simbolismos:
As - inicios...copas - amigos, familia, amor
As de copas: Início de novo amor, ou de uma nova amizade, ou um período de bem
estar emocional.
Uma situação chega a seu final de forma negativa, gerando problemas/ isso afeta muito
a pessoa, que procura se equilibrar assim mesmo/ mas a situação ainda vai ficar dificil
por um tempo.
Exemplo:6 de copas
6: caminhos/copas: amor, família amigos
ASES: São os começos, o que dá origem a um fato, ou ainda de onde parte algo bom ou
ruim.
DOIS: Representam os pares, duplas e as trocas.
TRES: Crescimento, ou seja, a partir de duas situações criou-se uma terceira.
QUATRO: Situação que se estabiliza, não ocorrem mudanças, condições sólidas.
CINCO:Representam o corpo, com suas expansões, e a saúde.
SEIS: Representam os caminhos e trajetos que nossos ou de algo.
SETE: São tradicionalmente os problemas que surgem no caminho.
OITO: Idéias, pensamentos, o que se passa na mente.
NOVE: Este número aponta mudanças e flutuações, está ligado a Lua.
DEZ: Finalizações ou metas alcançadas, renovação de uma influência.
VALETE: Uma mensagem, um jovem, uma criança ou filho de ambos os sexos.
DAMAS: mulher, a verdade sobre um fato.
REI: Homem poderoso.
Quando uso o baralho comum, a primeira coisa que olho é o aspecto visual do jogo.
Como ele se mostra para mim?
O que sobressai são as cartas vermelhas ou pretas? Deste modo, já posso sentir o
andamento do problema.
V ( cartas vermelhas) P (Cartas pretas), segundo essa tradição, que para os iniciantes
pode ser bem util.
Como fazer?
Depois de tirar tres cartas como resposta, observe a sequencia de cores e acompanhe o
seu significado, ok?
Esse jogo me foi passado pela Cigana Ana Rosa, e eu o uso com o Baralho comum. Ele
nos dá um panorama geral do momento do consulente, e pode ser usado também com o
Baralho Lenormand. É uma forma de ter uma visão ampla dos acontecimentos sem ter
que abrir as 36 cartas, o que nem sempre é possível por causa do tempo.
Em primeiro lugar abro o jogo com um pequeno ritual, e peço ao consulente que se
concentre no seu momento de vida, enquanto vou embaralhando as cartas.
1.Peço que ele corte em três partes ou montes.
2.De cada monte retiro três cartas nesta sequência:
Primeiro monte: Carta 1/2/3
Segundo monte: Carta 4/5/6
Terceiro monte: Carta 7/8/9
Por fim a primeira carta de cada monte:10/11/12
Quando necessitar de um complemento para leitura, retire mais uma carta do monte
correspondente, observe as cartas que saem e faça a leitura direcionando suas respostas
com simplicidade e objetividade. Se o assunto é $, a resposta deve focar esse ponto, por
exemplo.
Que Santa Sara e N. Sr. Aparecida ilumine suas mãos e mentes no belo exercício do
Oráculo Cigano!
Faz parte de uma tradição medieval chamada Hedge Wytchery , em outras palavras,
um jeito bruxal, muito antigo de ler a sorte atraves da cartomancia, que vem da Europa,
e usa um método simples e facil de compreender o jogo logo que ele é aberto.
Usando apenas a visualização das cores dos naipes já se pode saber muito!
Então vamos começar: V ( cartas vermelhas) P (Cartas pretas), segundo essa tradição,
que para os iniciantes pode ser bem util.
Como fazer?
Depois de tirar tres cartas como resposta, observe a sequencia de cores e acompanhe o
seu significado, ok?
As figuras da corte são parte da galeria de tipos humanos que encontramos por ai, na
própria vida!
Em algumas tradições de jogo, dependendo do lugar escolhe-se as caracteristicas mais
ou menos parecidas para as figuras humanas de copas, ouros, paus e espadas, atribuindo
as características dos naipes às figuras.
Quando jogamos, podemos escolher uma figura da corte com caracteristicas X para
simbolizar o consulente. Por exemplo, um homem maduro de cor morena, com
temperamento mais frio, poderia ser o Rei de espadas, um empresário o Rei de paus.
Conheço algumas tradições de jogo, onde o Oraculador pede que o consulente escolha a
carta que ele deseja que o represente!
Se você encontrar outras visões sobre esse assunto não se surpreenda, existem vária
visões sobre esse mesmo assunto, e vou colocar a que me parece melhor para mim, e se
voces intuirem algo diferente compartilhem comigo.
Tenho visto que muitas pessoas tem o desejo de usar o Baralho comum, pois viram a
sua avó jogar ou tias mais velhas, e elas provavelmente seguiam um método próprio ou
aprenderam com suas ancestrais.
Tem um toque cigano e evoriano nisso!!!
O que representam as figuras da corte, quando representam pessoas?
Como são os tipos psicologicos das Figuras da corte, de acordo com os naipes?
Valetes
Valetes Copas: Jovem ou criança clara, alegre e afetuoso, sonhador, nada prático.
Valete ouros: Jovem ou criança clara, que gosta de coisas bonitas, presentes bons, que
são organizadas.
Valete de paus: Jovem ou criança morena, impulsiva, explosiva, agil.
Valete de espadas: Jovem ou criança morena, que se expressa bem, frio, imaturo,
mandão.
...............................................................
Damas:
Reis
Rei de Copas: Amoroso, sincero, cuidadoso com o outro, pouco pratico, sonhador,
conquistador.
Rei de Ouros: Mandão, provedor da familia, preocupado com a subsistencia,
materialista, constrói patrimonio.
Rei de Paus: Empresário, tino comercial, instintivo, espiritual.
Rei de Espadas: Frio, lógico, autoritário, teimoso, cruel.
A arte de prever o futuro e tentar encontrar saidas e soluções para os dilemas humanos,
vem de longa data. Existem alguns oráculos muito bem elaborados e com grande
conteúdo psicológico na simbologia de seus Arcanos, por isso mesmo alguns são usados
como suporte terapêutico, como o Tarô por exemplo.
Os Arcanos maiores fazem uma leitura mais intelectual e aborda questões que são
amplamente discutidas entre os profissionais de diversas áreas do saber.
Existem várias tradições que usam esse Baralho de carteado, entre eles: Ciganos, Bruxas
( principalmente na Europa), e aqui no Brasil pessoas que começam com algum tipo de
jogo e são orientados espiritualmente na direção desse tipo de Baralho.
Algumas leituras usam todas as cartas, inclusive o Curinga. Outras apenas os Ases, e do
sete em diante. Outras apenas do As até o cinco e as figuras da corte...outras pessoas
escrevem nas cartas os signuficados ditados por sua Pombo Gira!!!
Essa explicação é apenas para deixar claro que não há uma regra comum que nos guie
em relação à esse Oráculo. Vou colocar algumas formas de trabalhar e descubra aquele
que lhe der maior conforto e segurança.
Hoje vou colocar uma visão geral de cada carta e seu desenvolvimento como uma ação
que se desenrola:
Sete - ações impulsivas, ação do destino que podem trazer ou não problemas e
competições.
A leitura temporal
Giancarlo Kind Schmid
Não existe uma forma segura para determinar prazos através do tarô, são muitas as
especulações para determinar datas para a realização das análises, preferindo a maioria dos
tarólogos fixar um período antes da consulta (como no caso do Mandala Astrológico onde o
praticante foca a leitura para 3 ou 6 meses – quando não, 1 ano). Diante de tal fato, uma
enxurrada de tabelas temporais são despejadas em cursos e livros, cabendo ao tarólogo escolher
uma delas e testá-la, sintonizando-se com a mesma. Diferente da Astrologia e da Numerologia
que trabalham com dados mais concretos e a fixação temporal, o tarô é bastante vago e, em sua
abstração, não é capaz de assegurar 100% de confiança nesse quesito. A assertividade pode ser
aliada a fatores como a intuição do praticante e outros recursos paralelos que podem se valer
durante a consulta.
Valho-me de uma tabela que eu mesmo criei e utilizo há anos. Ela funciona bem para mim,
mas já notei que com algumas pessoas o acerto é bem grande, com outras deixa a desejar.
Não tenho uma explicação segura para tal fato, o mundo simbólico é deveras misterioso e
alguns fatores podem interferir quanto aos prazos: das decisões do consulente a equívocos na
própria análise.
Em linhas gerais, estabeleço os prazos antes de cada análise, e prefiro métodos como o
Mandala ou Cruz Céltica para averiguação temporal. Também me é útil o Péladan, um
método temporal e bastante útil nesse assunto. Determino através dos Arcanos Menores a
faixa de tempo com que vou trabalhar:
Ouros – anos
Copas – meses
Espadas – semanas
Paus – dias
A numeração do Arcano Maior é o prazo mínimo, e a soma com a numeração do Arcano
Menor é o prazo maior (limite). Quando o Arcano Menor não for numerado (como no caso
dos Ases e figuras da corte) a numeração do Maior será o prazo limite.
Alguns exemplos ilustrativos:
Papa (5) + 10 de Espadas = entre 5 e 15 semanas
Temperança (14) + 2 de Paus = entre 14 e 16 dias
Mago (1) + Ás de Copas = dentro de um mês.
Os prazos normalmente não extrapolam o limite de 1 ano, logo, desconsidero qualquer um
maior identificado através da análise (entendo que não se sucederá dentro do tempo
estabelecido). Também alerto sobre a necessidade de primeiro se certificar se o evento
analisado de fato ocorrerá; de nada adianta estabelecer prazos, se não há certeza sobre a
realização da análise.
Ficam essas pequenas dicas para quem deseja iniciar-se na prática e arriscar uma leitura
temporal.
Nadia Greco
Para os consulentes:
As pessoas costumam chegar para as leituras querendo tudo para ontem. Querem que você faça
uma leitura para ajudar a esclarecer o futuro distante ou próximo, mas por favor, que tudo
aconteça bem rapidinho... Porém a vida já tem seu tempo determinado e estabelecido para
certos assuntos e nem sempre a leitura é positiva e o próximo passo será convencer o seu
cliente, ou amigo(a) que você tem certeza que aquilo vai acontecer daquela forma, infelizmente.
A partir deste ponto ele pede para você tirar novas cartas na esperança que as Moiras, as
senhoras do destino, tenham pena deste mortal que consulta o oraculista e mudem o seu destino
para melhor.
Muitas vezes as pessoas ignoram que passado, presente e futuro são uma coisa só. Só
colhemos o que plantamos. Se a leitura está mais para negativa o mais sensato é uma
mudança urgente de atitude consigo mesmo e com o mundo. A vida é eterno movimento e o
tempo também acontecerá de acordo com seu ritmo pessoal.
Para os tarólogos:
Vou fazer uma breve explicação sobre meu método de ver o tempo nas cartas.
Quando faço o método das três cartas eu somo os arcanos maiores e determino o tempo
através desta soma, observado cartas chaves de mudança tais como o Carro, a Roda, o
Mundo entre outras, para determinar uma data para a pergunta em questão.
Se na minha leitura eu faço o uso de arcanos menores, eu observo os naipes determinando o
tempo como conjunto de leitura, por exemplo, o naipe de Espadas geralmente são eventos
que estão ocorrendo ou muito próximos de ocorrer. Para as Rainhas e os Reis eu determino
um prazo de seis meses e para os Cavaleiros um pouco menos. Os Pajens e os Ases são
movimentos muito rápidos.
Se eu fizer uma leitura com muitas cartas eu utilizo estas cartas como explicado acima como
referência para determinar o tempo. Numa leitura complicada marco para o consulente retornar
e verifico as mudanças que ocorreram naquele meio de tempo.
Já fiz leituras onde se passou anos e nada mudou na vida da pessoa.
E mantenha um caderno para anotar as cartas e o tempo.
Quatro Estações
Jaime E. Cannes
Eu evito essa avaliação do tempo mas, se tiver de considerar alguma coisa, gosto da relação
feita na antiga Golden Dawn, pela qual cada naipe significa uma estação do ano: o naipe de
Paus corresponde à primavera, Copas ao verão, Espadas ao outono e Ouros ao inverno. Cada
carta do naipe, por sua vez, representa um período de tempo que que vai de alguns dias até
meses!
Isso com certeza é matéria para um artigo à parte...
A relatividade do tempo
Carlos Falcão
Parece haver uma forma de apreciar o tempo para cada pessoa/ser existente. O tempo parece ser
mais uma sensação, na medida em que em eventos agradáveis “o tempo passa correndo” e em
eventos entediantes o relógio parece “não andar”.
Dentro de uma visão relativizada do tempo (Einstein corrobora) ainda há as diversas formas de
cada oraculista se conectar com a “fonte de informações”. Seja mais apoiado na técnica, seja na
intuição, o tempo é algo que não raro pode ficar vago ou impreciso numa leitura de oráculo.
Pode ficar mais na impressão relacionada à própria expectativa do consulente.
Ainda podemos perceber dentro de uma leitura que há diferenças mesmo quanto ao tempo
que nos é permitido falar. Isso pode estar diretamente relacionado com algumas coisas
diversas, tal como a própria situação pesquisada na leitura, o merecimento do consulente e
os envolvidos nessa leitura, suas aspirações no momento, aspectos cármicos e ainda, é claro,
o oraculista estar bem sintonizado e focado com sua própria conexão.
Na medida em que cada um tem seu “tempo pessoal” podemos perceber que o livre-arbítrio
nessa linha também pode ser utilizado como uma ferramenta para lidar com o tempo. A
existência é contínua, mas o tempo (tic-tac) é aparentemente uma invenção humana para nos
organizarmos melhor na sequência de infinitos momentos. Para arquivarmos a nossa própria
história.
Dentro desse conceito, o tempo no tarô tem sua percepção em níveis muito sutis, pois o
tempo de cada
um também muda de acordo com a sequência de momentos. Não importa em realidade em
quanto tempo (dias, meses, anos) um determinado evento poderia ocorrer. Mas sim qual é a
relação desse período de espera com a própria expectativa do consulente (demora ou é
apressado para quem?).
E a expectativa que temos também não é oscilante de acordo com os acontecimentos da vida?
Permanece a necessidade arquetípica humana de algum controle sobre algo que na verdade é
incontrolável.
A temporalidade na cartomancia
Emanuel J. Santos
Uma das questões que mais afligem os consulentes é a questão do tempo. "Quanto tempo vai
demorar para isso acontecer?", perguntam, diante de prognósticos felizes. "Ah meu Deus! Dá
tempo de evitar isso?" Dizem, diante dos desafios apresentados pelo jogo. Particularmente, e
deixo isso claro para os meus consulentes, considero o tempo de um jogo algo relativo,
exatamente por ser um diagnóstico da situação atual; determinadas atitudes tomadas por ele
podem modificar em grande parte o desenrolar da consulta. O tempo, em si, já é algo relativo;
recentemente assisti ao comercial incentivando a doação de órgãos e foi o link perfeito para
esse texto.
Contudo, podemos, através da análise de algumas cartas, nos aproximarmos de uma previsão
temporal. Autores como Monica Buonfiglio, em seu Tarot dos Anjos, e Celina Fioravanti, em
seu Taro Místico, oferecem tabelas para que tenhamos noção de temporalidades;
particularmente, não gosto de tabelas, pois deixam os Arcanos algo estanques; considero melhor
observar a mandala de jogo e trabalhar com os conceitos de aceleração e retardamento dos
fatos, não com semanas e meses.
Entre os 22 Arcanos Maiores do Tarot, tenho a vivência da aceleração com os Arcanos 0, 1,
7, 10, 13 e 16; o retardamento vejo em 2, 6, 9, 12 e 17. Os Arcanos 3 e 14 (por vezes o 8)
me passam a idéia de "tempo certo", ou seja, a despeito dos esforços do consulente para
acelerar ou retardar os prognósticos, eles estão ocorrendo no devido tempo, sem que se
possa alterar muito tal ritmo.
Nos Arcanos Menores, percebo o tempo sobretudo nos oitos, com sutil influência sobre todo
o naipe: o Oito de Paus sugere aceleração intempestiva; o Oito de Copas, demasiado esforço
para que as coisas ocorram ou mesmo
preguiça, falta de disponibilidade; o Oito de Espadas, atraso, bloqueio, impedimento; e o Oito
de Ouros, lentidão, não por atraso, mas porque o "tempo certo" é outro; e, a despeito das
atitudes do consulente, a tendência é que as coisas sigam seu ritmo natural.
No Petit Lenormand, vejo a aceleração sobretudo na carta 1 - O Cavaleiro. Mesmo nos ditos
populares temos uma explicação para tal atribuição: não dizemos que "o castigo vem à cavalo"?
As cartas 3 e 22 também dizem respeito à aceleração, contudo, 3 diz respeito à celeridade nos
acontecimentos e 22 celeridade nas atitudes do consulente. De maneira sucinta, poderíamos
dizer que 01 fala das situações (mundo interior e mundo exterior), 3 dos acontecimentos
(mundo exterior com reflexo no interior) e 22 atitudes (mundo interior refletindo-se no
exterior).
Da mesma forma, vemos retardo na carta 9 - O Ramalhete. Essa carta mostra que o tempo corre
num ritmo diferente do consulente, podendo ser isso indício do consulente estar fora do "tempo
certo". Impedimentos ou atrasos vemos aqui no Brasil em 2 (a Escola Francesa vê em 21). A
carta 8 indicaria atraso com perda, ou perda que gera atrasos.
A noção de "tempo certo" vejo em 30, quando, a despeito da vontade do consulente, as coisas
seguem seu curso. Em 20 temos o consulente adequado a esse tempo.
Nas cartas comuns, vejo a aceleração no Dez de Espadas (confirme a correspondência com o
Petit Lenormand... Fez sentido?) e o atraso no Nove de Ouros (novamente, corra os olhos pelo
Petit Lenormand). Contudo, é importante perceber que os Ases tem papel primordial dentro de
uma consulta, podendo inclusive atestar o "agora" (sobretudo no jogo de São Cipriano, onde o
Ás de Paus indica afirmação, karma, aquilo que está diretamente ligado ao destino do
consulente no tempo de consulta).
Reitero, porém, que a questão temporal é relativa, e, portanto, deve ser secundária dentro de um
jogo, e não seu foco. Ao invés de atestar tais possibilidades, considero mais importante verificar
na carta diagnóstico se o tempo é o fator mais importante para a questão do consulente pois, na
maioria das vezes, é mais importante oferecer saídas que motivem o consulente a pôr sua vida
em movimento que dar-lhe prazos para alimentar suas esperanças e temores.
Rapidez x estabilidade
Um exercício bastante útil para trabalhar a questão do ritmo e da dinâmica que podemos
associar às cartas é o de ordenar os 22 arcanos maiores por ordem de maior dinamismo e
velocidade para os de maior estabilidade e resistência.
Os tarôs antigos, que guardam traços da iconografia esotérica cristã, permitem uma apreciação
direta da "velocidade" ou "lentidão" de cada arcano sem as subjetividades ou adulterações das
livres-invenções posteriores. Sugiro, abaixo, breves indicações dessas facetas nas cartas,
lembrando que não se trata um modelo absoluto, mas de um exercício.
Por exemplo, se tomarmos como referência o Tarô de Marselha ou um de seus antecessores,
como é o caso das cartas abaixo, de Jean Noblet (1650), poderemos selecionar as cinco cartas
mais rápidas:
16. A Torre 13. A Morte 7. O Carro 10. A Roda O Louco
São as cartas mais "ágeis" do tarô. Todas as cinco indicam movimento, um andamento sem
empecilhos. Nada é mais instantâneo do que o raio que destrói a Torre. O movimento da foice,
para cortar de modo eficiente, exige rapidez e habilidade de quem a utiliza. O Carro em
movimento e a Roda também indicam processos dinâmicos. O Louco é o próprio andarilho, que
segue incansável e imperturbável o seu caminho.
Ação x aceitação
Se as 10 cartas acima são bem explícitas com relação ao ritmo dos acontecimentos, restam
outras 12 para encontrarmos novos significados dinâmicos.
Cinco arcanos têm uma peculiaridade em comum: seus personagens estão com as mãos
ocupadas, fazem alguma coisa, atuam com intenção clara para que o desenrolar dos
acontecimentos ocorra de acordo com uma meta definida:
1. O Mágico 14. A Temperança 9. O Eremita 11. A Força 17. A Estrela
Dentre os cinco personagens acima, o Mago é o que mais claramente se aproxima do Louco, no
grupo mais rápido. Mas como ele não está andando, podemos considerar que seu movimento
seja mais ponderado e estudado do que o do arcano sem número. Nesse sentido, até cabe
considerar o Eremita como mais rápido que a Temperança, que se encontra parada; no entanto a
figura angélica da carta 14 indica muita flexibilidade nas trocas horizontais e na comunicação
vertical (inspiração do Alto para realizar sua obra na Terra). A Temperança sugere maior
maleabilidade do que a Força. Já a Estrela, que também tem mão no jogo, como as outras
quatro, revela uma postura de menor prontidão para se deslocar no espaço.
Em contraponto a esses arcanos que indicam espaço para a vontade e para "ter mão no jogo"
quanto ao ritmo e ao rumo dos acontecimentos, quatro cartas podem ser consideradas como
representativas dos ciclos cósmicos, movimentos determinados num plano superior ao da vida
terrestre e sobre os quais não temos possibilidade de intervir:
Viajante, hoje descreveremos um pouco sobre os naipes e suas relações com os planos
da vida, na tiragem europeia. Para tanto, vamos, primeiramente, entender a relação
naipe vs. planos da vida:
Uma questão tendo o naipe diretamente relacionado com o plano analisado funciona
como uma simbiose, pois sua afinidade se torna mais clara por excelência. Um exemplo
seria, numa questão material, termos o Arcano Maior com uma carta de Ouros. O
número ou a corte me apontariam o estágio “bom” ou “mau” daquele momento. Agora,
e se for outro naipe que aparecer nesta mesma questão? A seguir, uma forma didática
que utilizo para as combinações de plano da questão mais um naipe que não está no
cerne deste plano:
Naipe de Ouros - no plano mental de uma questão, temos uma ideia prática e limitada
pela visão pessoal. No plano sentimental de uma questão, há uma emoção clara e
centrada, e igualmente para as questões espirituais. Com este naipe temos tudo o que é
palpável, real e claro. É o ter ou não ter. Não há qualidades sentimentais nem o que se
pensar. O que dará a tônica de “bom” ou “ruim”, serão os atributos da numeração/corte.
Esse detalhe é válido para todos demais naipes a seguir. Sem esquecer o óbvio, a
qualidades do Arcano Maior que o acompanhar!
Naipe de Copas - no plano material de uma questão, aponta que há muito sonho, sem
qualidades racionais e com promessas a serem cumpridas. É tudo pela visão
momentânea do consulente. Copas, no plano mental, aponta haver uma imaginação
devaneada e excessiva; e no plano espiritual demonstra que se está na busca da
espiritualidade, inicialmente. Com este naipe tudo é muito emocional e pessoal: desejo,
imaginação, paixão, sonho e ilusão, mas pouco é o discernimento e o juízo.
Naipe de Paus - no plano material, aponta que há muita verdade e luta para a
realização, porém partimos do princípio de uma realização. Paus, no plano mental,
aponta existir ampla compreensão dos limites pessoais; e para o plano sentimental,
representa emoções equilibradas. Analisando este naipe, temos que tudo nele é
harmônico e equilibrado. A verdade, a honra e a evolução dão sua tônica perante os
desafios, conquistas e resultados.
Em minhas práticas, observo o número de vezes que determinado naipe se repete no
atendimento. Tomando por base que foram cartas “fáceis e harmônicas”, arremato
frisando que o plano onde há mais fluidez naquela fase é justamente o plano desse naipe
repetido, mas que a pessoa não descuide só por estar tendo facilidades. Se de alguma
maneira as quantidades são equilibradas, é prenúncio de período harmônico e fluidez na
vida.
Inversamente, ou seja, num jogo delicado com naipes “desafiadores e difíceis”, reforço
que naquele plano da vida a pessoa precisa se aplicar mais, superando limites ou
limitações impostas pelo universo e assim, arremato o atendimento com algum conselho
referente. Quando os naipes estão bem distribuídos, recomendo atenção para os quatro
planos da vida por igual.
Outro detalhe, este mesmo número maior de naipes repetidos me aponta um pouco da
personalidade do consulente no momento: se está mais materialista, racional, emocional
ou espiritualizado. Podemos sempre contar com os naipes para traçar muitos paralelos
interessantes, facilitando o atendimento e o momento de quem nos procura.
Naipe de Ouros
Viajante, no Tarô temos duas estruturas distintas: Arcanos Maiores, que contém vinte e
dois símbolos diferentes, e os Arcanos Menores, abrangendo quatro símbolos – Ouros,
Espadas, Copas e Paus em duas subdivisões – as Figuras da Corte (ou
Emblemáticas) e os Numerados.
A metodologia de estudo é diferente entre os dois, mas se baseia no princípio do
Macrocosmo (Arcanos Maiores) e Microcosmo (Arcanos Menores). O Maior é energia
da situação e o Menor é a manifestação desta energia, e ambos representam um traçado
da vida humana, com todas as nuanças e matizes boas e más.
São as aquisições e tudo o que podemos ter de resultados palpáveis, com segurança
pessoal e em nosso poder, como por exemplo: alimentação, saúde, moradia, roupas,
dinheiro, viagens, pessoas, amizades, namoro, casamento.
Praticamente tudo em nossa existência será classificado neste Naipe, onde nenhum
elemento anímico, psíquico ou emocional estará envolvido, apenas o ter ou o não ter
como forma de aquisições e realizações. Simbolicamente este Naipe é representado pela
moeda, dado (cubo), diamante, losango, touro, a cor verde ou preta.
Ao analisar o Naipe de Ouros tenha em mente que tudo é objetivo e prático neste
Naipe: claro, palpável, real, limitado e material, não existem qualidades sentimentais e
nem elucubrações presentes.
“Assim, durante uma consulta, se você abrir este Naipe no plano mental de uma
questão, significa, em primeiro lugar, que há uma IDÉIA prática e limitada à visão
pessoal, enquanto a numeração ou a corte qualifica o sentido “bom” ou “mau” desta
objetividade. No plano sentimental, significa uma emoção clara e centrada, enquanto a
numeração ou a corte qualificará o tipo como “bom” ou “mau”, e o mesmo ocorre no
plano espiritual. Se esse Naipe sair para questões materiais, será sua excelência!” -
Nei Naiff – Estudos Completos do Tarô – Volume II, Tarô Vida & Destino, página 135,
Editora Elevação, 1ª Edição de 2001.
Pense bem, para manter um namoro, para estudar, para praticar a espiritualidade, é a
força material que surge como o grande facilitador para levar a namorada ao cinema,
para comprar os livros, pagar os cursos e o material didático... e até para realizar a
filantropia. Mesmo para as doutrinas que pregam a caridade, a humildade e a
simplicidade precisam deste abençoado facilitador.
Lembrar que o plano material é 1/4 da nossa vida, tão importante como os outros 3/4.
Não devíamos relegar um plano em prol de outro. O que precisamos aprender é como
ter e utilizar com equilíbrio e sabedoria as nossas conquistas, e assim transportar para
os demais níveis nossa força material. E também não é o quanto conquistamos, mas o
como aplicamos o que podemos gerar. Nada em excesso ou escassez será proveitoso ou
trará contentamento. Abençoe tudo que te chegar às mãos, e mais ainda quando estiver
sendo utilizado (saindo).
Viajantes, para encerrar a série sobre os Naipes dos Arcanos Menores, falarei um pouco
do Naipe de Paus, que tem seu atributo chave no verbo Ficar. Possui analogia com o
elemento fogo e se reporta ao plano espiritual do homem vivo; seu transcender pela
jornada da vida. Costumo pensar este Naipe como a síntese da nossa maturação e
elevação pessoal. O que nossas escolhas passadas trouxeram de aprendizado, tanto nos
tropeços como nos sucessos. Aprendemos de tudo, basta então usar – eis a chave!
Nele encontramos a troca sincera da nossa alma com o mundo exterior, sem dissonância
com os outros planos da vida. Ele é o equilíbrio e a harmonia entre o “eu” e o “outro”,
que permite chegar ao “nós”. Também aponta se o que queremos, dentro do que
podemos, e o se devemos estão acompanhados do discernir das coisas vividas e
assimiladas.
Quando num atendimento este Naipe sair em questões do plano material, significa que
existem verdades e muita ação para realizar, onde a gradação dos Numerados ou Corte
qualificará a finalização das metas. Mas teríamos uma certeza de granjear o objetivo.
Em questões do plano mental, aponta que de início possuímos boa compreensão dos
limites pessoais, onde a Numeração ou a Corte apontará o grau desses limites.
Lembrando sempre que a forma é dada pelo Arcano Maior, e o Arcano Menor dará
como esta forma se manifesta. Por mais que o Viajante/Buscador se esforce no
autodidatismo, com literaturas de estudo e pesquisas de bons livros e autores, lembrar-
se de agregar em sua jornada alguns cursos e trocas de ideias com demais estudantes e
praticantes, pois ajuda e muito. Viver é afinar o instrumento. E o Tarô é um excelente
diapasão!
O Naipe de Copas relata os desejos e sonhos que nutrimos pelas sensações mais
abstratas da nossa vida interior, que em alguma altura da vida, ao menos uma vez,
queremos encontrar correspondência através do outro. Singrando pelo mundo exterior
na busca por conforto e alegria, pelo bem ou pelo mal, em meio a verdades e devaneios
pessoais.
O Naipe de Copas trata intimamente daquilo que temos por verdadeiro, sem levar tanto
em conta a realidade. Pois no cadinho da nossa alma, temos sentidos e sentimentos
como paixão, atração física, que ainda são entendidos e confundidos com amor e suas
nuances. Ora filosofais ora psicológicas, sem reconhecer fronteiras nem limitações.
Desenvolvo a receita de que quando o Naipe Copas se apresenta numa questão material
do jogo, deve estar havendo alguns sonhos e promessas (que podem ou não se
concretizar), e a numeração ou a corte dará indicações sobre aspectos positivos ou
negativos.
Gostem alguns tarólogos ou não, são as questões sentimentais que mais os consulentes
trazem para as consultas. Reconheço haver tanto por parte de consulentes como de
alguns tarólogos, certa obsessão em caracterizar a felicidade na vida afetiva. Tentando
fazer eco nos demais planos da existência, chegando a beirar exageros infundados...
entendo que toda esta ansiedade é parte do humano de cada um, em maior ou menor
escala, não importando de qual lado da mesa se está.
Penso que um jogo é um mapear do momento com algumas revelações que são partes
de algo traçado pelo poder de escolha, como consequências dessas opções. Outras que
não fariam parte do projeto de vida que o consultado deveria desenvolver, ao menos
naquela fase.
Como não se precisa de comprovações de que o Tarô exista e que dê certo, igualmente
não se necessita do oráculo para se viver uma vida. Porém, para quem desejar uma boa
orientação de como fazer o seu melhor, o Tarô é uma excelente ferramenta de apoio,
mas não deve ser usado como muleta. Nem ter com ele uma relação de dependência
existencial.
Tenho por hábito antes de abrir um jogo, perguntar se a pessoa está preparada para
encarar o seu sagrado, e se está igualmente apta para ouvir as respostas das perguntas
que fará. Não me cabe condenar em julgamentos o proceder moral ou emocional de
outrem, e sim de avaliar com as cartas o que me é perguntado e, dentro do labirinto que
é a alma humana, apontar saídas para o momento. Mesmo quando isso representa algo
que não é bem o que se desejava ouvir do velho baralho. Faz quem pode, segue quem
quer...
Como fica nossa autoestima quando somos preteridos por outras pessoas, situações e até
objetos? Temos o amor que merecemos, precisamos e queremos? Valorizamos o amor
que temos e somos valorizados pelo amor que damos? “Vaidade de vaidades, diz o
Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.” - Eclesiastes 1:2.
Como encontrar esta conexão e expansão em outra pessoa me parece ser um dos
grandes mistérios do viver. Às vezes sugerido como fonte de dor e tormento, o amor
pode ser assim uma ausência de medo ou de coragem ou de bom senso, diria vovó.
Porém o dínamo dos nossos sofrimentos nasce na mesma fonte do nosso prazer: a
mente! Teimamos que o amor seja o que idealizamos sobre ele, e o cruel passa a ser
mesmo quando queremos que os fatos sejam tão de acordo com esses nossos devaneios.
Seria tão bom e prático amar apenas com as conveniências da mente e tudo mais fosse
de acordo com nossa vaidade e comodismo. Como cada um traduz e resume seu
aprendizado neste plano de vida, creio que ruim não é viver sem amor, mas viver uma
vida sem amar.
A noção mais básica, na tiragem Europeia, (Um Arcano Maior + Um Arcano Menor), é
a de que eles estarão potencializando o atributo do Arcano Maior que estiverem
acompanhando, dentro do plano questionado. Descreverei um pouco sobre os Ases de
Ouros e de Espadas e seus atributos básicos numa leitura.
O Ás de Ouros, isoladamente para vida profissional, relata que há uma chance valiosa
pela frente de conquistar algo importante ou realizar progressos decisivos, que não deve
ser desprezada. No amor, alerta para manter os olhos abertos, pois uma chance concreta
de encontrar a felicidade para a vida afetiva é real. Possibilidade de se apaixonar ou de
dar aquele upgrade no relacionamento atual.
Como carta de conselho para todos os níveis da vida, o Ás de Ouros diz que é hora de
buscar o equilíbrio e segurança pessoal, pois a riqueza estará na sua autovalorização e
no seu amor-próprio.
Como carta de conselho para todos os níveis da vida, o Ás de Copas alerta para a busca
da felicidade com harmonia, esquecendo as tristezas passadas, pois já passaram, não?
Tudo nessa vida tem data de validade, começo, meio e fim. Deixe de lamentações!
Como carta de conselho para todos os níveis da vida, o Ás de Paus diz que devemos
manter os nossos desejos, ter criatividade e buscar essas novas criações. A hora é de
prosperar, mas precisamos por os anseios para fora com a disposição de realizar. Não
deixe a preguiça dominar!
Tida como uma das principais “cartas da sorte” dos arcanos menores, o Ás de Ouros
remete a entendimentos como os de uma experiência gratificante chegando, de
encontrar algo duradouro e valioso, de sucesso econômico e até de riqueza interior.
Lembrando que os ases do tarô representam boas oportunidades que não devemos
ignorar ou desperdiçar.
Uma característica que observei nos ases em geral, é que poderão, em algumas
situações, dimensionar os aspectos não desejados dos "arcanos encardidos":
Pendurado + Ás de Ouros, por exemplo, para alguém que deseja saber se conseguirá o
emprego “X” na próxima semana: impossibilidade ao máximo, um não ao quadrado.
Mudanças precisarão ocorrer nas posturas deste hipotético consulente.
Como carta de conselho geral, nos alerta que é o momento de pensar e agir por e para
nós, ampliando o que desejamos, onde o nosso amor próprio é a maior riqueza a ser
utilizada, e que devemos investir tempo e dinheiro em nós mesmos. É o momento da
autoestima fortalecida e da autovalorização dos potenciais pessoais.
Vamos a receita: quando tivermos Rei com o Imperatriz, teremos uma situação e com o
Imperador pessoa mais velha e do sexo masculino do orbe familiar. Com o Papa
teremos uma pessoa mais velha do sexo masculino das relações sociais. Com a Justiça
uma situação, e com os demais Arcanos Maiores situações. Esta é a convenção que
utilizo certamente o viajante/buscador encontrará outras. Independente da qual use ou
venha a conhecer, o conselho é seguir uma só. É válido conhecer e testar todas que for
possível e assim se guiar naquela que lhe parecer mais prática e funcional. Não mude as
regras com o jogo em andamento. Evite tarolices.
Lembrando que quando for pessoa no jogo, puxar outro Arcano Menor para analisar o
que a tal pessoa está fazendo no contexto da situação, momento ou questão. Para fechar,
o resumo das personalidades dos Reis:
Vale reforçar aqui que me reporto à técnica de tiragem dita Européia, ou Tarô completo:
um Arcano Maior com um Arcano Menor simultaneamente. Vamos a receita: quando
tivermos Rainha com o Imperador, teremos situação e com a Imperatriz pessoa mais
velha e do sexo feminino do orbe familiar. E com Papa também teremos uma situação e
se for com a Justiça, uma pessoa do sexo feminino, mais velha que o consulente e do
orbe social.
Lembrando que quando for pessoa no jogo, puxar outro Arcano Menor para analisar o
que a tal pessoa está fazendo no contexto da situação, momento ou questão. Para fechar,
o resumo das personalidades das Rainhas:
Por volta do meu segundo mês de jornada com o Tarô, recebi uma dica de uma colega
de curso: observar relaxadamente os Arcanos Maiores e Menores e deixar minha alma
escolher um de cada. E após cada atendimento, guardar estas lâminas à frente das
demais. Elas seriam minhas lâminas de meditação e “âncora” para minha intuição.
Passei largo tempo analisando cada lâmina no meu primeiro conjunto de Tarô - o
Renaissance (Brian Williams) - para enfim escolher a Estrela e a Rainha de Paus (ou fui
escolhido?). Hoje entendo que esta dica está intimamente ligada à percepção, estímulo
e reação.
Até hoje, Viajante, quando termino um atendimento e junto às 78 lâminas para guardar,
coloco a Estrela à frente dos Arcanos Maiores e a Rainha de Paus à frente dos Arcanos
Menores. A cada leitura que volto a fazer, ao separar Maiores dos Menores, antes de
embaralhar, eu seguro ambas por alguns instantes buscando apenas contemplação e
relaxamento. Um ritual pessoal de conexão com o Universo, o Tarô e a minha alma.
Uma dica dos livros de @NeiNaiff (sincronicidade?), aconselha termos uma carta para
guardar os Arcanos, o Herege até hoje usa duas. Para esta segunda-feira que é o arauto
de um início de semana com feriado prolongado: Harmonia da Estrela e Virtude da
Rainha de Paus para você!